BIP PROOF 2024/2025: Apresentação de resultados

De: 
15/09/2025
Até: 
08/10/2025

 

Terá lugar no próximo dia 8 de outubro, quinta-feira, pelas 14h30, a apresentação pública dos projetos vencedores da última edição do BIP PROOF. Esta edição aconteceu com o apoio da Fundação Amadeu Dias (FAD) e da Caixa Geral de Depósitos.

Podem conhecer mais sobre as tecnologias escolhidas aqui.

Quando? 8 de outubro de 2025
A que horas? 10h00
Onde? UPTEC Asprela I

A entrada é livre mas está sujeita a inscrição aqui. Pode consultar também o programa do evento.

O principal objetivo do programa BIP PROOF é o apoio a projetos de provas de conceito (proof of concept) e de maturação dos resultados de investigação mais promissores da Universidade do Porto e entidades participadas, visando a sua transferência para o tecido económico e sociedade..

 

Esta edição do BIP PROOF contou com o apoio da Fundação Amadeu Dias e da Caixa Geral de Depósitos.

Escolhidos os vencedores do BIP Proof 2025/2026!

Depois de uma criteriosa seleção de todas as candidaturas recebidas e elegíveis, estão finalmente escolhidas as equipas vencedoras do BIP Proof, edição 2025/2026. A avaliação, coordenada pela U.Porto Inovação, foi levada a cabo por avaliadores/as com funções na área da propriedade industrial, do investimento de capital de risco e também por empreendedores. Este ano, foram selecionados onze projetos: oito da área da Saúde e três da área da Energia.       As equipas dos projetos selecionados serão contactadas em breve para formalização dos apoios. Parabéns!   Esta edição conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias, da Caixa Geral de Depósitos e do UI-Transfer 2.0, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2030) do Portugal 2030.  

Spin-off U.Porto recebe 30 mil euros em voucher do PRR

  São 30 mil euros para aplicar no objetivo da empresa de desenvolver e fabricar veículos autónomos terrestres, “recorrendo às mais recentes tecnologias digitais de sistemas computacionais, comunicações rádio e sensores de navegação”, referem os representantes da Autonomous Sentinels. Este financiamento enquadra-se no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Vouchers para Startups, medida "Vouchers para Startups – Novos produtos digitais/tecnológicos" com financiamento do IAPMEI - Agência para Competitividade e Inovação, Compete 2030 e Startup Portugal. A empresa spin-off U.Porto nasceu em 2025 e está atualmente incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. Em ativa colaboração com o INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial e com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP),dedica-se ao desenvolvimento e fabrico de veículos autónomos. Para isso, utiliza avanços em sistemas computacionais, comunicações por rádio, sensores de navegação e tecnologias de fabrico aditivo (como impressão 3D), aplicando-os a setores como Defesa, Agricultura e Vigilância. Uma das inovações são os pneus "airless" fabricados mediante manufaturação aditiva com materiais recicláveis. O financiamento agora arrecadado vai servir para continuarem a instalar a unidade de produção em Ovar, aquisição de equipamentos de fabrico aditivo como “impressoras 3D para o fabrico de pneus sem ar (Airless) em material reciclável de poliuretano termoplástico, oferecendo durabilidade e menor necessidade de manutenção”, acrescentam, e também para reforçar os recursos humanos na área da automação e software. Atualmente, a Autonomous Sentinels está a finalizar o seu primeiro protótipo e os seus representantes esperam que esteja finalizado ainda este mês de setembro. “Este protótipo é o resultado das inúmeras interações já realizadas com a Marinha e o Exército nacionais e outras entidades da área da Defesa”, referem. A empresa acredita ter um modelo de negócio “altamente escalável”, tendo definida uma estratégia de penetração em mercados internacionais estabelecendo redes de distribuição, participando em feitas e eventos do setor da Defesa e desenvolvendo ações de marketing direcionadas. “O fabrico aditivo é um forte fator diferenciador da empresa, possibilitando oferecer ao mercado da Defesa veículos modulares e configuráveis, capazes de operar em diversos cenários e com custos de manutenção reduzidos, tornando-os economicamente viáveis para um amplo leque de aplicações”, concluem.

BIP Acceleration regressa para elevar ideias da U.Porto!

