Já são conhecidos os finalistas do iUP25k 2024!|

  A 10ª edição do iUP25k - concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto -  recebeu 38 candidaturas  Depois de uma criteriosa avaliação das 32 candidaturas elegíveis, estão, finalmente, escolhidas as 12 equipas finalistas do concurso. A avaliação, coordenada pela U.Porto Inovação, foi levada a cabo pela Astrolábio – Orientação e Estratégia S.A.  Durante os dias 17, 20 e 21 de maio as equipas vão participar do Bip Ignition, programa de capacitação a cargo da Astrolábio. A final, aberta ao público, será no dia 24 de maio no Auditório da UPTEC Asprela I, às 09h30. Agradecemos a participação da comunidade empreendedora da U.Porto e felicitamos as equipas finalistas! São elas: AlFunDia AUTSAI Backslash Code BodyBoost Braining Impacte Mentaly MiGloN ooVoo.Life Renal Value Care State of The Ark - SoTA UPWIND   Esta edição do iUP25k conta com o apoio da Caixa Geral de Depósitos e da UPTEC.    

U.Porto Inovação encerra ano de 2023 com renovado sentido de missão

  "Durante o ano de 2023 a U.Porto Inovação renovou a sua visão para melhor cumprir a sua missão no ecossistema de investigação e inovação da Universidade". São palavras de Pedro Rodrigues, Vice-Reitor para a Investigação e Inovação, fazendo uma retrospetiva do trabalho da estrutura no ano passado. Com uma equipa maior (13 pessoas) e focada em cumprir a missão designada, a U.Porto Inovação encerra o ano de 2023, à semelhança dos anteriores, com números fortes e consolidados, iniciativas novas, projetos a que dar continuidade mas, sobretudo, sentido de missão inalterado. Como refere André Fernandes, dirigente da U.Porto Inovação, os números e resultados "refletem a atitude proativa da equipa em 2023". Tendo comemorado, à data desta publicação, o seu vigésimo aniversário, a U.Porto Inovação, nas palavras dos seus responsáveis manterá um caminho firme e determinado, com foco na missão a que se propôs desde a sua criação, em 2004. Proteger e valorizar a ciência produzida na U.Porto No que toca à propriedade intelectual, em 2023 a U.Porto Inovação alcançou a importante marca das 500 comunicações de invenção recebidas. Foram, no total, 43, fazendo de 2023 um dos melhores anos no que a este aspeto diz respeito, superado apenas pelas 51 comunicações de invenção recebidas em 2021. Englobando todas as áreas de investigação (Saúde; Biotecnologia e tecnologia agroalimentar; Tecnologias de informação, comunicação e eletrónica; Energia, ambiente e construção e Transportes, segurança e processos industriais) as comunicações de invenção que a unidade recebeu desde a sua fundação totalizavam, no final do ano de 2023, 534. Na sequência das comunicações de invenção recebidas neste e em anos anteriores, foram submetidos neste ano 31 pedidos de prioridade nacional junto do Instituto de Propriedade Industrial (INPI), 18 pedidos de extensão internacional (PCT) e 110 pedidos de patente internacionais em territórios como Europa, Estados Unidos, China, Índia e Japão e uma grande variedade de países europeus. Já no que toca a concessões, foram 6 as patentes concedidas em Portugal e 67 a nível internacional. No final de 2023, o portfolio de patentes da U.Porto concedidas ultrapassava as 450 (483), sendo 91 nacionais e 392 internacionais. De salientar também que, pela primeira vez, a Universidade do Porto teve patentes concedidas na África do Sul e em Macau. A invenção “Panels with granulated rubber core and high pressure laminate faces and production method thereof”, liderada na Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) por Fernão Magalhães, foi concedida na África do Sul em abril. No mês anterior, a tecnologia do grupo de investigação de Fernanda Borges, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, intitulada “Hydroxybenzoic acid derivatives, methods and uses thereof”, foi alvo de proteção via patente em Macau.  