iUP25k premeia alternativa não tóxica à quimioterapia

  O cancro de mama triplo negativo (TNBC) é a forma mais letal de cancro de mama. A comunidade científica já tem bastante conhecimento sobre a heterogeneidade da doença, mas ainda faltam terapias direcionadas, fazendo da quimioterapia o tratamento principal. E isso impacta de forma severa a qualidade de vida dos doentes.  Foi esse o propulsor da equipa OnCure Therapeutics, vencedora da 11ª edição do iUP25k – Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto, cujo projeto tem como objetivo oferecer uma terapia direcionada a quem sofre desta doença, “com pequenas moléculas para prevenir metástases, apresentando assim uma alternativa não tóxica à quimioterapia”, explicam.  “Estudos recentes identificaram um evento molecular exclusivo das células cancerígenas com elevado potencial metastático: a principal causa de mortalidade entre os pacientes. Este evento é fundamental para que as células de TNBC sejam capazes de se disseminar e formar metástases, o que realça o seu potencial como alvo terapêutico específico”, explicam as investigadoras Sandra Tavares e Andreia Silva do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3S) e o investigador António Ribeiro, do LAQV/REQUIMTE e da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP). A inibição desta molécula em células saudáveis, acrescentam, “não compromete o seu funcionamento normal, ao contrário do que ocorre com a quimioterapia”. A equipa acredita que este projeto marca “uma mudança rumo à oncologia de precisão, com muito menos efeitos colaterais” do que a quimioterapia, o tratamento convencional para o TNBC e outros cancros. “Ganhar este prémio mostra que o nosso entusiasmo pela nossa ideia tem fundamento e que fomos capazes de absorver os conhecimentos adquiridos ao longo de toda a jornada”, referem. Surpreendida com a vitória no iUP25k, a equipa tenciona agora usufruir tanto da consultoria com a Astrolábio como do período de incubação na UPTEC como “ferramentas e oportunidades para desenvolver a ideia e o plano de negócio”. Já o prémio monetário será investido em formação da equipa, de forma a consolidarem as suas capacidades empresariais. Olhando mais para o futuro, a Oncure vai continuar, naturalmente, a trabalhar no desenvolvimento do produto. Ao mesmo tempo, vão trabalhar na apresentação da ideia para futuras oportunidades. Terapias de precisão para a doença de Parkinson com menos efeitos secundários No segundo lugar desta edição do iUP25k ficou o Allo Pharma Research, um projeto desenvolvido por Ivo Dias, Xavier Correia e Hugo Almeida, todos investigadores do LAQV/REQUIMTE, na FCUP, e que tem em vista o desenvolvimento de terapias de nova geração para a doença de Parkinson com menos efeitos secundários. Pode também servir no tratamento de outros distúrbios relacionados à dopamina, “por meio da modulação precisa da atividade do recetor de dopamina D2”, explicam os investigadores. O objetivo da inovação é “aumentar a eficácia dos tratamentos convencionais, reduzindo significativamente os efeitos secundários das terapias”. Uma tecnologia inovadora que já demonstrou, nas palavras da equipa, “alta relevância clínica e ampla aplicabilidade, com potencial para redefinir os cuidados de saúde através de terapias farmacológicas alternativas e seguras”. “Ser uma das equipas vencedoras do iUP25k 2025 representa um reconhecimento muito relevante do valor científico e inovador do nosso projeto. Reforça a confiança no nosso trabalho e na sua capacidade de gerar impacto real na vida dos doentes com Parkinson”, referem. Com isso em mente, os prémios conquistados servirão para reforçar as ações de proteção da propriedade intelectual, nomeadamente através de um pedido internacional de patente na Europa, sendo a proteção do conhecimento uma das partes mais importantes da investigação científica. Paralelamente, o montante recebido será aplicado no desenvolvimento “pré-clínico dos moduladores alostéricos, com destaque para a realização de ensaios laboratoriais adicionais”. A equipa pretende, assim, fortalecer a evidência científica da investigação, bem com preparar a entrada em futuras fases de investimento e colaboração com a indústria. Estão também a mapear potenciais parcerias estratégicas e candidaturas a programas de aceleração que lhes permitam estruturar o modelo de negócio, validar a estratégia regulatória e preparar o projeto para as próximas fases de licenciamento. Promover partos seguros e cuidados maternos especializados A fechar o pódio desta 11.