BIP PROOF está de volta para financiar projetos inovadores

Esta é a quinta vez que o programa BIP PROOF, iniciativa da U.Porto Inovação, vai disponibilizar verba para financiar projetos inovadores na execução de provas de conceito. Serão, ao todo, seis os projetos financiados nesta edição de 2022/2023, e cada um vai receber até 10 mil euros. O principal objetivo do BIP PROOF é apoiar projetos de provas de conceito que visem estimular a concretização de etapas de valor conducentes à valorização de resultados de investigação promissores. Para tal, os projetos a apoiar procederão à realização de protótipos de viabilidade técnica, ensaios in-vitro/in-vivo, estudos de viabilidade e de mercado ou outras atividades que acrescentem valor a estes resultados e aumentem a sua atratividade, para serem depois transferidos para empresas ou para darem origem à criação de empresas spin-off.  Como já vem sendo habitual nas últimas edições, também esta conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias, do Santander Universidades e da J.Pereira da Cruz. Adicionalmente, o BIP PROOF 2022/2023 é apoiado pelo UI-TRANSFER, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020.  As candidaturas para a edição 2022/2023 estão abertas na plataforma Santander X até ao dia 7 de novembro. Podem consultar aqui as linhas orientadoras desta edição. Para esclarecimento está disponível o email: bip@reit.up.pt Os projetos a concurso podem vir de todas as áreas de investigação da Universidade do Porto (incluindo entidades participadas), desde que cumpram alguns requisitos, como por exemplo, a garantia de que a propriedade intelectual anterior ou futura das invenções concorrentes pertença à Universidade do Porto ou entidades participadas. É necessário também que apresentem um objetivo claro com resultados bem definidos (prova de conceito experimental, protótipos a validar laboratorialmente ou em ambiente industrial) e que conduzam ao desenvolvimento ou clarifiquem a viabilidade de novos produtos, processos ou serviços, com aplicação bem definida. Por fim, mas não por último, os projetos candidatos devem evidenciar que o apoio obtido no âmbito da iniciativa BIP PROOF terá um impacto significativo na sua aproximação ao mercado, bem como devem garantir o compromisso da equipa envolvida em apoiar essa comercialização. Com base nas candidaturas apresentadas, a U.Porto Inovação irá proceder à análise das propostas e seriar os projetos mediante avaliação da documentação entregue. Os resultados serão anunciados neste website. Sobre o BIP PROOF O BIP PROOF arrancou em 2018 e, desde então, mais de 20 invenções receberam financiamento, partindo da avaliação de dezenas de candidaturas. Na primeira edição, que aconteceu no âmbito do projeto U.Norte Inova, seis projetos receberam, cada um, 20 mil euros para impulsionar provas de conceito. Ainda nesse ano, a Fundação Amadeu Dias (FAD) passou a ser o apoio principal da iniciativa, e outras quatro ideias inovadoras receberam 10 mil euros cada um. Já em 2019, e repetindo a fórmula de sucesso com a FAD, quatro projetos de investigação receberam financiamento. Já na edição de 2020, o programa passou a contar também com o apoio do Santander Universidades, financiando-se seis projetos, num investimento de 60 mil euros. A última edição recebeu perto de 40 candidaturas, e foram cinco os projetos financiados pelo programa. A J.Pereira da Cruz juntou-se aos parceiros do BIP PROOF, participando também da avaliação dos candidatos. Os vencedores desta edição 2021 serão apresentados numa sessão pública no próximo dia 3 de novembro, na UPTEC. Mais informações em breve. O BIP PROOF é, e tem sido, uma das maneiras de a U.Porto Inovação apoiar, e procurar valorizar, o que de melhor se faz na investigação da Universidade do Porto. A edição 2022/2023 tem o apoio do UI-Transfer, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020. Conta também com o apoio da Fundação Amadeu Dias, do Santander Universidades e da J.Pereira da Cruz.  

