"A investigação científica deve ser feita em equipa"
Submitted by U.Porto Inovação on 02/04/19
A engenharia química foi onde encontrou a casa de partida, mas agora o foco de Fernão Magalhães tem sido na ciência e engenharia de polímeros. É investigador na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), mais especificamente no LEPABE (unidade de I&D sediada no departamento de engenharia química dessa faculdade), desde 1997.
Foi ainda durante a licenciatura em Engenharia Química que surgiu o gosto pelos materiais poliméricos. Terminado o doutoramento nos EUA, Fernão Magalhães regressou à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto onde começou a fazer parte de um grupo de investigação que apostou fortemente na aproximação à indústria, impulsionado por Adélio Mendes, também investigador da FEUP. Nesse contexto, e respondendo a sucessivos desafios lançados por empresas, foi consolidando “experiência e conhecimento no desenvolvimento de produtos de base polimérica, particularmente nas áreas de revestimentos, sistemas adesivos e materiais compósitos”, conta.
Desde o início da jornada académica, e apesar de as áreas de interesse terem sido variadas ao longo do tempo, o investigador manteve sempre um denominador comum no seu trabalho: o sonho de que o que faz “traga benefícios concretos para a economia e sociedade”, refere. E isso verifica-se no seu trabalho dedicado ao desenvolvimento de adesivos e de compósitos de base natural, com diversas aplicações, desde o mobiliário à embalagem. Um exemplo são os painéis de derivados de madeira leves, uma necessidade atual da industria do mobiliário, uma vez que os materiais são usualmente transportados pelo próprio cliente para montagem em casa.
Explicando de forma mais concreta, imaginemos o processo de compra de mobília para uma casa nova. Vamos a uma loja, escolhemos o que gostamos e tudo parece simples. Até ao momento em que alguém tem de carregar essa pesada carga até casa, ou qualquer que seja o destino. A indústria de mobiliário tem procurado usar painéis de derivados de madeira de baixa densidade, mas isso implica processos de fabrico complexos ou perda de qualidade. Para dar resposta a isso, o grupo que Fernão Magalhães formou com colegas do Departamento de Engenharia de Madeiras do Instituto Politécnico de Viseu encontrou uma forma de diminuir o peso de painéis de derivados de madeira sem comprometer as suas qualidades mecânicas, isto é, sem prejudicar, por exemplo, a resistência à tração ou à flexão. Para ligar as partículas de madeira a equipa utiliza espuma de poliuretano que preenche os espaços vazios, gerando um produto final leve mas coeso. Esta combinação de materiais permite um processo de produção mais simples e menos dispendioso do que com os painéis tradicionais, pois não é necessário utilizar níveis de temperatura ou pressão tão altos.
“Este processo simplificado alarga as possibilidades para o design de mobiliário”, refere Fernão Magalhães. Como não é necessário seguir uma linha de produção standard, baseada em prensas de pratos planos, é possível, por exemplo, produzir painéis com superfícies curvas. A equipa ambiciona evoluir ainda mais este produto e está, neste momento, a trabalhar ativamente na procura de alternativas mais ecológicas do que o poliuretano para produzir o material “ligante” dos painéis. Foram já feitos ensaios com espumas de amidos que deram resultados muito promissores, quando comparado com a formulação original.
Hoje, Fernão Magalhães lembra a “profecia” da mãe que, ao vê-lo brincar sozinho com Legos, dizia que haveria de ser cientista. Apesar de admitir que ela tinha razão, e que o caminho profissional acabou, efetivamente, por ser esse, o investigador acredita que os cientistas devem trabalhar em grupo e não sozinhos, criando sinergias a partir da diversidade de conhecimentos. “A minha mãe, ao ver-me passar longas horas a brincar sozinho no meu quarto, vaticinava que eu haveria de ser cientista. Tinha a ideia de que um cientista era alguém que trabalhava sozinho num laboratório, isolado no exterior. Acertou no ‘cientista’, mas enganou-se na questão do isolamento: a investigação científica tem que ser feita em equipa, tirando partido de competências multidisciplinares”, conta. Na sua opinião, a Universidade do Porto é um excelente meio para colocar isso em prática, pois tem um “grande potencial humano e infraestruturas de qualidade, combinados com vontade em apoiar e divulgar a inovação”.
Neste momento, o investigador tem em curso alguns projetos com empresas, principalmente nas áreas de adesivos e revestimentos. Tem trabalhado também com uma equipa do i3S no desenvolvimento de materiais baseados em grafeno para a área biomédica. Espera que, num futuro não muito distante, seja possível “ver aplicações práticas desse trabalho”, conclui.
