Universidade do Porto já tem mais de 80 empresas spin-off

Já passaram quase dez anos desde que a Inovapotek recebeu o selo Spin-off U.Porto, sendo assim o primeiro membro de uma família da qual já fazem parte mais de 80 empresas. Dados cumulativos revelam que as 81 empresas chanceladas já criaram, entre si, mais de 750 postos de trabalho, e têm presença internacional em todos os continentes Além disso, as empresas spin-off da U.Porto gerem, em conjunto, mais de 200 patentes e angariaram 84 milhões de euros em financiamento. Crescer em família Com o objetivo de agilizar a troca de experiências e a melhoria de processos e de negócios, foi criado, em 2016, o The Circle, o clube exclusivo de empresas spin-off que emergiram no ecossistema de inovação da Universidade do Porto. Cumprindo a tradição de se juntarem pelo menos duas vezes por ano, o último encontro do grupo teve lugar no final do mês de maio. Das 81 empresas nascidas no seio da Universidade do Porto, 30 participaram nesta reunião que teve lugar na Porto Business School, em paralelo com o Digital Health Venture Forum. O grande objetivo foi criar um verdadeiro espaço de networking entre os participantes, possibilitando que os fundadores e empreendedores pudessem conhecer-se melhor, dentro de uma rede em constante crescimento, para que daí possam surgir eventuais colaborações. Subordinado ao tema “Super-Heroes”, este encontro desafiou as spin-offs a falarem sobre os seus superpoderes, traduzidos no que as torna únicas e importantes, mas também deu espaço para que os empreendedores expusessem os seus desafios e preocupações atuais. “Foi uma excelente oportunidade para partilhar desafios, contactos e conhecimentos, o que contribui para um maior envolvimento entre as spin-offs U.Porto”, referiu Bruno Azevedo, CEO e cofundador da Addvolt. A par da atividade bilateral de networking, o encontro foi também uma oportunidade para que tanto a U.Porto Inovação – enquanto promotora da iniciativa – como o Santander Universidades e a Porto Business School – os dois parceiros estratégicos do The Circle – falassem um pouco do trabalho que desenvolvem diariamente dentro do ecossistema empreendedor. Sara Mendes, da escola de negócios da U.Porto, referiu que foi “vital partilhar ideias e conversar com os fundadores”, bem como o palco dado para que os parceiros pudessem apresentar alguns recursos e ações para apoiar as empresas spin-off da Universidade no desenvolvimento e crescimento dos seus negócios. Como troca, os empreendedores também transmitiram o que os preocupa atualmente, e como a U.Porto e os parceiros poderão ajudar a suprir algumas necessidades, numa cooperação mútua. O The Circle foi criado para isso mesmo: aproximar as empresas, não só entre si mas também das instituições que os podem auxiliar no caminho do sucesso. “Excelente encontro entre empresas inovadoras no qual se partilharam ideias e experiências”, referiu António Cunha Pereira, Diretor Geral da Ecoinside, acrescentando que a spin-off pretende estar presente em todas as futuras atividades. A próxima terá lugar já em outubro deste ano, numa renovada aposta no Entreprenow. O evento, que reuniu mais de 100 pessoas na primeira edição no Hard Club, terá lugar em outubro deste ano e terá como foco a jornada do empreendedor, incluindo as dificuldades, sucessos e fatores chave para lá chegar. Mais fotografias do encontro disponíveis aqui.

