Spin-offs da U.Porto são finalistas do Digital Health
Submitted by U.Porto Inovação on 01/02/21
“Participar no Digital Health Porto foi de enorme importância”. São palavras de Pedro Ramos, da Promptly Health, uma empresa que tem como objetivo potenciar que os sistemas de saúde façam cada vez mais uso de resultados clínicos centrados no doente. Para a spin-off da U.Porto participar nesta iniciativa abriu portas importantes no que diz respeito ao financiamento, tendo originado contactos com venture capital funds relevantes a nível europeu, com quem se encontra, agora, a conversar.
Pedro Ramos refere ainda a satisfação de terem sido selecionadas como uma das empresas finalistas, num ano que promete trazer conquistas: “Este será um ano de expansão para a Promptly, principalmente em Espanha e no Brasil, onde já temos presença em alguns clientes”. O plano é continuar a desenvolver o serviço de acompanhamento remoto de pacientes e de análise de dados em saúde “principalmente em patologias-chave como as doenças metabólicas, cardiovasculares e oncológicas”, refere.
Também a iLoF (na foto, à direita), uma empresa de biotecnologia que pretende acelerar uma nova era de medicina personalizada usando inteligência artificial, foi selecionada para a grande final do Digital Health: o Tech Tour Ignite. Luís Valente, fundador e CEO da spin-off U.Porto, diz que a participação no programa, apesar de online, foi “altamente imersiva e recompensante para a iLoF”. “Tivemos oportunidade de conectar com players muito relevantes do ecossistema (não só investidores, mas também parceiros e potenciais clientes”, refere.
A esperança é que os contactos originados durante esta experiência façam nascer frutos já em 2021 uma vez que, nas palavras de Luís Valente, a “iLoF tem um ambicioso plano de crescimento para 2021”. Desde aumentar a equipa (que pode duplicar) a acelerar as relações com hospitais, biotechs e farmacêuticas, acelerando o desenvolvimento e utilização de tratamentos personalizados para doenças complexas. A iLoF trabalha já com mais de uma dezena de parceiros um pouco por todo o mundo e espera “ver esse número triplicar já durante este ano”, conclui Luís Valente.
O Digital Health Porto aconteceu no final do ano de 2020. Todas as sessões de coaching foram online, dado o momento atual. No total, foram 31 as empresas concorrentes, 7 delas portuguesas e 4 spin-offs da Universidade do Porto.
Já perto de fechar o ano, a TechTour (organizadora do evento) anunciou os finalistas, que serão agora convidados para o grande evento final, o Tech Tour Ignite (também ele online). As 10 empresas selecionadas vão ter a oportunidade de participar em sessões com investidores da Europa, Estados Unidos, Sudeste asiático, Médio Oriente e África Ocidental.
Está previsto que o Tech Tour Ignite aconteça em março de 2021. Mais informações em breve!
"Os maiores desafios dos nossos tempos são as maiores oportunidades para a criação de valor"
Submitted by U.Porto Inovação on 28/01/21
Em janeiro de 2020 a Universidade do Porto abraçou um novo projeto internacional, desta vez focado no Empreendedorismo Social Corporativo (ESC). O principal objetivo do projeto Embrace é promover o empreendedorismo social corporativo nos programas educacionais das instituições de ensino superior. Ao mesmo tempo, a iniciativa sugere maneiras de melhorar as competências, a empregabilidade e as atitudes dos alunos, contribuindo para a criação de novos negócios e oportunidades.
Entre outras abordagens para ajudar no cumprimento desses objetivos, foi criado o Advisory Board (AB), composto por especialistas internacionais, que guiarão os parceiros do projeto Embrace, complementando o conhecimento dos mesmos. Trazendo as suas experiências para o seio do projeto, os membros do AB darão outra dimensão às atividades do Embrace revendo as atividades, o progresso e os resultados. As conclusões retiradas deste painel de especialistas terão um resultado muito importante no projeto Embrace, ajudando a criar estratégias para lidar com os principais desafios.
O AB é composto por cinco especialistas na área do Empreendedorismo Social Corporativo (ESC). Entre eles está o português Carlos Azevedo, Presidente do Conselho de Administração da IES Business School. Na sua opinião “o projeto Embrace é fundamental para garantir que a discussão sobre o CSR e ESC se torna tum tema central na agenda política, científica e de inovação”
P: Qual a sua visão acerca da importância do Corporate Social Entrepreneurship?