Cleft Toothbrush: a escova que chega mais longe
Submitted by U.Porto Inovação on 02/04/19
A higiene dentária é uma parte essencial da nossa rotina. No entanto, pessoas com malformações na cavidade oral, como é o caso da fenda lábio-palatina (FLP) podem ter dificuldades numa tarefa aparentemente tão simples e rotineira. Rita Rodrigues, investigadora da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), juntamente com a equipa transdisciplinar que investiga a fenda lábio-palatina, encontrou uma solução para este problema.
A Cleft Toothbrush é um complemento que pode colocar-se, como uma peça extra, numa escova convencional e que permite uma higienização rigorosa das áreas de difícil acesso. As pessoas com FLP apresentam várias alterações orais que dificultam a higienização com uma escova de dentes convencional, o que se traduz numa maior acumulação de placa bacteriana. Mas a Cleft Toothbruh, que tem a forma de uma chama, permite, através da aplicação de movimentos circulares, a remoção da placa bacteriana da área fenda sem causar lesões nos tecidos adjacentes. A sua ponta é flexível, o que torna a utilização simples. Além disso, e como refere Rita Rodrigues, “sendo um instrumento sem mecanismos eletrónicos ou mecânicos, terá um custo de produção atingível e, por isso, poderá chegar a um maior número de pessoas”.
A ideia surgiu quando Rita Rodrigues estudava na Universidade Fernando Pessoa, período durante o qual pensou na necessidade de criar uma escova de dentes para jovens com paralisia cerebral, de forma a que não dependessem da ajuda de terceiros para a tarefa. “Na altura já tinha esta ideia de contribuir para a sociedade de alguma maneira científica e por isso já tinha a ideia de vir a fazer investigação, que concretizei através do doutoramento”, conta. O “clique”, como lhe chama, deu-se quando, em 2012, conheceu uma criança com fenda lábio-palatina. Imediatamente apresentou a ideia ao grupo, onde nasceu a ideia para desenvolver um outro modelo de escovas de dentes, adaptado a indivíduos com estas condições, melhorando não só a sua qualidade de vida como a das pessoas à sua volta: “A Cleft Toothbrush permite que as crianças tenham uma melhor saúde oral, mas também ajuda a que os pais se sintam mais confiantes ao escovar áreas sensíveis com maior facilidade”, refere a investigadora, acrescentando que o complemento pode ser utilizado também por “indivíduos acometidos de lesões da cavidade oral por traumatismo ou sequelas de patologias”.
O grupo de investigação que criou a Cleft Toothbrush inclui cinco investigadores de várias áreas, entre elas a saúde e a engenharia: Rita Rodrigues (FMDUP), António Bessa Monteiro (Hospital Lusíadas), Maria da Conceição Manso (U. Fernando Pessoa), Maria Helena Fernandes (FMDUP), Joaquim Gabriel Mendes (FEUP) e Rowney Furfuro (Clínica Compor). A eficácia da escova já foi testada num primeiro teste com uma criança de 4 anos, com FLP. Verificou-se uma redução significativa da placa bacteriana e tanto a criança como os seus pais ganharam uma melhor qualidade de vida. Além disso, foram já construídos alguns protótipos.
Tendo já submetido um pedido de patente, um dos principais objetivos de Rita Rodrigues e do grupo de investigação atualmente é fechar um parceiro industrial para desenvolvimento do produto com as suas características específicas e em tempo útil, sendo uma prioridade “testar e ter a certeza que responde ao que é pretendido”. A investigadora acredita que, antes de pensar em lucros, é prioritário saber responder a necessidades do mercado, mais ainda se tratando de questões de saúde: “Nós ainda estamos na variável do valor, não de custos. Primeiro é o valor que isto terá para o mercado e nós quisemos criar algo que realmente tivesse impacto social. Uma das preocupações é que o produto chegue à mão do utente como algo que foi desenvolvido para a pessoa, customizado para a pessoa. E que tenha impacto na sua vida diária”, conclui.
À conversa com as empresas: Carlos Pires, da Salvador Caetano
Submitted by U.Porto Inovação on 02/04/19
Nesta edição fomos conversar com Carlos Pires, Diretor de Inovação do grupo Salvador Caetano. Na sua opinião, é muito importante o "trabalho em cooperação e a partilha de conhecimento" e a relação com a Universidade do Porto tem sido "longa e profícua em diversas áreas", diz.