ª edição do iUP25k ficou o projeto AI4BirthCare, criado por uma equipa multidisciplinar composta pelas/os investigadoras/es Rita Moura, da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), Daniel Fidalgo e Dulce Oliveira, do INEGI, e Mafalda Neves, do Hospital São João. A inovação tem como objetivo prever e prevenir lesões relacionadas com o parto, auxiliando na tomada de decisões médicas. O sistema baseia-se em dados e utiliza informações específicas de cada paciente, combinando inteligência artificial (IA) e simulações biomecânicas “para avaliar os riscos de lesão pélvica antes do parto”, explicam os investigadores. “Ao identificar riscos e indicar os locais mais prováveis de lesão, permite que os médicos obstetras optem por intervenções direcionadas melhorando, assim, os cuidados de saúde materna”, acrescentam. Para a equipa do AI4BirthCare o 2º lugar no iUP25k “representa um reconhecimento muito relevante da qualidade e do potencial da ideia”, tendo em conta que consideram estar ainda numa fase embrionária do projeto. Mais do que um prémio, os cientistas vêm esta distinção como uma validação externa que dá confiança, credibilidade e visibilidade “junto de parceiros, investidores e instituições”, referem.  Este é um projeto que, na opinião da equipa, pode estender-se em colaborações várias, desde instituições de saúde, passando por universidades e/ou empresas de tecnologia médica. Assim, a equipa vai concentrar-se na consolidação da ideia de negócio e na definição clara da proposta de valor, bem como no “desenvolvimento de um plano estratégico para atingir o mercado”, referem. Acreditam que o prémio da consultoria será muito importante para os ajudar a “tomar decisões mais informadas, perceber o posicionamento da solução no mercado, bem como aprender mais sobre estratégias de marketing”. A curto prazo, o foco do grupo de investigação está na consolidação técnica e científica da solução. “Estamos atualmente à procura de financiamento para finalizar e validar a nossa prova de conceito, o que nos permitirá aumentar o TRL (Technology Readiness Level) do produto”. Um dos principais objetivos da equipa é o desenvolvimento de um Minimum Viable Product (MVP). Paralelamente, vão começar a explorar contactos com potenciais utilizadores finais para recolher feedback e “alinhar o desenvolvimento do produto com as necessidades reais do mercado”, concluem. "Nunca se investiu tanto em inovação na Universidade do Porto como agora" Realizada no passado 12 de maio, no Auditório da UPTEC Asprela I, a final do iUP25k 2025 fechou com chave de ouro mais uma edição de uma iniciativa que é já vista como um dos mais emblemáticos eventos de promoção do empreendedorismo na instituição. Este ano, o concurso contou com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, da Astrolábio e da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto. Recorde-se que, durante três dias, as equipas participaram no BIP Ignition, que lhes permitiu não só obter consultoria especializada e aconselhamento sobre como melhorar os seus projetos, mas também acompanhamento dos pitchs para a sessão final. Esta tarefa esteve a cargo da Astrolábio. O júri desta edição foi constituído por Adriano Fidalgo (Astrolábio), Maria João Gonçalves Maia (Corium Biotech) e Raphael Stanzani (UPTEC). A decisão sobre os vencedores do iUP25k 2025 foi consensual, revelando a elevada qualidade dos projetos finalistas. “Agradeço a todos os que concorreram e participaram nesta jornada e também ao júri, que tem sempre a tarefa mais difícil e ingrata entre mãos” referiu Pedro Rodrigues, Vice-Reitor da U.Porto para a Investigação e Inovação, no momento em que anunciou os vencedores. Pedro Rodrigues acrescentou ainda que “nunca se investiu tanto em inovação na Universidade do Porto como agora”, incentivando as equipas a estarem atentas a todas as oportunidades que possam surgir. “O que queremos é ver aparecer novas ideias e novas empresas que coloquem a nossa investigação no panorama nacional e ao serviço da sociedade, com o impacto que todos gostaríamos”, referiu. “Agradeço a todos os que concorreram e participaram nesta jornada e também ao júri, que tem sempre a tarefa mais difícil e ingrata entre mãos” referiu Pedro Rodrigues, Vice-Reitor da U.Porto para a Investigação e Inovação, no momento em que anunciou os vencedores. Pedro Rodrigues acrescentou ainda que “nunca se investiu tanto em inovação na Universidade do Porto como agora”, incentivando as equipas a estarem atentas a todas as oportunidades que possam surgir. “O que queremos é ver aparecer novas ideias e novas empresas que coloquem a nossa investigação no panorama nacional e ao serviço da sociedade, com o impacto que todos gostaríamos”, referiu.   Esta edição do iUP25k contou com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, da UPTEC e da Astrolábio.  