Spin-off da U.Porto recebe investimento de 1,5M€ da Maersk

É a maior empresa de transporte marítimo mundial e um dos maiores grupos globais na área da logística. Sediada na Dinamarca e com uma faturação a rondar os 40 biliões de dólares/ano, a Maersk decidiu que o primeiro investimento – no valor de 1,5 milhões de euros – numa startup seria na portuguesa HUUB, uma empresa spin-off da Universidade do Porto. Este investimento da Maersk soma-se aos 2.5M€ levantados pela HUUB há precisamente um ano numa ronda liderada pela Pathena (sociedade portuguesa de capital de risco) e que foi ‘oversubscribed’, tendo despertado o interesse de vários investidores europeus. A opção em 2018 recaiu sobre a Pathena, sabendo a HUUB que iria capitalizar, num segundo momento, investimento internacional o que se torna agora oficial com a entrada do grupo dinamarquês no capital da startup. Contas feitas, a HUUB terminou a sua fase “seed” com um total de 4,35 milhões de euros, que representa mais do dobro da “seed” média norte-americana e quatro vezes a média europeia, referem os representantes da HUUB: “Isso é um grande motivo de orgulho para nós. Esperamos que possa ser um impulso e um contributo relevante para os nossos parceiros e para o ecossistema de empreendedorismo em Portugal”, revela Luís Roque, CEO da spin-off U.Porto. A entrada deste capital vai permitir que a HUUB cumpra o seu rigoroso plano estratégico, cheio de objetivos muito claros e ambiciosos, conta Luís Roque, que espera alcançar até à próxima ronda de investimento: “Triplicar o número de marcas atual, continuar a expandir as operações logísticas na Europa ou garantir o crescimento da equipa” são alguns exemplos referidos pelo CEO. A HUUB é uma startup tecnológica, criada em 2015 por quatro antigos estudantes da Universidade do Porto (Luís Roque, Pedro Santos, Tiago Craveiro e Tiago Paiva), que se dedica a operações logísticas no mundo da moda, tendo como clientes marcas de renome internacionais. A carteira de clientes da conta com grandes marcas de moda a nível mundial, das quais assumem todas as tarefas logísticas e operacionais, gerindo as encomendas através de uma plataforma desenvolvida pela própria empresa: o Spoke. A HUUB oferece, assim, serviços de gestão integrada da cadeia de abastecimento de marcas de moda, permitindo que as mesmas consigam focar-se mais no trabalho de design de novas peças e na venda. Atualmente a HUUB opera em dois centros (um em Portugal e outro na Holanda). Os empreendedores esperam fechar 2019 com um crescimento de 200% face ao ano anterior, concretizando essa subida através do aumento, em apenas meio ano, de mais de 60% do número de marcas angariadas em relação a todo o ano de 2018. Preveem também aumentar a equipa para 85 colaboradores até ao final do ano: “Somos um país com startups e um talento humano de grande qualidade”, refere Luís Roque.

Digital Health Venture Forum premeia spin-offs da U.Porto

Foram dois dias intensivos para as dezenas de startups – portuguesas e internacionais – selecionadas para participar no Digital Health Venture Forum, uma iniciativa organizada pela Tech Tour e pela Universidade do Porto, que aconteceu pela primeira vez em Portugal. No final da jornada foram distinguidas 10 empresas,duas delas spin-offs da U.Porto: a Shop AI e a Tonic App. Criado com o objetivo de promover a inovação e o investimento nas melhores empresas tecnológicas da Europa, o DHVF reuniu mais de 150 pessoas na Porto Business School, entre elas empreendedores, oradores convidados, empresas e investidores. Durante dois dias, as empresas selecionadas apresentaram os seus projetos a painéis de renome, receberam feedback sobre os seus modelos de negócio e puderam ter reuniões bilaterais com potenciais investidores, que poderão dar origem a financiamento (uma das maiores dificuldades que as startups encontram nos dias que correm). No final, e tendo em conta critérios como o modelo de negócio, a experiência da equipa, o mérito da tecnologia, entre outros, os painéis de júris selecionaram as 10 melhores, que terão agora oportunidade de apresentar o seu pitch no Venture Academy Contest Final, já em dezembro. Além da TonicApp e ShopAI, outra empresa portuguesa foi distinguida: a Nutrium. “Vencer este prémio é importante para a Tonic App, porque traduz o reconhecimento específico de investidores europeus interessados em saúde digital, a área em que operamos”, referiu Daniela Seixas, CEO da Tonic App, satisfeita com o reconhecimento. Tendo sido já apelidada como um verdadeiro Google para médicos, a aplicação da spin-off junta, num único sítio, informações úteis para médicos que os auxiliem no diagnóstico e tratamento dos seus pacientes. Já a tecnologia da ShopAI torna possível, através de uma simples fotografia, encontrar uma peça de roupa que queremos online. Pedro Esmeriz, CTO da empresa (na foto, à direita) realça a importância deste tipo de eventos para a spin-off: “Participar no DHVF permitiu desenvolver e promover a ShopAI em várias vertentes. A possibilidade de ter acesso a pessoas tão experientes foi uma mais valia, não só pela possibilidade de expandir a nossa rede de contactos mas também pelo feedback construtivo que recebemos”. Para a ShopAI foi também muito importante interagir com empresas de outros países, com as quais puderam “partilhar experiências e obstáculos”. Dois dias de spotlight para startups tecnológicas Dando continuidade à missão de apoio ao empreendedorismo, a U.Porto Inovação associou-se à Tech Tour para trazer o Digital Health Venture Forum para a Universidade. “É com muito orgulho que acolhemos um evento desta envergadura, numa altura em que a inovação desempenha um papel fundamental na nossa sociedade. Falando mais especificamente da inovação na saúde, o crescimento também tem sido notável. E é importante que sejamos capazes de olhar para as novas tecnologias e para o digital como parte integrante dos cuidados médicos dos dias que correm, pois eles providenciam-nos soluções capazes de melhorar cada vez mais a nossa qualidade de vida”, referiu Helder Vasconcelos, vice-reitor da U.Porto, no seu discurso inaugural. Passaram pelo DHVF perto de 40 empresas tecnológicas europeias, cujo core business passa pela Saúde Digital ou pelas Novas Tecnologias. No primeiro dia, durante a Venture Academy, todos os representantes receberam feedback e formação de mentores especializados – entre membros da academia, indústria e outras entidades – uma ajuda preciosa para o pitch final do segundo dia. Aí, as empresas apresentaram-se às mais de duas dezenas de investidores presentes, vindos de entidades como as nacionais Pathena e Portugal Ventures, ou as internacionais Phillips Health Care e Boston Scientific. Soluções para criar tutoriais interativos, novas ideias para tratar condições de pele, um verdadeiro Google para médicos, sistemas pensados para pessoas com diabetes, serviços digitais para procurar cuidados médicos. São apenas alguns exemplos das muitas ideias apresentadas durante o DHVF, acompanhadas durante os dois dias por painéis de especialistas nacionais e internacionais de variadas instituições de renome na área da Saúde Digital. Além dos momentos de spotlight e reconhecimento para as startups, o Digital Health Venture Forum foi um verdadeiro palco do que de melhor se faz ao nível da Saúde Digital na Europa. Entre os oradores convidados estiveram, por exemplo, Jorge Santos da Silva e Tobias Silberzahn, da McKInsey & Company e Joan Cornet Prat, da European Connected Health Alliance, que brindou os participantes com uma intervenção sobre novas tendências e desafios na Saúde Digital atualmente. Depois do sucesso da iniciativa, realçado por Teresa Cunha (TechTour) e Maria Oliveira (U.Porto Inovação) na sessão de encerramento e entrega de prémios, espera-se que o Digital Health Venture possa voltar a ter casa na U.Porto em 2020. “A iniciativa foi um verdadeiro sucesso e todas as startups estão de parabéns pelo trabalho que desenvolveram durante a jornada. Esperamos continuar a apoiar este tipo de iniciativas”, concluiu Maria Oliveira. As fotografias do evento podem ser encontradas aqui. O Digital Health Venture Forum é co-organizado pela Tech Tour e pela Universidade do Porto, e conta com a parceria do Santander Universidades e da Out-Bound. Evento conta também com o apoio dos projetos Interreg Atlantic ADSA e EIT Health (dos quais a U.Porto é parceira, através da U.Porto Inovação) e da PATHENA.

