À conversa com as empresas: Hugo Maia, da Glintt

Nesta edição da rubrica "À conversa com as empresas" fomos conversar com Hugo Maia, Diretor de Inovação da Glintt. Na sua opinião, é fundamental "ter os parceiros certos para enfrentar novos desafios", tendo a Glintt já encontrado "estes parceiros junto da Universidade do Porto. P: Qual a importância da relação da Glintt com o meio cientifico e tecnológico? R: A Glintt é uma empresa de criação de tecnologia com um foco na área da Saúde. Os mercados em que atuamos, tecnologia e saúde, têm características específicas que os tornam muito exigentes. Por um lado, a rápida obsolescência a que a tecnologia está sujeita, por outro a elevada sensibilidade do conhecimento que adquirimos sobre a saúde humana.  Estas características são os motivadores principais para que a Glintt dedique uma parte significativa do seu budget à Inovação, nomeadamente em colaboração com outras instituições. Neste âmbito, o nosso relacionamento com o meio científico e tecnológico é claramente um acelerador e uma variável diferencial para os produtos que gerimos e desenvolvemos todos os dias na Glintt. Acima de tudo, temos que garantir que estamos a colocar nas mãos dos profissionais de saúde ferramentas com a tecnologia mais atual, que são úteis e produzem resultados cada vez mais eficientes.   P: Como é que Glintt tem vindo a interagir com a U.Porto? R: Nos últimos anos temos tido várias interações com a Universidade do Porto. Temos encontrado pessoas de diferentes áreas de atividade, desde alunos, a professores e investigadores, que contam connosco para tornar realidade vários projetos. Para nós isso é motivo de orgulho e dá-nos uma capacidade de estarmos sempre na linha da frente no que respeita as diferentes temáticas em que nos envolvemos. Destas interações destaco o acompanhamento de alunos no desenvolvimento das suas teses ou o acolhimento de alunos para realização de estágios curriculares. Desta parceria têm surgido diferentes propostas de novas tecnologias que são testadas e implementadas no âmbito dessas teses. Mais recentemente participámos em conjunto na submissão a um a CoLab – o Innov4Life CoLab. A visão estratégica deste CoLab passa por apostar na promoção da saúde e bem-estar de todos os cidadãos, através da aceleração do desenvolvimento e adoção das soluções digitais de saúde mais apropriadas.  Por último destacaria ainda o desenvolvimento das ideias submetidas no Programa 365 da Glintt Inov . Por exemplo uma das ideias foi submetida por um ex-aluno da Universidade do Porto (Porto Business School), que atualmente é colaborador da Glintt.   P: Quais os principais desafios que os dois agentes têm pela frente? R: O principal desafio que os dois agentes têm pela frente é o desenvolvimento da sua capacidade de continua adaptação aos tempos atuais. O fator mais importante para sobreviver na sociedade moderna é “não dar nada como adquirido”. Tomemos como exemplo a pandemia mundial provocada pelo Covid19, pois tenho a certeza que no final de 2019, quando se projetava o próximo ano, ninguém teve em consideração este fator no seu exercício de gestão anual. Assim, saber contar com a imprevisibilidade e desenvolver a capacidade de adaptação à sociedade é fundamental para garantir que continuamos relevantes no nosso mercado e que continuamos a acrescentar valor nos produtos e serviços que criamos – aquilo a que chamo criar “valor relevante”. Hoje mais do que nunca não chega acrescentar valor, mas sim acrescentar algo que é de facto relevante e adotado pela maioria. No final estes são os atributos que nos tornam competitivos, quer seja na área da tecnologia, quer seja na área do ensino/investigação. Ter os parceiros certos para enfrentar os novos desafios será metade do trabalho. Acredito que a Glintt já terá encontrado estes parceiros certos junto da Universidade do Porto.  