U.Porto representada em força no evento BIOMEET

Após dois anos de interrupção, o Biomeet, encontro anual do setor de Biotecnologia, regressou, enquadrado nas comemorações da Semana Europeia de Biotecnologia. Entre as tecnologias presentes e apresentadas, houve uma forte presença da Universidade do Porto, que se viu representada com sete projetos. Uma das atividades dos dois dias de evento foi o Biomeet Invest, que contou com a presença de investidores (nacionais e internacionais), interessados em conhecer o sistema biotecnológico português e, eventualmente, investir em startups promissórias nesta área. Assim, o projeto REGENERA, da investigadora Ana Colette Maurício (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) e a spin-off U.Porto FASTinov, fundada pela investigadora Cidália Pina Vaz (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) subiram, neste contexto, ao palco da conferência. REGENERA é um projeto de investigação focado em células estaminais. Surgiu quando a equipa do ICBAS (Ana Colette Maurício na foto, à direita) foi confrontada com o dado de que perto de um terço dos cavalos de corrida termina a sua jornada com uma lesão grave que, na maior parte dos casos, nem a cirurgia consegue resolver. Partindo desse problema, o grupo de investigação começou a testar o uso de células estaminais e terapias celulares para promover a regeneração dos tecidos danificados, de modo a possibilitar uma cura mais rápida e eficiente, e permitindo que o cavalo volte a correr. Também na área da saúde, a FASTinov é uma empresa spin-off da Universidade do Porto que lançou no mercado um kit de diagnóstico clínico que promete revolucionar a forma como os médicos prescrevem antibióticos. Permite determinar, em apenas 60 minutos, a suscetibilidade das bactérias aos antibióticos, aumentando a rapidez e eficiência do tratamento prescrito aos doentes que sofrem graves infeções. O novo kit, desenvolvido por investigadores da FMUP, foi patenteado com o apoio da U.Porto Inovação e licenciado pela Universidade do Porto à FASTinov. Nuno Afonso, na foto, à esquerda, representou a spin-off no Biomeet.   Um catálogo recheado de ideias “made in U.Porto” Do catálogo de projetos presentes no evento constam também equipas da Universidade do Porto. São elas NextON (que participou no iUP25k, organizado pela U.Porto Inovação), Filter Cork e Vine2Fuel (ambos participantes da iniciativa BIP Acceleration) e BBIT20 e Skin Guard53, dois projetos de investigação liderados por Lucília Saraiva, da Faculdade de Farmácia da U.Porto, tendo sido o primeiro financiado numa edição anterior do programa BIP PROOF, também iniciativa da U.Porto Inovação. O composto BBIT20 é, como refere a investigadora da FFUP, “o primeiro supressor da recombinação homóloga capaz de inibir a interação BRCA1/BARD1”. Explicado de forma mais simples: a BR a BRCA1 é uma "proteína supressora tumoral com um papel chave na reparação de danos no DNA", explica Lucília Saraiva. Assim, a inibição da interação BRCA1/BARD1 conduz à perda de função da BRCA1 e à acumulação de erros nas vias de reparação do DNA. Em contexto clínico, a contínua reparação do DNA nos tumores está associada a quimioresistência e, portanto, ao insucesso das terapêuticas oncológicas. "Dados pré-clínicos em células tumorais de pacientes e em modelos animais comprovam o elevado potencial terapêutico desta molécula em cancros da mama e do ovário, principalmente quando comparado com o de outros agentes supressores da reparação de danos no DNA utilizados na clínica", refere a investigadora. Com base nos resultados obtidos, BBIT20 poderá representar um contributo muito valioso para a terapêutica personalizada destes cancros. FilterCork, das investigadoras Ariana Pintor e Mariko Carneiro é uma forma de ratamento eficiente e sustentável de águas contaminadas com arsénio, utilizando granulados de cortiça. Já Vine2Fuel consiste em tratar e olhar para extratos de resíduos da poda da vinha, ricos em antioxidantes naturais, como uma alternativa sustentável para o futuro dos biocombustíveis. O projeto é de Andreia Peixoto, Elena Surra, Manuela Moreira e Olena Dorosh. Por fim, mas não por último, também o projeto NextON Biosciences marcou presença na iniciativa Biomeet. Liderado por Ana Martins, Ana Pego, Ana Spencer, Pedro Moreno e Sofia Santos, todos eles investigadores do grupo «NanoBiomaterials for Targeted Therapies» do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3S), o NextON Biosciences visa o desenvolvimento de “uma ferramenta terapêutica inovadora baseada em RNA, com uma eficácia sem precedentes para o tratamento de cancros cerebrais agressivos”. O projeto ficou em segundo lugar no concurso iUP25k 2022. O Biomeet 2022 teve lugar em Oeiras nos dias 19 e 20 de setembro. É organizado pela P-BIO, a Associação Portuguesa de Bioindústria. Fotografias: Biomeet