Spin-off da U.Porto “cresce” na América Latina

De forma a reforçar a aposta que tem vindo a fazer no mercado da América Latina, a Jumpseller – empresa spin-off da Universidade do Porto – adquiriu recentemente a concorrente colombiana Handy Commerce. Apesar de tudo ter começado no Porto, cidade onde Tiago Matos e Filipe Gonçalves fundaram a empresa, desde há algum tempo para cá que o negócio se tem baseado no mercado latino-americano, mais especificamente no Chile. Agora, foi a vez de apostar na Colômbia. “Com 30 milhões de utilizadores ativos de internet, a Colômbia é um mercado muito interessante. É, inclusivamente, muito maior do que o do Chile onde o Jumpseller é um dos líderes de mercado no segmento de software-como-serviço”, explicam os empreendedores. Assim, este passo é visto pela spin-off como uma verdadeira oportunidade de repetir o que já tinham feito no Chile, mas agora numa escala maior e num país onde “o comércio eletrónico continua a escalar”, referem. O objetivo é apoiar os empreendedores e empresários colombianos a escalar dentro do seu mercado com soluções integradas. Depois desta fusão estratégica, o primeiro passo será migrar todos os clientes atuais da HandyCommerce para a plataforma Jumpseller e, posteriormente, expandir a oferta. A spin-off U.Porto passará agora a ter escritórios em Portugal, Chile e Colômbia, esperando ser uma plataforma de referência nos três países. Fundada há quase 10 anos por dois antigos estudantes da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), a Jumpseller tem uma missão clara: ajudar empreendedores e pequenas empresas a criar a sua loja online, vender para qualquer parte do mundo e garantir visibilidade dos seus produtos através do posicionamento do negócio a uma escala global. Para isso, foi desenvolvida uma plataforma de comércio eletrónico na cloud para ajudar os empreendedores a criarem a sua loja online. O serviço garante ainda um conjunto exclusivo de funcionalidades que vão desde métodos de pagamento à integração com operadores de transporte e logística. Além disso, é feita também ponte com empresas com os canais de vendas mais importantes como Google, Facebook e Instagram. Em 2017, a Jumpseller juntou-se à família Spin-off U.Porto. No ano seguinte estabeleceram uma parceria com os CTT que permite a todos os clientes com o serviço de e-commerce da Jumpseller beneficiar de uma integração automática com os sistemas dos CTT no que diz respeito à expedição dos seus objetos. Neste momento estão focados em continuar o trabalho de promoção de produtos dos seus comerciantes não só nas lojas online mas também em canais externos como Google, redes sociais e Amazon.