Spin-off U.Porto selecionada para o EIT Food Accelerator Network

  “A participação neste programa é especialmente relevante para a Cell4Food, pois permite a integração numa ampla rede de networking no setor agroalimentar, potenciando o acesso a novas parcerias e colaborações estratégicas”, referem dos representantes da Cell4Food. Com duração de dois a três meses, o EIT FAN oferece não só apoio para validar tecnologias, desenvolver modelos de negócio e preparação para a fase de comercialização, como também acesso a financiamento de até 50 mil euros. “Embora o financiamento não seja o nosso objetivo principal, durante o programa cada startup terá a oportunidade de apresentar o seu pitch num Tech Validation Pitch Event, para concorrer aos montantes disponíveis”, explicam os membros da Cell4Food. No final, o painel de avaliadores vai selecionar três empresas, que receberão prémios no valor de 50, 30 ou 20 mil euros, “um recurso importante que permitirá investir em atividades de I&D, permitindo acelerar o desenvolvimento dos projetos e fortalecer a posição no mercado”, referem. A Cell4Food vai embarcar nesta aventura no hub de Paris, dedicado a Novos Ingredientes e Bioprocessamento. A equipa considera que um dos maiores benefícios é a integração na EIT Food, a maior comunidade europeia de inovação alimentar, composta por líderes da indústria, centros de investigação e investidores o que, acreditam, “irá proporcionar oportunidades para colaboração e parcerias estratégicas”. Com o acesso às sessões de mentoria disponibilizadas pelo EIT FAN, a Cell4Food espera também aprimorar o modelo de negócio e a estratégia de entrada no mercado. “A nossa visibilidade e reconhecimento na indústria também serão significativamente reforçados”, acrescentam os responsáveis da empresa. Sobre a Cell4Food Foi criada em 2022 com o propósito de “responder aos desafios de sustentabilidade e segurança alimentar no setor marinho”. A empresa recebeu a chancela U.Porto Spin-off em 2025, passando a pertencer ao The Circle. “A motivação para criar a empresa surgiu da necessidade de encontrar alternativas éticas e ambientalmente responsáveis à produção tradicional de pescado, começando pelo polvo que é uma espécie com elevada procura comercial, mas cuja pesca levanta sérias preocupações ecológicas e de bem-estar animal”, contam os membros da equipa. Assim sendo, a Cell4Food tem-se posicionado, acreditam os seus representantes, como uma “referência emergente no ecossistema europeu de biotecnologia alimentar, sendo a única, a nível mundial, a desenvolver tecnologias para a produção de alimentos à base de células de polvo”. Com laboratórios especializados no Terinov em Angra do Heroísmo, no IB-S da Universidade do Minho, em Braga e no Taguspark em Oeiras, a Cell4Food tenciona levar a sua bandeira da sustentabilidade o mais além possível. Atualmente, estão focados no desenvolvimento de tecnologias de agricultura celular para a produção de alimentos à base de células de polvo. A empresa tem vindo expandir esta mesma abordagem para outras espécies marinhas, como peixes e crustáceos. E foi nesse contexto que desenvolveram uma plataforma tecnológica, chamada BlueCell, que integra três componentes: “o desenvolvimento de linhas celulares, a formulação de meios de cultura personalizados e a utilização de biorreatores para a produção eficiente de biomassa celular destinada à alimentação”, explicam. Esta plataforma termina com o desenvolvimento de produtos finais que incorporam as células animais. Os planos para um futuro mais próximo passam, então, por otimizar a BlueCell mas também por “alargar o leque de espécies marinhas em estudo, incluindo novas variedades de peixes, crustáceos e outros moluscos, reforçando assim a versatilidade da tecnologia”, concluem os responsáveis da Cell4Food.

Já são conhecidos os finalistas do iUP25k 2025!|

A 11ª edição do iUP25k - concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto -  recebeu 26 candidaturas. Depois de uma criteriosa avaliação das 25 consideradas elegíveis, estão, finalmente, escolhidas as 12 equipas finalistas do concurso. A avaliação, coordenada pela U.Porto Inovação, foi levada a cabo pela Astrolábio – Orientação e Estratégia S.A.  Durante os dias 6, 7 e 8 de maio as equipas vão participar no Bip Ignition, programa de capacitação a cargo da Astrolábio. A final, aberta ao público, será no dia 12 de maio no Auditório da UPTEC Asprela I, às 09h30. Agradecemos a participação da comunidade empreendedora da U.Porto e felicitamos as equipas finalistas! São elas:   AI4BirthCare AlloPharma Research CARCINUS Endo NewTissue Projeto Digitalização da Dor Humana SharpmetriX SIMPLI.REHAB SObS SportsLink AI - SLAI ThermofinD3R USER1RST       Esta edição do iUP25k conta com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, da UPTEC e da Astrolábio.

Spin-off U.Porto selecionada para programa de aceleração da UE

  Nos próximos seis meses, a BEAT Therapeutics, empresa spin-off da Universidade do Porto atualmente incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, vai embarcar numa jornada com mais nove startups de tecnologia digital no Ready2Scale Acceleration Program. Financiado pela União Europeia, este programa visa promover a colaboração entre ecossistemas de inovação, especialmente entre países com menor intensidade de inovação e os mais desenvolvidos. O Ready2Scale Acceleration Program é uma iniciativa de seis meses, destinada a apoiar startups digitais e de deep tech na sua expansão internacional.  As empresas participantes terão acesso a 60 mil euros de financiamento, bem como a especialistas e mentores internacionais, missões externas para desbravar o mercado e muitas outras vantagens. “Estávamos à procura de programas que pudessem contribuir para a nossa estratégia de crescimento e candidatámo-nos ao Ready2Scale porque tem um alinhamento claro com a nossa fase atual de desenvolvimento”, refere Ângela Carvalho, CEO da BEAT. Para a empresa, este é um programa com várias vantagens, destacando-se três essenciais: “o financiamento, as parcerias para acelerar o desenvolvimento da tecnologia e o acesso a uma rede de mentores especializados e ações focadas em estratégias para captação de financiamento”, referem. O foco será, então, participar em missões de descoberta de novos mercados. Sobre a BEAT Therapeutics Fundada por investigadores de várias faculdades e centros de investigação do ecossistema da U.Porto, a BEAT Therapeutics é uma startup de biotecnologia dedicada ao desenvolvimento de terapias inovadoras para o tratamento de cancros agressivos. Focada em agentes anticancerígenos que atuam na reparação do ADN, a empresa procura impulsionar avanços na investigação em oncologia, e disponibilizar terapêuticas de elevada eficácia e segurança, com um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes. Este trabalho tem valido à equipa por trás da BEAT Therapeutics várias distinções. Entre elas incluem-se, por exemplo, o primeiro lugar no iUP25k – concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto e o segundo lugar no BIP Accelaration – ambas iniciativas organizadas pela U.Porto Inovação com o apoio do projeto UI-CAN. Foram também premiados pela EIT Health InnoStars 2023, tendo conquistado o segundo lugar na competição. Estão, atualmente, em fase de validação pré-clínica e a implementar “novas tecnologias para garantir uma validação mais eficiente do candidato a fármaco, minimizando riscos e assegurando um desenvolvimento sólido para uma translação bem-sucedida para os ensaios clínicos”, explica Ângela Carvalho. No próximo ano, a BEAT Therapeutics vai focar-se na captação de financiamento para realizar os ensaios regulamentares necessários, uma vez que o seu objetivo a longo prazo é dar início aos ensaios clínicos e “trabalhar para garantir a introdução de uma terapia personalizada e eficaz, capaz de atender às necessidades dos doentes oncológicos”, conclui a CEO. Em 2024, Ângela Carvalho foi uma de duas portuguesas distinguidas no âmbito da primeira edição da iniciativa WomenTechEU, que valeu à BEAT Therapeutics um financiamento de 75 mil euros.