P: Qual a importância da relação do Grupo Salvador Caetano com o meio cientifico e tecnológico?
R: O grupo Salvador Caetano (GSC) tem várias áreas de negócio no sector da mobilidade. Na industria tem a montagem do LandCruiser Toyota, a produção de modelos de autocarros e uma nova unidade de componentes aeronáuticos. Nos serviços e retalho automóvel o grupo tem uma extensa rede multimarca com implantação em Portugal, Espanha e Africa.
Para o desenvolvimento de novas soluções para a indústria, tem sido muito importante a relação com diversas entidades do meio cientifico e tecnológico. Aí, valorizamos o trabalho em cooperação e a partilha de conhecimento, por ser vital para a inovação e melhoria continua dos nossos produtos.
O sector da mobilidade encontra-se numa fase de grande transformação GSC pretende ter um papel ativo na mudança de paradigma dos serviços de mobilidade. Para isso, o grupo vai continuar a contar com o meio cientifico e tecnológico para o desenvolvimento de soluções diferenciadores, que aportem mais valor e conveniência para os clientes.
P: Como é que o Grupo Salvador Caetano tem vindo a interagir com a Universidade do Porto?
Tem sido longa e profícua a relação do Grupo Salvador Caetano com a Universidade do Porto, nomeadamente nas seguintes áreas: cooperação com o INEGI no projeto europeu CleanSky, no setor aeronáutico; cooperação com a Faculdade de Engenharia (FEUP) no desenvolvimento de soluções para autocarros elétricos e fuelcell; como parceiro do FEUP prime affiliate nas áreas de engenharia e programas doutorais; no desenvolvimento da segurança passiva e ativa dos autocarros e nos programas de estagio de recém licenciados de engenharia e gestão industrial;
P: Quais os principais desafios que os dois agentes têm pela frente?
Numa estratégia de inovação aberta e desenvolvimento em cooperação do Grupo Salvador Caetano, os principais desafios passam pela adoção dos princípios da Industria 4.0, pela integração de pilhas de combustível e novas formas de armazenamento de energia; pela industrialização de novos materiais para construção de autocarros e pelo desenvolvimento de novos serviços de mobilidade.
A chat with companies: Carlos Pires, from Salvador Caetano
Submitted by U.Porto Inovação on 02/04/19
In this edition we talked with Carlos Pires, Director of Innovation of Salvador Caetano group. In his opinion, "work in cooperation and sharing of knowledge" is very important and the relationship with the University of Porto has been "long and proficient in several areas", he says.
Q: What is the importance of the Salvador Caetano Group's relationship with the scientific and technological ecosystem?
A: The Salvador Caetano group (GSC) has several business areas in the mobility sector. In the industry, it has the assembly of LandCruiser Toyota, the production of bus models and a new unit of aeronautical components. In services and automobile retail, the group has an extensive multi-brand network settled in Portugal, Spain and Africa.
For the development of new solutions for the industry, the relationship with several entities of the scientific and technological environment has been very important. In it, we value work in cooperation and sharing of knowledge, as it is vital for the innovation and continuous improvement of our products.
The mobility sector is in a phase of major transformation, and GSC aims to play an active role in shifting the paradigm of mobility services. For this, the group will continue to count on the scientific and technological means for the development of differentiating solutions, which will bring more value and convenience to the customers.
Q: How has the Salvador Caetano Group been interacting with the University of Porto?
The relationship between the Salvador Caetano Group and the University of Porto has been long and profitable, namely in the following areas: cooperation with INEGI in the European project CleanSky in the aeronautical sector; cooperation with the Faculty of Engineering (FEUP) in the development of solutions for electric buses and fuel cells; as FEUP's prime affiliate partner in the areas of engineering and doctoral programs; in the development of passive and active bus safety and in the internship programs of recent graduates of engineering and industrial management.
Q: What are the main challenges facing the two institutions?
In a strategy of open innovation and cooperative development of the Salvador Caetano Group, the main challenges are the adoption of the principles of 4.0 Industry, the integration of fuel cells and new forms of energy storage; the industrialization of new materials for the construction of buses and the development of new mobility services.
Spin-off da U.Porto facilita a compra de roupa online
Submitted by U.Porto Inovação on 01/04/19
Cada vez mais pessoas recorrem à Internet para fazer compras. É fácil, é prático, e tudo sem ter de sair de casa. Mas a procura pela peça ideal pode ser demorada, dada a oferta. E se fosse possível, através de uma simples fotografia, encontrar o que queremos online? Foi isso que a ShopAI, uma empresa spin-off da Universidade do Porto, conseguiu.