U.Porto e Clube de Produtores Continente estudam possibilidades de colaboração

No início do mês de maio a U.Porto Inovação, fazendo-se acompanhar por investigadores da “casa” e também por colegas da Universidade do Minho, teve a oportunidade de participar no Encontro de Fruticultores do Clube de Produtores Continente. A iniciativa teve lugar nas instalações da Sonae MC e reuniu cerca de 20 Fruticultores Nacionais bem como quadros da SONAE MC. No início da tarde a Unidade de Negócio das Frutas e Legumes do Continente partilhou com os seus membros dados de negócio, salientando a reconhecida qualidade das frutas nacionais. Foi também apresentado o resultado de um estudo de campo no que diz respeito à qualidade da Pera Rocha num dos produtores do Clube de Produtores Continente. Após a pausa para café foi a vez das intervenções de Susana Carvalho (na fotografia, primeira a contar da esquerda) e Luís Miguel Cunha (na fotografia, segundo a contar da esquerda), ambos docentes e investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Luís Miguel Cunha abordou questões relacionadas com a avaliação e qualidade da fruta fresca por parte dos consumidores, mas também aquando do processamento por parte da indústria. Já Susana Carvalho, que tem vindo a desenvolver uma elaborada investigação na área das frutas, com especial destaque para o kiwi, mirtilo e morango, apresentou o projeto do GreenUPorto, uma nova unidade de investigação da Universidade que está prestes a receber a sua certificação formal. Este novo centro dedica-se à investigação da cadeia de valor da horticultura num sentido mais lato, isto é, incluindo também a fruticultura, floricultura e viticultura. No final do encontro a presidente do Clube de Produtores, Ondina Afonso (na fotografia, ao meio), mostrou-se satisfeita e otimista com uma possível relação futura entre o Clube e a Universidade do Porto. Tendo sido as apresentações dos investigadores bem recebidas, Ondina Afonso deixou no ar o desafio a todos os presentes de refletirem sobre a Agricultura 4.0 e os impactos na sustentabilidade do setor agroalimentar. De olhos postos no futuro, as possibilidades de colaboração entre as duas entidades vão-se desenhando, e o GreenUPorto anunciou que está disponível para iniciar novos projetos colaborativos enquanto parceiro científico do Clube. O contacto entre a U.Porto Inovação e o Clube de Produtores Continente aconteceu através do Balcão UNorte, uma plataforma desenvolvida no âmbito do consórcio UNorte.pt, composto pela Universidade do Porto, Universidade do Minho e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O objetivo da plataforma, pioneira em Portugal, é aproximar as empresas dos investigadores e das universidades para se conseguirem juntar as competências e os serviços dos centros de investigação das universidades aos desafios e necessidades de inovação das empresas. O Balcão está disponível aqui. Esta sessão A2B teve o apoio da Fundação Amadeu Dias.

ADSA promove boas práticas europeias

Desde 2017 que a Universidade do Porto, através da U.Porto Inovação, é parceira do projeto Atlantic Digital Startup Academy (ADSA), juntamente com entidades de cinco regiões diferentes da Europa (França, Reino Unido, Irlanda e Espanha). Cofinanciado pelo FEDER através do programa INTERREG Atlântico, este projeto tem como objetivo apoiar a competitividade e internacionalização de startups digitais no espaço Atlântico. As principais atividades do projeto, desenhadas para alcançar os objetivos a que os parceiros se propuseram, são o programa de aceleração e a formação de uma rede de mentores que facilitem o “scale-up” das empresas participantes. Um exemplo disso são os  Bootcamp de Internacionalização que se realizaram durante o mês de fevereiro e março de 2019 no Porto, Brest, Sevilha, Cork e Derry. Ajudar as startups no caminho da internacionalização – Case Studies Um elemento central do projeto ADSA é desenvolver mecanismos a partir das boas práticas de projetos passados nos quais os parceiros estiveram envolvidos, bem como de iniciativas europeias que têm demonstrado apoio a startups neste mesmo objetivo. O objetivo final é criar um verdadeiro ecossistema onde os empreendedores tenham acesso a ferramentas, pessoas e outras skills necessárias para se tornarem globais. Os parceiros do ADSA reuniram e analisaram informação de cinco boas práticas, que podem ser consultadas, em forma de case studies, nos links abaixo: 1.           LA CANTINE 2.           CESEAND STARTUP 3.           RYME+ 4.           iFACTORY 5.           RESTARTUP PROJECT Até ao final do projeto, todos os parceiros procurarão envolver, nas suas atividades, as entidades mais relevantes do seu ecossistema de startups, de forma a gerar partilha de conhecimento e experiências, ao mesmo tempo que se desenvolvem maneiras mais eficazes de apoiar estas empresas. O ADSA é um projeto cofinanciado pelo FEDER através do programa INTERREG Atlântico e União Europeia.  

