Tonic Easy Medical é exemplo de boas práticas em inteligência artificial

A Tonic Easy Medical (antiga TonicApp), uma empresa spin-off da Universidade do Porto, obteve recentemente a certificação ISO 42001, tornando-se uma referência em inteligência artificial (IA) segura em saúde na Europa. É agora uma das primeiras empresas europeias certificadas segundo esta norma para sistemas de gestão de IA, e reforçou a sua liderança em IA clínica segura e responsável. Num contexto em que a IA médica, bem como o seu sistema regulatório, está a evoluir rapidamente, esta certificação “confirma o cumprimento de requisitos estabelecidos em matéria de qualidade, segurança, rastreabilidade, transparência e fiabilidade dos sistemas de IA”, pode ler-se no comunicado da Tonic. Daniela Seixas, CEO da empresa, lembra que “os riscos da IA estão a evoluir rapidamente. Há poucos meses víamos os nossos utilizadores médicos a fazer perguntas algo ingénuas à IA e usando poucas palavras, tal como se estivessem a fazer uma pesquisa na internet. Agora é precisamente o contrário; tornaram-se mais experientes, fazem perguntas detalhadas e sabem exatamente o que querem da máquina”. “Isto significa que agora o nosso foco é prevenir a dependência excessiva da IA por parte dos utilizadores, desenvolvendo modelos mais seguros, incentivando a verificação das respostas e fornecendo links de verificação sempre que relevante, entre outras estratégias”, aponta a responsável da Tonic. João Guichard, Chief AI Officer (CAIO) da empresa, acrescenta: “O contexto regulatório exigente da UE está a moldar o nosso processo de desenvolvimento, o que está a ajudar-nos a atingir rapidamente um alto nível de maturidade em inteligência artificial.” A Tonic Easy Medical é uma plataforma digital para médicos que reúne ferramentas clínicas e educativas, apoiando já mais de 200 mil médicos na sua prática diária em Portugal, Espanha, França e Itália. Foi uma das primeiras plataformas a integrar um copiloto de IA clínica – o Tonic AI – adotando precocemente os padrões de segurança, fiabilidade e transparência exigidos para utilizar a IA na área da saúde. “Desenvolver o copiloto de IA ao mesmo tempo que tanto tecnologia como legislação evoluem tão rápido tem sido muito desafiante, mas também uma grande vantagem.”, acrescentou João Guichard. O Tonic AI está a registar um crescimento exponencial. Só em 2024, a sua utilização aumentou 265%, com mais de 3,2 milhões de consultas clínicas submetidas por 55.900 médicos de todas as especialidades. Quase metade dos médicos na plataforma (49%) já utiliza o Tonic AI, tornando-o no recurso mais acedido entre os disponibilizados. Agora, com a certificação ISO 42001 o copiloto tornou-se ainda mais seguro. A estratégia de IA da Tonic assenta numa “sólida estrutura de governança da IA baseada em avaliação de risco”, dizem. Conseguem, assim, gerir o desenho, desenvolvimento, implementação e funcionamento contínuo de todos os sistemas de IA da empresa. Continuar a apoiar a tomada de decisões clínicas Fundada em 2016, a então Tonic App é uma empresa de saúde digital que disponibiliza ferramentas digitais seguras e validadas. Desenvolvida “por médicos, para médicos”, a agora Tonic Easy Medical já está disponível em quatro países europeus, estando prevista, ainda este ano, a “expansão para o Reino Unido e Alemanha”, afirmam os seus responsáveis. A plataforma centraliza recursos clínicos essenciais tais como ferramentas de IA, calculadoras médicas, conteúdos formativos acreditados, bases de dados de medicamentos, entre outros. Neste momento estão a a preparar-se para cumprir os requisitos de alto risco do Regulamento Europeu de IA, incluindo gestão de risco, governança de dados, transparência e controlo humano. O objetivo é conseguir, nos próximos meses, adaptar também os seus processos às exigências locais do Reino Unido e, posteriormente, à regulamentação da FDA nos EUA. Recorde-se que, em 2024, a empresa assegurou um financiamento no valor de 10,85 milhões de euros, numa ronda de investimento série A coliderada pela BlueCrow Capital e pela Iberis Capital, com contributos da Shilling VC e FSNB Health & Care e também da Vesalius Biocapital III, Armilar e Portugal Ventures. Na altura, Daniela Seixas referiu que o valor seria, precisamente, “para fortalecer a estratégia de Inteligência Artificial”. Fundada por Daniela Seixas Andrew Barnes, Christophe de Kalbermatten e Dávid Borsós, a empresa spin-off da U.Porto foi destacada pela revista Forbes como uma das 60 startups lideradas por mulheres que estão “a agitar a tecnologia em todo o mundo”, em 2018. Atualmente a Tonic Easy Medical tem mais de 40 colaboradores. Sobre a norma de certificação internacional A ISO (International Organization for Standartization) /IEC 42001 é a primeira norma internacional específica para sistemas de gestão de inteligência artificial (IA). Publicada no final de 2023, define boas práticas na gestão ética e segura da IA, isto é, requisitos para implementar, manter e melhorar os sistemas, tornando-os responsáveis e confiáveis. Os principais objetivos são garantir um uso ético e seguro da IA, reduzir riscos como falta de transparência ou impactos sociais e promover confiança no uso da tecnologia. Semelhante a outras normas ISO – como a ISO 9001, focada em qualidade, ou a ISO 27001, mais virada para a segurança da informação – a 42001 centra-se nos desafios e riscos deste novo mundo que é a inteligência artificial.