R: O Corporate Social Responsability (CSR) nasce da necessidade de as empresas ativarem novas fontes de valor. Hoje em dia o talento procura mais propósito na sua carreira e os consumidores exigem produtos e serviços mais sustentáveis e responsáveis. Isto significa que os maiores desafios dos nossos tempos são, igualmente, as maiores oportunidades para a criação de valor. O CSR 2.0 passa por alinhar os interesses pessoais com os benefícios coletivos, garantindo que existem os incentivos para inovar enquanto são resolvidos os problemas mais prementes da sociedade.
P: O que acha que as universidades podem fazer para alertar/ajudar as empresas para a importância deste tema?
R: As universidades têm um papel fundamental na proliferação e diversificação do mercado de ideias. Na prática, significa garantir que a produção científica faz avançar o conhecimento nesta área, produzindo ferramentas que ajudem as empresas a convergir para a agenda do impacto enquanto são capacitados os líderes do futuro que a valorizem e saibam como enfrentar os principais desafios da sociedade.
P: Como membro convidado para o Advisory Board do projeto Embrace, quais considera serem os seus maiores contributos?
R: O meu contributo resulta da minha experiência no apoio a uma comunidade com mais de 8000 pessoas e organizações que têm o impacto no seu ADN e na sua prática quotidiana. Ao longo dos anos tenho procurado sistematizar todo esse conhecimento, garantindo que este é passado para outros, reduzindo os gaps e as assimetrias de informação e, paralelamente, garantindo que esta agenda se torne mainstream. Este é igualmente o papel que posso desempenhar neste Advisory Board.
P: Mais especificamente em relação ao projeto Embrace, o que acredita que o projeto pode conseguir?
R: O projeto Embrace é fundamental para garantir que a discussão sobre o CSR e ESC se torna tum tema central na agenda política, científica e de inovação. Acho, sinceramente, que projetos de investigação aplicada trazem credibilidade e materializam práticas que muitas vezes estão no plano das ideias ou da abstração. Este contributo é manifestamente importante para uma mudança definitiva de paradigma.
P: Considera que temos bons casos de empreendedorismo social corporativo em Portugal? O que falta fazer?
R: Existem vários exemplos nacionais e internacionais de Empreendedorismo Social Corporativo a vários níveis - startups que nascem focadas no impacto (coloradd), organizações que se reinventam a partir de desafios sociais e/ou ambientais (Grieg Green) e outras que procuram incorporar o impacto ao longo da sua cadeia de valor (Tony Chocolonely). Todavia, ainda há muito a fazer para que esta agenda se torne mainstream, sobretudo nas áreas de capacitação, inovação e liderança para garantir que apesar das tendências e das pressões nas diferentes cadeias de valor, as práticas não sejam apenas pontuais.
O EMBRACE é um projeto co-financiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia. A Universidade do Porto é um dos parceiros, através da U.Porto Inovação e do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (IS-UP). Os restantes parceiros são: Waterford Institute of Technology (Irlanda), Vilnius Gediminas Technical University (Lituânia), DRAMBLYS (Espanha), Budapest University of Technology and Economics - BME (Hungria), National School of Political Studies and Public Administration (Roménia), Domhan Vision (Alemanha), Hellenic Management Association (Grécia), Digital Technology Skills Limited (Irlanda), e Hanze University of Applied Sciences, Groningen (Países Baixos).
Entreprenow: continuamos o diálogo, desta vez online!
Submitted by U.Porto Inovação on 06/01/21
Está de volta o maior evento de empreendedorismo da Universidade do Porto: o Entreprenow. Este ano, com a devida adaptação ao momento atual que vivemos, o público estará do outro lado do ecrã. O mote, contudo, mantém-se: Learn. Connect. Grow.
Foi um ano atípico e, no mínimo, diferente. Algumas empresas fecharam, outras continuaram a trabalhar, e alguns encontraram neste momento reinvenção, oportunidade, mas sempre muitos desafios. Com isso em mente, o Entreprenow volta para falar sobre o que está a acontecer no ecossistema, mas desta vez focando-se em contrastes. Ao longo de cinco debates distintos vamos conversar com inovadores do ecossistema da U.Porto e conhecer melhor os seus percursos e, acima de tudo, o que os distingue na forma como abordaram os seus negócios ou projetos.