Tudo começou durante uma brincadeira entre amigos, em que falavam da possibilidade de criar um botão para colocar em sites e aplicações que permitisse aos consumidores tirarem fotografias a peças de roupa de amigos ou que encontrassem em montras e/ou revistas de moda. Mas foi durante o mestrado de Rui Machado e Hélder Russa na Faculdade de Economia da U.Porto (FEP) que a ideia começou a afigurar-se como uma realidade. Daí até à fundação da empresa foram treinadas “milhares de imagens em diferentes perspetivas e com diferentes técnicas de engenharia”, refere Rui Machado, atual CEO da ShopAI.
O produto, agora final, é um motor de pesquisa visual, que funciona com o mote: “e se pudéssemos tirar uma fotografia diretamente no site de uma marca que gostamos e, com ela, pesquisar produtos visualmente similares dentro do catálogo sem teclar uma única palavra”. O objetivo é simplificar todo o processo até chegar ao produto que o cliente procura, traduzindo-se num aumento da conversão das próprias lojas numa lógica de win-win (para o cliente, que passa menos tempo na busca, e para o vendedor, que consegue vender mais graças à satisfação do cliente e à rapidez do processo).
E quais são as vantagens em relação à concorrência? Além de a aplicação da ShopAI ser mais rápida de implementar no sistema do cliente do que outras soluções no mercado, também pode ser personalizada à medida. Isto é: podem ser adicionadas regras de negócio para ajustar o sistema às necessidades de cada marca, como por exemplo “criar uma regra para que apareçam apenas produtos que se encontrem com um preço no intervalo de 10% (por defeito ou excesso) do produto que o utilizador esteja a pesquisar”, explicam os membros da empresa. A aplicação da ShopAI também permite fazer vendas cruzadas e sugestão de produtos semelhantes.
Atualmente incubada no UPTEC, a ShopAI nasceu em março de 2018. Terminada a fase de trabalhar apenas em regime de part-time, pós-laboral e fins de semana, os jovens empresários, reconhecendo o potencial do que haviam criado, deram o passo seguinte e encontraram na Zando África do Sul o primeiro cliente. A marca, que é uma das maiores empresas online de moda do país, estava à procura de um sistema de pesquisa baseado em imagem, pelo que a ligação foi imediata. E os resultados também. A qualidade dos resultados obtidos com a Zando chamou a atenção da Addidas e Reebok da África do Sul, o que, para Rui Machado, é um marco muito importante: “Quando conseguimos provar que a nossa abordagem diminuía a taxa de abandono dos sites e aumentava a probabilidade de acontecer, de facto, uma venda, ficou tudo mais fácil”.
Com esta conquista, a SHOPAI espera assumir uma posição de destaque no mercado das soluções de pesquisa e recomendação de artigos. Estão, atualmente, em crescimento exponencial no mercado africano, mas pretendem focar-se igualmente na Europa onde acreditam não existir “um líder destacado na oferta deste tipo de serviços”. Apesar de manterem o foco na indústria da moda, já tiveram contactos de outras áreas, para os quais têm desenvolvido provas de conceito.
Spin-off U.Porto mostra-se num dos maiores eventos mundiais do mercado imobiliário
Submitted by U.Porto Inovação on 29/03/19
A oportunidade surgiu através da Câmara Municipal do Porto (CMP), que foi convidada a participar no MIPIM, em Cannes, um dos mais importantes eventos mundiais do mercado imobiliário. Através de um parceiro comum, a 3Decide, empresa spin-off da Universidade do Porto pioneira no desenvolvimento de soluções à medida com abordagens visuais interativas, juntou-se ao evento, cabendo-lhe liderar a parte tecnológica do stand da autarquia.
A 3Decide desenvolveu uma solução que combina mapas temáticos com realidade aumentada para que os visitantes possam tirar o máximo partido de um evento com estas dimensões. Para o efeito, foi colocada, no stand da CMP, uma mesa interativa que apresentava mapas com zonas e pontos de informação, retratando o Porto em temas como a mobilidade, licenciamento e investimento ao nível do imobiliário. “A mesa permitiu que os visitantes explorassem informações e indicadores relevantes do ponto de vista urbanístico, imobiliário e económico dos últimos anos da cidade do Porto”, refere Carlos Rebelo (CEO da 3Decide). E tudo isto através de mapas temáticos dentro da mesa interativa, que permitia aos visitantes usufruírem de uma experiência coletiva numa lógica de “todos à volta da mesa”, dando a oportunidade aos responsáveis da CMP e parceiros para dialogarem com os visitantes. No entanto, as experiências individuais também eram possíveis através de tablets “onde cada um tinha acesso a informação visível só para si, apontando simplesmente o tablet para os mapas apresentados na mesa”, refere o CEO.
