U.Porto vai levar estudantes à EIA 2021

  A Universidade do Porto e o Banco Santander vão oferecer 20 bolsas a estudantes da U.Porto que pretendam participar na European Innovation Academy 2021 (EIA 2021), a maior “summer school” de empreendedorismo do mundo, cuja edição deste ano vai decorrer em formato online, de 5 a 23 de julho. Dirigida a todos os estudantes das melhores universidades americanas, asiáticas e europeias, a EIA é um programa de empreendedorismo imersivo cujo objetivo é ajudar os participantes a fazer escalar as suas ideias de negócio, através de uma aprendizagem amplamente experimental. A edição deste ano oferece uma experiência imersiva numa comunidade internacional e multidisciplinar, recorrendo para tal à tecnologia mais avançada. Ao longo de mais de duas semanas, estudantes terão a oportunidade de aprender através da visualização de uma série sobre jovens empreendedores e aplicar os conhecimentos em quizzes diários. Em 2019, 24 estudantes da U.Porto participaram no evento realizado em Cascais, sendo que três dos projetos premiados contaram com o contributo da Universidade. Como participar? Os estudantes interessados devem efetuar a respetiva candidatura até 14 de junho através da plataforma disponibilizada pelo Banco Santander. Para participarem, os estudantes devem ter entre 18 e 28 anos, estar inscritos na U.Porto e possuir nível avançado de língua inglesa. Os estudantes que obtiverem bolsa estão isentos do pagamento de inscrição no evento, avaliado em 1599 euros. A participação na EIA 2021 confere ainda 6 ECTS a cada participante. Mais informações através do endereço de e-mail susana@inacademy.eu.

EMBRACE's conference aims to change how businesses addresses social inclusion

EMBRACE is an EU funded project within the ERASMUS+ Cooperation for innovation and the exchange of good practices - Knowledge Alliances programme. The focus of the EMBRACE project is to address the issues of social inclusion, social equality and engaging society in research and innovation processes to generate solutions responsive to societal needs. The foundation stone of developing such an inclusive, collaborative, socially aware entrepreneurial society is: Education. Education from the individual perspective whereby Higher Education Institutions (HEIs) generate more rounded, employable graduates capable of contributing immediately to the intrapreneurial and social responsibilities of their employers. Equally, in parallel, education from the business perspective whereby entrepreneurs, owner/managers of micro-enterprises and SMEs, as well as senior executives of corporate entities are more enlightened and aware of their social responsibilities both within and external to their organisations. It is in essence the development of sustainable Corporate Social Entrepreneurship (CSE) and Corporate Social Entrepreneurs.  Today’s conference, Transforming organisations and education for societal sustainability, is a major milestone in this CSE journey. Hanze University of Applied Sciences, who led the EMBRACE project team in the development of the European Corporate Social Entrepreneurship Curriculum (ECSEC), are hosting today’s conference. During the conference attendees from academia, government organisations, industry and civic society organisations (the Quadruple Helix actors) will have the opportunity to input to and validate the ECESC. According to János Czafrangó, a member of the EMBRACE Advisory Board, a proponent of continuous lifelong learning and named on the  ‘Social Innovators’ Map’ of  ASHOKA since 2015, “the EMBRACE project team has performed tremendous work in a short period of time culminating in this conference which will significantly change the way businesses address social inclusion and their social responsibilities”. Professor Bill O’Gorman, the EMBRACE Project Leader, stated that “today’s conference is also a major milestone in the blurring of the boundaries between academia, government organisations, industry and citizens; in that it brings these entities together to address a common goal – the betterment of society globally”.   EMBRACE project is co-funded by the Erasmus+ Programme of the European Union. University of Porto is one of the partners, through U.Porto Inovação and Instituto de Sociologia from the University of Porto. (IS-UP). The other partners are: Waterford Institute of Technology (Ireland), Vilnius Gediminas Technical University (Lithuania), DRAMBLYS (Spain), Budapest University of Technology and Economics - BME (Hungary), National School of Political Studies and Public Administration (Romania), Domhan Vision (Germany), Hellenic Management Association (Greece), Digital Technology Skills Limited (Ireland), and Hanze University of Applied Sciences, Groningen (Netherlands).  