Spin-off U.Porto vence competição de pitch internacional

“Vencer a competição de pitch do CEO Summit perante um grupo tão inspirador de inovadores e investidores é uma verdadeira honra”. São palavras de Márcia Pereira, fundadora e CEO da Bandora, uma empresa spin-off U.Porto atualmente incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. A empresa foi uma das cinco startups finalistas da Pitch Competition, que aconteceu no passado mês de junho. A solução de machine learning, focada na otimização energética de edifícios, chamou à atenção do júri da competição, que destacou a escalabilidade, o impacto ambiental e o plano de expansão internacional da Bandora. Como parte do prémio, a Bandora garantiu um espaço gratuito no Eureka Park da Consumer Electronics Show (CES) 2026, que acontecerá em Las Vegas em janeiro do próximo ano. “Ter um espaço garantido na Eureka Park é uma oportunidade incrível para partilhar a nossa visão, conhecer investidores e ampliar as ligações globais da Bandora, com vista à expansão internacional”, referiu Márcia Pereira. Fundada em 2017, a Bandora tem vindo a ajudar os edifícios comerciais a operar com eficiência energética, a manter os espaços confortáveis, a detetar e notificar anomalias desde a sua criação. No ano passado asseguraram um financiamento no valor de 1,5 milhões de euros e em 2022 venceram o NOS Startup World, na categoria Deep Tech. A empresa considera-se um Facility Manager Virtual, que, no fundo, faz a operação e manutenção dos edifícios. O objetivo principal desta startup é que os edifícios se tornem 100% autónomos — através do uso de inteligência artificial —, ou seja, que não necessitem de intervenção humana para a sua gestão. A solução conecta-se a qualquer sistema IoT (Internet of Things) existente no edifício, seja BMS, sensores AVAC ou iluminação, e aplica machine learning para uma otimização contínua do consumo energético, conforto e deteção de anomalias. Está comprovado que pode reduzir o consumo energético até 40-50%, mantendo ou reforçando o conforto interior. No restaurante Dave’s Hot Chicken (EUA), um dos locais onde a Bandora aplicou a tecnologia, alcançou eficiências de 50-70% em apenas alguns meses. Em Portugal já opera em mais de 16 mil metros quadrados, com redução de 215 toneladas de CO₂. Sobre o CES A Consumer Elctronics Show (CES) é organizada pelo Consumer Technology Association (CTA). O objetivo é reforçar o compromisso com a inovação europeia, reunindo startups e investidores regionais e globais, ampliando a ligação entre o ecossistema europeu e oportunidades no mercado dos Estados Unidos da América. Nesta edição foram selecionadas cinco startups portuguesas como finalistas, tendo cada uma a oportunidade de fazer o seu pitch. Os critérios de avaliação incluíram inovação tecnológica, escala de mercado, impacto ambiental e potencial de crescimento global das concorrentes. Do júri faziam parte investidores de capitais de risco, líderes de empresas e empresários do setor tecnológico. O evento continua em outubro de 2025 com o CES Unveiled Europe, que terá lugar em Amsterdão.

20 invenções depois: INESC TEC e U.Porto reforçam relações na transferência de tecnologia

  Corria o ano de 2022 quando o INESC TEC e a U. Porto assinaram um acordo chapéu que tinha como objetivo estabelecer as fundações para uma gestão da propriedade intelectual em conjunto. Três anos depois: são já cerca de 20 as invenções que nasceram após a assinatura deste acordo. O início de julho ficou marcado pela primeira reunião geral entre os gabinetes de transferência de tecnologia do INESC TEC e da U. Porto, a U.Porto Inovação, naquilo que se pretende que seja um reforçar das relações das duas instituições nesta área.   “As 20 invenções que já nasceram deste acordo têm sido premiadas a nível nacional e internacional e feito destas duas instituições um exemplo a seguir no que à transferência de tecnologia diz respeito”, explica Daniel Vasconcelos, responsável pelo gabinete de transferência de tecnologia do INESC TEC. Vamos aos factos: iLof – uma tecnologia em cotitularidade – vence o prémio europeu de inovação em 2024, atribuído pela EARTO, fazendo com que, pela primeira vez, uma instituição portuguesa conquiste este prémio na categoria “impacto esperado”;  no mesmo mês, é a vez de Tamás Karácsony e João Paulo Cunha trazerem do Dubai um galardão atribuído na conferência GITEX Global 2024, mais uma tecnologia, desta vez em cotitularidade não só entre INESC TEC e U. Porto, mas também com a Carnegie Mellon University, fazendo desta invenção uma parceria internacional capaz de criar impacto com um sistema de Inteligência Artificial para monitorização de epilepsia. Mas há muitos mais: quatro meses antes destas duas invenções terem sido premiadas, tinha sido a vez da spin-off Seedsight ter sido finalista da Nature spin-off award. E no que diz respeito a spin-offs em preparação? São vários os exemplos: desde a Spectral KD, uma técnica de espectroscopia que teve financiamento do programa de aceleração da U. Porto, o BIP Proof, para apoiar a prova de conceito, ao Bodyboost, um wearable para evitar lesões ocupacionais por má postura, que fez o programa iUP25k, depois o BIP Acceleration e ainda um programa do Santander, que se encontra em curso. Estas três iniciativas da Universidade são organizadas e promovidas pela U.Porto Inovação. E há igualmente outros casos de parcerias internacionais, como conta Daniel Vasconcelos. “A DeepPHDet, por exemplo, é uma tecnologia para detetar precocemente, e sem dor, hipertensão pulmonar. Trata-se de uma parceria entre INESC TEC, U. Porto e a John Hopkins Ventures para futuros desenvolvimentos e comercialização”. A reunião que ocorreu em julho entre os gabinetes de transferência de tecnologia das duas instituições teve como principais objetivos a aproximação das equipas, fazer um ponto de situação de alguns processos mais críticos e a análise de melhorias e sinergias para um futuro de ainda maior sucesso em conjunto.  “O encontro com a equipa de transferência de tecnologia do INESC TEC foi para nós a oportunidade de conhecermos em pessoa colegas de profissão, o seu interessante percurso e motivação para trabalharem na valorização dos resultados de investigação do INESC TEC. Do ponto de vista operacional, o encontro permitiu a discussão de problemas e propostas de melhoria na cada vez mais estreita e produtiva relação entre INESC TEC e Universidade do Porto em matéria de propriedade intelectual”, explica André Fernandes, diretor da U. Porto Inovação.   Notícia escrita em colaboração com a equipa de Comunicação do INESC TEC