U.Porto Inovação comemora 20 anos e reforça a sua caminhada

“A U.Porto Inovação celebrou o seu 20º aniversário em 2024. Foi um momento simbólico, um marco e uma ocasião especial. Ao longo das últimas duas décadas, a U.Porto Inovação tornou-se um pilar fundamental do ecossistema de investigação e inovação da Universidade do Porto”. São palavras de Pedro Rodrigues, Vice-Reitor para a Investigação e Inovação, fazendo uma retrospetiva do trabalho no ano passado. Com uma equipa estável, focada em olhar para o futuro com olhos curiosos e ambiciosos, ao mesmo tempo que se concentra em manter algumas iniciativas já consideradas tradição, a U.Porto Inovação encerrou o ano de 2024 com números fortes e consolidados. O trabalho foi, inclusivamente, reconhecido a nível superior, com a decisão de passar a U.Porto Inovação a Serviço da Reitoria da Universidade do Porto. Como refere André Fernandes, Diretor da equipa, “esta é uma conquista institucional que se deve à transversalidade e abrangência das nossas atividades, bem como à centralidade da inovação na missão da Universidade do Porto”. Nas palavras dos seus responsáveis à data, o caminho que a U.Porto Inovação tem trilhado nos últimos 20 anos é para manter porque, como refere o Vice-Reitor Pedro Rodrigues, “o segredo para uma inovação bem-sucedida continua a ser a proteção da propriedade intelectual e, fundamentalmente, a valorização do conhecimento”. Proteger e valorizar o que de melhor se faz na U.Porto No que toca à propriedade intelectual, em 2024 chegaram às mãos da equipa da U.Porto Inovação 44 comunicações de invenção. Foi o segundo melhor ano no que a este aspeto diz respeito, superado apenas pelas 51 comunicações de invenção recebidas em 2021. Refletindo investigação de uma grande variedade de áreas de investigação, as comunicações de invenção recebidas pelo Serviço, desde a sua fundação, totalizavam, no final do ano passado, 578. Analisadas as comunicações de invenção, o próximo passo é, quando se justifica, proteger o conhecimento. Em 2024 foram submetidos 38 pedidos de prioridade nacional junto do Instituto de Propriedade Industrial (INPI) e 27 pedidos de extensão internacional (PCT) – o maior número de PCTs submetido, por ano, desde a criação da U.Porto Inovação. Além disso, foram ainda submetidos 80 pedidos de patente no estrangeiro, em territórios como Estados Unidos, Brasil, China, Índia, Japão e uma grande variedade de países europeus. A Universidade do Porto voltou a ser em 2024, e pela sexta vez, a Universidade portuguesa que mais pedidos de patente europeia submeteu. Os dados constam no último relatório anual do European Patent Office (EPO). Dos 347 pedidos de patente europeia que saíram de Portugal o ano passado, pelo menos 22 tiveram origem na Universidade do Porto ou nos seus Institutos Associados. Os 10 pedidos de patente europeia com origem na Universidade do Porto – e geridos pela U.Porto Inovação –  surgiram a partir de invenções criadas por cientistas de diversas faculdades da U.Porto, principalmente das áreas Saúde e Energia. Já no que toca a concessões, foram 6 as patentes concedidas em Portugal e 75 a nível internacional, também o maior número, por ano, desde a criação desta equipa que se tem dedicado à proteção e valorização do conhecimento dentro da Universidade do Porto. No final de 2024, o portfolio de patentes da U.Porto concedidas ultrapassava as 570 (571), sendo 98 nacionais e 473 internacionais. Tendo em conta todas as novas patentes submetidas, mas também as que foram caindo ao longo do ano, a U.Porto terminou 2024 com 643 processos ativos de patentes no seu portfolio. Além de proteger, outra das importantes missões da U.Porto Inovação é valorizar a investigação e fazer o possível para a transferir para o mercado de forma a beneficiar o tecido económico e social. Em 2024 foram assinados quatro novos contratos de exploração comercial de tecnologias com empresas. Dois deles são da área da saúde e as tecnologias em questão foram desenvolvidas uma por cientistas da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) e outro por cientistas da Faculdade de Farmácia e do i3S. No primeiro caso falamos de um licenciamento à empresa GO Antimicrobial Technologies e outro à BBit Therapeutics, uma empresa spin-off da Universidade do Porto. Os outros dois contratos de licença são de tecnologias desenvolvidas na FEUP e envolvem as empresas Movigpositions e TMG Automotive. 