U.Porto alcança as 75 patentes concedidas em Portugal

  É oficial. A Universidade do Porto está cada vez mais perto da centena de patentes concedidas em Portugal. Em 2021 foram nove as tecnologias que passaram a estar protegidas em território nacional, totalizando, agora, 75 patentes concedidas. As tecnologias são das mais diversificadas áreas de investigação e dividem-se entre quatro faculdades da U.Porto: Ciências (FCUP), Engenharia (FEUP), Farmácia (FFUP) e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Área da saúde domina patentes concedidas em 2021 Sem nenhuma hierarquia ou pódio, seguimos a ordem cronológica para conhecer melhor estas tecnologias, começando pelas relacionadas com a área da saúde. Logo a abrir o ano as tecnologia “D-scan”, desenvolvida na FCUP por uma equipa liderada por Helder Crespo e “Vaccine for immunocompromised hosts”, do ICBAS, alcançaram a conquista da proteção em território nacional. A primeira invenção consiste numa tecnologia de laser ultrarrápida que permite medir e controlar impulsos laser ultra-curtos com durações próximas dos 3 femtosegundos (1 femtosegundo = 0,000 000 000 000 001 segundos). As utilizações dos lasers ultra-curtos controlados vão desde a terapia e diagnóstico avançados em oftalmologia até ao processamento de materiais com alta precisão e este aparelho único permite também melhorar o modo como se constroem novos lasers. Esta tecnologia está também concedida nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia, Singapura e em cinco países europeus. Já a vacina – pensada e desenvolvida no ICBAS pela equipa de Paula Ferreira da Silva - é a primeira vacina eficaz na prevenção de infeções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, incluindo multirresistentes, com o objetivo de abranger toda a população desde recém-nascidos até idosos. Só no ano passado, além de Portugal, a invenção foi concedida em mais 39 países europeus, acrescentando às já alcançadas concessões no Japão, Índia, Hong Kong, China, Canadá e Estados Unidos em anos anteriores. Continuando na área da saúde, em fevereiro foi a vez de uma tecnologia também do ICBAS alcançar a concessão de patente nacional. Falamos da investigação liderada por Marco Alves, que promete trazer uma nova esperança a quem enfrenta problemas de fertilidade. A “mTOR Enhacers and uses thereof to improve sperm quality and function during storage” passa por melhorar o modo de preservação dos espermatozoides, através de uma nova utilização de um composto, descoberta no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) pela mente de cinco cientistas. E em abril foi a vez da “Bio-functionalized prosthetic structure with core-shell architecture for partial or total repair of human tendons or ligaments”, de uma equipa multidisciplinar liderada pela investigadora Maria Ascensão Lopes, da FEUP. Falamos de uma inovadora forma de tratar lesões em tendões e ligamentos, para a qual a equipa desenvolveu estruturas fibrosas biocompatíveis capazes de mimetizar o desempenho mecânico in vivo de alguns tendões/ligamentos. Essas estruturas podem ser usadas “como dispositivo prostético e substituir parcialmente a função do tendão ou ligamento”. “Process for production of 2-phenylethanol by a selected acinetobacter soli strain and uses thereof” é um dos resultados de duas décadas de trabalho da equipa liderada por Luísa Peixe, da Faculdade de Farmácia. As cientistas têm se dedicado ao estudo da resistência aos antimicrobianos em diversos nichos (clínico, ambiental, animal) e durante o desenvolvimento de alguns trabalhos com bactérias de origem ambiental, foram surpreendidas por uma cultura bacteriana com um “agradável cheiro a rosas”, descrevem. Com o apoio de investigadores de outras unidades, e com uma curiosidade bastante aguçada, puseram mãos à obra para deslindar o produto e a via de produção do aroma. “Verificou-se assim que o isolado, pertencente ao género Acinetobacter, apresentava uma via metabólica (existente em muito poucos microrganismos, na sua maioria fungos) que lhe permitia produzir o composto designado por 2-feniletanol (2-PE) e que é responsável pelo aroma a rosas”, contam as cientistas, acrescentando que várias “empresas de produção de aromas têm mostrado interesse”. Segundo Luísa Peixe, a concessão da patente portuguesa e a possibilidade do uso da tecnologia pela indústria fez a equipa “olhar para a coleção bacteriana e pensar que é possível aproveitá-la em benefício de todos”, diz. Fechando a área da saúde, a tecnologia Bodygrip, desenvolvida na Faculdade de Engenharia da U. Porto, foi concedida em Portugal já no final do ano, em dezembro. Saiu da mente de um grupo de investigadores da FEUP, atualmente liderado por Teresa Restivo e trata-se de um dispositivo capaz de medir forças de compressão e tração e sua energia gasta associada. Permite medir diretamente a força de preensão manual e, substituindo acessórios específicos, também permite medir forças de um ou vários grupos musculares individuais. Além de Portugal, esta invenção também está concedida nos Estados Unidos, Espanha e Itália.   Melhorar comunicações e investir na eficiência energética Saindo um pouco da área da saúde, falemos agora de três tecnologias inovadoras que, um pouco como todas as outras, têm como objetivo melhorar a nossa qualidade de vida seja em casa ou fora dela, em eventos e outros. A invenção “Method and device for live-streaming with opportunistic mobile edge cloud offloading” ou Iris, como lhe chamam os investigadores, foi concedida em julho de 2021. “Tem como objetivo melhorar as comunicações em ambientes com uma grande densidade de pessoas, como eventos desportivos ou concertos”, descreve o investigador Rolando Martins (FCUP). Para isso ser possível, a equipa de investigação criou um software capaz de gerir a carga entre servidores que, ao mesmo tempo, é capaz de identificar qual o meio mais apropriado para distribuir conteúdos para cada utilizador nestes cenários. A grande inovação desta tecnologia, refere Rolando Martins, é a “utilização de recursos que até agora não eram explorados, mais concretamente tirar partido dos recursos dos telemóveis dos utilizadores que estão a usar o sistema”, refere. Assim, ao contrário do que acontece habitualmente, onde todos os clientes são suportados exclusivamente por uma infraestrutura de comunicações, a equipa da FCUP tornou possível que os telemóveis comuniquem diretamente entre si e que partilhem informação. A Iris consegue reduzir a carga das infraestruturas de comunicação “até 12 vezes, mostrado em testes laboratoriais”, conclui. Manter uma temperatura agradável nas nossas casas é uma parte essencial do nosso conforto. Contudo, esta comodidade rapidamente se torna dispendiosa. Um grupo de investigadores da Universidade do Porto, liderado por Szabolcs Varga (FEUP e INEGI), desenvolveu uma nova forma de garantir o conforto nas nossas casas a um custo muito menor que as soluções atuais. A inovação desta equipa consiste, então, na invenção de um sistema de arrefecimento que inclui um ejetor com geometria variável (isto é, que se adapta ao ambiente frio ou quente), o que só por si já á “atraente pela simplicidade estrutural, baixo custo inicial, longa vida útil e relativa flexibilidade em termos de seleção de refrigerante”, explica o investigador. Por fim, mas não por último, e mantendo o foco na eficiência energética e térmica, a “Parede térmica, maciça e homogénea de blocos vazados solidarizados in situ”, também desenvolvida na Faculdade de Engenharia da U.Porto. O investigador Lino Maia descreve-a como “uma tecnologia híbrida para a execução de uma parede simples, maciça e homogénea, de fácil e rápida execução e de elevada eficiência térmica para edifícios”. A parede é composta por blocos leves pré-fabricados com betão ultra leve e não necessita de argamassa para ligar os blocos. Estes são encastelados e, de seguida, para solidarizar a parede, os vazios dos blocos são preenchidos com o mesmo material com que os mesmos são fabricados. Como refere Lino Maia, a partir de 20 cm de espessura o isolamento térmico pode ser dispensado: “As pontes térmicas são evitadas porque os conectores não estão nas extremidades dos blocos e como tal o enchimento do interior da parede faz a rotura térmica nas extremidades dos blocos”, conclui.   Mais de uma década a proteger o que de melhor se faz na U.Porto Desde a criação da U.Porto Inovação, unidade da U.Porto que se dedica à proteção e valorização do conhecimento produzido na Universidade, já foi alcançado um total de 75 patentes nacionais concedidas, ao qual se juntam mais de 250 patentes internacionais. A primeira patente portuguesa da U.Porto foi concedida em 2005.