Empreendedorismo com Impacto: o Futuro das Startups

De: 
21/05/2021
Até: 
02/06/2021

 

Projeto UI-CAN marca o seu início com um evento online, no dia 2 de junho, onde será debatido o impacto dos projetos empreendedores na sociedade, com a colaboração de diversos especialistas, de onde se destaca Marcello Palazzi, cofundador do B Lab Europe.

Os sete gabinetes de apoio ao empreendedorismo, responsáveis pelo projeto UI-CAN – Universidades como Interface para o Empreendedorismo - entre os quais a U.Porto Inovação - pretendem com este evento sensibilizar os membros da academia para a importância do impacto dos projetos empreendedores, bem como para a necessidade de contribuírem para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

A sessão irá contar com a presença de Marcello Palazzi, cofundador do B Lab Europe, uma organização sem fins lucrativos que pretende auxiliar as empresas a incorporarem determinados padrões de transparência, sustentabilidade e desempenho, com o objetivo de criar valor para a sociedade.

Após esta intervenção, Marta Marques, Coordenadora da UACOOPERA – Unidade Transversal para a Sociedade, irá apresentar o projeto UI-CAN, as atividades a dinamizar e os apoios que serão disponibilizados nas diferentes academias, nos próximos dois anos.

O evento contempla ainda a dinamização de uma mesa redonda sobre “Oportunidades para Projetos Empreendedores com Impacto”, que contará com a participação de Carlos Azevedo, da IES-Social Business School; Filipe Almeida, da Portugal Inovação Social e Inês Sequeira, da Casa do Impacto - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com moderação de Filipe Castro da U. Porto Inovação.

O projeto UI-CAN envolve sete universidades: Aveiro, Beira Interior, Coimbra, Évora, Minho (TecMinho), Porto e Trás-os-Montes e Alto Douro, que contam já com uma larga experiência no apoio ao empreendedorismo e à criação de novas empresas.

No âmbito deste projeto, cofinanciado pelo COMPETE 2020, através do Fundo Social Europeu, as entidades parceiras irão levar a cabo um vasto leque de atividades, de entre as quais ações de capacitação e aceleração, concurso de ideias, encontros de mentores e visitas a ecossistemas empreendedores nacionais e internacionais. A dinamização destas iniciativas irá contribuir para a promoção do espírito empreendedor e para a criação de novas empresas que respondam aos desafios sociais e societais.

A participação no evento é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia, aqui. Mais informações através do e-mail uacoopera@ua.pt

 

O UI-CAN é um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia. 

Ocean Infinity adquire Abyssal

  A Ocean Infinity, uma empresa mundial na área da robótica marinha, adquiriu a Abyssal, uma das spin-offs da Universidade do Porto. A Abyssal é uma empresa de engenharia de software com mais de oito anos de experiência e que, agora, integra a Ocean Infinity. Foi fundada e está incubada na UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. A atividade da Abyssal centra-se no desenvolvimento e implementação de soluções de software para a indústria offshore com o objetivo de melhorar a segurança e a eficiência das operações submarinas. Os 38 colaboradores da Abyssal vão pertencer ao Grupo Ocean Infinity, mas vão continuar a operar a partir do Porto. A equipa vai desempenhar um papel fundamental na capacidade de desenvolvimento de software do grupo, à medida que continua a crescer e a fornecer serviços de aquisição de dados e robótica para os seus clientes marítimos. A tecnologia da Abyssal, spin-off U.Porto, abrange desde uma plataforma de dados cloud, ambientes sintéticos, visualização 3D avançada e ferramentas de sistema de gestão de operação. Esta tecnologia permite, ainda, que alguns dos maiores operadores offshore do mundo entreguem projetos complexos em segurança. A integração da experiência de software da Abyssal com a frota robótica da Ocean Infinity, vai aumentar a segurança da empresa e das operações, assim como melhorar a forma de aquisição de dados através do desenvolvimento de simulação operacional, gestão de frota e ferramentas de dados em cloud. “Partilhamos com a Ocean Infinity a mesma visão de continuar a desafiar os limites e as possibilidades da tecnologia, principalmente quando aplicadas ao campo da tecnologia do mar. Vemos esta integração como uma forma de podermos contribuir para desenvolver operações offshore cada vez mais seguras e sustentáveis.” afirma Manuel Parente, fundador e CTO da Abyssal. “As oportunidades são infinitas e estamos ansiosos pelo futuro que se avizinha, tanto para a nossa equipa, como para os nossos atuais (e futuros) clientes.” acrescenta ainda. Já Olivier Plunkett, CEO da Ocean Infinity, refere que “trazer esta equipa altamente qualificada para a Ocean Infinity fortalece a nossa capacidade de fornecer dados de alta qualidade, com segurança e rapidez. Aumentar a nossa equipa desta forma torna-nos no principal negócio de análise de dados do oceano e do fundo do mar.”.