  Com mais de 10 mil euros em prémios, o BIP Acceleration está de volta para a sua 4ª edição. O objetivo é ajudar equipas de investigação da U.Porto a transformar projetos em negócios. Os participantes selecionados terão a oportunidade de estruturar e validar ideias inovadoras para potencializar modelos de negócio com potencial de mercado e impacto. Este ano, o programa estará a cargo da Porto Business School (PBS). A Caixa Geral de Depósitos e a UPTEC também voltam a ser parceiros da iniciativa. As candidaturas ao BIP Acceleration estão abertas até ao dia 22 de setembro, às 18h00 (hora de Portugal continental) através do formulário já disponível nesta plataforma. Os interessados em participar devem apresentar um projeto de valorização de resultados de investigação desenvolvida nas faculdades/centros de investigação da U.Porto ou numa das entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto. Poderão concorrer, individualmente ou em equipa (máximo cinco elementos), projetos de áreas criativas, tecnológicas ou de conhecimento intensivo. Seja qual for o cenário, a candidatura deve apresentar um projeto de valorização de resultados de investigação desenvolvida ou numa faculdade/centro de investigação da U.Porto ou numa das entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto. Os 10 projetos com melhor classificação ganharão acesso ao programa, a ter início no mês de outubro (ver datas aqui). Serão 7 workshops imersivos de 4 horas, a cargo da Porto Business School, com muito trabalho de equipa para acelerar a interação e o desenvolvimento de negócios com base em conhecimento científico, tecnológico e criativo nascido na Universidade do Porto. O módulo de propriedade intelectual ficará a cargo da equipa da U.Porto Inovação. O programa culmina numa sessão aberta ao público, a ter lugar na PBS no dia 4 de novembro, onde os finalistas terão oportunidade de apresentar o pitch do projeto a agentes de inovação e empreendedorismo do ecossistema. No final, serão distinguidos três vencedores, e os prémios incluem valor monetário e acesso ao programa School of Startups: Foundations da UPTEC. Toda a informação sobre a competição pode ser encontrada aqui. Estão também disponíveis, para consulta, as linhas orientadoras. Dúvidas sobre elegibilidade, candidaturas e funcionamento do BIP Acceleration deverão ser endereçadas a bip@reit.up.pt Sobre o BIP Acceleration Esta é a quarta edição da iniciativa organizada pela U.Porto Inovação para equipas que queiram testar e validar o modelo de negócio da sua ideia. Nas três edições anteriores foram premiadas nove ideias, num total de 27 mil euros em prémios. A última edição distinguiu uma tecnologia inovadora para tratar a leucemia (MYLeukaemia) e também os projetos UPWIND e OCEAN-SLIM-G. O primeiro pretende proporcionar energia elétrica de forma limpa, e o segundo propõe uma goma eficaz e segura, inspirada no oceano, para reduzir o apetite e combater o excesso de peso. O BIP Acceleration 2025 tem o apoio da Caixa de Geral de Depósitos e a parceria da Porto Business School e da UPTEC.

BIP ACCELERATION 2025: candidaturas abertas!

De: 
25/08/2025
Até: 
22/09/2025

 

 

BIP Acceleration está de volta! Com 10.000€ em prémios, as candidaturas estão abertas até ao dia 22 de setembro, às 18h00 (hora de Portugal continental).

Este programa de aceleração da Universidade do Porto ajuda equipas de investigação a transformar projetos em negócios. O objetivo é estruturar e validar ideias inovadoras para potencializar modelos de negócio com potencial de mercado e impacto. Este ano, o programa será realizado pela Porto Business School (PBS).

As/os cientistas com interesse em participar devem apresentar um projeto de valorização de resultados de investigação desenvolvida nas faculdades/centros de investigação da U.Porto ou numa das entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto. Poderão concorrer, individualmente ou em equipa (máximo cinco elementos), projetos de áreas criativas, tecnológicas ou de conhecimento intensivo. Seja qual for o cenário, a candidatura deve apresentar um projeto de valorização de resultados de investigação desenvolvida ou numa faculdade/centro de investigação da U.Porto ou numa das entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto.