O objetivo da terceira edição do Entreprenow é que, apesar da distância física, os intervenientes no ecossistema empreendedor da Universidade do Porto continuem a dialogar, a debater, a procurar sinergias e a reinventar-se.
Continuando de olhos postos no futuro, esta edição abordará temas atuais e relevantes para o público empreendedor. Cumprindo todas as normas de segurança e distanciamento, a U.Porto Inovação organizou cinco debates na forma de frente a frente, com dois convidados com backgrounds e experiências diferentes. Todas as conversas serão transmitidas no Facebook da U.Porto Inovação:
11 de janeiro: Fechar ou Persistir?
Com António Pereira, da Ecoinside, e Nelson Pereira, da ikuTeam. Moderado por Cláudio Santos, da U.Porto Inovação.
12 de janeiro: Iniciar e Crescer.
Com Ana Tavares, da Smartex, e Caroline Prüfer, da Ergoform. Moderado por Daniela Monteiro, da Porto Digital.
13 de janeiro: Empresa ou Empresas?
Com Ana Cristina Freire, diretora da Faculdade de Ciências da U.Porto e fundadora da Innovcat, e Luís Filipe Antunes, professor Universitário e fundador da Healthy Systems. Moderado por Rui Coutinho, da Porto Business School.
14 de janeiro: Indústria ou Serviços?
Com Emília Simões, da Last2Ticket, e Pedro Araújo, da Advanced Cyclone Systems. Moderado por Maria Oliveira, da UPTEC.
15 de janeiro: Lucrativo ou Social?
Com Cristina Parente, socióloga e professora da Faculdade de Letras da U.Porto, e Pedro Maçana, fundador da Wayz. Moderado por Filipe Castro, da U.Porto Inovação.
A terceira edição do Entreprenow tem como parceira a UPTEC e volta a contar com o apoio do Santander Universidades, que tem vindo a apoiar todas as edições do evento. O objetivo da organização foi manter como valores o foco no ecossistema e nas experiências e percursos distintos de cada interveniente mas, inevitavelmente, nos desafios que surgiram na altura da pandemia. O diálogo é essencial e a U.Porto Inovação acredita que é frente a frente que as grandes conversas continuam a acontecer.
Juntem-se a nós, a partir do dia 11 de janeiro, aqui.
"A Física é uma área científica de raiz, capaz de dar frutos em muitas outras"
Submitted by U.Porto Inovação on 16/12/20
Como se tem mostrado frequente quando conversamos com os nossos investigadores, também João Ventura afirma que a curiosidade científica foi algo que sempre coexistiu com o seu imaginário de criança. Na altura ainda não se falava na profissão de investigador, mas foi mesmo esse o caminho que acabou por seguir.
Foi um caminho “rodeado de livros” que levou João Ventura ao início da promissora carreira de investigador. O cientista acredita que esse início, “essa liberdade de criação que a leitura oferece”, ainda em criança, foi fundamental para desenvolver a sua curiosidade científica: “Talvez mais importante que fornecer às crianças direções para as profissões que poderão seguir, que na verdade ainda não sabem quais são, é dar-lhes a liberdade para o desenvolvimento saudável e livre de pensamento. A Ciência surgirá como consequência dessa liberdade.”, conta. E surgiu mesmo, começando pela licenciatura em Física na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), um mestrado em computação e um doutoramento em Física. Em 2008 ingressou no Instituto de Física de Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica da Universidade do Porto (IFIMUP), onde se mantém até hoje como investigador principal.
Quando questionado acerca da escolha da Física para o seu percurso académico e profissional, João Ventura afirma acreditar que este ramo da ciência terá um papel fundamental no futuro e na atuação das exigências que nos esperam. Apesar de ser difícil afirmar que outras áreas do saber serão relevantes neste futuro, o investigador acredita que a Física “desempenhará uma função de ligação entre diferentes áreas de investigação, tecnologia e inovação”, uma vez que é uma “área científica de raiz, capaz de ramificar e dar frutos em muitas outras”.