Segundo a organização do evento, a edição de 2019 da MIPIM reuniu 26.800 pessoas, incluindo mais de 5.400 investidores e 560 líderes políticos de mais de 100 países. Para a 3Decide esta foi uma experiência muito importante ao nível da visibilidade e dos contactos para parcerias futuras: “É sem dúvida um dos palcos internacionais mais importantes para a aplicação de tecnologias relacionadas com o imobiliário e urbanismo”, refere Carlos Rebelo, acrescentando que a solução da 3Decide “gerou muito interesse nos visitantes, atuando como uma eficaz ferramenta de comunicação das dinâmicas da cidade do Porto”.
Criada em 2008, a 3Decide segue com o objetivo de inovar no desenvolvimento de soluções digitais para empresas de diferentes áreas de atuação. Um dos elementos que mais diferencia a spin-off U.Porto é a sua capacidade de criar narrativas digitais impactantes, combinando conteúdos visuais com as realidades físicas dos clientes. Satisfeitos com o feedback recebido no MIPIM, a empresa está já a adaptar a solução para a ExpoReal em Munique, prevista para outubro de 2019. Além disso, vão continuar a trabalhar na consolidação da sua posição no mercado nacional ao mesmo tempo que antecipam alguns projetos internacionais com os olhos postos em 2020.
U.Porto e Santander voltam a levar-te à European Innovation Academy
Submitted by U.Porto Inovação on 25/03/19
A Universidade do Porto e o Banco Santander vão oferecer 25 inscrições para participar na European Innovation Academy 2019 (EIA 2019), uma “summer school” internacional de empreendedorismo que engloba mais de 40 nacionalidades e 60 países. O evento vai decorrer em Portugal, mais precisamente em Cascais, entre os dias 14 de julho e 2 de agosto.
Dirigido a todos os estudantes das melhores universidades americanas, asiáticas e europeias, a EIA é um programa de empreendedorismo imersivo cujo objetivo é oferecer uma experiência de aprendizagem experimental para ajudar os participantes a fazer escalar as suas ideias de negócio. Além de ser uma experiência muito prática, na lógica do “learning-by-doing”, será também uma excelente oportunidade para apresentar projetos a potenciais investidores, também presentes no evento.
Ao longo de três semanas de trabalho intensivo, os participantes vão ser divididos em equipas multidisciplinares (para que a troca de competências seja ainda mais completa). Haverá um tema por semana, sendo “Ideation & Formation” o primeiro. As semanas seguintes vão falar de “Prototype and Growth Hacking” e “Finding Users and Pitching. Especialistas da Amazon, Airbnb, Google são alguns dos muitos oradores e mentores do programa.
Quem pode concorrer?
O programa destina-se a qualquer estudante (em qualquer ciclo de estudos) que possua um vínculo válido com a Universidade do Porto. Cada entrada oferecida pela U.Porto e pelo Banco Santander tem o valor de 1899 euros (despesas com alojamento, transportes e refeições são da responsabilidade dos participantes). A organização informa que não será entregue qualquer quantia monetária aos participantes, sendo os 1899€ o valor da bolsa, isto é, da entrada no evento com acesso às atividades do mesmo.
As candidaturas estão abertas entre 25 de março e 20 de abril e devem ser feitas na plataforma Santander X. Os interessados em concorrer devem registar-se na plataforma para conseguirem aceder à convocatória e serem elegíveis.
Passo a passo:
1. Aceder à plataforma Santander X e criar um perfil. Um email de confirmação será enviado;
2. Depois de confirmado o perfil, através do email, aceder à convocatória da U.Porto Inovação e European Innovation Academy;
3. Clicar em "Inscrever-me" e preencher o formulário. Se tiver qualquer tipo de dificuldade no processo de registo contactar por favor Sara Fidalgo (sfidalgo@reit.up.pt) ou Maie Peetri (mpeetri@reit.up.pt)
4. Já está!
A gestão das bolsas e seleção dos participantes está a cargo da U.Porto Inovação, o gabinete de transferência de conhecimento da Universidade do Porto, que estabeleceu uma parceria com a European Innovation Academy para o efeito.