A chat with companies: Hugo Maia, from Glintt

In this edition of the "A chat with companies" section, we talked to Hugo Maia, Innovation Director at Glintt. In his opinion, it is essential "to have the right partners to face new challenges", and Glintt has already found these partners with the University of Porto. Q: How important is Glintt's relationship with the scientific and technologic community? A: Glintt is a technology creation company with a focus on the Health area. The markets in which we operate - technology and health - have specific characteristics that make them very demanding. On the one hand, the rapid obsolescence to which technology is subject, on the other hand the high sensitivity of the knowledge we have acquired about human health. These characteristics are the main motivators for Glintt to dedicate a significant part of its budget to Innovation, namely in collaboration with other institutions. In this context, our relationship with the scientific and technological environment is clearly an accelerator and a differential variable for the products we manage and develop every day at Glintt. Above all, we must ensure that we are putting tools with the latest technology in the hands of healthcare professionals, which are useful and produce increasingly efficient results.   Q: How have Glintt and the University of Porto been collaborating? A: In recent years, we have had several interactions with the University of Porto. We have met people from different areas of activity, from students, to teachers and researchers, who count on us to make various projects come true. For us, this is a source of pride and gives us an ability to always be at the forefront with regard to the different topics in which we are involved. Of these interactions, I highlight the supervision of students in the development of their theses or the hosting of students to carry out curricular internships. From this partnership, different proposals for new technologies have emerged that are tested and implemented within the scope of these theses. More recently we participated together in submitting to a Collaborative Lab - the Innov4Life CoLab. The strategic vision of this CoLab is to invest in promoting the health and well-being of all citizens, by accelerating the development and adoption of the most appropriate digital health solutions. Finally, I would also like to highlight the development of the ideas submitted in the Glintt Inov 365 Program. For example, one of the ideas was submitted by a former student at the University of Porto (Porto Business School), who is currently a Glintt employee.   Q: What are the main challenges these two players face? A: The main challenge facing the two institutions is to develop their ability to continue adapting to current times. The most important factor for surviving in modern society is "taking nothing for granted". Take the world pandemic caused by Covid19 as an example: I am sure that at the end of 2019, when the next year was projected, no one took this factor into account in their annual management exercise. Thus, knowing how to count on unpredictability and developing the capacity to adapt to society is essential to ensure that we remain relevant in our market and that we continue to add value in the products and services we create - what I call creating “relevant value”. Today more than ever it is not enough to add value, but rather to add something that is in fact relevant and adopted by the majority. In the end, these are the attributes that make us competitive, whether in the area of ​​technology or in the area of ​​teaching / research. Having the right partners to face the new challenges will be half the job. I believe that Glintt has already found these right partners at the University of Porto.  

BIP 2020: Candidaturas já estão abertas!

De: 
15/09/2020
Até: 
21/10/2020

O Business Ignition Programme (BIP) está de volta e as candidaturas já estão abertas! Estamos à procura de 20 projetos tecnológicos que queiram dar o salto, testar e criar um negócio!

O BIP é um programa de valorização e desenvolvimento de modelos de negócio para tecnologias desenvolvidas no meio académico. O objetivo é ajudar tecnologias da Universidade e dos nossos parceiros a aproximarem-se do mercado, seja para serem compradas ou licenciadas por empresas maiores ou para serem utilizadas na criação de uma start-up ou spin-off universitária.

A edição de 2020, em parceria com o Santander Universidades, arranca no dia 28 de outubro. Durante 8 semanas, os participantes terão acesso a formação e a mentoria com empreendedores, venture capitalists e outros especialistas para criarem estratégias vencedoras. Tudo isto culmina no pitch day (a acontecer em 2021) onde cada equipa terá a oportunidade de apresentar o seu negócio e obter financiamento para o mesmo. É também neste dia que será conhecido o vencedor do BIP 2020.

A equipa vencedora receberá um prémio no valor de 4000€ para aplicar no desenvolvimento do projeto, negócio ou tecnologia. Os segundos e terceiros classificados receberão, respetivamente, 2500€ e 1000€.

Para mais informações consultar bip.up.pt . As candidaturas estão abertas aqui até ao dia 21 de outubro. Em caso de dúvida contactar, por favor: Cláudio Santos (cjsantos@reit.up.pt ou bip@reit.up.pt)

O BIP 2020, uma iniciativa da U.Porto Inovação, é enquadrado no SPIN UP, um projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). O SPIN UP pretende aumentar a transferência de tecnologia para o mercado nas regiões do Norte de Portugal e Espanha.

    

 

Com o apoio de:

Healthy Systems e Glintt unem forças em tempo de pandemia

Uma parceria estratégica que contribui para uma “oferta diferenciada e completa das necessidades da saúde digital do setor público e privado” – pode ler-se no comunicado que a Healthy Systems (empresa spin-off U.Porto incubada na UPTEC) e a Glintt (uma multinacional de tecnologia e consultoria) lançaram no passado mês de julho. A Glintt passa a deter agora 51% do capital social da startup. Criada por Ricardo Correia, Luís Filipe Antunes, Eduardo Correia e Alexandre Augusto, todos eles antigos estudantes das faculdades de Ciências (FCUP) e Medicina (FMUP) da Universidade do Porto, a Healthy Systems é uma empresa especializada nas áreas da Cibersegurança, Proteção de dados e Integração dos Sistemas de Informação, principalmente em contexto clínico e hospitalar. Ricardo Correia, CEO da spin-off da U.Porto, revela que a Glintt “foi uma escolha óbvia” para abrir oportunidades em Portugal e no estrangeiro, depois de alguns anos de consolidação do modelo de negócio e da oferta da Healthy Systems: “Percebemos que teríamos dificuldade em aumentar o número de clientes com a estrutura atual, e que faria mais sentido procurar investimento inteligente junto de uma entidade complementar que conheça o mercado”, conta. Já a Glintt considera que “as sinergias entre ambas as empresas são o maior ativo da parceria”, bem como a “capacidade conjunta de atuar no ecossistema de saúde com soluções que melhoram a eficiência das unidades de saúde e a qualidade de vida dos seus utentes”, revelam os representantes daquela que é a maior empresa de consultoria e tecnologia a atuar no setor da saúde em Portugal. “A Healthy Systems é, sem dúvida, um player de enorme relevo nas áreas de interoperabilidade, segurança e auditoria dos sistemas de informação e, em particular, na saúde. É uma spin-off com uma cultura de rigor, proximidade na entrega, capacidade de inovar e proximidade à academia, fatores que são muito relevantes para nós”, revelam os representantes da Glintt. Negócios essenciais em tempos de pandemia “Para que a saúde seja cada vez mais digital, mais ágil e mais próxima, é necessária uma complementaridade de soluções e de conhecimentos que são a base para construirmos esta parceria entre a Glintt e a Healthy Systems”, referem os representantes da multinacional, dando especial ênfase ao momento atual que, este ano, fez parar o mundo: a pandemia da COVID-19. Para a Healthy Systems, a pandemia “tornou óbvia a necessidade de sistemas de informação em saúde robustos e que promovam a circulação segura de dados”, explica Ricardo Correia, que é também docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e investigador do CINTESIS. Na opinião dos fundadores, esta pandemia – e outras que possam surgir – “só pode ser controlada e vencida com recurso a dados de qualidade, mantendo a matriz de proteção de dados pessoais que tem caracterizado a Europa.” Assim, a área de atuação da spin-off tem sido central nas discussões relacionadas com a COVID-19, e os membros da Healthy Systems esperam que “haja um investimento forte neste tipo de sistemas de informação em saúde nos próximos anos”. Esta visão é partilhada pela Glintt, o que deu também parte do mote à parceria entre ambas. Para a multinacional, a “capacidade de os sistemas de informação comunicarem é um elemento fundamental na persecução do hospital inteligente, digital e mais humanizado”, referem, acrescentando que o momento atual é “um demonstrador desta necessidade de haver mais tecnologia ao dispor de todos os intervenientes no ecossistema”. Olhar o futuro Ambas as empresas estão alinhadas num significativo investimento em Investigação & Desenvolvimento, partilhando o “compromisso com a excelência e a vontade de melhorar continuamente o ecossistema da Saúde Digital Global”. Assim sendo, acrescenta o comunicado, é “expectável que novas oportunidades surjam para a expansão da Healthy Systems dentro do universo do grupo Glintt, bem como novos mercados”. Ao pensar no futuro, Ricardo Correia fala da vontade de a Healthy Systems trabalhar, já a partir de 2021, com mais instituições do centro e sul do país, uma vez que atualmente tem parte da sua atividade centrada na região norte. Depois, será a vez de explorar o mercado internacional e, com isso, uma eventual necessidade de aumentar a equipa. No que à I&D diz respeito, a empresa spin-off U.Porto pretende apostar no domínio do IoT “com soluções que integrem dispositivos médicos em ambientes extra-hospitalar, nomeadamente cuidados domiciliários e cidades inteligentes, revela Ricardo Correia. Como conclui a Glintt, o propósito fundamental é sempre o de contribuir para Portugal “enquanto país na vanguarda da saúde digital, colocando o cidadão no centro – com os seus dados disponíveis e interoperáveis – com um sistema de saúde mais produtivo, com maior segurança da informação, com o recurso a algoritmos de apoio à decisão para potenciar otimização das operações em saúde e uma decisão clínica mais personalizada e eficaz”.