Os 10 projetos com melhor classificação ganharão acesso ao programa, a ter início no mês de outubro (ver datas aqui). Serão 7 workshops imersivos de 4 horas, a cargo da Porto Business School, com muito trabalho de equipa para acelerar a interação e o desenvolvimento de negócios com base em conhecimento científico, tecnológico e criativo nascido na Universidade do Porto. O módulo de propriedade intelectual ficará a cargo da equipa da U.Porto Inovação.

O programa culmina numa sessão aberta ao público, a ter lugar na PBS no dia 4 de novembro, onde os finalistas terão oportunidade de apresentar o pitch do projeto a agentes de inovação e empreendedorismo do ecossistema. No final, serão distinguidos três vencedores, e os prémios incluem valor monetário e acesso ao programa School of Startups: Foundations da UPTEC.

Participar é muito simples, através do formulário já disponível nesta plataforma.

Informação importante:

  • A candidatura deverá ser acompanhada por uma declaração de apoio da Direção da Entidade Constitutiva ou Entidade Participada na qual o/a proponente principal do projeto tem afiliação. Essa declaração deve estar assinada. A minuta está disponível para download no site do programa.
  • Não serão elegíveis projetos que tenham participado em anteriores edições do Bip Acceleration e do Business Ignition Programme.
  • Não serão elegíveis projetos com empresa já constituída.
  • Participantes em edições passadas do iUP25k podem concorrer. 
  • O valor monetário do prémio será alocado à instituição de onde provém o projeto, não ao investigador, ou investigadores, a título pessoal.

Toda a informação sobre a competição pode ser encontrada aqui. Estão também disponíveis, para consulta, as linhas orientadoras.

Dúvidas sobre elegibilidade, candidaturas e funcionamento do BIP Acceleration deverão ser endereçadas a bip@reit.up.pt
 

O BIP Acceleration 2025 tem o apoio da Caixa de Geral de Depósitos e a parceria da Porto Business School e da UPTEC.