Algumas notas importantes sobre a seleção:
Aos participantes selecionados será pedido o pagamento de uma taxa de participação no valor de 50€ como garantia de participação. Parte desse valor será, depois, devolvido em forma de cheque oferta;
Despesas de alojamento, transportes e alimentação não estão incluídas na bolsa.
Um dos critérios de seleção é a diversidade das Faculdades, tentando garantir a representatividade do maior número possível de unidades orgânicas da Universidade do Porto
Para mais informações (ou caso tenham alguma dificuldade em inscrever-se) basta enviar um e-mail para mpeetri@reit.up.pt ou sfidalgo@reit.up.pt
Para questões sobre alojamento contactar: Susana Fonseca susana@inacademy.eu
Esta iniciativa tem o apoio do Santander Universidades.
Tecnologia da U.Porto licenciada à Wisify Tech Solutions
Submitted by U.Porto Inovação on 19/03/19
Chama-se Lipowise e trata-se de um dispositivo que, ao medir a espessura das pregas cutâneas, permite saber a localização e a percentagem da gordura corporal de forma prática e eficaz, numa era em que a obesidade, o excesso de peso e a malnutrição são algumas das principais preocupações da Organização Mundial de Saúde. A tecnologia foi totalmente pensada e desenvolvida na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e, em finais do ano passado, deu origem à Wisify Tech Solutions.
Como referem Ricardo Moura, CEO da empresa, e Tiago Andrade, um dos inventores da tecnologia, “existe evidência científica que relaciona o excesso de gordura corporal com 50% das doenças crónicas”. Pode ser responsável por aumentar as doenças cardiovasculares, a diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, entre outros, o que faz com que todas as soluções para prevenir problemas sejam bem-vindas.
Apesar da necessidade de medir e avaliar para precaver, não existe atualmente nenhuma maneira simples de “avaliar a evolução da gordura corporal em zonas específicas do corpo”, refere Ricardo Moura, a não ser através de lipocalibradores que meçam as pregas cutâneas. No entanto, e apesar de esta ser uma técnica económica, segura e não-invasiva, acaba por ser pouco prática e expedita pois não regista nem calcula dados automaticamente, tendo o operador de memorizar os valores obtidos, estando sempre sujeito ao erro de cálculo ou ao simples erro humano.
“Apesar de existirem há dezenas de anos, os lipocalibradores existentes não passaram por progressos suficientes, sofrendo de várias limitações”, refere Ricardo Moura. E foi a fim de superar muitos destes problemas que foi desenvolvido o Lipowise, no qual foram introduzidas “técnicas e tecnologias de conectividade e precisão da medição”. Ou seja: não deixa de ser um lipocalibrador seguro para todos os tipos de pacientes, não-invasivo e de baixo custo, mas com a enorme vantagem de permitir a automatização do protocolo de medição com uma margem de erro abaixo dos 3% (os lipocalibradores tradicionais apresentam erros de 15% a 40% no que diz respeito à pressão constante, diz-nos Ricardo Moura). Além disso, apresenta outra característica “inovadora e única no mundo: a capacidade de análise dinâmica da compressibilidade dos tecidos, o que permite a avaliação da evolução da consistência dos mesmos nas localizações tratadas. Isto pode ser muito importante para a área da Medicina Estética”, refere o CEO.
Da tecnologia às empresas
O Lipowise tem já patentes concedidas em Portugal, Estados Unidos e vários países europeus. Tiago Andrade (um dos fundadores da Wisify) é coinventor da patente, juntamente com Teresa Restivo (FEUP), Manuel Quintas (FEUP), Carlos Moreira da Silva (FEUP), Fátima Chouzal (FEUP) e Teresa Amaral (FCNAUP).
Em janeiro de 2018 Ricardo Moura e Tiago Andrade levaram o Lipowise até Boston, onde participaram na missão “Boston Global Immersion” (progeama liderado pela Building Global Innovators e MIT Portugal). Durante essa jornada, a tecnologia foi uma das selecionadas com o objetivo de prospeção de interesse comercial com investidores, e surgiram aí as raízes para o modelo de negócio a implementar. Na segunda metade de 2018, nasceu a empresa Wisify Tech Solutions pela mão dos dois empreendedores.