20 anos da U.Porto Inovação: olhar o futuro mas manter as tradições No dia 15 de abril de 2024 a U.Porto Inovação celebrou 20 anos. Um dos momentos altos da celebração dessa data foi o lançamento de um livro, disponível para leitura aqui. Apesar de não ser fácil resumir duas décadas de tantas conquistas, projetos alavancados e empresas criadas, os resultados do trabalho das várias pessoas que foram passando pela equipa está à vista. O objetivo do livro foi deixar todo esse trabalho para a posteridade, funcionando como um marco histórico do que foram as duas primeiras décadas da U.Porto Inovação. Em paralelo com os festejos, 2024 continuou a ser um ano de aposta na continuidade dos programas bandeira da U.Porto Inovação na área do empreendedorismo: o iUP25k, o BIP Acceleration e o BIP Ignition, com os seus habituais, e já famosos, prémios: 25.000€ no iUP25k e 10.000€ em dinheiro no BIP Acceleration. Teve também lugar a 7ª edição do BIP PROOF, com um investimento total de 60 mil euros em ideias inovadoras nascidas na Universidade do Porto. Ainda no tema do empreendedorismo de base científica e tecnológica, não podemos deixar de falar do The Circle. No ano passado 9 novas empresas receberam a chancela U.Porto Spin-off, passando a pertencer ao The Circle que terminou o ano com 116 empresas abertas e em funcionamento. Juntas geriam, no final de 2024, mais de 80 patentes, geraram mais de 100 milhões de euros de volume de negócios e já contribuíram para a criação de mais de 1600 postos de trabalho. Informação mais detalhada sobre a rede de empresas spin-off U.Porto pode ser encontrada na brochura anual do The Circle, aqui.   Mais networking e aproximação a parceiros externos e internos A aproximação ao meio empresarial manteve-se em 2024. A U.Porto Inovação organizou 5 sessões A2B (Academia to Business) com a Galp, a Grupo ITAU, a Soja de Portugal e a Casa Alta. Estes encontros já se realizam há mais de dez anos e totalizam 74 sessões, com mais de 1800 participantes entre académicos e membros de empresas, sejam elas grandes indústrias nacionais, startups ou spin-offs da U.Porto. As sessões A2B de 2024 enquadraram-se também no IJUP Empresas, iniciativa a cargo da U.Porto Inovação desde 2023. No ano passado a Soja de Portugal apoiou financeiramente um projeto “made in” U.Porto com 5000 euros, ao abrigo da iniciativa. O ano transato fica ainda marcado por uma preocupação em aproximar mais do lado de dentro, por assim dizer. Nesse sentido a U.Porto Inovação convidou “embaixadores” de inovação de todas as faculdades da U.Porto, bem como dos institutos associados, para um almoço de confraternização. O objetivo foi reunir as várias equipas de apoio à inovação e à investigação e desenvolvimento (I&D) da U.Porto para que se conhecessem e apresentassem o seu trabalho de forma informal, potenciando ainda mais a colaboração entre si.   Equipa maior, mais consolidada e com objetivos para um futuro forte “É um facto que a U.Porto Inovação é hoje um Serviço reconhecido e respeitado a nível nacional e internacional”, refere Pedro Rodrigues. Assim, e alcançado esse marco, o Vice-Reitor acredita que o futuro passa por tornar o trabalho da equipa mais visível e abrangente, com maior envolvimento de todos os parceiros, sejam internos, da comunidade académica, ou externos, das empresas.  Como acrescenta André Fernandes, “o Plano Estratégico da Universidade do Porto 2030 identifica a inovação como uma das quatro áreas nucleares da Universidade do Porto”, o que torna a contribuição da U.Porto Inovação mais fundamental ainda. No entanto, e apesar de proteger as descobertas científicas ser crucial, é fundamental lembrar que “é igualmente importante garantir que essas inovações se traduzem em valor económico e social”, refere Pedro Rodrigues, apontando este como um dos aspetos em que é necessário investir mais. O futuro, no entanto, é promissor: “A U.Porto Inovação mantém-se fiel às suas raízes, adaptando-se aos novos tempos e sempre com o objetivo de consolidar a posição de liderança da U.Porto. Estou certo de que continuará a liderar este processo na Universidade, incentivando professores, investigadores e alunos a participar ativamente na proteção e maximização do seu conhecimento”, conclui Pedro Rodrigues. A brochura da U.Porto Inovação em números, referente ao ano de 2024, pode ser consultada aqui.    