Tonic Easy Medical é exemplo de boas práticas em inteligência artificial

A Tonic Easy Medical (antiga TonicApp), uma empresa spin-off da Universidade do Porto, obteve recentemente a certificação ISO 42001, tornando-se uma referência em inteligência artificial (IA) segura em saúde na Europa. É agora uma das primeiras empresas europeias certificadas segundo esta norma para sistemas de gestão de IA, e reforçou a sua liderança em IA clínica segura e responsável. Num contexto em que a IA médica, bem como o seu sistema regulatório, está a evoluir rapidamente, esta certificação “confirma o cumprimento de requisitos estabelecidos em matéria de qualidade, segurança, rastreabilidade, transparência e fiabilidade dos sistemas de IA”, pode ler-se no comunicado da Tonic. Daniela Seixas, CEO da empresa, lembra que “os riscos da IA estão a evoluir rapidamente. Há poucos meses víamos os nossos utilizadores médicos a fazer perguntas algo ingénuas à IA e usando poucas palavras, tal como se estivessem a fazer uma pesquisa na internet. Agora é precisamente o contrário; tornaram-se mais experientes, fazem perguntas detalhadas e sabem exatamente o que querem da máquina”. “Isto significa que agora o nosso foco é prevenir a dependência excessiva da IA por parte dos utilizadores, desenvolvendo modelos mais seguros, incentivando a verificação das respostas e fornecendo links de verificação sempre que relevante, entre outras estratégias”, aponta a responsável da Tonic. João Guichard, Chief AI Officer (CAIO) da empresa, acrescenta: “O contexto regulatório exigente da UE está a moldar o nosso processo de desenvolvimento, o que está a ajudar-nos a atingir rapidamente um alto nível de maturidade em inteligência artificial.” A Tonic Easy Medical é uma plataforma digital para médicos que reúne ferramentas clínicas e educativas, apoiando já mais de 200 mil médicos na sua prática diária em Portugal, Espanha, França e Itália. Foi uma das primeiras plataformas a integrar um copiloto de IA clínica – o Tonic AI – adotando precocemente os padrões de segurança, fiabilidade e transparência exigidos para utilizar a IA na área da saúde. “Desenvolver o copiloto de IA ao mesmo tempo que tanto tecnologia como legislação evoluem tão rápido tem sido muito desafiante, mas também uma grande vantagem.”, acrescentou João Guichard. O Tonic AI está a registar um crescimento exponencial. Só em 2024, a sua utilização aumentou 265%, com mais de 3,2 milhões de consultas clínicas submetidas por 55.900 médicos de todas as especialidades. Quase metade dos médicos na plataforma (49%) já utiliza o Tonic AI, tornando-o no recurso mais acedido entre os disponibilizados. Agora, com a certificação ISO 42001 o copiloto tornou-se ainda mais seguro. A estratégia de IA da Tonic assenta numa “sólida estrutura de governança da IA baseada em avaliação de risco”, dizem. Conseguem, assim, gerir o desenho, desenvolvimento, implementação e funcionamento contínuo de todos os sistemas de IA da empresa. Continuar a apoiar a tomada de decisões clínicas Fundada em 2016, a então Tonic App é uma empresa de saúde digital que disponibiliza ferramentas digitais seguras e validadas. Desenvolvida “por médicos, para médicos”, a agora Tonic Easy Medical já está disponível em quatro países europeus, estando prevista, ainda este ano, a “expansão para o Reino Unido e Alemanha”, afirmam os seus responsáveis. A plataforma centraliza recursos clínicos essenciais tais como ferramentas de IA, calculadoras médicas, conteúdos formativos acreditados, bases de dados de medicamentos, entre outros. Neste momento estão a a preparar-se para cumprir os requisitos de alto risco do Regulamento Europeu de IA, incluindo gestão de risco, governança de dados, transparência e controlo humano. O objetivo é conseguir, nos próximos meses, adaptar também os seus processos às exigências locais do Reino Unido e, posteriormente, à regulamentação da FDA nos EUA. Recorde-se que, em 2024, a empresa assegurou um financiamento no valor de 10,85 milhões de euros, numa ronda de investimento série A coliderada pela BlueCrow Capital e pela Iberis Capital, com contributos da Shilling VC e FSNB Health & Care e também da Vesalius Biocapital III, Armilar e Portugal Ventures. Na altura, Daniela Seixas referiu que o valor seria, precisamente, “para fortalecer a estratégia de Inteligência Artificial”. Fundada por Daniela Seixas Andrew Barnes, Christophe de Kalbermatten e Dávid Borsós, a empresa spin-off da U.Porto foi destacada pela revista Forbes como uma das 60 startups lideradas por mulheres que estão “a agitar a tecnologia em todo o mundo”, em 2018. Atualmente a Tonic Easy Medical tem mais de 40 colaboradores. Sobre a norma de certificação internacional A ISO (International Organization for Standartization) /IEC 42001 é a primeira norma internacional específica para sistemas de gestão de inteligência artificial (IA). Publicada no final de 2023, define boas práticas na gestão ética e segura da IA, isto é, requisitos para implementar, manter e melhorar os sistemas, tornando-os responsáveis e confiáveis. Os principais objetivos são garantir um uso ético e seguro da IA, reduzir riscos como falta de transparência ou impactos sociais e promover confiança no uso da tecnologia. Semelhante a outras normas ISO – como a ISO 9001, focada em qualidade, ou a ISO 27001, mais virada para a segurança da informação – a 42001 centra-se nos desafios e riscos deste novo mundo que é a inteligência artificial.