Portugal Ventures investe em empresas com selo da U.Porto

  A capital de risco Portugal Ventures reforçou recentemente o seu portfólio com mais 43 startups, o que corresponde a um investimento total de 6,6 milhões de euros. A ação acontece no âmbito da Call INNOV-ID, lançada em maio de 2020, que recebeu mais de 100 candidaturas. Entre as jovens empresas selecionadas para receber financiamento estão seis empresas nascidas no seio da Universidade do Porto.  O destino do financiamento passa por fazer crescer equipas, acelerar produção ou proteger a propriedade intelectual. “Com este investimento decidimos fazer crescer a equipa, nomeadamente acelerar a resposta aos clientes”, refere Márcia Pereira, CEO da Bandora, uma das empresas spin-off U.Porto escolhidas. A Bandora é uma aplicação de Inteligência Artificial para a gestão energética dos edifícios. Também a Bioworld e a Corium Biotech, ambas incubadas na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, foram selecionadas para integrar o portfolio da Portugal Ventures. Os representantes da Bioworld — empresa que cria soluções em polímeros biodegradáveis a partir de resíduos orgânicos para uma economia sustentável — vão aplicar o financiamento no registo da patente, reforçando a implementação do polímero no mercado. Já no caso da Corium Biotech, que se dedica à bio-produção de couro exótico, no sentido de respeitar tanto o ambiente como o bem-estar animal, esta aposta da capital de risco permitiu “passar da fase de conceito à fase de desenvolvimento do protótipo”. Isto numa área – a biotecnologia – em que os custos associados aos protótipos são consideráveis, é uma mais valia para a jovem startup. No domínios da saúde, duas empresas spin-off  daU.Porto captaram o interesse da Portugal Ventures. A inSignals Neurotech, por exemplo, tenciona investir agora numa solução para apoiar cirurgias de estimulação cerebral em pacientes com Parkinson. A spin-off nascida no INESC TEC recebeu um financiamento de 100 mil euros. Já a Wisify, que desenvolve soluções tecnológicas para apoiar os profissionais das áreas médica, nutrição e desporto, tenciona fazer crescer a equipa e apostar “na produção da versão low cost do Lipowise”, um dos dispositivos médicos em que estão a trabalhar há mais tempo. Por fim, mas não por último, também a Eptune Engineering vai aproveitar a aposta da Portugal Ventures para “acelerar o desenvolvimento de produto e entrada no mercado”, refere João Pedro Loureiro. A empresa, atualmente incubada na UPTEC e que recebeu o selo spin-off U.Porto em 2020, dedica-se a desenvolver produtos e serviços de engenharia para o mercado aeroespacial e eólico. Esta não é a primeira vez que a Portugal Ventures aposta no conhecimento gerado na Universidade do Porto. Do portefólio da sociedade de capital de risco já faziam parte 15 empresas com ligação à Universidade: Abyssal, Addvolt, Azitek, Barkun, Berd, Codavel, DefinedCrowd, Didimo, Doppio, Immunethep, Jscrambler, Mice, Noocity, Probely e TonicApp. Com esta nova ronda, a presença da U.Porto ultrapassa as 20 empresas.