Tendo em conta todas as novas patentes submetidas, mas também as que foram caindo ao longo do ano, a U.Porto terminou 2023 com 592 processos ativos de patentes no seu portfolio. Além de proteger, outra das importantes missões da U.Porto Inovação é valorizar a investigação e fazer o possível para a transferir para o mercado de forma a beneficiar o tecido económico e social. Em 2023 foram assinados três novos contratos de exploração comercial de tecnologias com empresas. Dois deles são da área da saúde e as tecnologias em questão foram desenvolvidas por investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). As empresas a quem as invenções foram licenciadas são a Regenera e a Vetiqo. Houve ainda uma licença à empresa Dourogás, de uma tecnologia "made in" FEUP. Regresso do IJUP Empresas e continuidade dos programas de apoio à criação de spin-offs O ano de 2023 fica marcado pelo regresso do IJUP Empresas, iniciativa que a partir do ano passado está a cargo da equipa da U.Porto Inovação. Esta é uma iniciativa onde cientistas, estudantes e empresas são desafiados a colaborar em projetos de investigação exploratória com caráter pluridisciplinar. Neste regresso, foram selecionados seis projetos para colaboração com as empresas Galp, Grupo ITAU, Soja de Portugal e Sonae MC.  Ainda em 2023, teve lugar a 6ª edição do BIP PROOF, com um investimento total de 60 mil euros em ideias inovadoras nascidas na Universidade do Porto, e mantiveram-se também iniciativas como o iUP25k – concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto, o BIP Acceleration e o BIP Ignition. O iUP25k atribuiu prémios a cinco equipas da Universidade do Porto, totalizando os já famosos 25.000€ em prémios que caracterizam a iniciativa.  Ainda no tema do empreendedorismo de base científica e tecnológica, não podemos deixar de falar do The Circle. Depois de, em 2022, se ter chegado às 100 spin-offs U.Porto, em 2023 a U.Porto Inovação acolheu mais 16 empresas com a chancela. Juntas, as empresas do The Circle geriam, no final de 2023, mais de 70 patentes, geraram mais de 80 milhões de euros de volume de negócios e já contribuíram para a criação de mais de 1800 postos de trabalho. Informação mais detalhada sobre a rede de empresas spin-off U.Porto pode ser encontrada na brochura anual do The Circle, aqui. Mais networking e aproximação ao meio empresarial Um dos destaques do ano de 2023 foi o Encontro de Investigação e Inovação Abertas. Esta iniciativa inédita reuniu na Universidade do Porto membros da academia, mas também responsáveis de empresas e outros stakeholders. Ao todo, mais de uma centena de participantes passaram pelo evento, onde puderam assistir ao European Symposium on Innovation in Global Health e conhecer também os vencedores das edições de 2023 do BIP PROOF e do IJUP Empresas, programas organizados pela U.Porto Inovação. No que diz respeito à atividade de interface, organizaram-se 14 sessões A2B (Academia to Business) em 2023, com empresas como a Galp, Grupo ITAU, Sportsmaster, Symington Family Estates, Contemp, E-goi, entre outras. As sessões A2B já se realizam há dez anos e totalizam 69 encontros, com mais de 1700 participantes entre académicos e membros de empresas, sejam elas grandes indústrias nacionais, startups ou spin-offs da U.Porto. O objetivo principal da iniciativa é uma aproximação do meio académico às empresas para parcerias de investigação, e assim uma mais eficaz valorização da ciência gerada pela U.Porto. Equipa maior, mais consolidada e com objetivos para um futuro forte "No ano de 2023 a U.Porto Inovação estava a funcionar em plena capacidade. A nossa equipa cresceu para 13 membros, algo que nunca tinha acontecido. Esta expansão traduziu-se numa maior capacidade de resposta no apoio ao ecossistema de investigação e inovação da Universidade do Porto", refere André Fernandes.  Para o futuro, o objetivo é aumentar dois elementos chave, elencados pelo Vice-Reitor: visibilidade e proximidade. "O objetivo é garantir que as atividades da U.Porto Inovação, focadas na valorização dos resultados da investigação e na inovação, sejam conhecidas e reconhecidas, chegando a todos os intervenientes do ecossistema de investigação da U.Porto", refere Pedro Rodrigues acerca da visibilidade. Já no campo da proximidade, a U.Porto Inovação vai avançar para os próximos anos com o objetivo de "trabalhar em estreita colaboração com a comunidade científica e sensibilizar para as questões abordadas pela U.Porto Inovação, nomeadamente, a proteção da propriedade intelectual, o desenvolvimento empresarial e a transferência de tecnologia", refere o Vice-Reitor. Na sua opinião,  "a maior adesão do ecossistema de investigação da U.Porto a estes assuntos terá um impacto positivo no nível de inovação gerado" na Universidade do Porto. A brochura da U.Porto Inovação em números, referente ao ano de 2023, pode ser consultada aqui.  