Estudantes da U.Porto lideram equipas vencedoras da EIA 2022

Chama-se MetaFitGame e promete ser “a aplicação de fitness móvel mais divertida alguma vez vista”. A ideia nasceu da visão e inspiração de uma equipa liderada por Tiago Neves, estudante do Programa Doutoral em Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e está na base de um dos dez melhores projetos de startups criados durante a European Innovation Academy (EIA) 2022, a maior academia de empreendedorismo digital do mundo, que decorreu, entre 17 de julho e 5 de agosto, na FEUP e na Faculdade de Economia da U.Porto (FEP). Desenvolvida por Tiago (CPO Chief Product Officer) - na foto, à direita - e por mais quatro estudantes de várias nacionalidades, a “MetaFitGame” – que foi também um dos três ideias premiadas na categoria “500 Startups” – quer “colocar as pessoas a fazer desporto de forma divertida, transformando o exercício físico num jogo”. Para isso, a equipa pretende fazer lucros vendendo avatares personalizado por cerca de três dólares. “Foram três semanas foram muito cansativas mas, no fim, sentimo-nos muito gratos por ter ganho”, sintetiza o estudante da FEUP, sobre a experiência vivida durante a EIA 2022. A acompanhar Tiago Neves nesta “maratona” de empreendedorismo esteve Joanna Falisi, estudante da Iona College (EUA). Em jeito de balanço, a CEO da MetaFitGame classifica a sua primeira participação na EIA como “uma experiência fantástica, que nos levou a percorrer todos os passos necessários para a criação de um negócio”. Para além disso, “foi excelente conhecer novas pessoas e formar contactos com mentores e pessoas dos outros grupos”. “Tendo vindo de uma escola muito competitiva, não esperava ter sido tão bem recebida e ver as minhas ideias ouvidas e bem aceites”, realça por sua vez Maria Romano, estudante da UC Berkeley. Mais curto foi o caminho percorrido desde França até ao Porto por Baptiste Viera, estudante da Université de Technologie de Compiègne e da ÉTS – École de technologie supérieure (Canadá). “Foram três semanas fantásticas e nas quais aprendi muito. Foi espetacular!”, sentencia o CTO da startup que começou a dar os primeiros passos no Porto. Pensos cirúrgicos low cost Também o projeto Btreated (na foto, abaixo), que conta com o envolvimento de duas estudantes da Universidade do Porto, foi finalista desta edição da European Innovation Academy. A ideia partiu da visão de Ana Catarina Ribeiro, estudante de doutoramento na Faculdade de Ciências da U.POrto (FCUP), e consiste em pensos cirúrgicos que indicam quando uma ferida está infetada. “Quando existe probabilidade de infeção a cor do penso torna-se cor de rosa, alertando assim que é necessário desinfetar”, explica a jovem empreendedora. O sistema baseia-se em medição de pH e permite “poupar tempo, dinheiro e energia”, garante a também CTO da equipa. Além de Ana Catarina Ribeiro, também Joana Mariz, estudante de licenciatura na Faculdade de Economia da U.Porto (FEP), fez parte do projeto, enquanto CMO. Na equipa multidisciplinar estavam ainda presentes participantes do Reino Unido e da Finlândia. As estudantes da U.Porto descrevem a EIA como “três semanas extremamente intensas mas com muito trabalho e uma equipa incrível, onde o espírito de entreajuda e companheirismo é único”. Para além da presença entre as equipas finalistas, a Btreated foi ainda premiada com um workshop com a Milton New Nordics, que garante mentoria de uma especialista.   Kit para refeições "on the go" Ana Presa, estudante de licenciatura em gestão na FEP fez parte de outra das equipas premiadas na EIA 2022. O projeto chama-se Utensoul e consiste num kit compacto, leve e portável, que contém garfo, faca, colher e o seu próprio sistema de lavagem. “Com este produto conseguimos ter, sempre e em qualquer lugar, um conjunto de utensílios prontos a utilizar. Foi desenhado com a intenção de venda a qualquer pessoa “on the go”, especialmente estudantes, campistas e “hikers”, explica a estudante. Da equipa (na foto, à direita) faziam ainda parte dois empreendedores americanos, um francês e mais um português, do Instituto Superior de Engenharia (ISEP). Também o Utensol receberá mentoria da Milton New Nordics e os próximos passos serão desenvolver o protótipo do produto. Para Ana Presa, a European Innovation Academy foi uma experiência “inesperada”. “Não contava que fosse tão enriquecedor nem que me ensinasse tanto em tão pouco tempo. As lectures e os keynotes foram dos pontos altos, assim como a ligação que a equipa criou para resolver os problemas que foram surgindo”, diz, acrescentando que recomendaria a experiência a “qualquer pessoa proativa que se sinta pronta para três semanas desafiadoras”.   Três semanas de "pura excitação, trabalho árduo e desenvolvimento de grandes ideias" Para além da MetaFitGame, da Btreated e da Utensoul, a EIA 2022 premiou mais sete projetos desenvolvidos por alguns dos mais de 500 participantes daquela que foi a primeira de cinco edições do evento que vão decorrer na cidade do Porto, até 2026. “Agradeço à EIA Porto 2022 por aceitar o desafio de organizar a Academia aqui no Porto, um evento que nos dá a oportunidade de conhecer melhor o nosso ecossistema de inovação e empreendedorismo”, destacou Joana Resende, Vice-Reitora da Universidade do Porto, durante a cerimónia de encerramento do evento. Perante um auditório da FEUP que reuniu os futuros empreendedores e os diferentes parceiros da EIA Porto 2022, a responsável pelas áreas do Empreendedorismo, Valorização do Conhecimento e Planeamento Estratégico da U.Porto destacou o sucesso da iniciativa, traduzido em três semanas de “pura excitação, trabalho árduo e desenvolvimento de grandes ideias para desenvolver os grandes problemas que enfrentamos nos dias de hoje”. Já Inês Oom de Sousa, presidente da Fundação Santander, que há seis anos apoia a EIA, destacou o crescimento do número de alunos portugueses participantes do programa nos últimos anos. Ricardo Marvão, Co-fundador e Head of Growth da Beta-i, destacou por sua vez o desafio de criar uma startup em apenas três semanas. “Como vos disse no primeiro dia da EIA, foi difícil, mas não foi impossível.” “Espero que levem daqui grandes experiências para o vosso futuro como empreendedores”, declarou ainda Paulo Calçada, Administrador Executivo da Porto Digital. A EIA Porto 2022 decorreu entre os dias 17 de Julho e 5 de Agosto e contou com a Universidade do Porto, Fundação Santander, Beta-i e Câmara Municipal do Porto como principais parceiros numa organização que envolveu também a Google, a Universidade de Berkeley e a Galp como Energy Partner. O programa continuará a realizar-se na cidade invicta nos próximos quatro anos.   Sobre a European Innovation Academy Criada na Estónia, a European Innovation Academy nasceu em 2011 a partir de uma organização sem fins lucrativos presidida por Alar Kolk, cujo percurso académico e profissional o levou a Silicon Valley e à Universidade de Stanford, na Califórnia. Depois de ter passado por países e regiões como Hong Kong, Itália ou Qatar, a EIA está presente em Portugal há cinco anos, onde, na primeira edição, contou com um total de 400 participantes. Número que chegou aos 500 na terceira edição e que foi superado nesta primeira edição realizada no Porto. “A nossa expectativa é que venham os estudantes das melhores universidades do mundo na área económica e que os nossos estudantes tenham a oportunidade de conviver com eles e de interagir com alguns dos maiores e mais inovadores empresários do mundo. E que, deste, caldo possam nascer as condições para que haja mais empreendedores e mais inovação em Portugal”, destacou o Reitor da U.Porto, António de Sousa Pereira, durante a cerimónia de apresentação do evento, realizada em fevereiro passado. Na mesma ocasião, Alar Kork, fundador e presidente da EIA, não escondia o entusiasmo pela instalação do programa na Invicta. “O Porto é um marco para nós. O Porto vai ser ser a futura capital da inovação e é por isso que queremos cá estar”, destacou o responsável.   Notícia escrita em conjunto com o Gabinete de Comunicação e Imagem da Universidade do Porto (Tiago Reis).