Spin-off da U.Porto vence Prémio Empreendedor XXI

A HUUB, empresa spin-off U.Porto desde 2017 e que criou uma plataforma logística integrada para o setor da moda, foi uma das duas startups portuguesas distinguidas na edição deste ano dos Prémios Empreendedor XXI, iniciativa do BPI e do CaixaBank. Além do prémio monetário, no valor de 25 mil euros, a empresa vai ter também acesso a programas de desenvolvimento internacional em Silicon Valley ou Cambridge. Nesta edição do Prémio Empreendedor XXI foram definidos seis novos setores ligados às novas tendências em inovação e a algumas áreas de negócio das entidades organizadoras. A HUUB foi a grande vencedora de uma dessas categorias: Commerce Tech. Para Tiago Craveiro, co-fundador e CPO da HUUB, é gratificante “vencer um prémio sectorial como o Commerce Tech, que abarca todos os concorrentes de todas as regiões da Península Ibérica”, refere. Já há algum tempo que a spin-off da Universidade do Porto tem vindo a apostar no mercado espanhol. Para o CPO, este prémio representa por isso um “reforço do posicionamento no país e credibilidade”, além de potenciar contacto com novas marcas do mundo da moda – mercado esse “particularmente agitado em Espanha”. Além da HUUB, foi premiada a também portuguesa SEACLIQ. A iniciativa Prémio Empreendedor XXI, dinamizada pelo BPI e pelo CaixaBank, distinguiu ainda outras três finalistas portuguesas que terão acesso a programas internacionais de desenvolvimento. Os prémios foram entregues no âmbito do “Innovation Summit”, um programa criado pelo Grupo CaixaBank e que reuniu os principais players do ecossistema empreendedor, tecnológico e investidor em sessões em Portugal e Espanha, uma delas na Porto Business School. A HUUB nasceu em 2015 e geriu desde sempre clientes com grandes marcas de moda a nível mundial, assumindo todas as suas tarefas logísticas e operacionais. O core businessda startup é a gestão integrada da cadeia de abastecimento de marcas de moda, permitindo que as mesmas consigam focar o seu trabalho no design de novas peças e na sua venda, deixando o trabalho operacional para a Huub. Em junho do ano passado a HUUB fechou uma ronda de investimento no valor de 2,5 milhões de euros, liderada pela Pathena (uma das maiores sociedades de capital de risco em Portugal). Esta é mais uma conquista importante para a startup portuguesa, nascida no seio da Universidade do Porto pelas mãos de quatro antigos estudantes (Luís Roque, Pedro Santos, Tiago Craveiro e Tiago Paiva) e sediada na cidade.

U.Porto Inovação celebra 15 anos com “um minuto de inovação”