TekOn Electronics junta-se à “família” A2B

  Foi já a terminar o mês de abril que a U.Porto Inovação organizou mais uma sessão Academia to Business (A2B), e desta vez com a estreante TekOn Electronics. O encontro reuniu, de forma remota, quase duas dezenas pessoas, entre membros da TekOn, investigadores da Universidade do Porto e duas empresas spin-off da Universidade. A TekOn Electronics é uma unidade de negócio da Bresimar Automação, S.A., empresa com 38 anos de experiencia em automação, soluções de controlo industrial e engenharia. A TekOn Electronics desenvolve e fabrica soluções sem fios para aplicações de medição e monitorização, focando-se em trending topics como Internet of Things Industria 4.0. E foi dentro destes domínios que Nelson Jesus, representante da empresa, apresentou o negócio e os principais desafios a lançar à comunidade da U.Porto. Entre eles estão, por exemplo, a digitalização do chão de fábrica, soluções de integração de plataformas ou conectividade alargada, sempre com o objetivo final de “dar resposta ao cliente, e não só ao mercado, para que possa implementar soluções de forma autónoma”, referiu Nelson Jesus. Também a eficiência energética é uma grande preocupação para a TekOn Electronics. Especialista em sensores, a empresa pretende torna-los cada vez mais simples mas com capacidade de gerar energia: “Cada vez faz mais sentido que os sensores sejam mais pequenos, mais fácies de instalar, e sem recurso a nenhum tipo de baterias”, conclui Nelson Jesus. A aproximação à academia Sendo o objetivo das sessões A2B proporcionar o reforço dos laços entre investigadores e empresas, criando condições ideais para uma investigação aplicada aos desafios que a indústria enfrenta, ao encontro juntaram-se investigadores da Faculdade de Ciências e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Todos tiveram oportunidade de apresentar o seu trabalho, que vai desde a nanotecnologia, passando por comunicação inteligente, eficiência energética, machine learning, cibersegurança, mobilidade, redes de dados, etc. Participaram também duas empresas spin-off U.Porto: a Bandora (eficiência energética de edifícios baseada em machine learning) a Trenmo (área da mobilidade e redes). Estavam então criadas as condições para um produtivo networking que, apesar de ter acontecido online, não deixou de motivar discussões animadas e interessantes, prevendo possíveis parcerias futuras. Durante este tempo os participantes falaram principalmente sobre a enorme quantidade de dados que, atualmente, geramos, bem como a segurança e proteção dos mesmos. No final da sessão tanto cientistas como empresa se revelaram de porta aberta para desenvolver projetos comuns. Para a TekOn “é muito importante criar dinâmicas entre universidades e empresas”, referiu Nelson Jesus, admitindo que é muitas vezes difícil adquirir novo know-how para se manterem competitivos. Assim, estar, de alguma forma, ligado à Universidade, seria uma vantagem para o grupo empresarial. Mas o caminho não é só de ida, digamos assim, e a TekOn também está disposta a dar o seu contributo à Universidade: “Também queremos passar a nossa experiencia para os investigadores porque quanto mais inputs as universidades tiverem, mais vantajoso é. É importante que a informação não se perca, manter a dinâmica para pormos todas as pessoas a pensar em algo comum.”, referiu Nelson Jesus. Como concluiu Joana Resende, pró-reitora da Universidade do Porto, no final da sessão, é fundamental construir pontes e criar sinergias: “Queremos posicionar-nos como uma universidade sem muros, uma universidade aberta. Para isso, é fundamental que haja este tipo de cooperação”.

