“Sonho ver a aquacultura em Portugal aparecer no mapa internacional”

  A formação de Luísa Valente, atualmente docente do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e investigadora do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), começou no curso de Biologia na Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP) e passou pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde fez o seu Doutoramento e onde deu aulas. Nos anos 2000 voltou à Universidade do Porto, sendo investigadora do CIIMAR desde 2001 e docente do ICBAS desde 2003. Ao perguntar-lhe o motivo da escolha desta área científica, a investigadora revela que aconteceu “por mero acaso”, apesar de assumir que cresceu como uma criança “muito curiosa, que gostava de flores e natureza”. Quando terminou a licenciatura tinha interesse em várias áreas, e a sua carreira como investigadora começou na fisiologia vegetal. No entanto, e nas palavras da própria, acabou “ao lado, na ciência animal” quando foi trabalhar para a UTAD: “Tinham excesso de docentes na área vegetal, para a qual me tinha candidatado, mas ninguém para lecionar zoologia, por isso desafiaram-me a experimentar uma área que, até à altura, não me tinha cativado. Gostei. Gostei mesmo muito”, conta. Não demorou muito até nascer a paixão pela aquacultura e o seu “percurso em direção aos peixes”. Atualmente, o seu trabalho assenta na sustentabilidade da aquacultura, o que envolve um conjunto de abordagens: “identificação de novas matérias primas a incorporar em dietas para peixes, avaliação do seu impacto no crescimento e bem-estar dos animais, passando ainda pelo valor nutricional do filete para consumo humano”, explica a investigadora. Até aos dias de hoje, o grupo de investigação onde Luísa Valente se encontra inserida já enviou quatro comunicações de invenção à U.Porto Inovação, todas elas com pedidos de patente ativos, quer a nível nacional, quer internacional. Duas das patentes resultaram de doutoramentos em ambiente empresarial. Identificaram-se “produtos naturais promotores do crescimento do linguado”, bem como um “hidrolisado proteico para aumentar a resistência do robalo a agentes infeciosos”, explica a investigadora. Outras das tecnologias melhora a biodisponibilidade de nutrientes em algas facilitando a sua absorção. Mais recentemente, começaram a desenvolver também uma ração para ouriços do mar. Apesar da grande paixão pelo que faz e pelo “enorme interesse em aprender” a verdade é que, para Luísa Valente, o objetivo final é ver o “trabalho refletido em produtos com aplicação prática”, diz. Assim sendo, os próximos passos serão “o licenciamento das patentes para que se possam tornar úteis para a sociedade”. "A U.Porto dá-nos um ambiente fantástico para promover a inovação" Tudo isto é possível, segundo a investigadora, num ambiente de investigação colaborativo e versátil como a Universidade do Porto. Para Luísa Valente, a principal vantagem de pertencer a esta “família” são as sinergias possíveis entre várias unidades orgânicas ou centros de investigação diferentes, o que contribui muito para a valorização e proteção de conhecimento, pontos para os quais tem sido “altamente incentivada enquanto investigadora do CIIMAR”. No entanto, a investigadora lamenta alguma lentidão decorrente da centralização de serviços, e acredita que o caminho é criar “organizações ágeis e com grande capacidade de resposta onde a proximidade é imbatível”, refere. E os sonhos? Luísa Valente não pede “três desejos à lâmpada mágica do Aladino” mas assume que gostaria muito de realizar dois: em primeiro lugar, poder ter um grupo de investigadores a trabalhar no seu grupo, focados na ciência e sem contratos a prazo. Depois, e principalmente, sonha “ver a aquacultura em Portugal aparecer no mapa internacional”. Na sua opinião, já se atingiu a excelência científica, mas não a capacidade de produção. “Isto deixa-me triste, mas sou resiliente”, conclui, piscando o olho ao futuro e a novos projetos para os quais devemos estar (e estaremos!) atentos.