Tecnologia "made in" U.Porto vendida à Wisify Tech Solutions

  “Mais do que assegurar um direito intelectual, adquirir a patente do Lipowise à Universidade do Porto é uma afirmação de identidade”. São palavras de Tiago Andrade, CEO da Wisify Tech Solutions (uma empresa spin-off U.Porto), ao referir-se à venda recentemente concretizada. O acordo foi assinado no início de 2025 e garante à Wisify a titularidade plena da patente do Lipowise, formalizando uma “relação de continuidade com a Universidade do Porto”, refere Tiago Andrade, CEO, acrescentando que reconhecem à Universidade o seu “papel essencial na origem da tecnologia”. Além disso, este acordo é visto também, por ambas as partes, como um entendimento estratégico. “O Lipowise esteve na origem da empresa e continua a ser o pilar de um percurso que começou na investigação académica e evoluiu para uma solução de referência no mercado global”, refere Tiago Andrade. Assim, esta aquisição representa a “consolidação de uma visão: tornar a avaliação corporal científica acessível, precisa e digitalizada para todos os profissionais de saúde e desporto”. Falamos de um dispositivo médico que, ao medir a espessura das pregas cutâneas, permite saber a localização e a percentagem de gordura corporal de forma prática e eficaz, numa era em que a obesidade, o excesso de peso e a malnutrição são algumas das principais preocupações da Organização Mundial de Saúde. É, como explica Tiago Andrade, “o primeiro adipómetro digital com Bluetooth no mercado, criado para substituir os métodos manuais e ultrapassados”. Possui sensores de alta precisão e integração automática com software especializado e, assim, permite estimar a composição corporal de “forma rigorosa, eficiente e cientificamente validada”, explica o inventor e empresário. Mais do que um dispositivo, a Wisify vê o Lipowise como parte de um “ecossistema digital inteligente” que permite acompanhar e prescrever intervenções nutricionais com base em dados objetivos. A principal vantagem é, dizem, “a fiabilidade dos métodos laboratoriais aliada à portabilidade e acessibilidade que os profissionais precisam”. A tecnologia foi totalmente pensada e desenvolvida na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) pelas mãos de Tiago Andrade (um dos fundadores da Wisify e atual CEO) Teresa Restivo, Manuel Quintas, Carlos Moreira da Silva, Fátima Chouzal e Teresa Amaral (da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação). Validada cientificamente, presente em mais de 10 países e já utilizada em universidades, clínicas, centros de alto rendimento e consultórios de nutrição, o Lipowise é uma “solução completa para avaliação corporal, planeamento nutricional e acompanhamento longitudinal”, explica Tiago Andrade. De olhos sempre postos no futuro, a Wisify está, neste momento, a desenvolver a segunda geração do produto, com melhorias significativas na usabilidade, autonomia e integração digital. A médio prazo, pretendem expandir a presença da empresa nos mercados internacionais. Mais à frente, a ambição é que os dispositivos e softwares sejam vistos como uma verdadeira “referência mundial em avaliação corporal e nutrição personalizada, contribuindo para um novo paradigma na prevenção de doenças, promoção do bem-estar e acompanhamento individualizado”, sempre baseado em “dados fiáveis e acessíveis”, refere. Wisify: dispositivos concebidos com a máxima precisão para capacitar profissionais de saúde A Wisify Tech Solutions nasceu em 2018, na sequência do “Boston Global Immersion”, onde o Lipowise foi assinalado como de interesse comercial para investidores, e aí surgiram as raízes para o modelo de negócio a implementar. No segundo semestre desse ano nasceu a empresa Wisify Tech Solutions pela mão dos empreendedores Ricardo Moura e Tiago Andrade. A startup tem a sua génese na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e foca-se em ferramentas fiéis e inovadoras para profissionais das áreas médica, nutrição e deporto.  Em 2019, a Wisify foi uma das startups vencedoras do EIT Health Funding, programa para apoiar empresas em fase de criação. A iniciativa permitiu arrecadar um financiamento de 40 mil euros bem como garantir apoio no desenvolvimento e/ou lançamento dos seus projetos. Em 2021 a capital de risco Portugal Ventures reforçou o seu portfólio com várias dezenas de startups, o que correspondeu a um investimento total de 6,6 milhões de euros. Entre as empresas selecionadas para receber financiamento nesse ano estavam seis nascidas no seio da Universidade do Porto, incluindo a Wisify Tech. O montante angariado serviu para fazer crescer a equipa e "apostar na produção da versão low cost do Lipowise”, referiram os empreendedores. Atualmente, o foco da Wisify Tech é expandir o portfólio de dispositivos conectados, com o “objetivo de digitalizar toda a avaliação antropométrica, incluindo fitas métricas inteligentes, segmómetros e paquímetros digitais”, revela Tiago Andrade. Paralelamente, estão também a integrar a inteligência artificial no software, de forma a “apoiar os profissionais na prescrição alimentar personalizada e na deteção precoce de riscos de saúde”. O foco da spin-off U.Porto está em “criar uma plataforma inteligente e preditiva, que alia ciência, tecnologia e simplicidade para melhorar decisões clínicas e resultados em saúde”, diz. “Imaginamos um futuro em que a avaliação corporal não é apenas diagnóstica, mas preditiva, e em que qualquer profissional num consultório, numa escola ou num clube desportivo tem acesso a ferramentas fiáveis que suportam decisões com base em ciência e dados reais. O nosso compromisso é claro: transformar a forma como o corpo humano é medido, compreendido e acompanhado com tecnologia portuguesa, validada e aplicada globalmente”, conclui o CEO da Wisify Tech Solutions.