Universidade do Porto volta a liderar registo de patentes europeias

  Dos 249 pedidos de patente europeia realizados, em 2020, por instituições portuguesas, pelo menos 23 – cerca de 10% – tiveram origem na Universidade do Porto ou nos seus Institutos Associados. Os dados constam do último relatório anual publicado pelo European Patent Office (EPO) e confirmam, pelo terceiro ano consecutivo, o estatuto da U.Porto enquanto universidade portuguesa que mais patentes submete junto do EPO, bem como um dos maiores motores de inovação em Portugal. Dos 23 pedidos de patente submetidos (mais seis do que em 2019), cinco referem-se a invenções desenvolvidas por investigadores das faculdades da U.Porto. Duas tiveram origem no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), ao passo que as restantes três distribuem-se pela Faculdade de Ciências (FCUP), Faculdade de Engenharia (FEUP) e Faculdade de Farmácia (FFUP). Geridas pela U.Porto Inovação, estas cinco invenções incluem uma solução para melhorar o modo de preservação dos espermatozoides e, assim, trazer uma nova esperança no combate à fertilidade; uma forma de tratamento para lesões em cavalos de corrida baseada em células estaminais; moléculas auto ativadas que, através da luz, conseguem localizar células cancerígenas em qualquer parte do corpo; um método de obtenção, a partir do bagaço de azeitona, de um ingrediente com propriedades funcionais e que que pode ser utilizado no desenvolvimento de novos produtos e um processo de separação e purificação de derivados de glicerol em produtos químicos de valor acrescentado. No que toca aos pedidos de patente realizados pelos Institutos Associados da U.Porto, o destaque vai para o INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, responsável por 12 submissões de patente relacionadas com tecnologias médicas de apoio ao diagnóstico, telecomunicações, cibersegurança e instrumentação. As outras seis patentes com o selo da U.Porto foram submetidas pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), com quatro pedidos, e pelos Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR-UP) e Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) com um pedido cada. No i3S as tecnologias com um pedido de patente ativo na Europa incluem uma nova terapia para as lesões da medula espinhal, um meio de diagnóstico de tumores mais sensíveis à imunoterapia e também um revestimento para dispositivos médicos mais resistentes à infeção hospitalar. Sendo todas na área da saúde – na qual o tempo de vida dos projetos, desde a ideia à entrada no mercado, é longa e complexa, a proteção da propriedade intelectual a nível internacional é muito importante, tendo em conta os mercados-alvo. Já o INEGI submeteu, junto do EPO, uma invenção destinada a melhorar a impregnação de fibras de sistemas compósitos, em particular nos processos de enrolamento filamentar e pultrusão. E o CIIMAR uma solução inovadora para o processamento de algas, através de moagem e lise enzimática, que proporciona a obtenção de protoplastos com alta digestibilidade para uso como ingrediente ou alimento na dieta humana ou animal. Universidades dominam em Portugal Segundo os dados agora divulgados pelo EPO, a subida de patentes europeias “made in U.Porto” surge em contraciclo com o decréscimo no registo de patente provenientes de instituições portugueses (249 em 2020 face às 272 submetidas em 2019). Entre as instituições nacionais com mais pedidos de patentes europeias, a Universidade do Minho é aquela que regista mais pedidos de patente (20) a título individual. Seguem-se-se a A4TEC – Associação para o Progresso da Engenharia de Tecidos e Tecnologias e Terapias de Base Celular com 14 pedidos de patente, o INESC TEC com 12 pedidos e ainda a empresa tecnológica Saronikos Trading and Services e a Universidade de Évora, ambas com sete pedidos submetidos. No que diz respeito aos países que mais pedidos apresentaram em 2020, a lista do EPO é liderada pelos Estados Unidos com mais de 25% dos pedidos. Seguem-se a Alemanha, e o Japão, que mantêm os lugares do ano anterior. Já no que toca a empresas, também se repetem as três líderes de 2019: a Samsung surge no topo da tabela com mais de 3200 pedidos de patente, seguida da Huawei e da LG com mais de 2900 pedidos cada. De uma forma geral, 2020 representou uma quebra geral nos pedidos de patente. As áreas da saúde e tecnologias médicas foram as que originaram mais pedidos. U.Porto continua a liderar na inovação O Relatório Anual do Instituto Europeu de Patentes 2020 reflete, assim, o que foi mais um ano de expansão da propriedade intelectual da Universidade do Porto apesar do contexto atípico da pandemia. No ano passado, chegaram à U.Porto Inovação 42 novas comunicações de invenção, número que não se atingia desde 2012. Além da Europa, foram submetidos pedidos de patente noutros territórios internacionais tais como Estados Unidos, Austrália, Brasil e, pela primeira vez, Israel, num total de 39 submissões. Já no que toca a concessões, foram duas as patentes concedidas em Portugal e oito internacionais: três em território europeu, duas nos Estados Unidos, uma no Brasil e duas no Japão. No final de 2020, o portfolio de patentes da U.Porto concedidas totalizava 271, sendo 65 nacionais e 104 internacionais. Tendo em conta todas as novas patentes submetidas, mas também as que foram caindo ao longo do ano, a U.Porto terminou 2019 com 382 patentes e pedidos de patente ativos no seu portfolio.