Do programa UPinTech para o mundo (2017 e 2018)

Foi no ano de 2011 que acolhemos o primeiro colaborador no programa UPinTech. Desde então, já mais de 50 pessoas aproveitaram a oportunidade de aprender e trabalhar em transferência de tecnologia, apoio ao empreendedorismo e outras áreas, etapa essa que, para muitos, foi geradora de novas e frutíferas oportunidades profissionais. Estes são alguns dos testemunhos de pessoas que passaram pela U.Porto Inovação em 2017 e 2018, altura em que saíram “do programa UPinTech para o mundo”. “Estar na U.Porto Inovação foi um passo bastante importante, na medida em que me permitiu valorizar e aplicar os conhecimentos técnico-jurídicos adquiridos, durante a licenciatura e o mestrado, numa das minhas áreas práticas de eleição: o Direito da Propriedade Intelectual”. Palavras são de Pedro Rebelo Tavares que, durante alguns meses, se juntou à equipa enquanto UPinTech. Hoje, Pedro trabalha como advogado, ainda na área que o apaixona, na PRA – Raposo, Sá Miranda e Associados. Quando questionado sobre o ambiente de trabalho na U.Porto Inovação, Pedro fala do ambiente informal e simpatia das pessoas como elementos chave que, desde logo, o fizeram sentir acolhido. Além disso, acrescenta: “o variado leque de formação da equipa da U. Porto Inovação permitiu-me um ambiente de aprendizagem holística, onde pude debater ideias com personalidades bastante distintas, cada qual com contributos importantíssimos. Na minha opinião, isto foi um fator que, sem dúvida, enriqueceu muito a minha experiência”.  Joana Rodrigues, atual investigadora do INESC TEC na área da gestão de dados, ingressou na equipa precisamente nessa vertente, tendo auxiliado a U.Porto Inovação na organização dos ficheiros de contactos. Saiu da equipa em outubro de 2017 e no ano seguinte ingressou no Programa Doutoral em Media Digitais, um doutoramento conjunto entre a Universidade do Porto e a Nova de Lisboa. Joana revela que o estágio lhe permitiu “ganhar calo para as experiências seguintes”, tendo sido um verdadeiro desafio: “Lembrar-me-ei sempre da experiência na U.Porto Inovação. Estar envolvida na gestão da base de dados de contactos foi trabalhoso e desafiante, na medida em que fui confrontada com tarefas minuciosas e exigentes. Mas foi essa exigência que me motivou a trabalhar mais e melhor, para chegar ao fim com a certeza de que o resultado foi bom e possível de ser interpretado e reutilizado por outros. Essa foi a ideia com que fiquei da U.Porto Inovação: trabalhamos de uns para outros. O que fazemos não é isolado, uma vez que terá implicância no grupo e na comunidade U.Porto e é isso que faz a diferença”, refere. “O programa UPinTech é, sem dúvida, uma experiência que recomendo”. Carlos Ferreira, bioengenheiro, esteve na U.Porto Inovação antes de ingressar definitivamente no INESC TEC. Desde então faz investigação em métodos de classificação automática de nódulos pulmonares, tornando-se aluno do programa doutoral em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na FEUP durante o decurso deste ano letivo. Muito recentemente assumiu também o cargo de gestor de tecnologias da saúde do INESC TEC para o qual a experiência da U.Porto Inovação contribuiu de forma significativa. Entretanto desempenhou também funções de tesoureiro da secção nacional do IEEE EMBS, uma sociedade que visa promover a engenharia aplicada à saúde e biologia. A sua passagem pela U.Porto Inovação durou cerca de quatro meses, e Carlos Ferreira não hesita em afirmar que esta experiência o “ajudou a crescer”, pois conseguiu colocar em prática alguns dos conhecimentos adquiridos durante a sua formação. “Conseguir a aprovação de uma patente é um trabalho meticuloso e demorado. Pude passar pelas diferentes etapas deste processo analisando a potencialidade da inovação, o mercado e propor qual a aposta mais adequada para a comercialização.”, refere Carlos Ferreira. Na sua opinião, a U.Porto Inovação é “uma estrutura fundamental da Universidade do Porto pela sua capacidade de potencializar novas tecnologias” e espera que os investigadores se sintam mais “tentados” a recorrer aos serviços da equipa.   