Um GPS sonoro, um método para combater o envelhecimento, novos tratamento para o cancro ou para a leishmaniose, ou um doseador de sal de última geração . Na última década e meia, estas foram apenas algumas das mais de 30 tecnologias inovadoras saídas das “mentes brilhantes” da Universidade do Porto, e é mostrando-as ao mundo que a U.Porto inovação comemora, esta segunda-feira, 15 anos de existência. “Um minuto de inovação” por semana é a proposta que a U.Porto Inovação preparou para dar a conhecer “as mentes brilhantes da Universidade do Porto e as inovações que vão mudar o nosso futuro. Tudo isto ao longo de uma série de 32 vídeos (alguns dos quais já disponíveis no Youtube) produzidos ao longo do último ano e que serão disponibilizados, a partir de 17 de abril, nas redes sociais da U.Porto (Facebook, LinkedIn, etc.). 15 anos a proteger o conhecimento "made in U.Porto" Estávamos em 2004 quando se tornou clara a necessidade de criar uma estrutura capaz de apoiar a proteção e a valorização do conhecimento produzido dentro da U.Porto. Havia que estar mais perto dos investigadores e ajudá-los a proteger o seu trabalho, aproximá-los do mundo empresarial e estimular o espírito empreendedor. Em cima desses pilares, foi lançada a U.Porto Inovação, na altura UPIN. Após a mudança da equipa reitoral em 2018, a tutela da U.Porto Inovação ficou a cargo de Helder Vasconcelos. Para o vice-reitor, “a inovação e o empreendedorismo são há muito reconhecidos como fatores determinantes para o crescimento económico”. Nesse sentido, considera que a U.Porto Inovação tem um “papel fundamental em assegurar que os resultados da inovação e empreendedorismo da U.Porto passam para o setor privado”. E o apoio da cadeia de valor da Universidade, promovendo a transferência de conhecimento, é uma das missões principais da U.Porto Inovação. A primeira comunicação de invenção da U.Porto data de 2003, ainda antes da criação do gabinete. Como era urgente encontrar maneiras de salvaguardar os interesses dos investigadores e da Universidade no que às invenções dizia respeito foi aprovado, em 2005, o primeiro Regulamento de Propriedade Intelectual da Universidade do Porto (RPIUP). Juntamente com a criação da U.Porto Inovação (um dos responsáveis pelo RPIUP), esta foi a pedra basilar para que se passasse a proporcionar aos colaboradores da U.Porto o acesso direto aos benefícios resultantes da valorização dos direitos de propriedade industrial. Desde então, a U.Porto Inovação já recebeu mais de 350 comunicações de invenção, provenientes de quase todas as faculdades da U.Porto. De 2003 até à data, foram submetidos perto de 500 pedidos de patente nacional e internacional, estando a Universidade perto de alcançar as 200 concessões de patente em territórios como Portugal, Europa, Estados Unidos, Japão, Rússia, entre outros. Hoje, a U.Porto Inovação gere um portfolio de mais de 300 patentes e pedidos de patentes, a que chama patentes ativas. Para Maria Oliveira, coordenadora do gabinete de 2008, os anos passados estão “repletos de motivos de orgulho” e este portfolio de patentes, gerido pela equipa, e algo inexistente na Universidade até à criação da U.Porto Inovação, é um deles. Prova disso é o facto de por mais que uma vez, em anos diferentes, a Universidade do Porto ter sido a universidade portuguesa que mais procura a patente. Em 2018, por exemplo, ficou em primeiro lugar tanto no pedido de patentes europeias como portuguesas. Apesar da importância da proteção da Propriedade Intelectual (PI), não menos fundamental é a valorização do conhecimento gerado na instituição. Ao longo dos anos foram várias as iniciativas da U.Porto Inovação pensadas com esse objetivo, como é o caso do Business Ignition Programme, que teve seis edições, ou o mais recente BIP PROOF que, com o apoio do Norte 2020, Portugal 2020, União Europeia e da Fundação Amadeu Dias, apoiou monetariamente 11 tecnologias com valores entre os 10 e os 20 mil euros, ajudando na construção de provas de conceito. Alavancar o empreendedorismo e chegar às empresas Além do apoio à proteção das invenções, a U.Porto Inovação também se tem dedicado ao apoio do empreendedorismo na comunidade académica. E isso pode acontecer em forma de acompanhamento pessoal e direcionado, na fase de uma simples ideia de negócio, ou do apoio a jovens empresas nascidas na Universidade. Em 2010 a Inovapotek tornava-se a primeira empresa a receber a chancela spin-off U.Porto, selo criado para identificar, validar e estimular a criação de empresas no seio da Universidade. Hoje em dia são já 80 as empresas chanceladas e o The Circle, grupo criado em 2016 para reunir os empresários em fóruns e debates, agilizando a troca de experiências entre si. Além disso, entre 2010 e 2016 a U.Porto Inovação organizou o iUP25k, iniciativa que atribuía 25.000 euros em prémios às melhores ideias de negócio da Universidade do Porto. Até 2016, ano da última edição, passaram pelo concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto perto de 300 ideias e mais de 700 participantes. De ressalvar também é o papel do gabinete no cumprimento da Terceira Missão da Universidade do Porto, isto é, o aproximar da comunidade académica ao tecido empresarial. Com o objetivo de apoiar o esforço de inovação das empresas, a U.Porto Inovação criou, em 2011, as sessões Academia to Business (A2B). A iniciativa promove encontros entre grupos de investigação e empresas, com o intuito de formar parcerias e já foram realizados mais de 40 fóruns, com mais de 1200 participantes. Sonae Retalho, Amorim, Galp, Forestis, Samsung, Grupo Trivalor, são alguns dos parceiros da U.Porto Inovação nesta iniciativa. Equipa focada em apoiar as missões da U.Porto Atualmente a U.Porto Inovação conta com dez colaboradores permanentes, mas recebe frequentemente prestadores de serviços, em regime de part-time, ao abrigo do programa UPinTech. Desde 2011 já passaram por esta iniciativa perto de 50 pessoas, às quais é proporcionada a oportunidade de contacto direto com os processos de PI, com inventores e empresas. Muitos destes colaboradores conseguiram, depois da passagem pela U.Porto Inovação, boas oportunidades de emprego. Maria Oliveira fala da equipa que lidera, tanto a permanente como a estagiária, como uma das principais razões para o sucesso de todas as iniciativas do gabinete: “O espírito de entreajuda, motivação e profissionalismo estão sempre presentes”, diz. No entanto, a vontade é sempre de continuar a fazer mais e melhor: “queremos chegar a toda a universidade e dar resposta atempada e adequada aos desafios de inovação que nos são colocados”, conclui.