“Além desses frutos”, acrescenta João Ventura, “a Física permite que a ação científica seja verdadeiramente transformativa e capaz de responder às exigências de sobrevivência que se aproximam”. Assim, e mesmo tendo tudo começado com a curiosidade inicial de uma criança, a paixão pela Física “tem vindo a transformar-se em motivação de urgência e necessidade”, conta.
“Gerar energia elétrica de forma simples e barata”
Consciente do importante desafio ambiental que vivemos, neste momento a área de investigação de João Ventura está bastante focada na transformação de diversas formas de energia (particularmente energia mecânica) em energia elétrica útil. “Estou a usar o efeito triboelétrico, um fenómeno conhecido há muito tempo, que consiste na eletrificação de dois materiais (por exemplo vidro e lã) quando estes são friccionados, de um modo novo que permite gerar uma corrente elétrica”.
Apesar de, como referiu, este fenómeno já ser conhecido há muito tempo, só com o aparecimento da nanotecnologia é que foi possível utilizar o seu efeito de forma útil. “No meu caso, tenho estado a aplicar este efeito em diversos campos relacionados com a geração de energia elétrica e alimentação de sensores para a internet das coisas que vai revolucionar o nosso dia-a-dia.” Este trabalho dos últimos anos do percurso de João Ventura levou, inclusivamente, à criação da inanoE, uma empresa spin-off da U.Porto da qual o investigador é CEO.
Em colaboração com a Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) e o INEGI, João Ventura e a sua equipa têm vindo a demonstrar como os nano geradores triboelétricos podem ser aplicados para aproveitar a energia das ondas do mar para gerar energia elétrica de uma forma simples e barata. A par disso, tem estado também a trabalhar com empresas como a Repsol, testando “como se pode aproveitar este efeito para gerar energia elétrica aproveitando o movimento de fluidos em tubagem”, explica. O objetivo é ajudar cada vez mais o planeta, de forma sustentável, no importante desafio energético que tem pela frente nos próximos anos.
Contribuir para uma vida sustentável
“Contribuir para que na fase adulta da minha filha a vida no planeta seja sustentável” – é este o maior sonho de João Ventura no que ao seu trabalho diz respeito. Atualmente, a complexidade da vida exige um preço energético que “pode ser o da própria vida no planeta”, refere João Ventura. Assim, o investigador gostaria de poder contribuir o mais possível para a sua preservação, contribuindo para a investigação de formas alternativas de recolha e armazenamento de energia: “Esse é um esforço coletivo no qual me agrada estar envolvido e o sonho é que este esforço não seja em vão”, refere.
Na sua opinião, a Universidade do Porto é um local privilegiado para atingir isso mesmo. “É uma Universidade flexível, com a liberdade necessária à diversidade da dinâmica do conhecimento. A multidisciplinaridade presente na Universidade do Porto e a competência das suas pessoas permite ir a uma investigação mais aprofundada”, diz.
Ao mesmo tempo, o investigador acredita que é necessário melhorar a permeabilidade entre as diferentes áreas do conhecimento dentro da U.Porto, de forma a garantir “uma identidade da investigação científica à escala da universidade e não apenas de faculdades ou mesmo de departamentos”, diz. “Aquilo que as próximas décadas nos vão exigir é um sucessivo aumento de escala identitária e o mesmo sucederá com a investigação. Penso que a escala da Universidade do Porto será um bom primeiro passo para uma investigação articulada que funcione como um único sistema, complexo e adaptativo”, conclui João Ventura. Na sua opinião, enfrentar esse desafio será a melhor forma de garantir “o avanço da investigação como motor de conhecimento e não satélite de uma dinâmica de economia que lhe seja alheia”.
Uma inovadora forma de tratar lesões em tendões e ligamentos
Submitted by U.Porto Inovação on 16/12/20
Existe uma grande incidência de lesões de tendões e ligamentos em todo o mundo, quer em jovens quer em idosos. Encontrar soluções eficientes para tratar essas lesões, levando a uma recuperação total do paciente, nem sempre é fácil. Tendo isso em conta, Maria Ascensão Lopes, docente e investigadora da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), arregaçou as mangas e procurou saber o que mais poderia ser feito nesse campo.