Ana Cardoso esteve na U.Porto Inovação entre abril e julho de 2018, associada a projetos específicos na área de organização de eventos e comunicação. Atualmente, está envolvida num projeto associado à FinTech, onde trabalha na “área de marketing de uma aplicação no setor bancário”. As suas funções incluem comunicar com o público, promover campanhas em curso e prestar apoio a questões relacionadas com a tecnologia. Para Ana, trabalhar na U.Porto Inovação foi uma etapa importante para juntar três áreas que a apaixonam: “organização de eventos, promoção de networking e comunicação com o público”, refere. Foi, na sua opinião, uma excelente experiência, que lhe permitiu direcionar a vida profissional para uma vertente que “conjuga ciência e tecnologia com a sociedade, através da comunicação e do marketing”. Diretamente do Brasil chegou Petry Carvalhal que, no total, passou mais de um ano a colaborar com a U.Porto Inovação em diferentes projetos e contextos. Petry refere-se à experiência como UPinTech como uma das “melhores oportunidades” durante a sua estadia em Portugal: “Toda a experiência compartilhada comigo pela equipa da U.Porto Inovação não tem preço. Sentia-me em família, era apoiado a desenvolver novos projetos e buscar formas de facilitar a rotina.”. Petry regressou ao Brasil no início de 2019, onde está agora a trabalhar na área de supply chain, mais especificamente na gestão de estoques das drogarias na empresa RaiaDrogasil. Acredita que a experiência adquirida na U.Porto Inovação foi fundamental para lhe abrir portas: "Foi um marco na minha carreira, com certeza. Com a colaboração tive a oportunidade de iniciar minhas experiências com uma ferramenta de análise de dados (Power Bi) que hoje é o meu principal diferencial no mercado de trabalho", conta. Além da experiência profissional enriquecedora, Petry afirma que levou para casa também um “carinho muito especial por toda a equipa da U.Porto Inovação”. Francisca Santos passou pela U.Porto Inovação no final de 2017. Passou depois para a Faurecia (uma multinacional do setor automóvel), de onde “deu o salto” para Praga. Neste momento é lá que está a colaborar com a Novartis, uma multinacional da indústria farmacêutica. Para Francisca, passar pela U.Porto Inovação foi “uma etapa muito relevante” na construção do seu percurso profissional, uma vez que lhe permitiu contactar com questões ligadas à inovação, investigação, propriedade e intelectual e proteção de dados. “Foi uma experiência bastante enriquecedora e diversificada”, diz Francisca, acrescentando que “as tarefas desafiantes, aliadas a uma equipa compreensiva e sempre disposta a ajudar” fazem com que guarde a passagem pela U.Porto Inovação como uma excelente experiência pessoal e profissional. “Não só foi importante para desenvolver novas competências como também constituiu um fator diferenciador ao nível de enriquecimento do meu currículo, o que certamente terá contribuído para que este fosse distinguido entre tantos outros enviados para as posições a que concorri”, conclui.   “Trabalhar na U.Porto Inovação foi a minha primeira experiência a nível profissional. Desde o início tive pessoas incríveis a acompanhar-me ao longo do trabalho, sempre predispostas a ajudar em qualquer situação”. Cristiana Fernandes, atualmente a frequentar o mestrado em Finanças da Faculdade de Economia da U.Porto, também passou pelo programa UPinTech. Na sua opinião, esta colaboração foi importante para ganhar mais à vontade para novas experiências mas também para “conhecer melhor o que a U.Porto faz diretamente para os estudantes que desejam ter novas oportunidades”. Cristiana refere voltaria, “sem dúvida”, a repetir a experiência, e acredita que a aprendizagem será muito útil no seu percurso profissional. Além do mestrado, Cristiana está também a trabalhar na empresa Switch, no Porto.   À data, a equipa UPinTech tem três colaboradores no ativo, a trabalhar em diversas tecnologias e a prestar apoio também noutras áreas de atuação do gabinete. Este é um programa que possibilita colaborações em part-time, remuneradas, para trabalhar na área de transferência de tecnologia, e que acolhe preferencialmente pessoas formadas na Universidade do Porto. Para saber mais sobre a oportunidade, nomeadamente sobre como enviar uma candidatura, clicar aqui.