O lipocalibrador, que durante muito tempo esteve nas mãos da Metablue – empresa spin-off da Universidade do Porto da qual Ricardo Moura faz parte – foi cedido à recém-criada Wisify através de um contrato de exploração exclusivo da patente. Tendo em conta esta ligação criada por via da Metablue, Ricardo Moura refere que o processo foi uma “sequência de passos naturais, tendo havido sempre uma grande abertura e suporte por parte da Universidade do Porto”.
Teresa Restivo orgulha-se, por sua vez, de ter sido possível “criar algo que nasceu de exercícios de pensar o conhecimento, de criatividade, de amadurecimento, de concretização e persistência”. Para a docente e investigadora da FEUP esta é a missão da universidade: “contribuir para a sociedade através de formação dos jovens e da investigação. A reunião desses aspetos assume expressão quando, como é aqui o caso, de uma investigação aplicada se chega até um protótipo que dá origem a um contrato de licença para desenvolvimento de uma tecnologia”, conclui.
Neste momento a Wisify encontra-se a ultimar o desenvolvimento da sua plataforma Cloud, que servirá de base à integração das diferentes tecnologias do seu portfolio: “Podem ser de cariz médico, desportivo, nutricional, o que cria conteúdos e apps de interesse tanto para clientes como para prestadores de serviços”, referem os membros da empresa. Estão também na fase final de desenvolvimento do Lipowise Light, uma versão low-cost do produto original. Ricardo Moura refere que os processos estarão concluídos no final de abril, data em que pretendem, oficialmente, “começar a comercialização dos produtos”.
U.Porto lidera melhor ano de Portugal no registo de patentes europeias
Submitted by U.Porto Inovação on 13/03/19
Em 2018, Portugal submeteu um número recorde de 220 pedidos de patente europeia e, desses, pelo menos 17 têm o selo da Universidade do Porto. Os números, que constam do último relatório anual do European Patent Office (EPO), reforçam o estatuto da U.Porto – incluindo faculdades e Institutos Associados – como um dos principais motores de inovação a nível nacional.
Das 17 patentes submetidas pela Universidade, seis foram geridas pela U.Porto Inovação – o gabinete de transferência de conhecimento da Universidade do Porto – e referem-se a tecnologias inovadoras desenvolvidas por investigadores das faculdades da U.Porto.
Repartidas pelas faculdades de Ciências (FCUP), Engenharia (FEUP) e Farmácia (FFUP), estas inovações incluem um dispositivo agrícola – o CROPEO – que permite manter cereais e sementes armazenados em silos livres de fungos e insetos; uma turbina triboelétrica que gera energia elétrica em locais remotos e que pode ser incorporada em redes de água ou canalizações; ou um termal switch que possibilita o aquecimento ou arrefecimento de uma zona três vezes mais depressa do que outros sistemas.
Da lista consta ainda um dispositivo para medir força e energia musculares e um método inovador para aproveitar o bagaço de azeitona, com potencial para ser utilizado na indústria dos cosméticos naturais, em suplementos alimentares e em estufas.
No que toca aos pedidos de patente realizados pelos institutos associados da U.Porto, o destaque vai para o INESC TEC, com nove, abarcando as áreas das telecomunicações, tecnologia médica e tecnologia audiovisual. O INESC TEC é, de resto, a instituição portuguesa que mais pedidos de novas patentes submeteu ao EPO em 2018.
As outras duas patentes “made in U.Porto” foram submetidas pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) e incluem um composto para uso na prevenção e tratamento de infeções por pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e uma metodologia para a produção de moléculas alvo utilizando cianobactérias.
O melhor ano de sempre para Portugal
Segundo os dados agora divulgados pelo EPO, em 2018, Portugal submeteu mais 71 pedidos de patente (subida de 46,7%) do que no ano anterior, cotando-se como o terceiro país com a maior taxa de crescimento face a 2017. “É com muito agrado que vejo o número de pedidos de patentes crescer de forma tão vigorosa no meu país”, destaca António Campinos, o luso-francês que dirige o EPO e que já presidiu o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
No ranking de instituições portuguesas mais inovadoras, a liderança cabe então ao INESC TEC (9 patentes), seguido pela Novadelta (7), pelas universidades do Porto (apenas unidades orgânicas) e de Évora e pelas empresas Miranda & Irmão e OLI – Sistemas Sanitários, todas com seis pedidos. Dados que levam Campinos a afirmar que “o contributo das instituições de investigação e universidades portuguesas no aumento dos pedidos de patentes é particularmente encorajador”.