Empresas da U.Porto em destaque na SIM Conference

  Mais de 20 startups da Universidade do Porto marcaram presença na primeira edição da SIM Conference – Startups & Investment Matching, uma iniciativa organizada pela Startup Portugal, com o intuito de ligar empreendedores, startups e investidores nacionais e internacionais.  A SIM Conference decorreu de 2 a 4 de maio, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, e mostrou o melhor do ecossistema português em discussões sobre os temas mais pertinentes para fundadores e investidores de startups na Europa. Entre as empresas que marcaram presença no certame destacam-se várias spin-offs da Universidade, sediadas na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto. Foram elas: a AGIT, uma tecnologia que reconhece exercício físico em tempo real usando a câmara do telemóvel; a Corium Biotech que se dedica bioprodução de peles exóticas destinadas a abastecer a indústria da moda de luxo; a Portugal Bugs, pioneira em Portugal na comercialização de produtos alimentares à base de insetos; a Unilinkr, um marketplace onde estudantes universitários conseguem encontrar oportunidade de trabalho conciliáveis com os seus horários; VN Tech, uma plataforma de automatização que melhora as negociações de aquisição através da simplificação do processo; a ADYTA, que centra a sua atividade na defesa e proteção das comunicações através de soluções inovadoras e à medida de cada cliente; a Sphere Ultrafast Photonics, uma empresa dedicada ao desenho e fabrico de tecnologia laser ultrarrápida; e a Voxelmaps que pretende construir um modelo volumétrico 4D do mundo, combinando dados de visão com informação espacial associados a timestamps.  Além das spin-offs U.Porto, a comunidade UPTEC esteve também representada pela WiseWorld, uma plataforma baseada em IA que ajuda os funcionários a praticar, cometer erros e melhorar as suas competências interpessoais diariamente; a Hortee, uma plataforma que une produtores locais e consumidores conscientes; a Infinite Foundry é uma plataforma digital tridimensional para unidades industriais, que visa melhorar a eficiência de produção em qualquer setor industrial; a TakeCarbon, uma plataforma descentralizada projetada para revolucionar o modo como os créditos de carbono são «tokenizados», negociados e compensados à escala global; a AgroGrIN Tech, uma tecnologia que permite a extração de enzimas e/ ou vitaminas de resíduos de frutas e vegetais com elevado grau de purificação; a Nolita, que cria  produtos para pequenos-almoços e lanches sem adição de açúcares ou adoçantes, mas com sabor doce através de utilização de fibras naturais; e a HelpMeChoose que desenvolve produtos digitais com o objetivo de analisar serviços e ativos financeiros a nível internacional, como corretoras de valores, bancos digitais e ETFs, entre outros. De entre os quase 100 oradores do certame, há também a destacar vários líderes de startups da comunidade U.Porto. São os casos de Verónica Orvalho (Didimo), Humberto Ayres Pereira (Rows), André Jordão (Barkyn), Luís Vieira (B-Parts) ou de Miguel Santo Amaro (Coverflex). Maria Oliveira, Diretora de Negócio da UPTEC, participou no painel “EmpowerHer: Strategic Fundraising for Women Founders”, ao passo que André Forte, Coordenador de Desenvolvimento de Negócio – Artes, conduziu a talk sobre “Cross Innovation: Arts disrupting tech, tech enhancing creativity”. Já Francisca Eiriz, Coordenadora de Gestão de Projetos da UPTEC, participou no painel sobre “Women Led Ventures: act now to be invested later”. A primeira edição da SIM Conference teve lugar no Porto e teve como objetivo mostrar o melhor do ecossistema empreendedor português e discutir os temas mais pertinentes para fundadores e investidores de startups na Europa.   Notícia escrita em parceria com a equipa de Comunicação da UPTEC.

“A U.Porto Inovação tem uma importância vital para a Universidade e para o país”