Tecnologia da U.Porto vai ser utilizada pela empresa TMG Automotive

  Falamos de um processo inovador, desenvolvido entre a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a empresa TMG– Tecidos Plastificados e Outros Revestimentos para a Indústria Automóvel, S. A. (TMG Automotive) que permite fornecer proteção solar à cortiça através da pigmentação da mesma. O projeto nasceu da tese de mestrado em Engenharia Química de Rita Almeida, na FEUP, dissertação essa que foi executada em ambiente empresarial na TMG Automotive. “Queremos avançar com o scale-up industrial desta tecnologia, garantindo que o processo seja otimizado para produção em larga escala”, referem os representantes da empresa que é, inclusivamente, cotitular do pedido de patente. Os termos do contrato assinado entre a TMG Automotive e a U.Porto garantem um “acordo para exploração dos resultados, alinhados com as expectativas de ambas as partes com o objetivo de maximizar o retorno”, referem os membros da TMG. A empresa compromete-se, assim, ao pagamento de royalties à Universidade pela utilização comercial da tecnologia. Esta invenção destaca-se pelo revestimento da cortiça com nanopartículas de hematite, protegendo-a da exposição solar. “A cortiça é um material que descolora rapidamente sob a ação da luz solar, o que torna inviável a sua utilização em locais onde se encontra exposta ao elemento”, refere Rita Almeida. A investigadora já não se encontra ligada à FEUP, estando o projeto agora cargo de Adélio Mendes, docente e investigador da mesma faculdade. As partes envolvidas no desenvolvimento da tecnologia estabeleceram um acordo de exploração de resultados que consideram ser vantajoso para ambas. “A industrialização desta invenção possibilita a utilização de um material sustentável no mercado automóvel, promovendo soluções mais responsáveis e alinhadas com as exigências ambientais”, explica Rita Almeida. Além disso, a hematite é um material abundante, barato e seguro para o ambiente, fatores que entram para o rol das vantagens deste “casamento” entre a U. Porto e a indústria. A TMG Automotive tem já histórico de trabalho com cortiça “para criar conceitos estéticos inovadores”, mas, como os responsáveis da empresa acrescentam, “a preservação do aspeto original da cortiça tem sido um desafio”. Assim, esta abordagem surge como uma “solução promissora, pois cumpre os exigentes requisitos da indústria automóvel e oferece potencial para aplicações em diversas superfícies interiores de veículos”. Os próximos passos são “otimizar a formulação, fazer testes de campo e testes de envelhecimento acelerado”, refere Adélio Mendes. Espera-se que, com esta colaboração, “ambas as entidades obtenham retorno a partir do trabalho desenvolvido em conjunto, continuando ao mesmo tempo a fortalecer a colaboração de longa data entre a empresa e a Universidade do Porto”, refere a TMG.

Universidade do Porto é líder nos pedidos de patente europeia

  Dos 347 pedidos de patente europeia que saíram de Portugal o ano passado, pelo menos 22 tiveram origem na Universidade do Porto ou nos seus Institutos Associados. Os dados constam no último relatório anual do European Patent Office (EPO), publicado esta semana pela organização. Os resultados voltam a colocar a U.Porto como a universidade portuguesa que mais registos de patentes solicitou a nível europeu no ano passado (10 pedidos, segundo o relatório). Além disso, a U.Porto está em terceiro lugar na lista de entidades portuguesas que mais pedidos europeus submeteram, só atrás da NOS Inovação e da Altice Labs. Os 10 pedidos de patente europeia com origem na Universidade do Porto – e geridos pela U.Porto Inovação –  surgiram a partir de invenções criadas por cientistas das faculdades de Ciências (FCUP), Engenharia (FEUP), Farmácia (FFUP), Medicina Dentária (FMDUP) e também do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Contemplam tecnologias de áreas científicas diversas, destacando-se a Saúde e a Energia. Falamos de compostos anti-incrustantes, soluções de prevenção e tratamento de doenças da pele, substâncias antimicrobianas, elementos análogos a nutrientes, entre outras soluções. Em 2024, houve ainda a concessão de três pedidos europeus feitos em nome da U.Porto, dois relativos a invenções nascidas na FFUP e um da Faculdade de Desporto (FADEUP). Essas tecnologias encontram-se concedidas em mais de uma dezena de países europeus, ao abrigo do novo sistema de patente europeia com efeito unitário que entrou em vigor em junho de 2023. Este sistema “oferece uma via simplificada para proteção por patente, uniforme e territorialmente ampla, reduzindo significativamente a burocracia e os custos”, pode ler-se no site do Instituto de Propriedade Industrial (INPI). No que diz respeito aos Institutos Associados da U.Porto, o INESC TEC submeteu cinco pedidos de patente ao EPO em 2024. Falamos de invenções relacionadas com agricultura de precisão, telecomunicações inteligentes ou fabricação de equipamentos com potenciais aplicações no diagnóstico de doenças ou na deteção de poluentes. Além disso, o Instituto também conseguiu alcançar três concessões de patente na Europa no ano passado. O Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) também entra nas contas, com três pedidos de patente europeia submetidos em 2024. As tecnologias em questão atuam na área de dispositivos inovadores para gestão ambiental e também nos novos compostos biomarinhos ativos. Já o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3S) foi responsável por dois pedidos de patente europeia no ano passado, ao passo que o REQUIMTE - Rede de Química e Tecnologia e o INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, registaram um pedido de patente europeia cada um. Esta é a sexta vez que a Universidade sobe ao pódio do EPO, repetindo, assim, os feitos de 2023 (29 pedidos), 2020 (23 pedidos), 2019 (17 pedidos), 2018 (17 pedidos) e 2017 (12 pedidos). Portugal patenteia acima da média da União Europeia A nível nacional, a prestação de Portugal também é de assinalar, com os pedidos de patente a subirem acima da média europeia e a atingirem um novo recorde. Em 2023 tinham sido 329 pedidos, e este ano foram 347, o que representa um crescimento homólogo de 4,8% num ano em que os pedidos dos 27 estados membros da União Europeia (UE) recuaram 0,4%. Assim, o número de pedidos de patente europeia realizados por inventores de Portugal tem mantido uma trajetória ascendente desde 2020, com um total de 1432 pedidos e um aumento, em cinco anos, de 38,2% De destacar ainda que Portugal é o país da UE com maior percentagem de pedidos de patentes com a participação de, pelo menos, uma mulher, sendo que 48% dos pedidos submetidos em 2024 contam com a participação de mulheres. No que diz respeito às empresas a tendência de crescimento mantém-se. A NOS Inovação volta a destacar-se no primeiro lugar, com 22 pedidos em 2024. Logo depois surge a Altice Labs, com 11 pedidos. A novidade deste ano está na ausência da Delta no ranking e também as chamadas empresas startup “unicórnio” – como é o caso da Strong Health, que ocupou o segundo lugar em 2023. Apesar de as empresas estarem, inegavelmente, a ganhar terreno, metade do top 10 de requerentes indicados pelo EPO são universidades ou centros de investigação. No ranking de 2024 aparecem a Universidade do Porto e o INESC TEC, bem como as Universidades de Aveiro, Minho e Nova de Lisboa, com 5 pedidos cada.