Spin-off da U.Porto considerada uma das 150 mais promissoras do mundo

A iLoF – Intelligent on Fiber, uma spin-off da Universidade  do Porto nascida no INESC TEC e atualmente incubada na Faculdade de Medicina (FMUP), está entre as 150 startups mais promissoras a nível mundial na área da saúde digital, de acordo com a lista fornecida pela CB Insights, empresa Norte-Americana especializada em análise de negócios. A iLoF, que está a ser acelerada na Oxford Foundry, pertencente à Universidade de Oxford, foi selecionada entre um conjunto de cerca de 8 mil startups e é a única com ADN Português nesta listagem, dominada por empresas norte-americanas (77%). Para chegar a esta lista anual a CB Insights recolheu vários dados, entre os quais o perfil de investidor, potencial de mercado, análise da equipa e novidade tecnológica. “É uma honra estar entre as 150 empresas mais inovadoras e disruptivas a nível mundial na área da saúde digital. A lista da CB Insights é regularmente reconhecida como uma das fontes mais fiáveis sobre tendências e empresas, sendo mais um passo na nossa missão de viabilizar uma nova era da medicina personalizada, ajudando a indústria a desenvolver, escolher e democratizar tratamentos personalizados para pacientes em todo o mundo”, afirma Luís Valente CEO da iLoF. Tecnologia patenteada à "conquista do mundo" A iLoF tem vindo a destacar-se internacionalmente pelo desenvolvimento de uma tecnologia patenteada de deteção de nanoestruturas em fluídos. Através de uma plataforma virtual, a spin-off digitaliza e armazena perfis biológicos de pacientes e biomarcadores de doença. Recorde-se que em julho a spin-off assinou, nos Estados Unidos da América (EUA), um acordo de financiamento com o fundo M12 da Microsoft e com a Mayfield no valor de 1 milhão de dólares, para intervir em três áreas: Alzheimer, cancro e COVID-19; e, no final de 2019, recebeu um financiamento de 2 milhões de euros no âmbito de um programa de aceleração do EIT Health – o maior consórcio da área da saúde no Mundo – para projetos disruptivos na área da saúde. (Notícia escrita por Eunice Oliveira, do departamento de comunicação do INESC TEC)

Didimo vai dar bolsas a estudantes universitários

«Aprender, partilhar e construir» : é o mote da Paper Wings, um projeto que une startups e empresas para financiar bolsas de estudo a universitários. Entre os parceiros da iniciativa está a DIDIMO, uma empresa spin-off da Universidade do Porto que vai financiar uma das bolsas. As candidaturas estão abertas até 13 de setembro. As bolsas destinam-se a jovens que tenham completado o ensino secundário e queiram prosseguir o percurso académico em áreas como matemática, ciências da computação, engenharia ou física. "Na Paper Wings acreditamos que todas as pessoas no mundo deveriam ter a oportunidade de dominar habilidades significativas do século 21, que poderão ajudá-los a ajudar outras pessoas... para então ajudar a todos nós!", refere a CEO da DIDIMO, Verónica Orvalho. Os candidatos, além de bons alunos, devem também querer «contribuir para a construção de um mundo certo, igualitário e justo». Assim, além de preencher o formulário de candidatura, os interessados na bolsa devem ainda «escrever uma carta de motivação dirigida ao CEO de uma tecnológica, um pitch com a ideia que acreditam terá um impacto positivo no mundo e uma biografia em que se projectem daqui a 15 anos». Além de bolsas de estudo, que podem ir de três a cinco anos, a Paper Wings garante também programas de estágios aos participantes e programas de mentoria de forma a capacitar os jovens estudantes para o mercado de trabalho. Verónica Orvalho, CEO da Didimo, explica a iniciativa: «A PaperWings nasce por acreditarmos no potencial humano e na educação como armas para criar um futuro mais justo, onde, através do ciclo aprender, construir, partilhar e voltar a aprender, qualquer pessoa pode causar um impacto positivo no mundo. Por isso, mais do que bons alunos, procuramos jovens com vontade e ideias para os dotar das competências necessárias para esta construção». O objectivo final é que mais empresas se juntem para alargar a iniciativa ao maior número de estudantes possível, como salienta a empreendedora: «O nosso objetivo é unir forças entre várias empresas e instituições académicas para dotar os jovens com os conhecimentos e competências que lhes permitam sonhar com um futuro próspero». Mais informação sobre o projeto pode ser encontrada aqui.