BIP PROOF com mais de 100 mil euros para projetos da U.Porto

O BIP PROOF- programa que tem se dedica a atribuir apoios para provas de conceito no ecossistema de investigação da Universidade do Porto - está de volta e tem 110 mil euros para distribuir. A iniciativa é da U.Porto Inovação e, à semelhança de anos anteriores, conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias e da Caixa Geral de Depósitos. A presente edição conta também com o apoio do UI-Transfer 2.0, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2030) do Portugal 2030. O principal objetivo do BIP PROOF é premiar projetos de provas de conceito (proof of concept) que visam estimular a concretização de etapas de valor conducentes à valorização socioeconómica de resultados de investigação promissores.  Para tal, os projetos a apoiar procederão à realização de protótipos de viabilidade técnica, ensaios in-vitro/in-vivo, estudos de viabilidade e de mercado ou outras atividades que acrescentem valor a estes resultados e aumentem a sua atratividade para poderem vir a ser transferidos para empresas já existentes ou empresas spin-off que venham a ser constituídas para exploração socioeconómica desses resultados.  Nesta edição o programa está organizado em dois grandes domínios de aplicação científico-tecnológica. Por um lado, o domínio que engloba Saúde; Biotecnologia, Tecnologia Alimentar e Agricultura. Por outro, o domínio que engloba Tecnologia da Informação, Eletrónica e Comunicação; Energia, Meio Ambiente e Construção; Transporte, Segurança e Processos Industriais. Assim, a presente edição apoiará os projetos mais bem classificados em cada um dos dois domínios de acordo com a proporção de candidaturas recebidas por cada um e, portanto, onze projetos vão receber até 10 mil euros para financiar as provas de conceito. O período de candidaturas decorre entre 1 de julho e 4 de agosto de 2025, às 18h (Portugal continental). Os interessados deverão preencher o formulário que está disponível nesta plataforma. Os interessados terão também que anexar à candidatura uma declaração de apoio da unidade orgânica ou entidade participada na qual o promotor principal da candidatura é afiliado. São elegíveis projetos que, cumulativamente: resultem de investigação desenvolvida em instituições do ecossistema de investigação da Universidade do Porto, concretamente unidades orgânicas, unidades de investigação FCT participadas pela U.Porto e entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto cuja eventual propriedade intelectual anterior ou propriedade intelectual futura pertença à Universidade do Porto, incluindo unidades orgânicas, unidades de investigação FCT participadas pela U.Porto e entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto. apresentem um objetivo claro com resultados bem definidos (prova de conceito experimental, protótipos a validar laboratorialmente ou em ambiente industrial);  conduzam ao desenvolvimento ou clarifiquem a viabilidade de novos produtos, processos ou serviços, com aplicação bem definida;  evidenciem que o apoio obtido no âmbito do BIP PROOF tem um impacto significativo na sua aproximação ao mercado;  evidenciem o compromisso da equipa envolvida em apoiar a transferência e uma eventual exploração comercial dos resultados após o término do BIP PROOF.  Com base nas candidaturas apresentadas, a U.Porto Inovação irá proceder à análise das propostas e seriar os projetos mediante avaliação da documentação entregue. Podem consultar todas as datas relativas ao BIP PROOF (candidaturas, anúncio de resultados, apresentação pública, etc), no nosso calendário.  Para esclarecimento de eventuais dúvidas deverá ser enviado um email para: bip@reit.up.pt As linhas orientadoras do BIP PROOF estão disponíveis através deste link. SOBRE O BIP PROOF O programa foi criado pela U. Porto Inovação em 2018 e, ao todo, já distinguiu um total de 44 ideias inovadoras com meio milhão de euros. Esta é a 8ª edição do programa que tem demonstrado grande impacto em áreas como colaborações com entidades externas (seja academia, indústria ou instituições públicas), publicações e nova investigação e também aspetos socioeconómicos, destacando os mais de 2 milhões de euros em financiamento arrecadados pelas equipas ao longo do tempo. A primeira edição do BIP PROOF contou com o apoio do projeto U. Norte Inova e seis projetos receberam 20.000 euros. Foi já nesse ano que a Fundação Amadeu Dias (FAD) se juntou ao BIP PROOF, permitindo financiar mais quatro projetos com 10.000 euros para cada. A ligação da FAD ao programa manteve-se em todas as edições. Nos ano seguintes repetiu-se a receita de sucesso: em 2019 foram distinguidos quatro projetos, cada um com 10 mil euros. Em 2020 o Santander Universidades juntou-se à iniciativa como patrocinador e foram eleitos seis vencedores, também com 10 mil euros. As edições seguintes (2021 e 2022) distinguiram 10 ideias inovadoras nascidas na U.Porto, contando com o apoio de projetos financiados (Spin-UP em 2021 e UI-TRANSFER em 2022) e também com o patrocínio da J.Pereira da Cruz em ambas as edições. O valor investido nessas duas edições ultrapassa os 100 mil euros. Em 2023 e em 2024 foram apoiados 12 projetos com dez mil euros cada. Mais informação sobre os projetos selecionados em cada uma das edições pode ser encontrada aqui. O principal objetivo do BIP PROOF é criar um sistema de provas de conceito. Essas podem traduzir-se em construção de protótipos de viabilidade técnica, realização de ensaios in vitro/in vivo, estudos de viabilidade ou de mercado, entre outras, para que possam contribuir para a maturação da tecnologia e aproximação ao mercado. Esta edição conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias, da Caixa Geral de Depósitos e do UI-Transfer 2.0, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2030) do Portugal 2030.