Foi enquanto Vice-Reitor par a Inovação e Desenvolvimento na U.Porto que José Marques dos Santos lançou as primeiras pedras para o que viria a ser a U.Porto Inovação, e que começou por se chamar UPIN. Nesse período – de 2002 a 2006 - ocupou também o cargo de presidente Instituto para os Recursos e Iniciativas Comuns da Universidade do Porto (IRICUP), onde viria a estar sedeada a UPIN. Assim, José Marques dos Santos esteve, como refere, “intimamente ligado à criação da UPIN, em 2004” e acompanhou ativamente a sua evolução como estrutura central da U.Porto sedeada no IRICUP. Depois disso, nas eleições para a equipa reitoral de 2006, José Marques dos Santos assumiu o cargo de Reitor da Universidade do Porto, onde continuou a “acompanhar com muito interesse a evolução da UPIN”, tutelada, nesse período, pelo Vice-Reitor Jorge Gonçalves. 1. Porque se sentiu a necessidade de criar a U.Porto Inovação? No início do século XXI já se atribuía, generalizadamente, uma grande importância à valorização social dos resultados das atividades de investigação e desenvolvimento levadas a cabo pelas universidades e seus institutos ou centros de investigação. A Universidade do Porto considerou que tal valorização era um imperativo seu por várias razões. Em primeiro lugar, a valorização dos resultados de Investigação e Desenvolvimento (I&D), que podia ser um contributo importante para a transformação do tipo da produção nacional, libertando-a da imagem externa negativa, essencialmente conotada com uma natureza de baixa tecnologia e de mão de obra barata. Tal transformação seria essencial face ao contexto económico nacional da altura. Esta valorização constituiria, por certo, mais um incentivo e um fator acrescido de motivação para os docentes, investigadores e alunos realizarem atividades de I&D aplicada e com forte ligação ao tecido empresarial, já muito reclamadas pela sociedade. Ao mesmo tempo, a inovação e a criação de empresas de base tecnológica eram na altura prioridades, tanto do governo português como da Comissão Europeia. Havia, pois, uma oportunidade para utilizar iniciativas locais e europeias como meio de promover e catalisar a criação de unidades de apoio que pudessem avaliar e ajudar a utilizar tecnologias desenvolvidas na U.Porto. O sucesso alcançado na valorização dos resultados das atividades de I&D seria um forte contributo para o reforço da imagem interna e externa da U.Porto e para o seu reconhecimento como uma universidade inovadora e empreendedora, atributos esses considerados muito importantes para a concretização da internacionalização da U.Porto. Por outro lado, os docentes e investigadores da Universidade do Porto reclamavam, com insistência, apoio para a valorização dos resultados que obtinham nas suas atividades de I&D. Face a estas constatações, a equipa reitoral da altura, liderada pelo Prof. José Novais Barbosa, elegeu como uma das suas prioridades o fomento da inovação e a promoção de formas sustentadas de transferência de conhecimento e tecnologia a partir dos resultados das atividades de investigação e desenvolvimento efetuadas pelos membros da U.Porto. Para a consecução desta prioridade foi, então, criado o Gabinete UPIN – Universidade do Porto Inovação, tendo como finalidade: a procura ativa de resultados de atividades de I&D realizadas na U.Porto para apoiar a sua proteção, desenvolvimento e comercialização, tendo em vista incrementar a relevância social das mesmas; fomentar a inovação na U.Porto e no país; contribuir positivamente para a imagem da U.Porto; contribuir para a obtenção de receitas tanto para a U.Porto, como também para os seus membros, de maneira a premiar e incentivar a inovação. 2. Foi fácil o processo?  A U.Porto Inovação foi constituída por via da evolução do Gabinete de Apoio à Propriedade Intelectual da Universidade do Porto (GAPI.UP) no sentido de promover, simultaneamente, uma abrangência das suas competências e a profissionalização dos seus recursos.  António Teixeira, responsável pelo GAPI.UP, preparou um plano estratégico e de ação que serviu de base à criação da UPIN, tendo sido realizadas reuniões com os diretores das faculdades e os presidentes das instituições de interface para dar a conhecer a nova estrutura e promover a sua divulgação e utilização junto de cada uma das entidades que representavam. Procedeu-se também à contratação da equipa que arrancou com a atividade da UPIN. 3. Como era constituída a equipa e por que tarefas/projetos começaram? A equipa inicial que integrou a UPIN era coordenada por Teresa Mata. Dela faziam parte também Ana Casaca e Sofia Varge, do que me recordo. Creio que algumas das atividades iniciais foram a atualização do Manual de Propriedade Intelectual da U.Porto, a organização do curso de empreendedorismo da U.Porto, em colaboração com a EGP (102 horas) e a constituição de uma Oficina de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento (OTIC) na Universidade do Porto. 4. Quais as maiores dificuldades? Tanto quanto me recordo, a criação e desenvolvimento da UPIN não passou por dificuldades diferentes das normalmente sentidas por uma estrutura que se quer afirmar num domínio emergente numa instituição. São elas a formação dos seus membros, a afirmação na instituição no sentido de demonstrar a sua utilidade, a consolidação das suas atividades e a ligação externa às empresas e instituições de financiamento. 5. Como vê a importância da U.Porto Inovação nos dias que correm? Considero que a U.Porto Inovação continua a ter uma importância vital para a U.Porto e para o país.  De facto, é amplamente reconhecido que a indústria é crucial para a Europa e para Portugal. A Europa atravessou um longo período de desindustrialização, com início por volta do ano 2000, que levou à redução da contribuição da indústria para o PIB europeu e a elevadas perdas de emprego. No entanto, nos últimos anos, verificou-se uma inversão do declínio da indústria da UE, com taxas de crescimento significativas em termos da percentagem da indústria no valor acrescentado total, no emprego e na produtividade do trabalho. É hoje considerado necessário manter a recuperação da indústria na Europa. É geralmente aceite que a economia europeia perderá competitividade e não gerará novos empregos sem uma base industrial sólida e moderna, apoiada por novos conhecimentos e tecnologias e pela criação de startups e de novas PME, de acordo com uma nova abordagem da política pública de inovação. Em Portugal, as questões associadas à indústria assumem maior importância do que no resto da UE, dada a profunda desindustrialização que se verificou no país à medida que a globalização avançava e ao facto de o país estar menos preparado para proceder a uma recuperação da sua indústria. Esta situação resulta da ainda insuficiente/inadequada qualificação dos recursos humanos, do baixo valor acrescentado da maior parte da sua produção e do escasso investimento realizado (em particular no domínio da investigação e inovação), todos eles afetando negativamente o valor da produtividade. Assim, é fundamental repor o nível de industrialização do país para valores semelhantes, pelo menos, à média dos países da UE, apostando numa indústria de elevado valor acrescentado, resiliente e sustentável, em linha com as políticas públicas que têm vindo a ser desenvolvidas pela UE.  Para conseguir este desiderato, é fundamental uma reestruturação do tecido empresarial português, criando empresas com dimensão e escala europeia, capazes de investir fortemente na inovação organizativa e do produto/serviço, apostando decididamente na criação de marcas próprias e deixando de produzir quase só para outros, elevando significativamente os seus níveis de produtividade. O sistema científico e tecnológico nacional deve reforçar o apoio às empresas para que consigam realizar com êxito esta transformação e para que elejam definitivamente a inovação como prioridade.  Neste sentido, as entidades como a U.Porto Inovação terão um papel decisivo a desempenhar para que se consiga concretizar com êxito esta ingente tarefa nacional. Daqui resultará, por certo, uma produção nacional com muito maior valor acrescentado, permitindo uma maior criação de riqueza e, consequentemente, uma significativa subida dos salários.