Máscara protege pacientes com disfagia do risco da COVID-19

  Alguns dos principais desafios que a pandemia da COVID-19 trouxe prendem-se com pensar em formas seguras de tratar e acompanhar doentes com outras patologias, protegendo-os, ao mesmo tempo, do contágio pelo novo coronavírus. Uma dessas condições é a disfagia e/ou motricidade oral disfuncional - uma condição incapacitante que provoca dificuldades no momento da deglutição – cujos pacientes necessitam de apoio no momento da alimentação e, consequentemente, faz com que os profissionais tenham de se aproximar da boca e nariz dos mesmos. Tendo isto em mente, um grupo de investigadores das Faculdades de Engenharia e Medicina, em parceria com o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, resolveu colocar mãos à obra. “Sendo a cavidade oral a porta de entrada do nosso organismo e, a par do nariz, a principal estrutura anatómica a proteger no âmbito da COVID-19, temos procurado encontrar soluções que possam ser úteis nesse âmbito”, refere Miguel Pais Clemente, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. À semelhança do que aconteceu em maio de 2020, quando surgiu a ideia de criar um escudo protetor para dentistas, também desta vez Miguel Pais Clemente, juntamente com o professor da FMUP José Manuel Amarante, resolveu “atravessar a rua” e voltar a unir esforços com Joaquim Gabriel Mendes, da Faculdade de Engenharia da U.Porto. Aos três investigadores juntou-se ainda Catarina Aguiar Branco (Diretora do Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga e docente na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto), reunindo-se assim a equipa que fez nascer uma máscara protetora que impede a propagação de aerossóis do doente para o profissional de saúde e vice-versa. Esta máscara destina-se sobretudo a doentes com disfagia, idosos institucionalizados em lares e a doentes internados em regime hospitalar. Utilizando-a durante as refeições, haverá uma barreira adicional de proteção que permite que o paciente coma sem ter que retirar a máscara. Tendo em conta a situação pandémica, esta é uma proteção eficaz contra aerossóis e gotículas respiratórias, sendo especialmente útil em pacientes com “alterações da motilidade faringo-laríngea e/ou com frequentes obstruções respiratórias e tosse, uma vez que essas condições provocam emissão de resíduos alimentares e aerossóis”, explica o investigador José Manuel Amarante. A principal vantagem da máscara face a outras soluções existentes atualmente é “ser constituída por dois componentes um superior e inferior. Sendo que o inferior, que recobre o nariz e a cavidade oral, é amovível, transparente e fácil de limpar”, explica Joaquim Gabriel. Isto permite não só alguma proteção física, mas também que nariz e boca fiquem visíveis, facto especialmente útil, por exemplo, em exercícios de terapia da fala ou de reabilitação para a própria disfagia. Recorrendo a esta máscara o profissional de saúde consegue visualizar e avaliar a deglutição dos alimentos e, assim, ajudar de forma mais eficiente o paciente. Da Universidade para o mercado A missão desta equipa, que assume a sua multidisciplinaridade com uma mais valia pelas competências envolvidas, é garantir que a saúde, mesmo em tempos de pandemia, não é negligenciada. Como refere Catarina Aguiar Branco, não foram poucos os relatos de pacientes não COVID que, por vezes, “deixaram de realizar os seus tratamentos pelo receio de algum eventual tipo de contágio”. Esta máscara, acreditam os investigadores, pode ser uma solução útil para situações como estas, garantindo ao doente que está seguro e que pode continuar a confiar no seu tratamento. Assim, é fundamental chegar rápido aos hospitais. Depois de enviada a comunicação de invenção à U.Porto Inovação, foi submetido um pedido provisório de patente nacional junto do INPI. Agora, a equipa está concentrada em passar à fase seguinte – a da comercialização – estando já em negociações com a Simoldes para a eventual produção industrial. Passada a fase do design, seleção de materiais e orçamentação, “será depois produzida uma pré-série do produto de modo a que possa ser testado por um grupo de potenciais utilizadores”, refere Miguel Pais Clemente. Assim, a equipa poderá melhorar algum aspeto ou até incluir funcionalidades extra para chegar ao produto final e, passando a redundância, entrar finalmente no mercado. Joaquim Gabriel Mendes acredita que este passo não será difícil uma vez que a máscara não entra na categoria de dispositivos médicos – habitualmente sujeitos a processos mais longos e delicados de autorização. No entanto, refere o investigador, é sempre necessário avaliar certas características da máscara como por exemplo “o contacto com a pele, de modo a que não cause alergia, seja suave e agradável ao toque” refere. Tendo em conta todas estas etapas e ainda a componente comercial (rede de distribuição, definição de preços, planeamento, publicidade, etc.), os investigadores acreditam ser possível chegar ao mercado em seis meses.  