Alargando a análise aos países que apresentaram mais pedidos de patente na Europa, Portugal ocupa o 35.º lugar numa lista liderada, de forma destacada, pelo Estados Unidos (25% dos pedidos). Seguem-se a Alemanha (15%), o Japão (13%), a França (6%), a China e a Suiça. (5%). Já entre as empresas mais inovadoras, a alemã Siemens surge no topo com 2493 pedidos, seguida da chinesa Huawei, das sul-coreanas Samsung e LG e da norte-americana United Technologies.
U.Porto lidera na inovação
O Relatório Anual do Instituto Europeu de Patentes 2018 reflete aquele que foi mais um ano de crescimento para a propriedade intelectual na Universidade do Porto. Só à U.Porto Inovação chegaram mais de 30 comunicações de invenção, provenientes das faculdades de Ciências, Ciências da Nutrição, Engenharia, Farmácia, Medicina, Medicina Dentária e ICBAS. No total, foram apoiados mais de uma centena de inventores (de instituições da U.Porto e não só).
A juntar a estes números importa dizer que a Universidade do Porto submeteu mais de 40 pedidos de extensão de patente internacional em territórios como Europa, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul. Em paralelo, alcançaram-se três concessões em Portugal, duas nos Estados Unidos, 15 em território europeu e uma no Japão.
Notícia escrita em parceria com o departamento de Comunicação & Imagem da U.Porto - TIago Reis.
Fotografia: Egídio Santos (U.Porto)
U.Porto and Santander take you to European Innovation Academy
Submitted by U.Porto Inovação on 07/03/19
The University of Porto and Santander Universidades will offer 25 tickets to participate in the European Innovation Academy 2019 (EIA 2019), an international entrepreneurship summer school that gathers on the same place students from more than 40 nationalities and 60 countries. The event will take place in Portugal, more precisely in Cascais, between July 14 and August 2.
Aimed at all students from the best American, Asian and European universities, the EIA is an immersive entrepreneurship program whose goal is to offer an experiential learning experience to help participants scale up their business ideas. Besides being a very practical experience in the logic of "learning-by-doing", it will also be an excellent opportunity to showcase projects to potential investors present at the event.
Throughout the period of three weeks of intensive work the participants will be collaborating in multidisciplinary teams (in that way enhancing the exchange of skills). The trainings of each week will follow a theme, with "Ideation & Formation" being the first. The following weeks will talk about "Prototype and Growth Hacking" and "Finding Users and Pitching". Experts from Amazon, Airbnb, Google are just some of the program speakers and mentors at your reach.
Who can apply?
The program is intended to any student (also international) who have an active link with the University of Porto (valid frequency in any cycle of studies). All registrations are worth 1899 euros and will be granted by U.Porto and Santander Universidades. Please note that accommodation expenses (3 weeks in Cascais or nearby area), transport and all meals shall be covered by the participant. Also, the organization adds that no kind of money transfer will take place. The 1899€ refers to the scholarships worth’s, meaning the event’s registration fee and the access to its activities.
Application period will open between March 25 and April 20 and all applications shall be submitted at the Santander X platform.Those interested in applying must register on the platform to be able to access the call and be eligible.
Step by step:
1. Go to Santander X and create your profile. You will receive an email requiring your confirmation
2. After the confirmation of your profile, acess U.Porto Innovation's call for European Innovation Academy;
3. Click on "Sign me up" and fill out the form. If you experience any issue during the registration process please contact Sara Fidalgo (sfidalgo@reit.up.pt) or Maie Peetri (mpeetri@reit.up.pt)
4. All done!
U.Porto Innovation, the knowledge transfer office of the University of Porto has established a partnership with the European Innovation Academy and will be the entity responsible for selecting the participants and granting the scholarships.
Some important notes about the selection:
The selected applicants will be asked to pay a caution fee of € 50 as participation guarantee. Part of the amount will be returned;
Housing, transport and food expenses are not included in the scholarship.
One of the selection criteria is the diversified involvement of the Faculties, aiming to guarantee the representativeness of the largest possible number of organic units of the University of Porto.
For more information (or if you have any difficulties signing up) just send an email to Maie Peetri mpeetri@reit.up.pt or Sara Fidalgo sfidalgo@reit.up.pt
If you need any help finding accomodation in Cascais, please contact Susana Fonseca susana@inacademy.eu
This initiative is powered by Santander Universidades.
This initiative has the support of Santander Universities.