CREA distinguida nos Architecture & Design Collection Awards 2023

O atelier de arquitetura CREA, uma spin-off da Universidade do Porto incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, foi distinguido com o Platinum Award, na categoria de Arquitetura Residencial e Design dos Architecture & Design Collection Awards 2023, pelo projeto “Black Box House”, realizado na Maia. Este projeto foi concluído em 2022, inscreve-se numa envolvente híbrida que balança entre a expansão urbana e a ruralidade do lugar, considerando a convivência de três gerações da mesma família, representando uma narrativa arquitetónica única, onde a sobriedade formal da sua fachada monolítica contrasta com a fluidez e abertura dos seus espaços interiores orientado ao pátio e jardim, integrando-se harmoniosamente na paisagem envolvente. A equipa responsável pelo projeto de arquitetura foi composta pelos arquitetos do CREA, André Camelo e Bruno Soares, e pelas arquitetas Teresa Osório, Carina Gomes, e Rita Correia. A empresa Cerne Projects foi responsável pela engenharia. Desde a sua fundação, em 2014, o CREA estabeleceu-se como um dos principais estúdios de arquitetura do Porto, destacando-se pelo seu compromisso com a sustentabilidade e a recuperação de edifícios, reinterpretando-os e adaptando-os para os dias de hoje. O atelier, localizado na UPTEC Baixa, já realizou inúmeros projetos de diferentes escalas e complexidades, demonstrando o seu compromisso com a excelência e a inovação. Os prémios Architecture & Design Collection têm como objetivo inspirar designers, arquitetos, trabalhadores da construção civil e engenheiros a partilharem os seus melhores projetos com o mundo, promovendo o reconhecimento global e inspirando as gerações futuras. O júri considerou todas as características de cada projeto, com pontuações atribuídas de acordo com três critérios principais: inovação e originalidade, design e aparência estética, e funcionalidade e integração espacial. Cada critério foi pontuado de 0 a 100.   Notícia escrita em parceria com a equipa de Comunicação da UPTEC.

U.Porto Inovação celebra 20º aniversário!