BIP PROOF 2025/2026: Candidaturas abertas!

De: 
01/07/2025
Até: 
04/08/2025

O BIP PROOF - programa de apoio ao desenvolvimento de provas de conceito da Universidade do Porto - está de volta e tem 110 mil euros para distribuir!

Estão abertas as candidaturas ao BIP PROOF 2025/2026, programa que vai atribuir apoios para provas de conceito no ecossistema de investigação da Universidade do Porto. Com o apoio da Fundação Amadeu Dias, da Caixa Geral de Depósitos e do COMPETE2030 (através do projeto UI-TRANSFER 2.0), onze projetos vão receber até 10 mil euros para financiar provas de conceito. Os interessados podem candidatar-se até ao dia 4 de agosto de 2025, às 18h (Portugal continental).

O principal objetivo do BIP PROOF é premiar projetos de provas de conceito (proof of concept) que visam estimular a concretização de etapas de valor conducentes à valorização socioeconómica de resultados de investigação promissores. Para tal, os projetos a apoiar procederão à realização de protótipos de viabilidade técnica, ensaios in-vitro/in-vivo, estudos de viabilidade e de mercado ou outras atividades que acrescentem valor a estes resultados e aumentem a sua atratividade para poderem vir a ser transferidos para empresas já existentes ou empresas spin-off que venham a ser constituídas para exploração socioeconómica desses resultados.

Nesta edição o programa está organizado em dois grandes domínios de aplicação científico-tecnológica. Por um lado, o domínio que engloba Saúde; Biotecnologia, Tecnologia Alimentar e Agricultura. Por outro, o domínio que engloba Tecnologia da Informação, Eletrónica e Comunicação; Energia, Meio Ambiente e Construção; Transporte, Segurança e Processos Industriais. Assim, a presente edição apoiará os projetos mais bem classificados em cada um dos dois domínios de acordo com a proporção de candidaturas recebidas por cada um. Portanto, onze projetos vão receber até 10 mil euros para financiar as provas de conceito.

São elegíveis projetos que, cumulativamente:

  1. resultem de investigação desenvolvida em instituições do ecossistema de investigação da Universidade do Porto, concretamente unidades orgânicas, unidades de investigação FCT participadas pela U.Porto e entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto
  2. cuja eventual propriedade intelectual anterior ou propriedade intelectual futura pertença à Universidade do Porto, incluindo unidades orgânicas, unidades de investigação FCT participadas pela U.Porto e entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto.
  3. apresentem um objetivo claro com resultados bem definidos (prova de conceito experimental, protótipos a validar laboratorialmente ou em ambiente industrial); 
  4. conduzam ao desenvolvimento ou clarifiquem a viabilidade de novos produtos, processos ou serviços, com aplicação bem definida; 
  5. evidenciem que o apoio obtido no âmbito do BIP PROOF tem um impacto significativo na sua aproximação ao mercado; 
  6. evidenciem o compromisso da equipa envolvida em apoiar a transferência e uma eventual exploração comercial dos resultados após o término do BIP PROOF. 

 

Consulte as linhas orientadoras do BIP PROOF através deste link.

Os interessados deverão preencher o formulário que está disponível nesta plataforma. Os interessados terão também que anexar à candidatura uma declaração de apoio da unidade orgânica ou entidade participada na qual o promotor principal da candidatura é afiliado.

Com base nas candidaturas apresentadas, a U.Porto Inovação irá proceder à análise das propostas e seriar os projetos mediante avaliação da documentação entregue. Podem consultar todas as datas relativas ao BIP PROOF (candidaturas, anúncio de resultados, apresentação pública, etc), no nosso calendário

Para esclarecimento de eventuais dúvidas deverá ser enviado um email para: bip@reit.up.pt

 

Esta edição conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias, da Caixa Geral de Depósitos e do UI-Transfer 2.0, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2030) do Portugal 2030.