Spin-off U.Porto vence competição de pitch internacional

“Vencer a competição de pitch do CEO Summit perante um grupo tão inspirador de inovadores e investidores é uma verdadeira honra”. São palavras de Márcia Pereira, fundadora e CEO da Bandora, uma empresa spin-off U.Porto atualmente incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. A empresa foi uma das cinco startups finalistas da Pitch Competition, que aconteceu no passado mês de junho. A solução de machine learning, focada na otimização energética de edifícios, chamou à atenção do júri da competição, que destacou a escalabilidade, o impacto ambiental e o plano de expansão internacional da Bandora. Como parte do prémio, a Bandora garantiu um espaço gratuito no Eureka Park da Consumer Electronics Show (CES) 2026, que acontecerá em Las Vegas em janeiro do próximo ano. “Ter um espaço garantido na Eureka Park é uma oportunidade incrível para partilhar a nossa visão, conhecer investidores e ampliar as ligações globais da Bandora, com vista à expansão internacional”, referiu Márcia Pereira. Fundada em 2017, a Bandora tem vindo a ajudar os edifícios comerciais a operar com eficiência energética, a manter os espaços confortáveis, a detetar e notificar anomalias desde a sua criação. No ano passado asseguraram um financiamento no valor de 1,5 milhões de euros e em 2022 venceram o NOS Startup World, na categoria Deep Tech. A empresa considera-se um Facility Manager Virtual, que, no fundo, faz a operação e manutenção dos edifícios. O objetivo principal desta startup é que os edifícios se tornem 100% autónomos — através do uso de inteligência artificial —, ou seja, que não necessitem de intervenção humana para a sua gestão. A solução conecta-se a qualquer sistema IoT (Internet of Things) existente no edifício, seja BMS, sensores AVAC ou iluminação, e aplica machine learning para uma otimização contínua do consumo energético, conforto e deteção de anomalias. Está comprovado que pode reduzir o consumo energético até 40-50%, mantendo ou reforçando o conforto interior. No restaurante Dave’s Hot Chicken (EUA), um dos locais onde a Bandora aplicou a tecnologia, alcançou eficiências de 50-70% em apenas alguns meses. Em Portugal já opera em mais de 16 mil metros quadrados, com redução de 215 toneladas de CO₂. Sobre o CES A Consumer Elctronics Show (CES) é organizada pelo Consumer Technology Association (CTA). O objetivo é reforçar o compromisso com a inovação europeia, reunindo startups e investidores regionais e globais, ampliando a ligação entre o ecossistema europeu e oportunidades no mercado dos Estados Unidos da América. Nesta edição foram selecionadas cinco startups portuguesas como finalistas, tendo cada uma a oportunidade de fazer o seu pitch. Os critérios de avaliação incluíram inovação tecnológica, escala de mercado, impacto ambiental e potencial de crescimento global das concorrentes. Do júri faziam parte investidores de capitais de risco, líderes de empresas e empresários do setor tecnológico. O evento continua em outubro de 2025 com o CES Unveiled Europe, que terá lugar em Amsterdão.

20 invenções depois: INESC TEC e U.Porto reforçam relações na transferência de tecnologia