Universidade do Porto líder em pedidos de patente em 2019

Depois de, também este ano, ter renovado o primeiro lugar como instituição que mais submete pedidos de patente na Europa, a Universidade do Porto e os seus institutos associados voltam a destacar-se na área da Proteção de Propriedade Intelectual. Segundo o Barómetro de Patentes Made in Portugal, publicado este mês pela Inventa Internacional, 71 dos pedidos de patentes (nacionais e internacionais) tiveram origem na U.Porto. Números referem-se a pedidos de patente publicados em 2019 e não submetidos. O relatório destaca uma forte presença das universidades portuguesas como as entidades que mais submetem pedidos de patente tanto em Portugal como na Europa, Estados Unidos e China (países nos quais se centrou a análise). Dos 71 pedidos associados à U.Porto, 47 são provenientes das Faculdades da Universidade e 24 do INESC TEC. Os seguintes lugares no top 20 são ocupados pela Universidade do Minho e pela Novadelta – Comércio e Indústria de Cafés, ambas com 46 pedidos, pela Universidade de Lisboa, com 31, e pela Universidade de Aveiro, com 25. Estes dados mostram o significativo investimento que a Universidade do Porto dedica a proteger o conhecimento, área a que a U.Porto Inovação se dedica desde 2004 quando falamos nas unidades orgânicas.  O INESC TEC, que ficou na nona posição do ranking, fundou o seu Serviço de Apoio ao Licenciamento em 2013 e tem como missão valorizar os resultados de I&D gerados, sendo a patente um mecanismo de protecção muito importante. Há 20 anos em crescimento Os pedidos de patente em Portugal têm tido um aumento significativo nos últimos anos, revela o Barómetro da Inventa. Se no ano 2000 estavam abaixo de 100, em 2018 esse número aumentou para quase 900 pedidos. De salientar também que 29,5% dos pedidos de patente com origem em Portugal nos últimos 18 anos 29,5% foram concedidos. As áreas científicas que mais motivaram pedidos de proteção neste período são a Indústria Farmacêutica – com um claro destaque de 1039 pedidos – seguida da Engenharia Civil, com 704, da Química Fina e Orgânica, com 591 e das Tecnologias Médicas, com 565. Em 2019 houve também um domínio da região Norte no que toca à proveniência de pedidos de patente, com 46%, seguida pela região de Lisboa (21,7%) e da região Centro (16,5%). O Barómetro da Inventa Internacional revela ainda que os pedidos de patente feitos por cidadãos nacionais lideram o número de pedidos apresentados por empresas estrangeiras e têm vindo a aumentar ao longo dos anos. Proteger o que de melhor se faz na Universidade do Porto Segundo o Relatório de Atividades da U.Porto Inovação, só em 2019 a U.Porto submeteu 22 pedidos de patente nacional junto do Instituto de Proriedade Industrial (INPI), sendo primeiro ou segundo titular desses processos. Foram ainda submetidos 19 pedidos de extensão internacional (PCT) e 67 pedidos internacionais em territórios como Europa, Estados Unidos, Canadá ou China. Graças a estes números, a U.Porto alcançou, em 2019, a marca das 700 patentes submetidas tanto a nível nacional como internacional. Já no que toca a concessões, foram cinco as patentes concedidas em Portugal e 49 internacionais na Europa, Estados Unidos, China ou Japão. Tendo em conta todas as novas patentes submetidas, mas também as que foram caindo ao longo do ano, a Universidade do Porto terminou 2019 com 339 patentes ativas no seu portfólio.

Wegho já opera em mais de 30 cidades em Portugal

Depois da decisão de contratar mais 120 operacionais até ao final de 2020, a Wegho anuncia agora a expansão da sua operação de serviços de limpeza a várias cidades do país. Desde Braga a Cascais, de Guimarães à Margem Sul, a empresa spin-off da Universidade do Porto, atualmente incubada na UPTEC, consegue agora levar a excelência dos seus serviços a mais concelhos. A atenção prestada à limpeza e desinfeção, imposta pela situação da pandemia da COVID-19 tem permitido à empresa cimentar a sua posição pioneira, a nível digital, no setor da limpeza. Assim, tanto o reforço das equipas como a expansão foram passos inevitáveis: “Queremos disponibilizar o nosso serviço de limpeza ao maior número de famílias em Portugal, pelo que a expansão e atuação em novas cidades é uma necessidade”, afirma Carlos Magalhães, CEO da Wergho. Mediante o concelho de residência é possível ao cliente agendar serviços profissionais de 8 ou 16 horas, de limpeza doméstica profunda ou limpeza pós-obra. O orçamento para as várias modalidades é facilmente obtido no website da Wegho. “Sentimos que o trabalho das nossas profissionais tem sido progressivamente valorizado, atentas as exigências muito particulares de uma limpeza e desinfeção de qualidade. Os nossos processos digitais e recrutamento massivo focado em profissionais experientes permite-nos encarar de braços abertos esta expansão, que esperamos continuar”, reforça Carlos Magalhães. Mais de 8000 utilizadores em três anos A Wegho nasceu em 2017 pela mão de dois irmãos (Carlos Magalhães e João Magalhães) e um primo (Luís Machado). Atualmente já conta com mais de 8000 utilizadores registados e com mais de 30.000 agendamentos de serviços realizados.  Alem dos serviços de limpeza também criaram uma loja online, onde se podem encontrar à venda Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e produtos de desinfeção. O selo de confiança com QR Code permite ver o histórico de desinfeções feitas num local específico, reforçando a transparência, mas também a seriedade do serviço prestado.