“A ideia surgiu de conversas regulares que tenho com professores e médicos ortopedistas da Faculdade de Medicina da U.Porto, a quem costumo perguntar como um engenheiro pode contribuir para a solução dos seus atuais problemas clínicos”, refere. Assim, a investigadora teve conhecimento que em alguns casos de lesões em tendões e ligamentos não existe, de facto, uma abordagem de tratamento eficiente, sendo que as soluções que têm surgido no mercado demonstram um fraco desempenho a médio/longo prazo.
Assim sendo, a equipa liderada Maria Ascensão Lopes – da qual fazem parte Rui Guedes e Diana Morais, também da FEUP, Raúl Fangueiro e Juliana Cruz, da U.Minho, e Tiago Pereira, do ICBAS – desenvolveu estruturas fibrosas biocompatíveis capazes de mimetizar o desempenho mecânico in vivo de alguns tendões/ligamentos. Essas estruturas podem ser usadas “como dispositivo prostético e substituir parcialmente a função do tendão ou ligamento”, refere.
Para se chegar ao resultado pretendido, a equipa de investigadores baseou-se numa arquitetura “core/shell”, que permite melhor desempenho mecânico. As estruturas fibrosas biocompatíveis desenvolvidas por esta equipa de cientistas podem ser utilizadas, por exemplo, em lesões do ligamento cruzado anterior ou do tendão de Aquiles, uma vez que permitem “atingir os níveis de carga, rigidez, fluência e resistência à fadiga adequados para estas aplicações”, conta Maria Ascensão Lopes.
Além disso, outra das vantagens desta invenção é o revestimento das estruturas: o revestimento interno é bioativo e o revestimento externo pode ser passivo. O que significa isso? Se, por um lado, o revestimento interno permite estimular o povoamento celular, ao mesmo tempo o revestimento exterior desta inovadora “prótese” pode ser antiaderente, o que é muito importante em algumas localizações anatómicas para evitar aderências com os tecidos envolventes. A combinação destes dois fatores é, como refere Maria Ascensão Lopes, o que permite “uma melhor integração a médio/longo prazo” destas estruturas, contribuindo para uma recuperação mais eficiente da lesão.
Próximos passos
A U.Porto Inovação desenvolveu desde logo esforços de proteção desta invenção, existindo pedidos de patente a nível nacional e também internacional. Também já se deu início a um eventual processo de comercialização da patente e já existem empresas interessadas.
“Mal a U.Porto Inovação começou a divulgar a nossa tecnologia surgiram logo algumas empresas de dispositivos médicos da área da ortopedia interessadas nas nossas estruturas”, refere a investigadora. Neste momento, a equipa está concentrada em finalizar os ensaios pré-clínicos em modelo animal para que depois, sim, se possa passar para a fase de “valorizar melhor o conhecimento desenvolvido”, conclui.
À conversa com as empresas: Pedro Moura, da Merck Portugal
Submitted by U.Porto Inovação on 16/12/20
Nesta edição da rubrica "À conversa com as empresas" fomos conversar com Pedro Moura, Diretor de Inovação da Merck Portugal. Na sua opinião, a Merck e a Universidade do Porto são instituições "de excelência", que certamente irão conseguir ultrapassar os desafios do novo normal. E isso, refere, "passa também por um trabalho que pode ser feito em conjunto".
P: Qual a importância da relação da Merck com o meio cientifico e tecnológico?
R: Na Merck, costumamos dizer que a ciência está no coração de tudo o que fazemos. É a ciência que impulsiona as nossas descobertas e é a ciência que nos leva mais longe e nos permite fazer a diferença e melhorar milhões de vidas todos os dias, graças aos tratamentos e às técnicas que disponibilizamos. E, claro, a tecnologia está aqui presente e é quase impossível de dissociar da ciência. O que significa que é também impossível falar da Merck sem pensar em ciência ou tecnologia, não só na própria companhia, que tem uma forte componente de investigação e desenvolvimento, mas também na relação que estabelecemos com vários parceiros, como é o caso da Universidade do Porto.
P: Como é que Merck tem vindo a interagir com a U.Porto?
R: A Merck encontra-se a apoiar um projeto de investigação liderado por Marco Alves, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no âmbito do Programa de Inovação Médica para Reprodução Humana, para o desenvolvimento de tecnologias que melhorem a preservação do esperma.