  Estávamos em 2004 quando se tornou evidente, dentro da Universidade do Porto, a necessidade de criar um gabinete focado na proteção e comercialização da investigação produzida dentro da Universidade. Havia não só que criar maneiras de salvaguardar os interesses da comunidade científica, mas também de impulsionar a valorização do conhecimento e as atividades empreendedoras. Foi com essas bases que, a 15 de abril de 2004, com uma primeira mão do então vice-reitor José Marques dos Santos, foi lançada a Universidade do Porto Inovação, que durante muitos anos foi chamada de UPIN.  Mais ou menos a meio deste caminho que já tem 20 anos, a UPIN assumiu o nome de U.Porto Inovação, aproximando-se também mais da “marca” U.Porto. Mas a missão não mudou, muito pelo contrário. Preservando a missão original, foi-se alargando a mais áreas de atuação. E, ao longo de duas décadas, pode dizer-se que a U.Porto Inovação se tem mantido na vanguarda das atividades que assume como bandeiras: dinamizar a cadeia de valor da inovação na Universidade do Porto, valorizar os resultados de investigação, apoiar a criação de empresas de base tecnológica e reforçar a ligação da Universidade às empresas. Atualmente, a U.Porto Inovação está sob a tutela de Pedro Rodrigues, vice-reitor para a Investigação e Inovação. “Cheguei a uma U.Porto Inovação com um trabalho já muito consolidado, com vários anos. Estou com a tutela há dois anos e, portanto, já havia muitos anos de trabalho prévio e com uma estrutura já muito madura, organizada e com ideias claras do que era a sua missão. Essa foi a U.Porto Inovação que encontrei.”, refere o vice-reitor. Assumindo os seus planos para o crescimento futuro da Unidade, Pedro Rodrigues realça a notoriedade nacional (e internacional) que a U.Porto Inovação já tem. Um dos objetivos do vice-reitor é continuar o trabalho de reforço da visibilidade, de forma a que seja possível à equipa apoiar cada vez mais investigadores, ligar-se a mais à indústria e ver nascer mais empresas spin-off de base tecnológica. 20 anos de trabalho, cooperação e (muitos!) objetivos alcançados À data de comemoração é André Fernandes quem dirige a U.Porto Inovação. Nas palavras do atual dirigente, a U.Porto Inovação está em “plena maioridade de funções”. Acrescenta ainda: “esta maioridade é consentânea com a continua evolução desta estrutura da Reitoria. Refiro-me à sua profissionalização e ao seu crescimento, tanto em responsabilidades como em dimensão”.  E a verdade é que, na linha cronológica da U.Porto Inovação, a evolução é visível em muitos aspetos como, por exemplo, na propriedade intelectual. A primeira comunicação de invenção, que deu origem ao primeiro pedido de patente submetido pela Universidade do Porto, data de 2003 (ainda antes da criação formal da U.Porto Inovação). Desde então, já foram recebidas mais de 500 comunicações de invenção e realizados mais de 1000 pedidos de patentes. Desses, mais de 450 patentes foram concedidas a nível nacional e internacional. De destacar ainda que as tecnologias ao cargo da U.Porto Inovação deram já origem a mais de 30 acordos de licença com empresas. Importa falar também do apoio ao empreendedorismo e das diversas iniciativas levadas a cabo pela U.Porto Inovação. Desde a chancela Spin-off U.Porto – já atribuída a mais de 100 empresas – e o clube que as reúne, o The Circle. Ou o iUP25k, concurso de ideias de negócio que lança este ano a sua 10ª edição e que foi criado de raiz pela U.Porto Inovação em 2010. E também os programas BIP Ignition, BIP Acceleration, entre outros, que, ao longo destes 20 anos contribuíram para alavancar centenas de ideias de negócio e ajudar centenas de empreendedores a ir mais além com os seus projetos. Por fim, mas não por último, a aposta em chegar mais perto das empresas e potenciar sinergias entre as mesmas e a comunidade científica. Foi com esse objetivo que, em 2011, foram criadas as sessões A2B – Academia to Business – que já potenciaram perto de 70 encontros entre universidade e indústria, com mais de 1700 participantes no total. Esta é apenas uma amostra do que foi feito ao longo de 20 anos de U.Porto Inovação. É sempre difícil resumir em alguns parágrafos uma história que envolve tantas iniciativas de áreas diversas, tantas lideranças, colaboradores e objetivos definidos. Uma coisa é certa: estar dentro da “família” Universidade do Porto tem sido um verdadeiro leme para as atividades da U.Porto Inovação, essencial para o seu crescimento e maturidade. Como refere André Fernandes: “Pretendemos comemorar esta efeméride com a comunidade da Universidade. De facto, não tem sido um percurso solitário. Mais do que 20 anos da U.Porto Inovação queremos celebrar 20 anos de Inovação da U.Porto.”   Ao longo das próximas semanas, para assinalar a data, a U.Porto Inovação vai publicar várias entrevistas a pessoas que marcaram o caminho da Estrutura da Reitoria. Desde membros da equipa reitoral que, ao longo dos 20 anos, tutelaram a U.Porto Inovação, passando por líderes de equipa e colaboradores. Fiquem atentos!

PUSH - candidaturas abertas até 28 de abril!

De: 
15/04/2024
Até: 
28/04/2024

 

Querem fazer a diferença na área ambiental e social e não sabem como começar? Estão a precisar de um PUSH!

Porque os primeiros passos têm tanto de entusiasmante como de intimidante, em conjunto com a União Europeia através do consórcio @Shaping The World by Innovation Nexus, a iniciativa PUSH pretende oferecer todas as ferramentas necessárias para dar corpo, espaço e asas às melhores ideias e soluções. Com o programa PUSH poderão desenvolver os vossos projetos, fortalecer conhecimentos e ainda ganhar uma experiência de intercâmbio ímpar.

Como fazê-lo? Consultar toda a informação e preencher o formulário de candidatura, até ao dia 28 de abril de 2024aqui.

O futuro das vossas ideias está à distância de um último PUSH!

 