U.Porto Inovação organiza primeira A2B virtual

Dando azo à vontade constante de fomentar colaborações com a indústria, e contornando o obstáculo de não ser possível, dado o contexto da pandemia, de realizar encontros presenciais, a U.Porto Inovação organizou a sua primeira sessão A2B totalmente online. “É a primeira vez que realizamos uma A2B online mas isso só mostra a nossa capacidade de nos ajustarmos às circunstâncias e de continuar este trabalho que é tão importante”, referiu Joana Resende, pró-reitora da Universidade do Porto que tutela a U.Porto Inovação. O encontro virtual teve lugar no dia 22 de julho e o anfitrião foi já um habitué da iniciativa A2B: a Sogrape. Esta foi a quarta sessão colaborativa entre investigadores da Universidade do Porto e Institutos Associados e a empresa familiar portuguesa dedicada à produção de vinhos de qualidade e grandes marcas. As edições anteriores aconteceram em 2015, 2015 e 2017 e agora, três anos depois, academia e empresa voltaram a encontrar-se em busca de sinergias para novos projetos. O encontro contou com a presença de perto de 20 investigadores, provenientes das Faculdades de Ciências, Economia, Engenharia e Letras, e dos Institutos associados CIBIO e INESC TEC. O diretor da Faculdade de Economia da U.Porto, José Varejão, também marcou presença. Sendo este o “episódio piloto” das A2B online, a sessão teve a duração de aproximadamente duas horas. Além dos habituais cumprimentos institucionais e das apresentações individuais dos cientistas, houve espaço também para a apresentação da iniciativa IJUP-Empresas, iniciativa que conta com a Sogrape como parceira há alguns anos e que, também por isso, se associou à A2B. Multidisciplinaridade e prioridades definidas A Sogrape é uma empresa familiar portuguesa com mais de mil colaboradores e 11 unidades de negócio distribuídas por cinco continentes. É líder de vendas em Portugal e conta com unidades de produção a nível nacional, mas também em Espanha, Nova Zelândia, Argentina e Chile. No que diz respeito à distribuição, possui empresas de distribuição própria no Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, China e Angola. O crescimento e evolução da empresa ao longo dos anos fez com que apostassem, desde cedo, num forte investimento em inovação e investigação, bem como em parcerias como esta já longa com a Universidade do Porto. Foi pela voz de António Graça, Diretor de Investigação & Desenvolvimento da Sogrape, que o grupo de participantes na A2B ficou a conhecer quais as principais prioridades da empresa neste momento, no que toca à inovação. Entre elas estão Clima, Recursos (solos e ecossistemas), Gestão de precisão, Eficiência, Qualidade e Consumo, nomeadamente a criação de uma embalagem sustentável. “A adoção da tecnologia tem sido uma constante nos últimos anos, bem como a preocupação em sermos mais sustentáveis”, referiu António Graça. Conhecidos os desafios propostos pela Sogrape, todos os investigadores presentes tiveram oportunidade de falar um pouco sobre o seu trabalho e como ele poderá enquadrar-se nas áreas-chave da produtora de vinhos. Foram apresentadas competências, por exemplo, na área de sistemas de informação geográfica, ferramentas de avaliação pelo consumidor, robótica para agricultura e floresta, Inteligência Artificial, conservação de biodiversidade e até dignidade no trabalho, responsabilidade social das empresas e papel da cultura organizacional como elemento estratégico. Debate voltado para colaborações futuras A multidisciplinaridade dos investigadores presentes foi o motor para o animado debate que se seguiu às apresentações entre todos. Apesar do formato online não ser habitual, isso não foi impedimento para que os participantes trocassem ideias, contactos e começassem a pensar em formas de colaboração futuras que possam ser frutíferas tanto para a U.Porto como para a Sogrape. No final da sessão a pró-reitora Joana Resende agradeceu aos presentes as suas apresentações, assumindo a sua satisfação por terem sido apresentadas tantas “técnicas que estão na fronteira do conhecimento”. Ao mesmo tempo, dirigiu também palavras de agraciamento à Sogrape por “trazer constantemente novos desafios e confiar, há tanto tempo, nos investigadores da U.Porto”, referiu. Como resultado desta sessão a U.Porto Inovação espera incentivar a colaboração de docentes e investigadores/as de varias disciplinas e unidades orgânicas. “Espero que se consigam criar instrumentos para aprofundar esta colaboração e faço votos para que saiam daqui muitos projetos. As pontes fazem-se através das pessoas e hoje tivemos aqui muitos elementos para as construir”, concluiu a pró-reitora.  

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