À conversa com as empresas: Laborders

  A LabOrders tem como missão acelerar a ciência, tornando-a mais eficiente. Trata-se de uma plataforma online para colocar e gerir encomendas em instituições de I&D e já conta com clientes como o CIIMAR, na Universidade do Porto, o CNC em Coimbra ou a FCiências.ID em Lisboa. A startup recebeu a chancela spin-off U.Porto em 2017 e continua a crescer. Fomos conversar com o Bruno e o Tiago, de uma forma bastante descontraída. Vamos conhecê-los melhor? 1. Como é um típico dia de trabalho na LabOrders? Por causa da pandemia, estamos em trabalho remoto desde março do ano passado, e naturalmente os dias têm sido bastante diferentes. Ainda assim, todos os dias às 10h00m temos um check-in rápido entre toda a equipa - 15 minutos para ficarmos todos a par do que cada um está a fazer. O resto do dia varia bastante. Parte da equipa está concentrada no desenvolvimento do software, e temos também muitas reuniões com clientes atuais assim como com novos clientes potenciais. Infelizmente, nesta fase perdemos o convívio dos nossos almoços de equipa em conjunto.   2. O que fazem, enquanto equipa, quando se sentem menos criativos ou animados? A verdade é que estamos todos entusiasmados com a nossa missão e no ritmo acelerado em que nos encontramos, não temos sentido falta de ânimo. Não querendo parecer insensíveis, a realidade é que temos tido imensas solicitações de projetos muito entusiasmantes durante a pandemia. Ainda assim, antes da pandemia fazíamos com regularidade atividades em equipa para nos divertirmos em conjunto, fora das atividades normais de trabalho. A última foi um Escape Room - que nos deixou em modo super focado e onde uma hora voou - recomendamos! Já no modo online, tivemos este mês uma sessão de Pictionary virtual - e, embora a nossa qualidade artística com o rato possa ser questionável, foi surpreendentemente divertido.   3. Porquê o nome LabOrders? O primeiro desafio que a empresa resolveu foi o de simplificar o processo de encomendas de material de laboratório - daí o nome: Lab / Orders. Hoje, fazemos muito mais do que isso - não só passam pelo LabOrders todos os processos de despesa da instituição (incluindo, por exemplo, idas a conferências científicas), como temos muitas outras funcionalidades, desde gestão de stocks até à gestão de projetos e pedidos de pagamento às entidades financiadoras.  Temos resistido a mudar o nome, mas neste momento somos muito mais do que “encomendas dos laboratórios”.   4. Como é, para vocês, ser membro da família de spin-offs da U.Porto, o The Circle? Para nós tem sido interessante e útil. Além dos eventos de networking e formação, há uma parte de imagem e de aumento de visibilidade que é importante. Aliás, já tivemos pelo menos um caso em que um potencial cliente nos contactou, depois de tomar conhecimento da LabOrders através de um dos folhetos do The Circle. Esperamos continuar a crescer em conjunto!   5. Quem é a pessoa mais divertida da empresa? Pergunta difícil! Acho que se perguntarem a todos, cada membro da equipa responderá com uma pessoa diferente. Temos todos bastante bom humor e formas consideravelmente diferentes de o expressar. Mas tem funcionado bem. O tema do momento é que não fizemos plano de contingência para cortar os cabelos, e alguns elementos da equipa estão a sofrer mais que outros!   6. Se uma criança um dia vos disser "Quero ser empresário/a!", qual será o vosso primeiro conselho? Um ponto crítico e comum a todos os projetos empresariais (e não empresariais!) é a capacidade de vender. Por isso, um conselho que julgamos útil é começar desde já a treinar competências de venda. Os exemplos clássicos da bancada de limonada ou de vender desenhos de Pai Natal aos avós vêm à cabeça.   7. Se pudessem escolher um só sonho a alcançar com a LabOrders, qual seria? Ser líder internacional na área de software de gestão e apoio a organizações focadas na I&D. Quantos mais utilizadores tivermos, mais conseguiremos ajudar, mais eficientemente se fará Ciência!   8. Quais os planos da LaboOrders para o futuro mais próximo? Tivemos um ano muito positivo, com várias instituições grandes a juntarem-se ao LabOrders em Portugal e este ano vamos ativar o nosso primeiro cliente internacional, no Canadá - que veio de uma referência espontânea de um dos nossos clientes. Os planos imediatos passam por continuar a aumentar o número de instituições que beneficiam do LabOrders em Portugal, ao mesmo tempo que iniciamos a fase seguinte de crescimento internacional.   9. O que aprenderam, até agora, com esta jornada empreendedora? E com as pessoas com quem trabalham? Algo que ambos aprendemos nos nossos percursos foi a importância de nos focarmos. É um aspeto a que, apesar da experiência, temos que estar sempre atentos para encontrar o melhor equilíbrio. Quando somos ambiciosos com os nossos objetivos e temos uma visão forte, é fácil cair na tentação de querer fazer “tudo” antes do tempo e isso leva a problemas. Mas se não nos desafiarmos a fazer sempre um pouco mais, também estamos a limitar o nosso sucesso.   10. Quais os vossos sonhos pessoais? Temos muitos! Mas com estreita ligação à nossa formação científica e ao espaço em que a Laborders opera (instituições de I&D e de Educação), gostávamos de conseguir evoluir a empresa até a um nível que nos permitisse “give back”, ou seja retribuir de volta à sociedade de forma significativa e que cause impacto.  Temos discutido algumas ideias para apoiar iniciativas de ensino e de ciência no futuro e estamos a dar o nosso melhor para as podermos tornar realidade.