Universidade do Porto é a mais inovadora em Portugal

Em 2018, as faculdades e institutos associados da Universidade do Porto emitiram 46 pedidos de patente portuguesa. Os dados, que constam do último relatório anual do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), confirmam o estatuto do da U.Porto como principal produtor de ciência e inovação em Portugal. Restringindo a análise às unidades orgânicas da U.Porto, só no ano passado, partiram dali 17 pedidos de patente nacional. A Faculdade de Engenharia destaca-se com nove pedidos, seguindo-se a Faculdade de Ciências, com três, e a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, com dois. As faculdades de Desporto, Medicina Dentária, Medicina e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) também entram nesta listagem, com um pedido por faculdade. Destes 17 pedidos de patente, a maioria (seis) centra-se na área da saúde e, com especial relevo, ni domínio dos dispositivos médicos. Os restantes dividem-se pelas áreas da Energia, ambiente e construção (cinco), Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (três), Transportes e Segurança (dois) e Biotecnologia, tecnologia alimentar e agricultura (um). Na comparação com as outras instituições de ensino superior nacionais, a U.Porto destaca-se no topo da tabela, ao lado da Universidade do Minho, ambas com 17 pedidos realizados como primeiro requerente. Ao pecúlio da instituição portuense há, contudo, que somar três pedidos na qualidade de co-requerente. Seguem-se as universidades de Coimbra e da Beira Interior (UBI) e o Instituto Politécnico de Leiria, com 10 pedidos, a UTAD e a Universidade de Aveiro, com nove; o Instituto Superior Técnico (IST), com sete; a Universidade do Algarve e o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), com seis, a Universidade Nova de Lisboa, com cinco; a Universidade Católica Portuguesa, com quatro; a Universidade de Lisboa e a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, com três, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e o Instituto Politécnico de Bragança )IPB), com dois, e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo e o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), com um pedido realizado. Liderança absoluta Mas se o contributo das faculdades bastaria para confirmar a liderança da U.Porto, os números ganham outra dimensão quando a análise é alargada aos centros de investigação e institutos associados da Universidade. Neste cenário, o número de patentes “made in U.Porto” sobe para 46, fruto dos contributos do INESC TEC (12 pedidos), do i3S -Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (11 pedidos) e do CIIMAR (6). Com estas 46 patentes, a U.Porto assume mesmo a liderança absoluta entre as instituições que mais pedidos de invenção nacionais realizaram em 2019, superando a Bosch Car Multimedia Portugal (26). O relatório estatístico do INPI relativo a 2018 pode ser consultado aqui.