  Corria o ano de 2022 quando o INESC TEC e a U. Porto assinaram um acordo chapéu que tinha como objetivo estabelecer as fundações para uma gestão da propriedade intelectual em conjunto. Três anos depois: são já cerca de 20 as invenções que nasceram após a assinatura deste acordo. O início de julho ficou marcado pela primeira reunião geral entre os gabinetes de transferência de tecnologia do INESC TEC e da U. Porto, a U.Porto Inovação, naquilo que se pretende que seja um reforçar das relações das duas instituições nesta área.   “As 20 invenções que já nasceram deste acordo têm sido premiadas a nível nacional e internacional e feito destas duas instituições um exemplo a seguir no que à transferência de tecnologia diz respeito”, explica Daniel Vasconcelos, responsável pelo gabinete de transferência de tecnologia do INESC TEC. Vamos aos factos: iLof – uma tecnologia em cotitularidade – vence o prémio europeu de inovação em 2024, atribuído pela EARTO, fazendo com que, pela primeira vez, uma instituição portuguesa conquiste este prémio na categoria “impacto esperado”;  no mesmo mês, é a vez de Tamás Karácsony e João Paulo Cunha trazerem do Dubai um galardão atribuído na conferência GITEX Global 2024, mais uma tecnologia, desta vez em cotitularidade não só entre INESC TEC e U. Porto, mas também com a Carnegie Mellon University, fazendo desta invenção uma parceria internacional capaz de criar impacto com um sistema de Inteligência Artificial para monitorização de epilepsia. Mas há muitos mais: quatro meses antes destas duas invenções terem sido premiadas, tinha sido a vez da spin-off Seedsight ter sido finalista da Nature spin-off award. E no que diz respeito a spin-offs em preparação? São vários os exemplos: desde a Spectral KD, uma técnica de espectroscopia que teve financiamento do programa de aceleração da U. Porto, o BIP Proof, para apoiar a prova de conceito, ao Bodyboost, um wearable para evitar lesões ocupacionais por má postura, que fez o programa iUP25k, depois o BIP Acceleration e ainda um programa do Santander, que se encontra em curso. Estas três iniciativas da Universidade são organizadas e promovidas pela U.Porto Inovação. E há igualmente outros casos de parcerias internacionais, como conta Daniel Vasconcelos. “A DeepPHDet, por exemplo, é uma tecnologia para detetar precocemente, e sem dor, hipertensão pulmonar. Trata-se de uma parceria entre INESC TEC, U. Porto e a John Hopkins Ventures para futuros desenvolvimentos e comercialização”. A reunião que ocorreu em julho entre os gabinetes de transferência de tecnologia das duas instituições teve como principais objetivos a aproximação das equipas, fazer um ponto de situação de alguns processos mais críticos e a análise de melhorias e sinergias para um futuro de ainda maior sucesso em conjunto.  “O encontro com a equipa de transferência de tecnologia do INESC TEC foi para nós a oportunidade de conhecermos em pessoa colegas de profissão, o seu interessante percurso e motivação para trabalharem na valorização dos resultados de investigação do INESC TEC. Do ponto de vista operacional, o encontro permitiu a discussão de problemas e propostas de melhoria na cada vez mais estreita e produtiva relação entre INESC TEC e Universidade do Porto em matéria de propriedade intelectual”, explica André Fernandes, diretor da U. Porto Inovação.   Notícia escrita em colaboração com a equipa de Comunicação do INESC TEC