 

Universidade do Porto tem primeira patente concedida no Chile

  Falamos de um sistema de esterilização reutilizável que permite eliminar os microrganismos que infetam, por exemplo, cateteres de diálise e, assim, dispensa o uso de antibióticos e outros químicos antisséticos que podem danificar o corpo humano. Foi pensado e criado por uma equipa multidisciplinar de investigadores da Universidade do Porto e já tem patente concedida em Portugal, em mais de uma dezena de outros países europeus e, agora, no Chile. “A concessão de patente que protege esta invenção no Chile representa uma validação formal da novidade, originalidade e caráter disruptivo da nossa tecnologia”, refere Patrícia Henriques, investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3S) e uma das inventoras do dispositivo. “Ao ser reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INAPI) no Chile, a invenção ganha um selo oficial de inovação, o que fortalece significativamente a sua credibilidade”, acrescenta. Esta é a primeira tecnologia “made in U.Porto” a alcançar uma concessão de patente neste país sul-americano. A invenção já foi protegida na Europa, via patente unitária, e a equipa aguarda agora notícias dos institutos de propriedade industrial do Brasil, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Índia e México, acreditando “estar no bom caminho para a concessão na Arábia Saudita”, outro país que seria um estreante para as patentes da U.Porto. A tecnologia foi desenvolvida durante a tese de doutoramento de Patrícia Henriques, sob orientação de Inês Gonçalves, também investigadora do i3S/INEB. Da equipa de inventores fazem também parte Fernão Magalhães e Artur Pinto, investigadores do Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE) da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP). O caráter inovador do dispositivo levou à criação de uma empresa – a GOTECH Antimicrobial – que, em janeiro deste ano, licenciou a invenção. Um novo passo para a "melhoria dos cuidados de saúde" “O Chile tem importância estratégica para a GOTECH Antimicrobial devido ao crescente uso de cateteres em pacientes de hemodiálise e ao risco associado de infeções da corrente sanguínea (CRBSIs)”, explica Patrícia Henriques. A equipa vê aquele país como um mercado em expansão e com uma taxa significativa de complicações associadas aos cateteres, o que significa que “há uma clara necessidade de soluções antimicrobianas eficazes”, acrescentam. Esta concessão representa um passo importante na estratégia de proteção regional da GOTECH, que será complementada com a concessão de patente no México e no Brasil, “reforçando assim a cobertura em três dos mercados mais relevantes da região”. Para a equipa, esta proteção permitirá “garantir exclusividade comercial, fortalecer parcerias locais e aumentar a atratividade do ativo para investidores e stakeholders latino-americanos”, dizem. O objetivo é, então, “poder contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde e abrir portas para a expansão na América Latina”, onde já identificaram oportunidades significativas. Do laboratório para o mundo A tecnologia agora patenteada no Chile destaca-se pelo seu elevado potencial clínico e comercial, aplicável não só em dispositivos de desinfeção de cateteres, mas em outros dispositivos médicos. Já foi validada em ambiente laboratorial, tendo demonstrado “segurança e eficácia contra microrganismos clinicamente relevantes, incluindo multirresistentes e fungos”, explicam os cientistas. Os próximos passos envolvem terminar e otimizar o protótipo e passar para a produção em escala piloto com empresas certificadas. Têm também em vista a realização de um estudo clínico piloto entre 2025 e 2026, com um dos grandes prestadores de serviços de diálise à escala global. Acreditam que um estudo em pacientes “fornecerá evidências clínicas essenciais para apoiar a miniaturização, validação técnica e posterior condução de um estudo clínico multicêntrico em vários países do mundo.” Neste momento, e em colaboração com o INESC TEC, a equipa está a aplicar a tecnologia no desenvolvimento da GOcap® – uma tampa reutilizável para desinfeção de cateteres de hemodiálise. “A GOcap®, um dispositivo médico de classe IIa, já foi validada em condições clinicamente relevantes, nomeadamente em cateteres de hemodiálise comercialmente disponíveis e utilizando isolados clínicos obtidos de cateteres de hemodiálise infetados.”, concluem.

Galp reforça parceria com IJUP Empresas

  Repetindo o que aconteceu em 2023 e em anos anteriores, a Galp volta a ser parceira do IJUP Empresas. A empresa participou recentemente numa sessão A2B com investigadores da U.Porto, onde apresentou uma das área de interesse que propõe a este ciclo de candidaturas do programa. O encontro foi online. Um dos motores principais para as sessões A2B é a apresentação de desafios de inovação por parte das empresas, de forma a que se possam encontrar, no meio académico das diferentes faculdades e entidades associadas da U.Porto, cientistas e/ou grupos de investigação com projetos alinhados com esses mesmos desafios.  “A sessão A2B é uma excelente oportunidade para criarmos pontes com investigadores da Universidade do Porto, dando a conhecer os desafios que estamos a explorar e as áreas onde vemos potencial de colaboração”, referiu João Ribeiro, responsável pela inovação na Galp. “Mais do que apresentar a empresa, queremos sinalizar que valorizamos a ciência que se faz nas universidades portuguesas e que estamos abertos a trabalhar com quem a lidera. Esta proximidade direta permite-nos descobrir sinergias inesperadas e iniciar relações que podem crescer muito para além do IJUP Empresas.”, acrescentou. A cibersegurança é o mote da Galp para esta edição do IJUP Empresas. A empresa vai financiar até três projetos de iniciação à investigação de equipas da Universidade do Porto (que deverão incluir estudantes) com 5000€ por projeto. O desafio apresentado pela Galp é identificar e explorar soluções inovadoras que apliquem inteligência artificial (IA), para reforçar a cibersegurança na empresa. Isto inclui deteção automática de ameaças, resposta a incidentes e/ou análises de risco. Mais informação sobre este desafio pode ser encontrada aqui . Dada a natureza dessas áreas de investigação, esta sessão A2B contou com a presença de cinco cientistas da Universidade do Porto, com trabalho desenvolvido, ou a desenvolver, nestas áreas: José Carlos Pires, do LEPABE/ALiCE/ Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP); José Costa Pereira, da FEUP; Rolando Martins, do C3P/Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP); Rui Melo e Wilson Caldeira da Silva, ambos da FEUP. “O espírito do programa no que toca à promoção de carreiras de investigação é muito importante para nós. Os projetos IJUP Empresas são muitas vezes sementes que abrem as portas a colaborações futuras de maior dimensão, sejam estas diretamente com a Galp ou com outros players do ecossistema de inovação nacional.”, disse João Ribeiro. Apoiar o esforço de inovação da indústria As sessões A2B começaram em 2011 e, desde então, já se realizaram mais de 70 encontros. O objetivo é apoiar o esforço de inovação da indústria, promovendo o encontro entre grupos de investigação e empresas com o intuito de formar parcerias que assegurem uma maior eficácia da transferência e valorização de conhecimento.  A Galp foi, precisamente, uma das primeiras empresas a participar nesta iniciativa, logo em 2011, tendo sido uma das empresas mais ativas nas sessões A2B desde então. Falamos de uma empresa global de energia, que opera em áreas como exploração e produção de petróleo e gás, energias renováveis, mobilidade sustentável e soluções de energia para empresas e consumidores. Os seus representantes afirmam procurar “continuamente oportunidades para melhorar as atividades”, sendo a estratégia de inovação da Galp “a criação de um portfólio de oportunidades que permitam acelerar a descarbonização de vários negócios da Galp e dos seus clientes”, referem. A empresa é parceira da edição 2025 do IJUP Empresas, iniciativa que, assim como as sessões A2B, procura incentivar a colaboração entre a universidade e a indústria. “A Galp apoia o IJUP Empresas não só pelo seu potencial valor para a empresa, mas porque acreditamos na importância de criar um ecossistema onde empresas e universidades trabalham lado a lado”, concluiu João Ribeiro. As candidaturas ao IJUP Empresas já estão abertas aqui, até ao dia 30 de junho.    