Universidade do Porto aplica 60 mil euros para impulsionar projetos inovadores

Repetindo a receita de sucesso iniciada em 2018, a U.Porto Inovação voltou a lançar a iniciativa BIP PROOF, cujo principal objetivo é criar um sistema de provas de conceito para estimular a concretização de etapas de valor condicionantes à valorização de resultados de investigação. Esta edição contou novamente com o apoio da Fundação Amadeu Dias (FAD) – que já havia apoiado as duas edições anteriores – e com um novo apoio por parte do Santander Universidades. Depois de um criterioso olhar para as 50 candidaturas recebidas, seis projetos foram escolhidos pelo júri para receber financiamento de 10.000 euros. SAFENERGY: reforço sísmico e térmico para fachadas O projeto SAFENERGY visa eliminar, segundo os investigadores, uma problemática bastante atual: “Cerca de 40% dos edifícios situados em zonas de média-alta perigosidade sísmica da União Europeia foram dimensionados, utilizando regulamentos com baixas exigências de segurança, sendo que 65% destes necessitam de melhorias de eficiência energética”, explica André Furtado, da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) e líder do projeto. Assim, a equipa de investigação desenvolveu uma solução de reforço integrado sísmico e térmico para fachadas de edifícios de betão armado, que permitirá uma “mudança de paradigma no que toca às intervenções de reabilitação neste tipo de edifícios”, referem. Pretende-se que esta solução, além de inovadora e em conformidade com as necessidades do mercado, seja de “custo reduzido, fácil aplicação e acompanhada por uma metodologia aplicável por qualquer engenheiro projetista”. Assim, o financiamento conseguido na iniciativa BIP PROOF será “fundamental para dar continuidade aos trabalhos”. Os investigadores vão iniciar uma campanha experimental composta por modelos à escala real, que serão testados numa plataforma de ensaios recentemente criada no Laboratório de Engenharia Sísmica e Estrutural. O principal objetivo será avaliar e otimizar o desempenho da solução de reforço em situação de sismo, ao mesmo tempo que se cuida da parte energética: “Não faz sentido melhorar apenas a eficiência energética dos edifícios descurando a sua vulnerabilidade sísmica. Esta solução permitirá, numa só intervenção, melhorar tanto o desempenho energético como o desempenho sísmico”. Probio Vaccine: vacinas orais para peixes em aquacultura Desenvolvido no CIIMAR, o projeto ProbioVaccine também responde a uma necessidade bastante atual: “As vacinas orais são uma necessidade cada vez maior da aquacultura, dada a complexidade de vacinar peixes por via injetável” explica Cláudia Serra, investigadora responsável pelo projeto. Assim, e sendo a aquacultura um setor em crescimento, o ProbioVaccine tem “as características ideais para ser uma vacina oral de sucesso, nomeadamente a simplicidade de produção e armazenamento”, refere. Esta é uma forma de oferecer à aquacultura novas – e práticas! – armas contra doenças dos peixes, contribuindo para o desenvolvimento da “produção de pescado seguro e promovendo a sustentabilidade do setor”. O BIP PROOF, além de um reconhecimento importante para a equipa, é também um incentivo para continuar a trabalhar. Os 10.000€ serão, essencialmente, aplicados no aperfeiçoamento da tecnologia e também em “testes in vivo nas espécies de aquacultura alvo, de modo a estabelecer o efeito protetor das vacinas orais”, conclui Cláudia Serra. Soli@uto: baterias seguras, de carregamento rápido e elevada densidade de energia Na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), numa equipa liderada por Helena Braga, nasceu o projeto Soli@uto. Trata-se de “dispositivos de recolha e armazenamento de energia que podem recolher energia térmica e armazenar energia elétrica, uma vez que usam um eletrólito de vidro que é, também, um ferro elétrico, e por isso polariza espontaneamente a uma certa temperatura”, explica a investigadora. A principal mais-valia da tecnologia é que estas são baterias extremamente seguras e que podem ser utilizadas desde temperaturas negativas até aos 180ºC “sem problemas associados”, refere Helena Braga. Além disso, permitem um carregamento rápido (menos de 15 minutos) e têm uma elevada densidade de energia. O financiamento obtido no BIP PROOF será aplicado, essencialmente, na proteção da propriedade industrial da tecnologia, algo que, como refere a investigadora, “requer um esforço considerável para manter”. Além disso, a equipa tenciona continuar a angariar “matching funds” para trazer mais valências ao grupo de investigação. A líder do projeto refere-se ao reconhecimento pelos avaliadores do BIP PROOF como importante: “Para nós, mais do que o valor do prémio, é importante saber que os membros do júri pensam que estamos no bom caminho e que a visão que temos do negócio e do caminho a seguir é ajustada à realidade”, conclui.   