ADYTA vai participar na criação de infraestrutura de comunicação quântica europeia

A Adyta, uma empresa spin-off da Universidade do Porto incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, está a desenvolver a primeira infraestrutura de comunicação quântica ultrassegura em Portugal (PTQCI), que será parte da Infraestrutura Europeia de Comunicação Quântica (EuroQCI). A PTQCI é o primeiro segmento da rede europeia de comunicações quânticas em Portugal e foi atribuído pela Comissão Europeia ao consórcio integrado pela Adyta. O projeto é a contribuição nacional para a Infraestrutura Europeia de Comunicação Quântica, a futura infraestrutura de comunicação quântica comum em toda a Europa. A PTQCI irá implementar a uma infraestrutura de comunicação quântica ultrassegura a nível nacional, através de ligações terrestres, ao mesmo tempo que pretende preparar a conexão espacial, usando tecnologias de criptografia quântica como a Quantum Key Distribution (QKD). “É com muita satisfação e honra que participamos em mais um projeto reconhecido a nível europeu que permitirá a construção de uma infraestrutura tão importante e inovadora. Estarmos, uma vez mais, como parte de um projeto desta natureza, é o resultado do fantástico trabalho da equipa da ADYTA e do grande foco que colocamos no desenvolvimento de soluções inovadoras. Estamos a participar na construção do futuro das telecomunicações e motiva-nos muito.”, afirma Carlos Carvalho, CEO da ADYTA. O desenvolvimento da infraestrutura, que começará em 2023, está sob a coordenação do Gabinete Nacional de Segurança, em sinergia com a Deimos Engenharia. O consórcio é composto pelas mais relevantes organizações públicas e privadas portuguesas nas tecnologias de Telecomunicações e Segurança: Gabinete Nacional de Segurança, Deimos Engenharia, IP TELECOM, AlticeLabs, Instituto de Telecomunicações, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Investigação e Desenvolvimento, ADYTA, Instituto Superior Técnico, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Warpcom, Omnidea, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Instituto Português da Qualidade e Instituto Português Quantum. A startup da UPTEC participa no consórcio que vai implementar uma infraestrutura de comunicação quântica ultrassegura a nível nacional e que, posteriormente, fará parte da Infraestrutura Europeia de Comunicação Quântica. Notícia escrita pelo serviço de comunicação e imagem da UPTEC.