Equipa UPinTech reforçada com cinco estudantes

. Catarina Costa, Duarte Monteiro, Hélder Cunha, Marta Redondo e Patrícia Silva são os mais recentes colaboradores do programa UPinTech, uma iniciativa da U.Porto Inovação. No início de abril, a equipa reuniu-se para dar as boas-vindas aos cinco estudantes e antigos estudantes da U.Porto, que tiveram também oportunidade de receber formação acerca das tarefas que passarão a desempenhar neste trabalho em part-time. As áreas de formação anunciadas para esta edição do programa UPinTech – que acontece com o apoio do projeto europeu DEEP INVENTHEI – foram Health e Manufacturing. Catarina Costa é licenciada em Bioquímica pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e está, neste momento, a frequentar o Mestrado em Química Farmacêutica na Faculdade de Farmácia da U.Porto (FFUP). O projeto final da licenciatura de Catarina foi financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e tratava de “síntese de novos corantes esquarílicos, avaliando o seu potencial como sondas fluorescentes para a deteção da HSA, e na terapia fotodinâmica contra o cancro”, conta. Também da área da saúde chega à U.Porto Inovação Marta Redondo, que possui um Mestrado Integrado em Bioengenharia com especialização Molecular na Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Durante o seu percurso académico Marta participou em vários projetos nas áreas da saúde biomateriais e regeneração de tecidos. Atualmente o seu trabalho foca-se no “desenvolvimento de micropartículas antimicrobianas para minimizar contaminações nos processos de tratamento de águas”. Já Patrícia Silva encontra-se a frequentar o doutoramento em Engenharia Biomédica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Tem dividido o seu tempo entre o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) e o Imperial College of London, durante o qual desenvolveu uma tese “focada na criação de modelos 3D in vitro que mimetizam o tecido mamário para recriar interações entre células tumorais e o seu microambiente para compreender melhor as metástases tumorais”, explica. No último ano decidiu enveredar por um caminho diferente, o empreendedorismo. Criou o LeGut, um dispositivo para deteção de intolerâncias alimentares que ganhou três programas de aceleração. Passando agora para as colaborações na área Manufacturing, Hélder Cunha é licenciado em Engenharia Mecânica pela FEUP e está, neste momento, a frequentar o mestrado na mesma área e na mesma instituição, dedicado ao Projeto de Máquinas. Na sua experiência profissional está a colaboração num “projeto de uma máquina de corte de precisão na Optima-Equipamentos CNC”, refere. Hélder junta-se à equipa co o intuito de “contactar mais com a área da inovação tecnológica” e desenvolver as suas competências, conclui. Por fim, mas não por último, Duarte Monteiro é licenciado em Ciências de Computadores pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), encontrando-se agora a estudar Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na FEUP. Confessa ter gostos “multifacetados por diversas áreas científicas” como por exemplo teoria da computação, eletrónica e energia.    Sobre o programa UPinTech Já lá vão mais de dez anos desde que a U.Porto Inovação lançou o programa UPinTech. Desde então, mais de 70 pessoas colaboraram e receberam hands on training na unidade de transferência de conhecimento e empreendedorismo da U.Porto. O principal objetivo do programa UPinTech é providenciar à comunidade estudantil e científica da U.Porto um contacto direto com as atividades de proteção e comercialização de tecnologias da U.Porto. A U.Porto Inovação beneficia do trabalho de uma equipa altamente qualificada em proteção, transferência de tecnologia e empreendedorismo. Para saber mais sobre a oportunidade e as competências necessárias clique aqui. Esta edição do programa UPinTech conta com o apoio do DEEP NVENTHEI, projeto europeu financiado pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia.

Tonic App assegura financiamento de mais de 10 milhões de euros

  A Tonic App, uma empresa spin-off da Universidade do Porto que trabalha na área da saúde digital, acabou de fechar uma ronda de investimento série A no valor de 10,85 milhões de euros. A ronda foi coliderada pela BlueCrow Capital e pela Iberis Capital, com contributos da Shilling VC e FSNB Health & Care e também da Vesalius Biocapital III, Armilar e Portugal Ventures. “Este investimento vai permitir-nos fortalecer a nossa estratégia de Inteligência Artificial e também a entrada no mercado do Reino Unido ainda este ano. Queremos que a nossa plataforma médica seja líder na Europa”, revelam os membros da empresa em reação a este financiamento. Daniela Seixas, cofundadora da Tonic App, acrescenta: “Este financiamento de capital de risco dá-nos uma vantagem sobre a nossa concorrência e, naturalmente, vamos aproveitar”. O objetivo é que a empresa esteja, em breve, a operar nos cinco maiores mercados da saúde europeus. A Tonic App foi a primeira empresa na Europa a lançar um assistente virtual para médicos com tecnologia genAI, já utilizado por mais de 25 mil profissionais. A empresa espera que o assistente virtual seja certificado como dispositivo até setembro de 2024. No segundo trimestre deste ano, a Tonic App vai lançar o Tonic Scribe, uma ferramenta que permite a transcrição e resumo automatizado de anotações clínicas. Sobre a Tonic App Fundada em 2016, a Tonic App chegou a ser carinhosamente apelidada de “Google para médicos”. A app criada pela spin-off da U.Porto reúne, num só lugar, todos os recursos profissionais e informações úteis para auxiliar os médicos no diagnóstico e tratamento dos pacientes. A ferramenta digital foi criada numa lógica de médico para médico e também possibilita a troca de informações entre colegas, para que estes se possam ajudar, por exemplo, a estabelecer um diagnóstico mais difícil. Depois de um primeiro investimento seed da Portugal Ventures no valor de 100 mil euros em 2017, pouco tempo depois da criação da empresa, a Tonic App continuou a chamar a atenção de capitais de risco nacionais e internacionais e a conquistar o mundo. Em 2019, angariou 3,5 milhões de euros numa ronda de investimento série A coliderada pelo fundo luxemburguês Vesalius Biocapital Partners e pela portuguesa Armilar Venture Partners Além disso, também soma prémios e distinções. Venceu o programa de inovação aberta da Novartis Techcare em 2017, conquistou o segundo lugar na maior feira de saúde do mundo em 2018, e foi nomeada pela revista Forbes como uma das 60 startups, lideradas por mulheres, nas quais vale a pena investir. A plataforma da Tonic App já é utilizada por mais de 140 mil médicos em Portugal, Espanha, Itália e França. Entre os seus maiores clientes estão a AbbVie, MSD, Roche, AstraZeneca e Medtronic, além de empresas de recrutamento médico.