SpecTOM: uma possibilidade disruptiva para a agricultura de precisão Desenvolvida por uma equipa multidisciplinar de investigadores do INESC TEC e da Universidade do Porto, a tecnologia SpecTOM é uma inovadora plataforma tecnológica de “tomografia metabólica não invasiva, para análise molecular baseada em espectroscopia”, explicam os investigadores do projeto. Tem como objetivo principal efetuar diagnóstico “precoce e de alto débito, 'in-situ' e 'in-vivo', utilizando uma plataforma robotizada (Metbots) e um instrumento de espectroscopia de última geração da “inteligência das coisas”, referem, acrescentando que a tecnologia poderá ter um impacto disruptivo para o desenvolvimento de sistemas avançados de Agricultura de Precisão, atualmente muito baseada em relações estatísticas. O financiamento do BIP PROOF está destinado a montar um microscópio ótico com resolução hiper-espectral, que permitirá “discriminar e quantificar a informação espectral dos diferentes tecidos e alimentar um sistema de inteligência artificial para geração de imagens tomográficas de partes das plantas ou frutos ‘in-vivo’”, explicam. Os espectros recolhidos neste microscópio serão dados de treino para, depois, baixar o limite de deteção da SpecTom, “permitindo o suporte de reconstrução de imagens metabólicas de elevado detalhe”, concluem. NanoPyl: tratamentos alternativos aos antibióticos “Uma maneira de responder à necessidade urgente de tratamentos alternativos antibióticos para a infeção gástrica provocada pela bactéria Helicobacter pylori” – é desta forma que Paula Parreira, uma das promotoras, explica o projeto NanoPyl, desenvolvido no INEB/i3S em colaboração com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. A bactéria Helicobacter pylori “infeta cerca de 50% da população mundial e a sua prevalência em Portugal é “muito frequente”, explica a investigadora. Os tratamentos existentes atualmente são à base de antibióticos que não só provocam efeitos secundários adversos como têm também uma percentagem de resistência entre 20 a 40%, deixando “1,6 mil milhões de pessoas sem tratamento alternativo em todo o mundo”, acrescenta Paula Parreira. NanoPyl surge então como uma estratégia não baseada em antibióticos e com um preço muito acessível: “Pretende ser a resposta não só para estes pacientes, mas também para a erradicação massiva da bactéria”, referem os cientistas. O financiamento do BIP PROOF será usado, essencialmente, para “produzir o NanoPyl em condições de “Good Manufacturing Practices”, que são as exigidas do ponto de vista regulamentar e que garantem toda a qualidade e segurança do produto a colocar à venda”, referem as investigadoras. Além disso, também querem começar a trabalhar com uma consultora para a implementação de estudos clínicos piloto em humanos, BBIT20: um contributo valioso para a terapêutica do cancro da mama e do ovário  "O composto BBIT20 representa o primeiro supressor da recombinação homóloga capaz de inibir a interação BRCA1/BARD1". São palavras de Lucília Saraiva, docente e investigadora da Faculdade de Farmácia da U.Porto e do LAQV/REQUIMTE que, em conjunto com a estudante de doutoramento Liliana Raimundo, apresentou o projeto BBIT20 ao BIP PROOF. Explicado de forma mais simples, a BRCA1 é uma "proteína supressora tumoral com um papel chave na reparação de danos no DNA", explica Lucília Saraiva. Assim, a inibição da interação BRCA1/BARD1 conduz à perda de função da BRCA1 e à acumulação de erros nas vias de reparação do DNA. Em contexto clínico, a contínua reparação do DNA nos tumores está associada a quimioresistência e, portanto, ao insucesso das terapêuticas oncológicas. "Dados pré-clínicos em células tumorais de pacientes e em modelos animais comprovam o elevado potencial terapêutico desta molécula em cancros da mama e do ovário, principalmente quando comparado com o de outros agentes supressores da reparação de danos no DNA utilizados na clínica", refere a investigadora. Com base nos resultados obtidos, BBIT20 poderá representar um contributo muito valioso para a terapêutica personalizada destes cancros. Para as investigadoras este reconhecimento no BIP PROOF será um apoio muito importante para a potencial translação clínica desta molécula. O montante recebido será aplicado no pagamento de despesas associadas ao processo de pedido de patente internacional e também na realização de estudos adicionais em modelos animais. Sobre o BIP PROOF Foi em 2018 que a U.Porto Inovação arrancou com a iniciativa BIP PROOF e desde então já foram financiados 14 projetos, num total de 200 mil euros. Nessa primeira edição, que aconteceu no âmbito do projeto U.Norte Inova, seis projetos receberam, cada um, 20 mil euros para impulsionar provas de conceito. Ainda nesse ano, a Fundação Amadeu Dias (FAD) passou a ser o apoio principal da iniciativa, e outras quatro ideias inovadoras receberam 10 mil euros cada um. Já em 2019, e repetindo a fórmula de sucesso com a FAD, quatro projetos de investigação receberam financiamento. Este ano, o Santander Universidades juntou-se à iniciativa e à FAD, tendo sido possível escolher seis ideias inovadoras, que vão agora receber um total de 60 mil euros. A avaliação foi levada a cabo por elementos da J.Pereira da Cruz, Patentree, Portugal Ventures e UPTEC, tendo a U.Porto Inovação compilado os resultados. O principal objetivo do BIP PROOF é criar um sistema de provas de conceito. Essas podem traduzir-se em construção de protótipos de viabilidade técnica, realização de ensaios in vitro/in vivo, estudos de viabilidade ou de mercado, entre outras, para que possam contribuir para a maturação da tecnologia e aproximação ao mercado. O BIP PROOF é, e tem sido, uma das maneiras de a U.Porto Inovação apoiar, e procurar valorizar, o que de melhor se faz na investigação da Universidade do Porto. Esta edição contou com o apoio da Fundação Amadeu Dias e do Santander Universidades.    