Spin-off da U.Porto recebe financiamento de 2 milhões de dólares

  “São notícias emocionantes”. É assim que os responsáveis da Immunethep, uma empresa spin-off da Universidade do Porto, se referem ao financiamento de 2 milhões de dólares recentemente angariado, e que irá apoiar o desenvolvimento de uma vacina “baseada em peptídeos conjugados contra infeções invasivas por E.coli”. A E.coli é uma das principais causas de infeções da corrente sanguínea, tais como sépsis, meningite e outras condições com risco de vida, principalmente em populações vulneráveis. Ao mesmo tempo, o aumento da resistência a antibióticos torna ainda maus urgente o desenvolvimento de soluções preventivas eficazes, e essa é uma das missões da Immunethep, através da criação de vacinas. O trabalho da spin-off U.Porto, baseada na investigação desenvolvida no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), chamou à atenção do CARB-X, um consórcio de investidores (que inclui governos e fundações privadas) que tem como objetivo acelerar a descoberta de novos produtos anti-infeciosos inovadores. Uma das principais ambições é criar uma vacina contra a E.coli e, por isso, o consórcio decidiu agora investir 2 milhões de dólares no trabalho da Immunethep, que já há muitos anos se tem focado no desenvolvimento de uma vacina que ajude o sistema imunitário a combater infeções por bactérias perigosas. O contacto com o CARB-X surgiu há alguns anos, tendo sido mais ativo durante o último ano. Só agora se concretizou pois houve necessidade de “direcionar a tecnologia de forma a ir ao encontro dos objetivos definidos pelo CARB-X”, referem os responsáveis da Immunethep “Nós desenvolvemos uma vacina que atua bloqueando uma proteína chamada GAPDH, libertada por algumas bactérias para enfraquecer o nosso sistema imunitário. Quando esta proteína entra na nossa corrente sanguínea, pode aumentar o risco de infeções, incluindo as causadas pela E.coli, uma das mais difíceis de tratar devido à sua resistência a antibióticos. Como o objetivo do projeto CARB-X é criar uma vacina contra a E.coli, ajustámos a nossa fórmula para focar especificamente na versão desta proteína presente”, refere Pedro Madureira, investigador e CSO da Immunethep. Um "match" perfeito Além da vantagem monetária óbvia, a Immunethep sente-se muito realizada por fazer parte de um programa “altamente competitivo que permite não só o acesso a investimento significativo mas também a uma rede internacional de especialistas que ajudam em todas as fases de desenvolvimento de um fármaco”, dizem. “O que mais nos preocupa é a elevada resistência a antibióticos, o que faz com que a E.coli cause milhares de mortes todos os anos, sobretudo associadas a infeções hospitalares”, refere Pedro Madureira. A isso acresce o facto de esta bactéria se replicar muito rapidamente dentro do hospedeiro, o que significa que, na maior parte das vezes, “não há tempo para uma correta identificação da infeção e o tratamento faz-se de uma forma empírica”, acrescenta. E se o primeiro tratamento administrado não for o mais adequado, “o risco de morte ou de sequelas permanentes é enorme”. Assim, estando os focos alinhados, o “match” entre a CARB-X e a Immunethep é perfeito. “O nosso foco principal é desenvolver imunoterapias que neutralizem a GAPDH bacteriana e com isso restabelecer a capacidade do nosso sistema de controlar diversas infeções” referem os responsáveis da empresa. O facto de o investimento do consórcio CARB-X ter feito a Immunethep apostar no desenvolvimento muito específico para uma bactéria, faz com que a empresa spin-off U.Porto vá agora “continuar com o desenvolvimento de uma ou mais formulações para outras bactérias patogénicas também com elevado risco para a saúde pública”. “Para além da vacina – que é uma estratégia preventiva – estamos também a desenvolver tratamentos à base de anticorpos monoclonais que podem ser administrados após a infeção. E continuamos com uma atividade de investigação de forma a aumentar a capacidade dos nossos produtos de prevenir ou tratar infeções”, concluem.