Tecnologia "made in" U.Porto vendida à Wisify Tech Solutions

  “Mais do que assegurar um direito intelectual, adquirir a patente do Lipowise à Universidade do Porto é uma afirmação de identidade”. São palavras de Tiago Andrade, CEO da Wisify Tech Solutions (uma empresa spin-off U.Porto), ao referir-se à venda recentemente concretizada. O acordo foi assinado no início de 2025 e garante à Wisify a titularidade plena da patente do Lipowise, formalizando uma “relação de continuidade com a Universidade do Porto”, refere Tiago Andrade, CEO, acrescentando que reconhecem à Universidade o seu “papel essencial na origem da tecnologia”. Além disso, este acordo é visto também, por ambas as partes, como um entendimento estratégico. “O Lipowise esteve na origem da empresa e continua a ser o pilar de um percurso que começou na investigação académica e evoluiu para uma solução de referência no mercado global”, refere Tiago Andrade. Assim, esta aquisição representa a “consolidação de uma visão: tornar a avaliação corporal científica acessível, precisa e digitalizada para todos os profissionais de saúde e desporto”. Falamos de um dispositivo médico que, ao medir a espessura das pregas cutâneas, permite saber a localização e a percentagem de gordura corporal de forma prática e eficaz, numa era em que a obesidade, o excesso de peso e a malnutrição são algumas das principais preocupações da Organização Mundial de Saúde. É, como explica Tiago Andrade, “o primeiro adipómetro digital com Bluetooth no mercado, criado para substituir os métodos manuais e ultrapassados”. Possui sensores de alta precisão e integração automática com software especializado e, assim, permite estimar a composição corporal de “forma rigorosa, eficiente e cientificamente validada”, explica o inventor e empresário. Mais do que um dispositivo, a Wisify vê o Lipowise como parte de um “ecossistema digital inteligente” que permite acompanhar e prescrever intervenções nutricionais com base em dados objetivos. A principal vantagem é, dizem, “a fiabilidade dos métodos laboratoriais aliada à portabilidade e acessibilidade que os profissionais precisam”. A tecnologia foi totalmente pensada e desenvolvida na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) pelas mãos de Tiago Andrade (um dos fundadores da Wisify e atual CEO) Teresa Restivo, Manuel Quintas, Carlos Moreira da Silva, Fátima Chouzal e Teresa Amaral (da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação). Validada cientificamente, presente em mais de 10 países e já utilizada em universidades, clínicas, centros de alto rendimento e consultórios de nutrição, o Lipowise é uma “solução completa para avaliação corporal, planeamento nutricional e acompanhamento longitudinal”, explica Tiago Andrade. De olhos sempre postos no futuro, a Wisify está, neste momento, a desenvolver a segunda geração do produto, com melhorias significativas na usabilidade, autonomia e integração digital. A médio prazo, pretendem expandir a presença da empresa nos mercados internacionais. Mais à frente, a ambição é que os dispositivos e softwares sejam vistos como uma verdadeira “referência mundial em avaliação corporal e nutrição personalizada, contribuindo para um novo paradigma na prevenção de doenças, promoção do bem-estar e acompanhamento individualizado”, sempre baseado em “dados fiáveis e acessíveis”, refere. Wisify: dispositivos concebidos com a máxima precisão para capacitar profissionais de saúde A Wisify Tech Solutions nasceu em 2018, na sequência do “Boston Global Immersion”, onde o Lipowise foi assinalado como de interesse comercial para investidores, e aí surgiram as raízes para o modelo de negócio a implementar. No segundo semestre desse ano nasceu a empresa Wisify Tech Solutions pela mão dos empreendedores Ricardo Moura e Tiago Andrade. A startup tem a sua génese na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e foca-se em ferramentas fiéis e inovadoras para profissionais das áreas médica, nutrição e deporto.  Em 2019, a Wisify foi uma das startups vencedoras do EIT Health Funding, programa para apoiar empresas em fase de criação. A iniciativa permitiu arrecadar um financiamento de 40 mil euros bem como garantir apoio no desenvolvimento e/ou lançamento dos seus projetos. Em 2021 a capital de risco Portugal Ventures reforçou o seu portfólio com várias dezenas de startups, o que correspondeu a um investimento total de 6,6 milhões de euros. Entre as empresas selecionadas para receber financiamento nesse ano estavam seis nascidas no seio da Universidade do Porto, incluindo a Wisify Tech. O montante angariado serviu para fazer crescer a equipa e "apostar na produção da versão low cost do Lipowise”, referiram os empreendedores. Atualmente, o foco da Wisify Tech é expandir o portfólio de dispositivos conectados, com o “objetivo de digitalizar toda a avaliação antropométrica, incluindo fitas métricas inteligentes, segmómetros e paquímetros digitais”, revela Tiago Andrade. Paralelamente, estão também a integrar a inteligência artificial no software, de forma a “apoiar os profissionais na prescrição alimentar personalizada e na deteção precoce de riscos de saúde”. O foco da spin-off U.Porto está em “criar uma plataforma inteligente e preditiva, que alia ciência, tecnologia e simplicidade para melhorar decisões clínicas e resultados em saúde”, diz. “Imaginamos um futuro em que a avaliação corporal não é apenas diagnóstica, mas preditiva, e em que qualquer profissional num consultório, numa escola ou num clube desportivo tem acesso a ferramentas fiáveis que suportam decisões com base em ciência e dados reais. O nosso compromisso é claro: transformar a forma como o corpo humano é medido, compreendido e acompanhado com tecnologia portuguesa, validada e aplicada globalmente”, conclui o CEO da Wisify Tech Solutions.