BIP Acceleration distingue tecnologia inovadora para "criar" órgãos humanos

    A UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto recebeu, no passado dia 21 de julho, a final da 1.ª edição do BIP Acceleration, o programa de aceleração de projetos de valorização de resultados de investigação da U.Porto. O primeiro prémio, no valor de 5 mil euros, foi atribuído à Orgavalue, um projeto na área da bioengenharia que propõe uma tecnologia inovadora para criar novos órgãos humanos, com potencial de aplicação no tratamento e diagnóstico de doenças. A edição deste ano do BIP Acceleration distinguiu ainda os projetos GENESIS (2.º lugar) e OceanCare (3.º lugar). O primeiro consiste num “sistema inovador, capaz de produzir e simultaneamente armazenar H2 verde, fornecendo energia on-demand”. Já o segundo propõe um novo método para “pincelar os barcos com revestimentos anti-incrustantes e anti-oxidantes benignos para os oceanos”. Este concurso aconteceu no âmbito do UI-CAN, um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu, União Europeia. O UI-CAN é liderado pela Universidade de Aveiro, contando ainda com o envolvimento da Universidade da Beira Interior, a Universidade do Porto, a Universidade do Minho/TecMinho, a Universidade de Coimbra, a Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro e a Universidade de Évora.   Notícia escrita por Notícias U.Porto

Karion Therapeutics é o grande vencedor do concurso UI-CAN!

A Universidade da Beira Interior foi a anfitriã do o 1.º Evento Nacional do projeto UI-CAN Universidades como Interface para o Empreendedorismo, com o intuito de dar a conhecer as ideias de negócio que têm beneficiado das diferentes iniciativas promovidas pelas sete universidades que integram o consórcio. Os projetos Karion Therapeutics, Kindology e P4Regenera foram distinguidos na Mostra Nacional de Ideias de Negócio. No período da manhã, a após a apresentação do projeto e dos resultados já alcançados, as sete equipas vencedoras dos concursos de ideias de negócio de cada universidade parceira do UI-CAN subiram ao palco para defender ao seu projeto perante um júri constituído pela Agência Nacional de Inovação, o NEST Centro de Inovação do Turismo e a Demium.   A ideia vencedora “Karion Therapeutics”, da Universidade do Minho, foi apresentada por Marta Costa, uma das promotoras, que trabalhou em conjunto com Fátima Baltazar, Fernanda Proença e Teresa Dias Coelho no desenvolvimento do projeto. O mesmo consiste numa molécula promissora para tratar o cancro renal, que pode beneficiar das vantagens associadas à designação de “medicamento órfão”, nomeadamente regulamentares e relacionadas com os requisitos necessários para os ensaios em humanos. Subiram ainda ao pódio os projetos “Kindology,” da Universidade de Aveiro e “P4Regenera”, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Kindology é uma marca e comunidade de impacto social dedicada a tornar a saúde mental acessível a todos, através de uma metodologia inspirada em Robin Hood que gera fundos para apoiar comunidades e populações desfavorecidas a partir da prestação de serviços de saúde mental em empresas. João Costa, um dos promotores da equipa, referiu que “de acordo com os dados obtidos pela Organização Mundial de Saúde, que identificam um ROI de 4€ por cada 1€ investido em saúde mental, o modelo designado de “Social Responsibility-as-a-Service” coloca a Kindology ao lado de grandes empresas na resolução conjunta dos problemas de saúde mental. Já o P4Regenera propõe um produto regenerador e biodegradável para o tratamento de lesões cutâneas graves em cães e gatos. Para a investigadora Maria dos Anjos Pires “mais do que cicatrizar, este produto estimula e acelera os mecanismos de regeneração tecidular dos animais. Ao ser aplicado na ferida e absorvido, diminui a frequência da mudança de penso e, consequentemente, a produção de lixo e desperdícios em contexto clínico. Por outro lado, contribui para a diminuição da pegada ecológica no que diz respeito ao uso de antibióticos e antisséticos habitualmente utilizados no tratamento deste tipo de feridas”.  Para além desta mostra, o evento contemplou ainda a dinamização de uma mesa redonda, subordinada ao tema “Inovação na promoção do empreendedorismo”, na qual estiveram presentes Diogo Gomes Araújo (Agência Nacional para a Inovação), José Rui Soares (BTEN Consulting) e Paula Parreira (NanoPyl), seguindo-se um período para reuniões entre investidores e as equipas que venceram os programas de aceleração dinamizados nas sete universidades.   Este concurso aconteceu no âmbito do UI-CAN, um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu, União Europeia. O UI-CAN é liderado pela Universidade de Aveiro, contando ainda com o envolvimento da Universidade da Beira Interior, a Universidade do Porto, a Universidade do Minho/TecMinho, a Universidade de Coimbra, a Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro e a Universidade de Évora.  

Selecionadas as equipas finalistas do Programa BIP Acceleration!

Já estão escolhidos os 7 projetos que vão participar no Programa BIP Acceleration. Parabéns a todas as equipas: @ViNeOxiFUeL BRDynamicSys - Dynamic Systems and Advanced Engineering FilterCork GENESIS - Green HydrogEN gEneration in Safe off-grId Systems OCEANCAREbyUPorto Orgamatrix Xeque-mate às bactérias resistentes!   O BIP Acceleration desenrolar-se-á ao longo de 6 seminários imersivos de 4 horas e muito trabalho de equipa, para acelerar a iteração e o desenvolvimento dos negócios com base em conhecimento científico e tecnológico da Universidade do Porto.    PARCEIROS     COFINANCIAMENTO            