Fundador de spin-off U.Porto assume cargo de liderança na H.B. Fuller

  João Magalhães, licenciado em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), acaba de assumir uma posição de destaque na administração executiva mundial da H.B. Fuller, empresa americana líder global de produção de adesivos industriais. Desde o início de março, o alunus da FEP desempenha a função de Vice-Presidente Sénior de Adesivos para Engenharia, gerindo as áreas de eletrónica, mobilidade, aeroespacial, e-power e clean energy. Esta nomeação, já anunciada à Bolsa de Nova Iorque, torna-o o único europeu a fazer parte da administração da multinacional. Natural do Porto, João Magalhães, de 45 anos, iniciou a sua carreira na Sonae, onde trabalhou durante uma década em diversas funções de gestão. Em 2012, ingressou na H.B. Fuller, onde teve uma trajetória ascendente: ocupou cargos de liderança em segmentos como mobilidade, madeira e compósitos, montagem durável na região EIMEA e adesivos para construção na Europa e foi também administrador da H.B. Fuller Portugal. O seu percurso inclui ainda a gestão de operações, análise de dados e integração de negócios. João Magalhães foi também fundador da Wegho, uma empresa spin-off da Universidade do Porto. A Wegho nasceu em 2017 pela mão de dois irmãos (Carlos Magalhães e João Magalhães) e um primo (Luís Machado). Desenvolveram, em conjunto, uma plataforma online que presta serviços de limpeza doméstica e que conta com mais de 8.000 utilizadores registados. Com esta nomeação, João Magalhães junta-se a um grupo restrito de gestores portugueses que alcançaram cargos de relevo na liderança executiva de grandes empresas americanas, reforçando o reconhecimento internacional da formação de excelência proporcionada pela FEP. Sobre a H.B. Fuller A H.B. Fuller, com sede em Minnesota, EUA, é um dos maiores fabricantes mundiais de adesivos industriais, com um portefólio de mais de 20.000 produtos destinados a setores como construção, engenharia, eletrónica, higiene e embalagens alimentares. A empresa conta com 81 unidades industriais em 26 países, empregando cerca de 7.500 colaboradores e registando uma receita de 3,57 mil milhões de dólares em 2024.

iUP25k: candidaturas à 11ª edição já estão abertas!

  Têm ligação à Universidade do Porto e uma ideia criativa, científica ou tecnológica em fase inicial? Não sabem como desenvolvê-la? Então a resposta pode estar no iUP25k, o concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto que vai voltar a premiar, com mais de 25 mil euros em prémios, as melhores ideias da Universidade. As candidaturas já estão abertas e vão decorrer até 31 de março de 2025 às 18h (hora de Portugal continental). Para participar bastam apenas dois passos: assinar a declaração de compromisso e submeter do formulário de candidatura. Organizado pela U.Porto Inovação, o iUP25k tem como objetivo ser uma verdadeira ação de ignição para o empreendedorismo e para a criação de empresas inovadoras e com impacto. Além disso, pretende premiar os estudantes, cientistas, professores, funcionários ou alumni da U.Porto que, com os seus projetos, pretendam valorizar o conhecimento gerado na instituição. O iUP25k 2025 é a 11ª edição do concurso que, desde a sua criação em 2010 já apoiou dezenas de ideias. Este ano, conta com o apoio dos parceiros Caixa Geral de Depósitos, UPTEC e Astrolábio, e há prémios reservados para os três primeiros classificados, incluindo monetários. São eles: 1º lugar: 3 mil euros em dinheiro, período de incubação na UPTEC e serviços de consultoria em empreendedorismo 2º lugar: 2 mil euros em dinheiro, período de incubação na UPTEC e serviços de consultoria em empreendedorismo 3º lugar: 1 mil euros em dinheiro, período de incubação na UPTEC e serviços de consultoria em empreendedorismo   Quaisquer dúvidas podem ser tratadas por email (bip@reit.up.pt) ou por telefone (+351220408077) Sobre o iUP25k Lançado em 2010, o iUP25k rapidamente se estabeleceu como um instrumento de sensibilização para o empreendedorismo e criação de novas empresas que tenham por base processos de exploração de conhecimento e inovação. Depois de sete edições consecutivas, o iUP25k fez uma pausa, tendo regressado em 2022 e vindo a repetir-se desde então. No ano passado a equipa vencedora foi a FarFun, uma farinha funcional que promete mudar a vida dos diabéticos. Foram premiados também os projetos BodyBoost e UPWIND   Esta edição do iUP25k conta com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, da UPTEC e da Astrolábio.

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