Carlos Lei é um dos 30 jovens mais promissores da Europa

  Carlos Lei Santos, cofundador da HypeLabs, integra a edição deste ano da lista dos 30 melhores talentos europeus com menos de 30 anos, elaborada pela revista Forbes. A seleção, feita anualmente pela prestigiada publicação norte-americana, destaca o antigo estudante da Universidade do Porto na categoria “Technology”. Antigo estudante de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências (FCUP), Carlos Lei Santos é CEO e cofundador da HypeLabs, uma empresa spin-off da U.Porto atualmente incubada na UPTEC — Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto e que deu os primeiros passos na Escola de Startups da UPTEC. A HypeLabs desenvolve um software de comunicação em redes mesh, que permite a dispositivos comunicarem entre si mesmo sem Internet. Este software identifica no dispositivo que tipos de antenas ou canais de transporte existem — por exemplo, no telemóvel identifica uma antena Bluetooth ou WiFi — e escolhe em tempo real os melhores canais para ligar o dispositivo a todos os que estão nas proximidades. Em 2019, a spin-off levantou um investimento no valor de 2,7 milhões de euros, liderado pelo innogy Innovation Hub. Este investimento está a ser usado para reforçar a equipa e “continuar a crescer internacionalmente, bem como focar num mercado-chave – o utilitário de energia. O nosso objetivo é conectar todos os dispositivos de forma simples, mesmo em situações previamente impossíveis, construindo redes que se auto configuram, ajustam, aperfeiçoam e protegem. É hora de trazer inteligência para a pilha de rede”, afirma Carlos Lei Santos. U.Porto “repetente” na lista da Forbes Spin-offs da U.Porto "repetentes" na lista da Forbes Esta não é a primeira vez que membros de spin-offs da Universidade são distinguidos na lista “30 under 30”, elaborada pela Forbes. Em 2020, integraram este “ranking” Bruno Azevedo e Rodrigo Pires, alumni da FEUP e fundadores da Addvolt – spin-off U.Porto e graduada da UPTEC –, António Rocha, Gilberto Loureiro e Paulo Ribeiro, alumni da FCUP e fundadores da Smartex – spin-off U.Porto e incubada na UPTEC – e Joana Paiva e Luís Valente, cofundadores da ILof-Intelligent Lab on Fiber, uma spin-off nascida no INESC TEC e atualmente incubada na Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP).

Jornada de networking do projeto SPIN-UP une empresários e cientistas

No passado dia 31 de março teve lugar a 1ª edição da Jornada Transfronteiriça de Networking entre Empresários e Cientistas da Universidade do Porto e da Universidade de Santiago de Compostela. O evento foi organizado pela ANJE e pela Universidade do Porto e decorreu no âmbito do projeto Spin Up, que tem como propósito fomentar a criação de spin-offs e start-ups a partir de resultados de investigação. Estiveram presentes perto de 50 pessoas, entre cientistas, empresários e membros da organização da jornada. As boas-vindas foram protagonizadas por Luís Vale (Diretor Nacional da ANJE), Joana Resende (pró-reitora da Universidade do Porto) e José Luis Villaverde (Diretor da Valorização, Transferência e Empreendedorismo da Universidade de Santiago de Compostela).  Todos foram unânimes em considerar imperiosa a ligação do meio empresarial ao meio académico, bem como no atual empenho dos cientistas em colocar a ciência ao serviço das empresas. Seguiu-se o primeiro painel da tarde, que contou com a presença de Katiuska Cruz. A Coordenadora da Transferência de Tecnologia e Empreendedorismo da ANI – Agência Nacional de Inovação abordou a importância, no contexto atual, da I&D e Inovação para as empresas, na perspetiva de melhorar a sua performance. Foram também apresentados os instrumentos financeiros que a ANI disponibiliza para o efeito. A Universidade do Porto e a Universidade de Santiago de Compostela apresentaram, depois, dois casos de estudo onde está patente a transferência de conhecimento e tecnologia do meio académico para as empresas. No caso específico da U.Porto, por exemplo, o investigador da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Carlos Manuel Pereira, e o Diretor-Geral da SARSPEC, Ricardo Sousa e Silva, deram nota da perfeita simbiose entre as duas organizações, demonstrando o que de melhor se faz na indústria com a investigação desenvolvida no meio académico. Ambos os casos de estudo espelharam a necessidade do reforço da inovação nas empresas enquanto fator critico para a sua sustentabilidade, num quadro de profunda incerteza, imprevisibilidade, rápida evolução da tecnologia e inegável mutação do mercado. Importância de unir os dois mundos A segunda parte do evento contou com sessões de networking entre empresários e cientistas, fruto de uma pesquisa exaustiva da organização do evento para encontrar ligações ideais. O objetivo em mente foi sempre juntar, a uma determinada empresa inscrita no evento, o/a cientista que possua o conhecimento necessário à prossecução do objetivo da empresa ou até que tenha já desenvolvido, ou esteja a desenvolver, uma tecnologia que dê resposta ao que a empresa procura. Os encontros revelaram-se muito profícuos, tendo muitos deles resultado na marcação de novas reuniões, o que indica que o caminho começa a ser trilhado. Em suma, toda ao a Jornada Transfronteiriça de Networking teve como foco a importância da ligação entre empresas e universidades, demonstrando-se que o conhecimento gerado no meio académico não está só ao alcance de grandes empresas. É imperioso valorizar o conhecimento produzido nas universidades as quais, cada vez mais, procuram produzir ciência para alavancar a competitividade das empresas. A ligação entre os dois meios depende, essencialmente, de as empresas estarem motivadas para identificar as principais áreas científicas e tecnológicas relacionadas com os problemas e desafios que pretendem resolver, por via da investigação. E, por outro lado, os cientistas terão todas as vantagens em serem suficientemente ágeis e pragmáticos no processo devendo ser, também, compensados pelo trabalho árduo desenvolvido. A iniciativa será para repetir ainda este ano. Mais informações em breve. As jornadas transfronteiriças são uma atividade enquadrada no SPIN UP, um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). O SPIN UP pretende aumentar a transferência de tecnologia para o mercado nas regiões do Norte de Portugal e Espanha.        