Enquanto líderes nacionais no tratamento da infertilidade e sendo mesmo a única empresa farmacêutica com uma oferta global, que vai desde os medicamentos aos dispositivos, passando também pelos meios de cultura, temos uma aposta muito forte nesta área, até porque a infertilidade é um problema de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e muitos casais em Portugal. Sabe-se que muitos dos problemas de infertilidade masculina são causados por anormalidades no esperma e aquilo que se está a fazer no ICBAS é investigação no sentido de melhorar as técnicas de preservação de esperma existentes, para que se consiga manter a qualidade e viabilidade dos espermatozóides.
P: Quais os principais desafios que os dois agentes têm pela frente?
R: Em tempos tão incertos - e diferentes - como os que vivemos hoje, os desafios são grandes e têm sobretudo a ver com esta incerteza, que nos obriga a estar mais alerta e a ter uma capacidade de adaptação enorme. É assim para a Merck, que quer continuar a impactar positivamente a vida das pessoas e é também assim para instituições como a Universidade do Porto, que quer continuar a formar novas gerações capazes de levar de vencida os obstáculos que se lhes coloquem e desenvolver ciência e tecnologia de qualidade e com um impacto que vai muito além da realidade local.
Acredito na excelência e creio, por isso, que companhias de excelência, como a Merck, e instituições de ensino de excelência, como a Universidade do Porto, vão conseguir ultrapassar esses desafios e adaptar-se às novas realidades, o que passa também por um trabalho que pode ser feito em conjunto.
BIP PROOF vai voltar a financiar projetos inovadores!
Submitted by U.Porto Inovação on 10/12/20
Já estão abertas as candidaturas para mais uma edição do BIP PROOF, programa que atribui apoios para provas de conceito no ecossistema de investigação da Universidade do Porto.
Com o apoio da Fundação Amadeu Dias e do Santander Universidades, seis projetos vão receber até 10 mil euros para financiar provas de conceito. Os interessados podem candidatar-se até ao dia 8 de janeiro de 2021.
O principal objetivo do BIP PROOF é o apoio a projetos de provas de conceito que visam estimular a concretização de etapas de valor conducentes à valorização de resultados de investigação promissores. Para tal, os projetos a apoiar procederão à realização de protótipos de viabilidade técnica, ensaios in-vitro/in-vivo, estudos de viabilidade e de mercado, etc., acrescentando valor a estes resultados e aumentando a sua apetência para serem transferidos a empresas ou para estarem na base da criação de empresas spin-off.
São elegíveis projetos que:
resultem de I&D desenvolvida no ecossistema de investigação da Universidade do Porto, incluindo as unidades orgânicas e entidades participadas;
apresentem um objetivo claro com resultados bem definidos (prova de conceito experimental, protótipos a validar laboratorialmente ou em ambiente industrial);
conduzam, ou clarifiquem a respetiva viabilidade, ao desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços com aplicação bem definida;
evidenciem que o apoio obtido no âmbito do BIP PROOF tem um impacto significativo na sua aproximação ao mercado;
evidenciem o compromisso da equipa envolvida em apoiar a comercialização e uma eventual exploração dos resultados após o término do BIP PROOF.
Os interessados deverão preencher o formulário que está disponível para download aqui. Esse documento deverá depois ser enviado para bip@reit.up.pt, com “BIP PROOF” escrito no assunto da mensagem. Consulte as linhas orientadoras do BIP PROOF aqui.
Com base nas candidaturas apresentadas, a U.Porto Inovação irá proceder à análise das propostas e seriar os projetos mediante avaliação da documentação entregue.
Para mais informação contactar, por favor: Lídia Fonseca / lmfonseca@reit.up.pt / +351 220 408 204
Conhecidos os finalistas do Sherpa Journeys!
Submitted by U.Porto Inovação on 09/12/20
O projeto Sherpa do Mar (do qual a Universidade do Porto faz parte através da U.Porto Inovação, do CIIMAR e da UPTEC) já anunciou os 12 projetos finalistas do programa de apoio ao empreendedorismo Sherpa Journeys. Projeto divulgou também quais os 12 candidatos/as em lista de espera, que terão até sexta-feira, 11 de dezembro para apresentar alegações. Após este período, será publicada a resolução final das propostas selecionadas.