iUP25k premeia ideia inovadora para recuperar ouro do lixo eletrónico

Sabia que em cada tonelada de resíduos de placas de circuito impresso, utilizadas em praticamente todos os produtos eletrónicos que temos em casa, existem centenas de quilos de ouro, cobre, estanho, ferro e outros metais preciosos raros? Recuperar esses “tesouros” é a proposta do projeto E-RecyOuro, vencedor do primeiro prémio da 8.ª edição do iUP25k – Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto, cuja final decorreu no passado dia 26 de maio, no auditório da UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto. Da autoria das investigadoras Helena Soares e Liliana Martelo (na foto acima), do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia (FEUP) e do REQUIIMTE (Laboratório Associado para a Química Verde-Tecnologias e Processos Limpos), a ideia premiada propõe então um método inovador, económico e amigo do ambiente para reciclar metais com elevado valor acrescentado, presentes nos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE). “O nosso projeto consiste em recuperar metais preciosos, nomeadamente ouro, cobre e fibras de vidro, que existem no lixo eletrónico que todos nós produzimos e que temos de tentar recuperar para sermos ambientalmente responsáveis”, resume Liliana Martelo. Os REEE incluem uma panóplia alargada de equipamentos em fim de vida, nomeadamente computadores, telemóveis, eletrodomésticos, televisões, entre outros. Também por isso, defende a jovem investigadora, “esta é uma ideia de negócio que tem muita viabilidade económica, visto que o que nós recuperamos tem um valor acrescentado muito grande”. Sobre a participação no iUP25K, Liliana Martelo faz um balanço positivo de uma experiência que incluiu também a participação das dez ideias finalistas no BIP Ignition, um programa de capacitação para o empreendedorismo, com a duração de três dias. “Eu sou química de formação e nunca tinha ouvido falar de como se faz um pano de negócio ou um plano de negócio. Foi ótimo para adquirir esse conhecimento”. Por outro lado, “[o iUP25k] é uma boa forma de ficarmos a conhecer as ideias maravilhosas e inovadoras que acontecem no seio da Universidade”. Para além de prémio monetário no valor de 5.000 euros, a equipa E-RecyOuro teve a oportunidade de representar a U.Porto na final nacional do Concurso de Ideias de Negócio “Empreende+”, uma iniciativa dinamizada no âmbito do projeto UI-CAN Universidades como Interface para o Empreendedorismo. O evento teve lugar a 2 de junho, na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, e juntou as equipas vencedoras dos concursos locais promovidos pelas sete Universidades Públicas do Norte, Centro e Alentejo participantes do projeto. Karion Therapeutics, da Universidade do Minho, foi o projeto vencedor da final nacional e foi desenvolvido por Marta Costa, Fátima Baltazar, Fernanda Proença e Teresa Dias Coelho.   Inovar no combate ao cancro e “reinventar” o papel                   Para além do E-Recyouro, esta 8.ª edição do iUP25k distinguiu ainda os projetos NextON Biosciences (foto acima, à esquerda) e Piece of Paper (foto acima, à direita), ambos classificados em segundo lugar. Liderado por Ana Martins, Ana Pego, Ana Spencer, Pedro Moreno e Sofia Santos, todos eles investigadores do grupo «NanoBiomaterials for Targeted Therapies» do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3S), o NextON Biosciences visa o desenvolvimento de “uma ferramenta terapêutica inovadora baseada em RNA, com uma eficácia sem precedentes para o tratamento de cancros cerebrais agressivos”. Já o Piece of Paper tem como autores Eunice Amorim e José Macedo (na foto acima), ambos estudantes do 3.º ano da Licenciatura em Engenharia Informática e Computação da FEUP, e consiste numa “plataforma para a construção de documentos, em que se pode ter a liberdade de uma folha de papel num formato digital”. As três equipas premiadas vão também usufruir de um período de pré-incubação na UPTEC, para além de consultadoria em propriedade intelectual, realizada pela Patentree, e de consultadoria para plano de negócios, no âmbito do projeto Spin Up.   “Uma semente de inovação” Conhecidos os vencedores do iUP25k 2022, fecha-se então o pano sobre a oitava edição daquele que é um dos mais emblemáticos eventos de promoção do empreendedorismo no seio da Universidade do Porto. Uma edição especial, uma vez que assinala o regresso do evento organizado pela U.Porto Inovação, após seis anos de ausência. “O concurso foi retomado este ano com uma grande adesão por parte dos nossos estudantes, investigadores e docentes, o que mostra a dinâmica que a comunidade tem nas diversas áreas do conhecimento”, destaca Joana Resende, Pró-Reitora da U.Porto responsável pelos pelouros do Planeamento, Empreendedorismo e Transferência de Conhecimento. Para a mesma responsável, “concursos de ideias como o iUP25k têm uma importância grande, quer pela capacidade de mobilizar diferentes membros da comunidade em prol de pensar soluções novas e novos produtos, quer em termos de ser o embrião para desenvolver um mind set empreendedor em toda a nossa comunidade”. Nesse sentido, “é algo que acarinhamos como uma semente de inovação que possa depois crescer e ser transformado em casos realmente inovadores”, conclui. Organizado pela U.Porto Inovação, o iUP25k tem como grande objetivo o de promover o surgimento de novas iniciativas empreendedoras na U.Porto e assegurar vantagens àqueles que querem valorizar o conhecimento gerado na instituição.   Notícia escrita por Tiago Reis, do departamento de Comunicação & Imagem da U.Porto.   PARCEIRAS             COFINANCIAMENTO                    