Tecnologia "revolucionária" da U.Porto licenciada a empresa alemã

  Uma tecnologia desenvolvida no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), que promete revolucionar o ensino de médicos veterinários quando falamos de exames reprodutivos em cadelas, chamou a atenção da alemã VETIQO, que acaba de garantir a licença para comercialização do produto. Sendo o slogan da empresa “Innovation in teaching”, a parceria com a U.Porto assume-se, nas palavras de representantes da empresa, como uma “grande oportunidade”. “Com a celebração do acordo de licença, a VETIQO poderá utilizar a patente submetida pela U.Porto e a ideia que lhe está subjacente para o futuro desenvolvimento do modelo de citologia”, explica Laura Schüller, fundadora e diretora da VETIQO. O objetivo que une academia e indústria, neste caso, é o “desenvolvimento corporativo de um modelo pronto para o mercado, que será comercializado pela VETIQO”, adianta a mesma responsável. Por cada modelo vendido, será paga à Universidade uma taxa pelos direitos de utilização. Mas em que consiste, então, a invenção? Falamos de um modelo para treinar a prática de exame ginecológico em cadelas, evitando a utilização de animais vivos. A tecnologia, entretanto patenteada, foi desenvolvida e testada pelos investigadores Graça Lopes e Ricardo Marcos, dos departamentos de Clínicas Veterinárias e de Microscopia do ICBAS, respetivamente. “A citologia vaginal é uma técnica reprodutiva habitualmente realizada por veterinários para avaliar a fase do ciclo reprodutivo na cadela”, explica Ricardo Marcos. Habitualmente, o ensino desta técnica é feito ou em cadáveres ou em animais vivos (mantidos em canil). Neste caso, como refere o investigador, “acaba por ser desconfortável para as cadelas, principalmente quando falamos de aulas em que os estudantes precisam de praticar bastante para aperfeiçoar o procedimento”, refere. Assim, este novo simulador muda essa realidade ao mesmo tempo que um mecanismo de feedback por cores transmite aos estudantes se estão, ou não, a efetuar a técnica corretamente. Para Laura Schüller, o modelo desenvolvido na U.Porto reproduz de “forma fiel e realista as condições anatómicas do trato reprodutivo feminino de uma cadela”. Para os representantes da empresa, a principal característica diferenciadora é o mecanismo de feedback que “conduz a um maior sucesso na aprendizagem”. Ambas as partes veem grandes vantagens no processo de licenciamento da tecnologia à VETIQO. Após várias reuniões, e depois de ligeiras adaptações do modelo de forma a chegar a uma versão “mais comercial”, chegou a altura de a VETIQO integrar o modelo no seu catálogo de produtos. “A vantagem que vemos neste processo é que, através do licenciamento, o modelo vai passar a ser comercializado e pode ser incorporado no ensino de técnicas de reprodução em várias instituições de ensino em medicina veterinária”, refere Ricardo Marcos. Atualmente, a versão piloto, desenvolvida pelos investigadores, já foi testada em aulas nas universidades de Lisboa, Vila Real e Coimbra. Já a VETIQO considera este acordo como uma “grande oportunidade para unir o conhecimento clínico da U.Porto com o conhecimento prático de desenvolvimento de produtos e ciências de materiais da empresa”. Ter uma cooperação estreita com os investigadores significa que o modelo pode ser desenvolvido de acordo com certas necessidades práticas e, portanto, “adaptado de forma ideal para uso na formação veterinária”, refere Laura Schüller. Os próximos passos passam por continuar a desenvolver e melhorar o modelo. Uma vez desenvolvido o primeiro protótipo, Ricardo Marcos e Graça Lopes vão avaliá-lo junto dos estudantes. Segundo Laura Schüller, “esta valiosa experiência de aplicação prática permitirá que o modelo fique ainda mais refinado e preparado para o mercado. Desta forma, o protótipo também pode vir a ser aplicável em outras universidades, podendo ter um benefício amplo através do marketing da VETIQO”, conclui.

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