SHERPA do MAR publica mapa de conhecimento euro regional

  Com o objetivo de criar uma rede transfronteiriça no âmbito marinho-marítimo, o projeto Sherpa do Mar elaborou um Mapa do Conhecimento euro regional onde estão reunidos diversos dados sobre os recursos técnico-científicos relacionados com o mar e disponíveis na região Galiza – Norte de Portugal. Concretamente, a plataforma agrega informação sobre 99 organizações e equipas de investigação (86 da Galiza e 13 do Norte de Portugal) especializadas nas áreas de Observação do oceano e Alterações globais; Uso sustentável de recursos marinhos; Gestão integrada dos Oceanos; Engenharia (Portos, Infraestruturas e Energia) e Apoio à inovação e ao empreendedorismo. Do mesmo modo, contém dados de 5.194 investigadores (1.929 da Galiza e 3.265 do Norte de Portugal), 76 patentes, 259 projetos e 36 publicações, bem como 356 referências de serviços. A extensa base de dados que constitui esta secção web é o resultado da recolha de informação sobre as equipas de investigação na área do mar e a sua principal produção científica, com base em critérios específicos de acordo com as características do ecossistema Sherpa do Mar. O trabalho foi coordenado pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) e nele colaboraram as universidades de Santiago de Compostela, A Coruña, Vigo e Porto. Os resultados deste trabalho foram recolhidos pelo Consórcio Zona Franca de Vigo, de onde se originou o desenvolvimento desta nova secção no site do projeto e para a qual contou com o apoio do grupo de investigação REDE da Universidade de Vigo. Plataforma aberta a novos registos Além de servir de fonte de informação, as páginas especificam as localizações dos organismos e equipas de investigação e facilitam o contacto com os responsáveis. O objetivo final é promover a criação de uma comunidade de conhecimento transfronteiriça em torno do mar, razão pela qual a base de dados está aberta a novas incorporações. Desta forma, qualquer organização de I&D ou equipa de investigação da Galiza e do Norte de Portugal cujas linhas de trabalho se relacionem com a área marinha-marítima podem fazer parte deste Mapa de Conhecimento Eurorregional, inscrevendo-se através deste formulário. No caso de projetos ou publicações, os requisitos para aderir a esta diretoria, além dos já mencionados, é que estejam em andamento ou concluídos nos últimos 5 anos. O Sherpa do Mar é um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). A Universidade do Porto é parceira através da U.Porto Inovação, do CIIMAR e da UPTEC.  