Inovação na U.Porto “sobrevive” à pandemia e continua a crescer

  É inevitável que todos os balanços sobre 2020 salientem o quão atípico foi este ano em que o mundo parou e, ao recomeçar, teve de adaptar-se. Isso não foi diferente para a U.Porto Inovação, mas não significou menos trabalho, resultados aquém das expectativas ou paragem de qualquer tipo. Pelo contrário. A equipa adaptou-se ao “novo normal” e continuou, com sentido de missão, o trabalho de proteger e valorizar o conhecimento produzido na Universidade do Porto. “O melhor ativo que uma organização pode ter são as pessoas. Nós, na U.Porto Inovação, levamos isso muito a sério”, refere André Fernandes, diretor da unidade. Assim, a missão da U.Porto Inovação manteve-se inalterada com a firme convicção de continuar – e consolidar – o caminho dos últimos anos e deu-se seguimento às atividades de proteção de propriedade industrial, apoio ao empreendedorismo e aproximação da Universidade do Porto à indústria. Para a prossecução dessas atividades, os projetos financiados continuaram a ser um forte auxílio. Foram 28 os projetos ativos em 2020, compreendendo um pouco mais de 800 mil euros para financiar parte do financiamento da unidade. Proteger e valorizar o conhecimento produzido na U.Porto No que toca à propriedade intelectual, a Universidade do Porto registou, em 2020, 42 comunicações de invenção, o que representa um aumento significativo em relação ao ano anterior (18). Esta foi a segunda vez, desde a criação da unidade, que se atingiu este número, sendo que a primeira aconteceu em 2012. Na sequência das comunicações de invenção recebidas neste e nos anos anteriores, foram submetidos 28 pedidos de prioridade nacional junto do Instituto de Propriedade Industrial (INPI), 22 pedidos de extensão internacional (PCT) e 39 pedidos internacionais em territórios como Europa, Estados Unidos, Austrália, Brasil e, pela primeira vez, Israel. Já no que toca a concessões, foram duas as patentes concedidas em Portugal e 8 internacionais: três em território europeu, duas nos Estados Unidos, uma no Brasil e duas no Japão. No final de 2020, o portfolio de patentes da U.Porto concedidas totalizava 271, sendo 65 nacionais e 104 internacionais. Tendo em conta todas as novas patentes submetidas, mas também as que foram caindo ao longo do ano, a U.Porto terminou 2020 com 382 patentes ativas no seu portfolio. Além de proteger, importa valorizar a investigação e fazer o possível para a transferir para o mercado. Em 2020 foram assinados três contratos de exploração comercial de tecnologias com empresas, tendo a U.Porto terminado o ano com 26 licenças ativas. Apoiar o empreendedorismo e aproximar a investigação das empresas Apesar da crise pandémica que, inevitavelmente, fez com que muitos projetos empreendedores não saíssem do papel ou até que fossem encerrados muitos dos que já haviam saído, a U.Porto Inovação continuou a sua missão de apoiar quem quer chegar mais longe com a sua ideia. Em 2020 foram 10 as empresas a receber a chancela Spin-off U.Porto e o The Circle, apoiado pelo Santander Universidades e pela Porto Business School, chegou ao final do ano com 98 membros (no total, e desde 2010, a chancela já foi atribuída a 104 empresas. No final de 2020, 98 estavam abertas e em funcionamento). Juntas, as empresas do The Circle gerem perto de 240 patentes, geram mais de 44 milhões de euros de lucro (dados de final de 2019) e já contribuíram