Universidade do Porto no "top" europeu da criação de spin-offs

  A Universidade do Porto foi uma das universidades europeias que mais contribuíram para a criação de spin-offs, entre 2017 e 2023. O dado ressalta do relatório “Spin-offs: Driving innovation across the EU-27”, recentemente publicado pela Comissão Europeia. Com 89 empresas geradas no período em questão, a U.Porto destaca-se  no “top 10” das mais inovadoras da União Europeia (UE), ao lado de instituições como o KTH de Estocolmo, a Universidade Técnica de Berlim, ou o Instituto Politécnico de Paris. “Integrar o «top 10» das Instituições de Ensino Superior da União Europeia geradoras de novas empresas de base científica e tecnológica é uma posição que honra a Universidade do Porto e as suas estruturas de investigação e inovação.”, refere Pedro Rodrigues, Vice-Reitor da U.Porto para a Investigação e Inovação. O relatório da Comissão Europeia ordena as universidades dos 27 países da UE com maior número de spin-offs geradas entre 2017 e 2023, comparando com outros países líderes fora da União. A U.Porto surge no oitavo lugar entre as instituições da UE e no 12.º de toda a Europa. No topo da tabela, estão duas instituições suíças: ETH Zurich, com 374 empresas; e o Swiss Federal Institute of Technology, com 250. Segundo o documento, os gabinetes de transferência de tecnologia (TTOs), como é o caso da U.Porto Inovação, são um dos principais impulsionadores na geração de empresas spin-off. Apesar de serem uma “adição relativamente recente ao cenário universitário europeu”, como se pode ler no relatório, as diferentes universidades europeias onde existe um TTO demonstraram que, em diferentes contextos, e processos, “são fatores-chave para o sucesso de spin-offs”. No caso específico de Portugal, as PME representam cerca de 77% do emprego na economia não financeira de Portugal, gerando aproximadamente 70% do PIB (dados da Comissão Europeia, 2022). O estudo mais recente, de 2025, mostra que Portugal “supera países comparáveis na criação de spin-offs, com a Universidade do Porto entre as 10 mais prolíficas da União Europeia”. O país destaca-se ainda por ter uma proporção acima da média de PME com ativos formais de propriedade intelectual: apesar de “menos de 0,1% das PME portuguesas possuírem uma patente, cerca de 14% registraram marcas ou desenhos industriais”. U.Porto Inovação e UPTEC impulsionam inovação na Universidade Na vanguarda do apoio aos empreendedores da Universidade, destacam-se a U.Porto Inovação – serviço de transferência de tecnologia da U.Porto que conta já com mais de 20 anos de experiência – e a UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, onde já estiveram incubadas, desde a sua criação em 2007, mais de 800 empresas. A chancela Spin-off U.Porto foi criada em 2010, estando a atribuição da mesma a cargo da U.Porto Inovação. Desde a atribuição do primeiro “selo”, já 140 empresas se juntaram à família de spin-offs da U.Porto. Atualmente, são 122 as empresas spin-off abertas e em funcionamento, das mais diversas áreas de atuação e provenientes de quase todas as faculdades da U.Porto, da Arquitetura à Engenharia, das Letras à Medicina. Há também casos de empresas nascidas nas entidades associadas da Universidade, como o INESC TEC, o INEGI, o CIIMAR e o i3S. No final de 2024, as spin-offs U.Porto geriam, juntas, mais de 80 patentes. Para além disso, geraram mais de 100 milhões de euros de volume de negócios e já contribuíram, ao longo do seu ciclo de vida, para a criação de mais de 1.600 postos de trabalho. Muitas das spin-off U.Porto encontram apoio na UPTEC, que, desde 2007, promove a criação e desenvolvimento de projetos empresariais nas artes, ciências e tecnologias, fomentando a transferência de conhecimento entre a Universidade e o tecido empresarial. Dos mais de 200 projetos apoiados pela UPTEC em 2024, 40 eram spin-offs U.Porto. “Através da colaboração entre a U.Porto Inovação e a UPTEC, temos criado condições estruturais para que projetos de base científica evoluam para empresas sustentáveis”, destaca Maria Oliveira, Diretora Executiva da UPTEC, para quem “estes resultados refletem o compromisso da U.Porto com a promoção ativa do empreendedorismo como motor de impacto económico e social”. Pedro Rodrigues acrescenta ainda que esta posição da Universidade do Porto “no panorama europeu das spin-offs académicas, evidencia o dinamismo do ecossistema de investigação e inovação”.