Soluções para a saúde dominam vencedores do BIP 2020

  Foi numa sessão online com mais de 50 participantes que o júri do Business Ignition Programme (BIP) 2020 anunciou os três vencedores desta edição. Sete projetos apresentaram o seu pitch ao júri, convidados e público em geral, e três tecnologias na área da saúde levaram para casa os prémios de 4000€, 2500€ e 1000€. Em primeiro lugar ficou o NanoPyl, desenvolvido no INEB/i3S em colaboração com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Esta tecnologia pretende “responder à necessidade urgente de tratamentos alternativos antibióticos para a infeção gástrica provocada pela bactéria Helicobacter pylori”, explica Paula Parreira, uma das promotoras do projeto. Esta é uma bactéria “que infeta cerca de 50% da população mundial e a sua prevalência em Portugal é “muito frequente”, explica a investigadora. Os tratamentos existentes atualmente são à base de antibióticos que não só provocam efeitos secundários adversos como têm também uma percentagem de resistência entre 20 a 40%, deixando “1,6 mil milhões de pessoas sem tratamento alternativo em todo o mundo”, acrescenta Paula Parreira. O NanoPyl surge então como uma estratégia não baseada em antibióticos e com um preço muito acessível: “Pretende ser a resposta não só para estes pacientes mas também para a erradicação massiva da bactéria”, referem os cientistas. O prémio monetário conquistado no BIP será usado para assegurar a continuidade da patente internacional e também para financiar mais uma etapa de validação do NanoPyl. “Neste momento, pretendemos usar o NanoPyl para iniciar um ensaio clínico piloto e fazer a primeira demonstração em humanos”, refere Paula Parreira. Em segundo lugar, e levando para casa um prémio de 2500€, ficou o Biomaterials for oral/maxillofacial reconstruction. Como o próprio nome indica, trata-se de uma abordagem inovadora para a regeneração dos tecidos orais e maxilo-faciais, nomeadamente na “regeneração do osso e do tecido periodontal no contexto clínico patológico e reconstrutivo”, explica Rodrigo Val d'Oleiros Silva, investigador do i3S. Para dar resposta a este problema, na última década tem-se dedicado tempo de investigação à incorporação de matrizes extracelulares descelularizadas (MEds), devido “à combinação única de fatores biológicos relevantes, com potencial regenerativo”, explicam os cientistas. Apesar de as complicações das doenças periodontais afetarem 90% da população mundial não existe, segundo a equipa promotora, uma solução válida e duradoura. Assim, os investigadores colocaram mãos à obra com uma tecnologia baseada na incorporação de MEds isoladas de membranas fetais humanas (MFd), resultando numa “abordagem minimamente invasiva e num novo conceito terapêutico que permite a recuperação funcional de tecido ósseo e periodontal/gengival de forma simultânea”, refere Rodrigo Val d’Oleiros Silva. Com o prémio conquistado no BIP a equipa pretende continuar a “preparar o futuro desenvolvimento e exploração do projeto ao publicar os seus resultados, atraindo potenciais investidores, clientes e outras partes interessadas.” Por fim, mas não por último, o terceiro lugar conquistado pelo projeto Lithium Meter. Trata-se de um dispositivo de baixo custo para a monitorização dos níveis de lítio no sangue em doentes bipolares, utilizando apenas uma gota de sangue. “A grande vantagem do Lithium Meter assenta na sua portabilidade, rapidez de medição e menor volume de amostra relativamente às análises clínicas convencionais, que envolvem processos longos, difíceis e invasivos”, explica Renato Gil, um dos promotores do projeto. O grande objetivo é oferecer acessibilidade e autonomia ao paciente para monitorizar, com maior frequência, os níveis de lítio no sangue. Tem ainda a vantagem de estar emparelhado com uma app para smartphone “que partilha com o médico psiquiatra os resultados em tempo real para um ajuste da dose mais rápido e efetivo”, explicam os investigadores. O prémio conquistado no BIP será utilizado no avanço tecnológico da solução: “Apesar de estar validada em laboratório, requer agora o desenvolvimento de um protótipo”, concluem. BIP: “Uma ferramenta muito útil na capacitação da comunidade produtora de conhecimento” São palavras de Joana Resende, pró-reitora da Universidade do Porto, no encerramento da sessão de Pitch. “Este foi um belíssimo final de tarde, com projetos muito promissores”, referiu, salientando a importância deste tipo de iniciativas para ajudar a “levar o conhecimento para o mercado”, referiu. Esta edição do BIP contou com a participação de 12 equipas ao longo de nove sessões. Estas foram conduzidas pela BTEN que, com a sua consolidada experiência, conseguiu adaptar as sessões às necessidades do grupo em contexto de pandemia e, por isso, à distância, estando sempre em contacto com as equipas Segundo José Matos, da BTEN, essa colaboração foi recíproca: “Foi um grande prazer. Sentimos sempre, da parte de todos os grupos, que a nossa contribuição não estava, passo a expressão, a cair em saco roto. Todos estavam a aproveitar e a interagir e isso fez com que sentíssemos um grande entusiasmo com os projetos também”. Graças a esse entusiasmo mútuo, a BTEN manifestou interesse em continuar a acompanhar projetos do BIP 2020. A edição de 2020 do Business Ignition Programme não teria sido possível sem o apoio do Santander Universidades, que tem o empreendedorismo como um dos principais eixos de atuação. Sofia Menezes Frère, em representação da entidade, felicitou todos os participantes, independentemente de quem se sagrou vencedor: “É com enorme satisfação que o Santander se associa a este projeto emblemático da Universidade do Porto. Estou certa que esta iniciativa já produziu, e continuará a produzir, projetos de grande interesse”, concluiu.   O BIP 2020, uma iniciativa da U.Porto Inovação, é enquadrado no SPIN UP, um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). O SPIN UP pretende aumentar a transferência de tecnologia para o mercado nas regiões do Norte de Portugal e Espanha.        Com o apoio de:

Bolsas Santander X Environmental Challenge

De: 
04/03/2021
Até: 
04/04/2021

O Grupo Santander quer estar na vanguarda na resolução das demandas da nossa sociedade e na promoção do sucesso das pessoas e das empresas. É por isso que lançamos, em colaboração com a Fundação Oxentia, o Santander X Environmental Challenge, para apoiar empreendedores comprometidos com o meio ambiente e com ideias inovadoras para construir um futuro mais sustentável.

O desafio tem dois objetivos: por um lado, ser sustentável por meio de financiamentos e investimentos verdes; por outro, dar atenção à sustentabilidade, por meio de produtos e serviços que aumentem a consciência sobre o nosso impacto no meio ambiente.

Existem duas calls abertas, ambas na plataforma Santander X: Be Mindful - que procura soluções para ajudar a medir e reduzir o impacto ambiental de indivíduos e empresas e favorecer a biodiversidade - e Be Sustainable - em busca de soluções em investimento e finanças, para apoiar atividades económicas com impacto ambiental positivo.

Ambas estão abertas até 8 de abril de 2021.

Podem concorrer projetos com os seguintes requisitos:

» Se a implementação da solução proposta tiver potencial para impactar positivamente o meio ambiente e apresenta métricas
» Se a implantação da solução for viável e a equipa possuir um plano de sustentabilidade financeira.
» Se a solução incluir uma nova tecnologia, uma nova aplicação de know-how, um novo modelo de negócio ou um novo processo para resolver o desafio.
» Se a solução puder ser dimensionada para beneficiar a vida de mais pessoas / empresas.