A decisão final foi influenciada, em 30%, pelas avaliações obtidas nas entrevistas pessoais que os assessores/as especializados/as em transferência de tecnologia e conhecimento do Sherpa do Mar mantinham com os/as líderes dos 24 projetos. Nos restantes 70%, foram tomados como referência aspetos indicados na sua candidatura, relativos ao próprio projeto, como o contributo de soluções de elevado valor acrescentado para as necessidades reais no âmbito marinho-marinho, o carácter inovador ou a viabilidade técnica e económica.
Os doze projetos selecionados terão acesso ao programa Sherpa Journeys que lhes permitirá receber apoio personalizado e assessoria técnico-científica para consolidar o desenvolvimento e crescimento dos seus produtos e serviços.
A resolução provisória pode ser consultada na página "Sherpa Journeys - Emprendedores" deste site, seção "Documentos do processo seletivo": https://www.sherpadomar.com/pt-pt/sherpa-journeys
Catálogo de Ideias
O conjunto de propostas que aspiram à entrada em Sherpa Journeys, num total de 60 iniciativas da Galiza e do Norte de Portugal, estará presente num catálogo online de ideias de negócio, onde ganharão visibilidade para estabelecer contactos com potenciais colaboradores/as e investidores/as.
Da mesma forma, outros/as empreendedores/as que não participaram da convocatória podem se registrar neste diretório da web, passando a fazer parte desta comunidade. O único requisito de registo é que as suas ideias de negócio contemplem uma necessidade do sector marinho-marítimo, assente no conhecimento técnico-científico, e que estejam sediadas na Galiza ou no Norte de Portugal.
O Sherpa do Mar é um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). A Universidade do Porto é parceira através da U.Porto Inovação, do CIIMAR e da UPTEC.
A chat with companies: Pedro Moura, from Merck Portugal
Submitted by U.Porto Inovação on 08/12/20
In this edition of the "A chat with companies" section, we talked to Pedro Moura, General Director at Merck Portugal. In his opinion, both Merck and University of Porto are "institutions of excellence that will be able to overcome" new challenges. And that "also involves work that can be done together", he says.
Q: How important is Merck's relationship with the scientific and technologic community?
A: At Merck, we often say that science is at the heart of everything we do. It is science that drives our discoveries and it is science that takes us further and allows us to make a difference and improve millions of lives every day, thanks to the treatments and techniques we provide. And, of course, technology is here and it is almost impossible to dissociate from science. Which means that it is also impossible to talk about Merck without thinking about science or technology, not only in the company itself, which has a strong research and development component, but also in the relationship that we establish with several partners, such as the University of Porto.
Q: How have Merck and the University of Porto been collaborating?
A: Merck is supporting a research project led by Marco Alves, at the Abel Salazar Institute of Biomedical Sciences (ICBAS), under the Medical Innovation Program for Human Reproduction, for the development of technologies that improve sperm preservation. As national leaders in the treatment of infertility and even being the only pharmaceutical company with a global offer, ranging from medicines to devices, also through culture media, we have a very strong stake in this area, not least because infertility is a problem of health that affects millions of people worldwide and many couples in Portugal. It is known that many of the problems of male infertility are caused by abnormalities in the sperm and what is being done by the ICBAS team is research in order to improve the existing sperm preservation techniques, in order to maintain the quality and viability of the sperm.
Q: What are the main challenges these two players face?
A: In times as uncertain - and different - as those we live in today, the challenges are great and they have to do mainly with this uncertainty, which forces us to be more alert and have a massive ability for adaptation. That is how it is for Merck, which wants to continue to positively impact people's lives, and it is also that way for institutions like the University of Porto, which wants to continue to train new generations capable of overcoming the obstacles that arise and developing science and quality technology and with an impact that goes far beyond the local reality.
I believe in excellence and I believe, therefore, that companies of excellence, such as Merck and educational institutions of excellence, such as the University of Porto, will be able to overcome these challenges and adapt to new realities, which also involves work that can be done together.
Galp de volta às sessões Academia 2 Business
Submitted by U.Porto Inovação on 03/12/20
Foi mais uma sessão A2B (Academia to Business) realizada de forma totalmente virtual, dado o contexto pandémico que o mundo atravessa. Aconteceu na tarde de 26 de novembro e juntou mais de 30 pessoas, entre investigadores da Universidade do Porto, empresas spin-off da Universidade e representantes da Galp. Como referiu Joana Resende, pró-reitora da Universidade do Porto, esta foi “mais uma oportunidade para aprofundar o conhecimento mútuo entre investigadores e tecido empresarial”.