IJUP Empresas 2025: Candidaturas até 30 de junho!

De: 
05/06/2025
Até: 
30/06/2025

 

Estão abertas de 9 a 30 de junho às 18h (hora Portugal continental) as candidaturas à edição 2025-2026 do IJUP Empresas, iniciativa que desafia cientistas, estudantes e empresas a colaborar em projetos de investigação exploratória com caráter pluridisciplinar.

As empresas parceiras desta edição do IJUP Empresas são a Galp, com um (1) desafio e a Smarkio, com três (3) desafios. Cada uma das empresas propõe-se a financiar até três (3) projetos, que respondam aos desafios. São eles:

Galp: 
  1. Explorar o Nexus Inteligência Artificial (AI) – Cibersegurança: Proteção, Risco e Governança
    • Identificar e explorar soluções inovadoras que apliquem IA para reforçar a cibersegurança na Galp, incluindo deteção automática de ameaças, resposta a incidentes e análise de risco. Em paralelo, investigar riscos emergentes como Adversarial AI e propor abordagens para uma governança segura da IA, assegurando que os próprios sistemas inteligentes não se tornem vetores de ataque ou vulnerabilidade
 
Smarkio: 
  1. Ontologias & Knowledge Graph Dinâmico (RAG Multi Tenant)
    • Desenhar uma ontologia corporativa OWL para documentos e conversas de suporte, construir pipeline de ingestão (RDFLib) e sincronizar incrementalmente este knowledge graph com embeddings em vector DB, permitindo consultas híbridas KG + RAG.
  2. Captura Estruturada de Informação Documental
    • Desenvolver método genérico para processar documentos (faturas, contratos, relatórios), aplicar OCR e análise de layout para identificar o tipo e extrair apenas os campos-chave (valores, datas, identificadores, tabelas), gerando saídas JSON ou modelos relacionais sem componentes de automação extra.
  3. Personalization & Forecasting Intelligence
    • Desenvolver uma arquitetura inteligente que integre: (1) personalização de conteúdo via clustering dinâmico e análise de sequências comportamentais; (2) previsão de impacto de reviews com análise de sentimentos e regressão multivariada neural; (3) previsão de cenários económicos/sociais com modelos híbridos (Transformers + inferência causal), com outputs explicáveis.
 
Mais informação sobre estas áreas de interesse, para as quais as equipas poderão propor projetos e, assim, candidatar-se ao IJUP Empresas 2025-2026, podem ser consultadas aqui.
 
 
Informação importante para concorrentes

 

As candidaturas  são feitas através do preenchimento do formulário que pode ser encontrado no website do programa. Aí, quem tenha interesse em participar encontra também o regulamento da iniciativa.

Qualquer investigador/a com afiliação à Universidade do Porto pode participar no IJUP Empresas. As empresas parceiras asseguram apoio de 5000€ para execução de cada projeto selecionado.

A edição deste ano traz duas importantes novidades importantes:

  1. Além das faculdades da U.Porto, também os centros de investigação e os institutos associados podem submeter candidaturas ao IJUP Empresas. O requisito? Ter pelo menos um estudante da U.Porto como membro da equipa;
  2. Mantém-se obrigatória a inclusão de pelo menos um estudante de 1º ou 2º ciclo de estudos (licenciaturas, mestrados integrados e mestrados) na equipa, para que a candidatura seja considerada elegível. No entanto, este ano as equipas podem incluir também estudantes de doutoramento.
  3.  

Toda a informação está disponível no website da iniciativa e eventuais dúvidas podem ser enviadas para o email ijup.empresas@reit.up.pt

 

Sobre o IJUP Empresas

O IJUP Empresas nasceu em 2011 para estimular nos estudantes o gosto pelas atividades e processos relacionados com a criação e valorização de conhecimento e para aproximar a comunidade académica do meio empresarial. É um "spin-off" do programa de Iniciação à Investigação da U.Porto (IJUP Projetos Pluridisciplinares) e conta com o apoio de importantes empresas portuguesas, que veem nesta iniciativa uma oportunidade de colaborar com jovens investigadores da U.Porto em projetos relacionados com as suas áreas de atuação.

Ao longo das sete edições já realizadas, dezenas de projetos foram apoiados, tendo sido envolvidos centenas de estudantes de diferentes faculdades da Universidade do Porto e, por isso, de diferentes áreas de investigação. “Tudo isso mostra que o IJUP Empresas mexe com a ciência, e é essa a intenção”, referiu Elisa Keating, professora da Faculdade de Medicina da U.Porto, que foi a primeira responsável pela iniciativa.

O IJUP Empresas está, desde 2023, sob a alçada da U.Porto Inovação e acontece uma vez por ano, dividido em dois ciclos. Mais informações sobre as iniciativas levadas a cabo pela U.Porto Inovação está disponível aqui.

O IJUP Empresas 2025-2026 tem o apoio da Caixa Geral de Depósitos.

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