U.Porto continua caminho de sucesso na liderança da inovação

 “A inovação e o empreendedorismo são há muito reconhecidos como fatores determinantes para o crescimento económico”. São palavras de Helder Vasconcelos, vice-reitor da Universidade do Porto e responsável, desde 2018, pela U.Porto Inovação. Passando o ano em revista, o vice-reitor acredita que o gabinete tem um “papel fundamental em assegurar que os resultados da inovação e empreendedorismo da U.Porto passam para o setor privado”, refere. E 2018 foi, efetivamente, mais um ano de consolidação da missão da U.Porto de não só proteger mas também valorizar o conhecimento produzido na instituição. As patentes ativas, cujo portfolio é gerido pela U.Porto Inovação, chegaram a 297, tendo sido feitos, só em 2018, 22 novos pedidos de prioridade de patente em território nacional. Este número colocou a Universidade do Porto no topo, fazendo com que, segundo o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, fosse a Universidade nacional com mais pedidos de patente em Portugal: um total de 46 pedidos feitos pelas faculdades da U.Porto e pelos Institutos Associados INESC TEC, i3s e CIIMAR. Além disso, a Universidade do Porto (no conjunto Faculdades e Institutos Associados) ficou também em primeiro lugar do ranking de pedidos de patente europeia, com um total de 17 pedidos. Os números, que constam do último relatório anual do European Patent Office (EPO), reforçam o estatuto da U.Porto como um dos principais motores de inovação a nível nacional. Englobando outros territórios, foram submetidas, ao todo, 33 pedidos de patente internacional para a Universidade do Porto em 2018. De ressalvar também são as patentes concedidas durante o ano passado, que totalizam 43 entre nacionais e internacionais. Atualmente, a U.Porto conta já com 26 patentes concedidas nos Estados Unidos, 94 em território Europeu, 4 no Japão, entre outras em diferentes territórios espalhados pelo mundo. No que diz respeito a Portugal, as concessões são 59. Proteger é fundamental. Mas ajudar a valorizar e a capacitar também. Com isso em mente, a U.Porto Inovação lançou o programa BIP PROOF com o apoio da Fundação Amadeu Dias e do projeto U.Norte Inova (um projeto financiado pelo Norte2020, Portugal 2020 e União Europeia). A iniciativa, criada para providenciar fundos monetários para a construção de provas de conceito, apoiou um total de 11 tecnologias com valores entre os 10 e os 20 mil euros para cada. Apoiar o empreendedorismo e ouvir os parceiros Além do apoio à proteção das tecnologias desenvolvidas na Universidade, a U.Porto Inovação também se tem dedicado ao apoio do empreendedorismo na comunidade académica. E isso pode acontecer em forma de acompanhamento pessoal e direcionado, na fase de uma simples ideia de negócio, ou do apoio a jovens empresas nascidas na Universidade, com o selo spin-off U.Porto. Durante o ano de 2018, 21 novas empresas receberam a chancela, e o The Circle passou a contar com 76 membros. Este clube, que desde o início é apoiado pelo Santander Universidades, tem agora também a Porto Business School como parceiro. Falando ainda de empreendedorismo, 2018 foi o ano de lançamento do Entreprenow, um evento para apoiar o empreendedorismo e a inovação de base tecnológica colocando inovadores e investigadores debaixo do mesmo teto. Com o apoio do Santander Universidades, a primeira edição contou com oradores como Ken Singer (Sutardja Center for Entrepreneurship and Technology e Josemaria Siota (IESE Business School) e reuniu mais de 100 pessoas. Ainda nesta missão, a U.Porto Inovação, em conjunto com as Universidades de Aveiro e Minho e com o apoio do projeto NOE- Noroeste Empreendedor (financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia), ajudou a lançar o Observatório do Empreendedorismo. O objetivo é estudar e discutir a evolução do ecossistema de empreendedorismo na região norte do país, medir o efeito da “Terceira Missão” de cada Universidade e reunir informação que ajude a melhorar as práticas da área no futuro. Foi criado também o Innovation Advisory Board (IAB) da Universidade do Porto, um novo órgão consultivo constituído por profissionais com uma larga experiência nos campos da inovação e empreendedorismo, a par de um forte conhecimento das realidades universitária e empresarial. O IAB é composto por 15 membros e será não só consórcio de aconselhadores para a inovação, mas também um parceiro estratégico, atento à eficácia das ações que venham a ser implementadas.  Finalmente, mas não por último, é de ressalvar a continuação das sessões A2B, que já são um habitué na atividade da U.Porto Inovação. Em 2018 tiveram lugar três encontros entre academia e indústria, sendo que dois deles foram fora da U.Porto – nas instalações da TMG Automotive e nas do CeNTI – e a outra aconteceu durante a FINDE.UP, a feira de emprego da Universidade do Porto. Esta é uma forma de promover e melhorar a 3ª missão da Universidade, que consiste numa maior aproximação da mesma à indústria, bem como por uma mais eficaz valorização económica e social do conhecimento gerado na Universidade. Ao todo, desde 2011, já passaram pelas sessões A2B mais de 1200 participantes, entre membros da Universidade e de empresas. Como refere Maria Oliveira, coordenadora do gabinete, é uma verdadeira honra para a equipa “manter a inovação como um dos pilares principais da Universidade do Porto, promovendo o seu conhecimento e competências, mas principalmente a sua talentosa comunidade”. Para o futuro só se pode esperar a continuidade desta missão de “transformar o conhecimento em produtos inovadores, serviços e modelos de negócio com potencial para beneficiar a sociedade”, conclui. A brochura da U.Porto Inovação em números, referente ao ano de 2018, está disponível para consulta aqui. 

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