BIP PROOF com mais de 100 mil euros para projetos da U.Porto

O BIP PROOF- programa que tem se dedica a atribuir apoios para provas de conceito no ecossistema de investigação da Universidade do Porto - está de volta e tem 110 mil euros para distribuir. A iniciativa é da U.Porto Inovação e, à semelhança de anos anteriores, conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias e da Caixa Geral de Depósitos. A presente edição conta também com o apoio do UI-Transfer 2.0, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2030) do Portugal 2030. O principal objetivo do BIP PROOF é premiar projetos de provas de conceito (proof of concept) que visam estimular a concretização de etapas de valor conducentes à valorização socioeconómica de resultados de investigação promissores.  Para tal, os projetos a apoiar procederão à realização de protótipos de viabilidade técnica, ensaios in-vitro/in-vivo, estudos de viabilidade e de mercado ou outras atividades que acrescentem valor a estes resultados e aumentem a sua atratividade para poderem vir a ser transferidos para empresas já existentes ou empresas spin-off que venham a ser constituídas para exploração socioeconómica desses resultados.  Nesta edição o programa está organizado em dois grandes domínios de aplicação científico-tecnológica. Por um lado, o domínio que engloba Saúde; Biotecnologia, Tecnologia Alimentar e Agricultura. Por outro, o domínio que engloba Tecnologia da Informação, Eletrónica e Comunicação; Energia, Meio Ambiente e Construção; Transporte, Segurança e Processos Industriais. Assim, a presente edição apoiará os projetos mais bem classificados em cada um dos dois domínios de acordo com a proporção de candidaturas recebidas por cada um e, portanto, onze projetos vão receber até 10 mil euros para financiar as provas de conceito. O período de candidaturas decorre entre 1 de julho e 4 de agosto de 2025, às 18h (Portugal continental). Os interessados deverão preencher o formulário que está disponível nesta plataforma. Os interessados terão também que anexar à candidatura uma declaração de apoio da unidade orgânica ou entidade participada na qual o promotor principal da candidatura é afiliado. São elegíveis projetos que, cumulativamente: resultem de investigação desenvolvida em instituições do ecossistema de investigação da Universidade do Porto, concretamente unidades orgânicas, unidades de investigação FCT participadas pela U.Porto e entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto cuja eventual propriedade intelectual anterior ou propriedade intelectual futura pertença à Universidade do Porto, incluindo unidades orgânicas, unidades de investigação FCT participadas pela U.Porto e entidades participadas incluídas no perímetro de consolidação da U.Porto. apresentem um objetivo claro com resultados bem definidos (prova de conceito experimental, protótipos a validar laboratorialmente ou em ambiente industrial);  conduzam ao desenvolvimento ou clarifiquem a viabilidade de novos produtos, processos ou serviços, com aplicação bem definida;  evidenciem que o apoio obtido no âmbito do BIP PROOF tem um impacto significativo na sua aproximação ao mercado;  evidenciem o compromisso da equipa envolvida em apoiar a transferência e uma eventual exploração comercial dos resultados após o término do BIP PROOF.  Com base nas candidaturas apresentadas, a U.Porto Inovação irá proceder à análise das propostas e seriar os projetos mediante avaliação da documentação entregue. Podem consultar todas as datas relativas ao BIP PROOF (candidaturas, anúncio de resultados, apresentação pública, etc), no nosso calendário.  Para esclarecimento de eventuais dúvidas deverá ser enviado um email para: bip@reit.up.pt As linhas orientadoras do BIP PROOF estão disponíveis através deste link. SOBRE O BIP PROOF O programa foi criado pela U. Porto Inovação em 2018 e, ao todo, já distinguiu um total de 44 ideias inovadoras com meio milhão de euros. Esta é a 8ª edição do programa que tem demonstrado grande impacto em áreas como colaborações com entidades externas (seja academia, indústria ou instituições públicas), publicações e nova investigação e também aspetos socioeconómicos, destacando os mais de 2 milhões de euros em financiamento arrecadados pelas equipas ao longo do tempo. A primeira edição do BIP PROOF contou com o apoio do projeto U. Norte Inova e seis projetos receberam 20.000 euros. Foi já nesse ano que a Fundação Amadeu Dias (FAD) se juntou ao BIP PROOF, permitindo financiar mais quatro projetos com 10.000 euros para cada. A ligação da FAD ao programa manteve-se em todas as edições. Nos ano seguintes repetiu-se a receita de sucesso: em 2019 foram distinguidos quatro projetos, cada um com 10 mil euros. Em 2020 o Santander Universidades juntou-se à iniciativa como patrocinador e foram eleitos seis vencedores, também com 10 mil euros. As edições seguintes (2021 e 2022) distinguiram 10 ideias inovadoras nascidas na U.Porto, contando com o apoio de projetos financiados (Spin-UP em 2021 e UI-TRANSFER em 2022) e também com o patrocínio da J.Pereira da Cruz em ambas as edições. O valor investido nessas duas edições ultrapassa os 100 mil euros. Em 2023 e em 2024 foram apoiados 12 projetos com dez mil euros cada. Mais informação sobre os projetos selecionados em cada uma das edições pode ser encontrada aqui. O principal objetivo do BIP PROOF é criar um sistema de provas de conceito. Essas podem traduzir-se em construção de protótipos de viabilidade técnica, realização de ensaios in vitro/in vivo, estudos de viabilidade ou de mercado, entre outras, para que possam contribuir para a maturação da tecnologia e aproximação ao mercado. Esta edição conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias, da Caixa Geral de Depósitos e do UI-Transfer 2.0, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2030) do Portugal 2030.

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