Um grupo de especialistas internacionais avaliará depois os participantes para selecionar 20 finalistas. Estes serão convidados a apresentar os seus projetos a um painel internacional de especialistas em sustentabilidade, empreendedorismo e investimento global no dia 26 de abril de 2021. Seis vencedores, três em cada categoria, receberão 20.000€ para desenvolver ainda mais os seus projetos, bem como orientação personalizada de especialistas na rede da Fundação Oxentia e máxima visibilidade nos canais e redes sociais do Santander.

Mais informações sobre o desafio aqui.

 

Conhecidos os vencedores do BIP 2020!

  Foi numa sessão online com mais de 50 participantes que o júri do Business Ignition Programme (BIP) 2020 anunciou os três vencedores desta edição. Sete projetos apresentaram o seu pitch ao júri, convidados e público em geral, e três tecnologias na área da saúde levaram para casa os prémios de 4000€, 2500€ e 1000€. O júri - composto por Luís Valente (iLof), João Pereira (Portugal Ventures) e João Soares (BTEN) atribuiu a seguinte classificação às sete equipas que apresentaram o seu pitch ao público no passado dia 3 de março: Esta edição do BIP contou com a participação de 12 equipas ao longo de nove sessões. Estas foram conduzidas pela BTEN que, com a sua consolidada experiência, conseguiu adaptar as sessões às necessidades do grupo em contexto de pandemia e, por isso, à distância, estando sempre em contacto com as equipas A edição de 2020 do Business Ignition Programme não teria sido possível sem o apoio do Santander Universidades, que tem o empreendedorismo como um dos principais eixos de atuação. O BIP 2020, uma iniciativa da U.Porto Inovação, é enquadrado no SPIN UP, um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). O SPIN UP pretende aumentar a transferência de tecnologia para o mercado nas regiões do Norte de Portugal e Espanha.        Com o apoio de:  

SHERPA do MAR lança catálogo de ideias de negócio

“A ideia é dar a conhecer todos os projetos empreendedores que se candidataram ao programa Sherpa Journeys e ajudar a promovê-los”. São palavras de Lídia Fonseca, gestora do projeto Sherpa do Mar na U.Porto Inovação. Esta foi a premissa para lançar o novo catálogo de ideias de negócio, disponível online, que vai criar oportunidades de colaboração entre as várias ideias de negócio inscritas bem como outras entidades que atuam no âmbito marinho-marítimo. Neste diretório web podem encontrar-se informações relevantes sobre cada projeto, como a descrição detalhada e de que forma podem contribuir para eventuais sinergias com parceiros. “Funciona como uma rede de contactos e de difusão nesta área de atuação, permitindo dar visibilizade às ideias de negócio bem como acesso a contactos e investidores”, refere Lídia Fonseca. O objetivo principal é que seja um verdadeiro marketplace que proporcione um aumento de sinergias entre projetos e a criação de novas parcerias, reforçando assim a comunidade de empreendedorismo da Galiza e Norte de Portugal. O catálogo está aberto a novos registos de utilizadores com projetos empreendedores relacionados com o setor marinho-marítimo e a blue economy, desde que localizados na euroregião Galiza-Norte de Portugal. Para facilitar possíveis interações, em cada projeto existe um formulário de contacto para enviar uma mensagem ao promotor. Atualmente já são mais de 60 as iniciativas empresariais da Galiza e do Norte de Portugal presentes no catálogo. Da parte dos parceiros portugueses, por exemplo, o projeto ActiveAlgae, do CIIMAR, pode ser consultado na plataforma. Da parte do Sherpa do Mar, espera-se que o número de projetos aumente nos próximos meses. O Sherpa do Mar é um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). A Universidade do Porto é parceira através da U.Porto Inovação, do CIIMAR e da UPTEC.  

Estão escolhidos os vencedores do BIP PROOF 2020/2021!

  Depois de uma criteriosa seleção das 50 candidaturas recebidas, estão finalmente escolhidos os vencedores do BIP PROOF. A avaliação foi levada a cabo pela por elementos da J.Pereira da Cruz, Patentree, Portugal Ventures e UPTEC, tendo a U.Porto Inovação compilado os resultados. Os responsáveis pelos projetos selecionados serão contactados em breve para formalização dos apoios. Parabéns a todos! O principal objetivo do BIP PROOF é criar um sistema de provas de conceito que visam estimular a concretização de etapas de valor condicionantes à valorização de resultados de investigação promissores. Essas provas de conceito podem traduzir-se em construção de protótipos de viabilidade técnica, realização de ensaios in vitro/in vivo, estudos de viabilidade ou de mercado, entre outras, para que possam contribuir para a maturação da tecnologia e aproximação ao mercado. Esta edição contou com o apoio da Fundação Amadeu Dias e do Santander Universidades.    

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