Esta é a segunda vez que a U.Porto Inovação conta com a Galp numa sessão Academia to Business. O encontro anterior aconteceu em 2011 e, desde então, vários projetos colaborativos foram realizados. Dez anos depois, a Galp apresentou os seus atuais interesses de inovação, em busca de sinergias para novos projetos. Em “resposta”, a comunidade académica apresentou trabalhos atuais de várias faculdades, laboratórios e empresas spin-off e startup, que vão ao encontro do que a Galp procura. “Esta é uma área em que a U.Porto tem desenvolvido um considerável número de projetos, com resultados muito promissores em vários domínios, como por exemplo a descarbonização, digitalização e inovação nos modelos de negócio na área da energia”, referiu Joana Resende.
Esta foi a segunda sessão A2B totalmente online organizada pela U.Porto Inovação e teve a duração de, aproximadamente, duas horas. Além dos habituais cumprimentos institucionais e das apresentações individuais dos cientistas, houve espaço também para a apresentação da iniciativa IJUP-Empresas, que deverá abrir novo concurso em breve.
Grupo multidisciplinar centrado na inovação e sustentabilidade
A Galp é uma empresa cujas fundações têm mais de 150 anos mas que nem por isso deixa de procurar constantemente formas de se reinventar: “A Galp assume-se cada vez mais não só como petrolífera, mas como um player de energia e sustentabilidade. Procuramos cada vez mais opções de transição energética com soluções tecnológicas inovadoras”, referiu Marco Ferraz em nome da empresa. Prova disso é o facto de a Galp já ser um dos “maiores players de energia solar na Europa”, acrescenta.
Tendo como pilares de compromisso a Confiança, Parceria, Agilidade, Inovação e Sustentabilidade, Marco Ferraz afirma que a Galp está muito comprometida com a procura de soluções mais amigas do ambiente: “Estamos sempre à procura de soluções sustentáveis e somos ativos nesta transição energética”, refere. Em 2019, a Galp foi de novo reconhecida em pelo Dow Jones Sustainability Index como a empresa europeia mais sustentável e a terceira melhor do mundo no sector Oil&Gas Upstream & Integrated. Assumiu o compromisso de, até 2023, dedicar 40% do investimento a projetos que contribuam para a redução global das emissões de CO2, incluindo a produção de energia renovável.
Com estas premissas em mente, inscreveram-se nesta sessão A2B investigadores das Faculdades de Ciências, Economia e Engenharia, bem como dos Institutos Associados INEGI e INESCTEC. No que diz respeito a spin-offs da Universidade, a presença foi assegurada pela Abyssal, Bandora, Innovcat, inanoE e Masdima.
Todos os participantes tiveram oportunidade de apresentar o seu trabalho, dizendo de que forma acreditam poder colaborar com a Galp no futuro. Foram apresentadas competências, por exemplo, nas áreas da bio refinaria, sistemas inteligentes, ciclo de vida de produtos e processos, utilização de carbono, biocombustíveis, utilização de microalgas, gestão sustentável de edifícios, dispositivos para geração de energia, tratamento de dados, entre muitos outros.
Debate voltado para colaborações futuras
A multidisciplinaridade do grupo presente motivou um animado debate, só interrompido pelo adiantar da hora da sessão. Apesar das algumas limitações que o formato online acarreta, isso não foi impedimento para que os participantes esclarecessem dúvidas, trocassem ideias e contactos e começassem a pensar em como agilizar colaborações futuras que possam trazer benefícios tanto para a Galp como para a Universidade do Porto.
Nos momentos de encerramento, Marco Ferraz agradeceu a presença de tantos investigadores interessados referindo que a Galp tem “cada vez mais o objetivo de criar pontes dentro do ecossistema de inovação”.
Assim, como resultado deste encontro, a organização espera incentivar a colaboração de docentes e investigadores/as da Universidade com uma empresa que, como referiu André Fernandes (diretor da U.Porto Inovação) “é uma parceira estratégica da Universidade do Porto”. Como também referiu Joana Resende, “a expectativa agora é que esta A2B possa contribuir para alavancar novas colaborações com elevado potencial de impacto societal”.