para a criação de mais de 900 postos de trabalho. Informação mais aprofundada sobre o The Circle pode ser encontrada aqui, na brochura anual. Falar de eventos em 2020 é o ponto mais sensível e o que, sem dúvida, exigiu mais adaptação por parte das equipas em todo o mundo. Multiplicaram-se as conferências, reuniões e palestras à distância e em formato digital, e a U.Porto Inovação também fez a sua parte. Além de ter participado, com algumas spin-offs U.Porto, no Digital Health Porto, a unidade organizou, já no final do ano, mais uma edição do Business Ignition Programme. Nele participaram 12 equipas, orientadas pela U.Porto Inovação e pela BTEN durante 8 semanas. Já mesmo a terminar o ano, a U.Porto Inovação revolucionou o já conhecido Entreprenow, que desta vez foi preenchido por debates com apenas duas pessoas e um moderador, sem público, filmados e depois transmitidos nas redes sociais da unidade. Os vídeos estão disponíveis para visualização aqui. No que diz respeito à 3ª missão da Universidade do Porto, organizaram-se duas sessões A2B (Academia to Business) uma com a Sogrape e outra com a Galp. As sessões A2B já se realizam há nove anos e totalizam 47 encontros, com mais de 1450 participantes entre académicos e membros da empresa. O objetivo principal da iniciativa é uma mais eficaz valorização do conhecimento gerado na U.Porto, aproximando o meio académico da indústria. Novas formas de comunicar e ficar mais perto Por fim, mas não por último, a U.Porto Inovação manteve a sua aposta numa comunicação forte e próxima do seu público-alvo. Além das mais de 40 notícias geradas e publicadas, de salientar também o aumento de 5% de seguidores no Facebook e 42% no Instagram. A par disso, a U.Porto Inovação lançou, no final do ano, o seu vídeo, que pretende ser uma apresentação original, apelativa e detalhada da equipa e do trabalho que desenvolve. Ainda na área da multimédia foram desenvolvidos dez vídeos sobre empresas spin-off da Universidade do Porto, que podem ser visualizados aqui. Foi também criada e publicada a brochura “FAQs sobre patentes”, que funcionará como a porta de entrada para quem tenha dúvidas sobre a proteção de propriedade industrial de uma invenção. Com uma linguagem clara e simples, o objetivo da publicação é esclarecer dúvidas iniciais e facilitar o diálogo entre investigadores/as e a U.Porto Inovação. Foi mais um ano em que a Universidade do Porto apostou na inovação e no empreendedorismo da sua comunidade e parceiros, apesar dos obstáculos desconhecidos e, por isso, particularmente difíceis. “A U.Porto Inovação mantém-se como um elemento fundamental no nosso ecossistema de inovação e empreendedorismo, desenvolvendo uma vasta fama de atividades que apoiam toda a cadeia de valor”, refere a pró-reitora Joana Resende. A equipa entrou em 2021 empenhada em enfrentar novos desafios, pronta a consolidar o caminho dos últimos 17 anos: “Temos grandes expectativas no que diz respeito às sementes que o ecossistema da U.Porto tem vindo a espalhar. O retorno do investimento é o mote que queremos seguir”, refere o diretor André Fernandes. Isto numa altura em que, como conclui a pró-reitora Joana Resende, “mais do que nunca ficou claro que a ciência e a inovação são fatores chave para a evolução das sociedades”. A brochura da U.Porto Inovação em números, referente ao ano de 2020, está disponível para consulta aqui.

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