Conheça os vencedores do concurso Bip PROOF 2021/2022

  A Universidade do Porto acolheu uma vez mais o concurso Business Ignition Programme (BIP) PROOF, iniciativa que premeia projetos de investigação inovadores. Este ano, o concurso contou com o apoio da Fundação Amadeu Dias e do Santander Universidades, tendo atribuído 10.000 euros a cada vencedor. A avaliação foi coordenada pela U.Porto Inovação, e foi levada a cabo  pela J. Pereira da Cruz, por membros da Portugal Ventures e por elementos de empresas Spin-off da Universidade do Porto. A edição de 2021/2022 contou com 38 candidaturas, das quais o júri elegeu 5 projetos: PROAQUA, PerovSiPort, MyRNA, PRO-FUSE e NeuROP.   PROAQUA – Probióticos de nova geração para peixes As rações para peixes carnívoros estão dependentes da farinha de peixe e das matérias-primas vegetais como principais fontes proteicas, o que acarreta elevados impactes ambientais e económicos. As farinhas de inseto, recentemente autorizadas na UE, são alternativas inovadoras e promissoras devido ao seu valor nutricional e produção sustentável. Porém, os insetos são ricos em quitina, que não é digerida e interfere negativamente no crescimento dos peixes. Bactérias intestinais probióticas capazes de superar os efeitos negativos da quitina são uma alternativa que beneficiará a saúde e o bem-estar do peixe. Adicionalmente, estas bactérias cumprem os requisitos mínimos de segurança para serem elegíveis como probióticos pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar. Para serem usados na indústria da aquacultura e patenteados, estes probióticos carecem de ser validados. O BIP PROOF permitirá a realização de ensaios in vivo com o robalo europeu, a fim de comprovar a eficácia dos probióticos na melhoria da utilização das farinhas de inseto pelos peixes e na resistência a doenças, dois obstáculos ao desenvolvimento sustentável da indústria da aquacultura. O Projeto PROAQUA é liderado por Paula Enes (na foto), professora e investigadora na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e investigadora no CIIMAR. É expectável que este projeto, de futuro, possa fornecer à indústria da aquacultura um probiótico multifuncional, respondendo assim à crescente necessidade do mercado europeu por novos e melhores probióticos.   PerovSiPort As células solares fotovoltaicas de perovskita são consideradas uma das mais prometedoras tecnologias emergentes da energia solar fotovoltaica, podendo revelar-se cruciais no desenvolvimento de soluções de produção de energias renováveis altamente eficientes, alcançando os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas. O projeto PerovSiPort propõe a produção de células solares de perovskita sustentáveis a longo prazo, aliando os métodos de produção e design mais avançados ao uso de materiais inovadores. O projeto pretende desenvolver um mecanismo inovador capaz de simplificar a montagem e aumentar a eficiência de conversão de energia, integrando as células solares fotovoltaicas de perovskita nos painéis de células solares de silício comuns no mercado. A equipa reúne experiência e conhecimento técnico em diversas áreas, sendo composta pelo investigador Seyedali Emami e por estudantes de doutoramento na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto: Jorge Martins, Marta Pereira, Eliana Loureiro e Rúben Madureira.  Com o apoio do BIP PROOF, poderão desenvolver um protótipo, submeter a patente que protegerá o design e atrair o interesse de outras instituições de I&D e indústrias de energia fotovoltaica.       MyRNA – Teste complementar de diagnóstico para depressão  A depressão constitui um dos principais problemas de saúde pública e causas de incapacidade a nível mundial. Estima-se que a depressão afete cerca de 280 milhões de pessoas em todo o mundo. O MyRNA Diagnostics tem por objetivo desenvolver um kit de biomarcadores moleculares para diagnóstico e monitorização da doença. O projeto está a ser desenvolvido por Maria Inês Almeida (ICBAS/i3S), Susana Santos (i3S), João Brás (i3S), e Mário Barbosa (ICBAS/i3S), líder do grupo Microenvironments for New Therapies do i3S, onde o projeto está a ser implementado. Este estudo envolveu médicos psiquiatras, liderados por Rui Coelho, e vários hospitais da região Norte, incluindo o Centro Hospitalar Universitário São João, o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia /Espinho. Esta tecnologia foi desenvolvida no âmbito dos programas de empreendedorismo CoHiTEC e BfK Ideas. Com o apoio do BIP PROOF, a equipa pretende avançar com uma validação clínica mais alargada dos biomarcadores para depressão, tornando os testes mais específicos e sensíveis. Isto permitirá a otimização e demonstração da atividade e eficácia da tecnologia. Este financiamento é fundamental para colmatar a transição entre a investigação e o desenvolvimento de um produto para o mercado.   PRO-FUSE  – Fusível prostético para aplicações odontológicas O projeto PRO-FUSE visa responder às dificuldades na reabilitação oral com implantes dentários de pacientes com perda óssea vertical acentuada. A tecnologia desenvolvida, que foi patenteada, permitirá colmatar o risco de insucesso na reabilitação oral através da inclusão de um fusível mecânico nas próteses dentárias aparafusadas a implantes curtos. O trabalho foi desenvolvido no âmbito do Programa Doutoral em Engenharia Biomédica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, pela investigadora Ana Reis (gestora do projeto) e pelo médico dentista José Ferreira (inventor). Os estudos numéricos que levaram à sua conclusão foram realizados em parceria com o INEGI - Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial. O apoio concedido pelo BIP PROOF facilitará a criação de um modelo aperfeiçoado com base nos modelos já testados, com características anatómicas. Este modelo será fabricado e alvo de ensaios mecânicos, que levarão à avaliação da necessidade de ensaios clínicos com o INFARMED. Atualmente, a equipa prepara-se para desenvolver protótipos anatómicos que permitirão a realização de testes em ambiente clínico. A validação experimental facilitará a entrada de potenciais investidores que poderão colocar o produto no mercado.    NeuROP – Neuromodulação para Restaurar a Propriocepção Oral Também no âmbito da saúde oral, o projeto NeuROP pretende validar o protótipo de uma prótese inteligente criada para devolver a função sensorial oral a pessoas que perderam os seus dentes. A sua eficácia assenta num sistema neuroestimulador que transforma forças de oclusão mecânicas em estímulos elétricos que serão aplicados a terminações nervosas. Havendo mastigação, a força detetada pelos sensores colocados entre a prótese e a mandíbula é convertida em estímulos elétricos de frequência crescente, imitando os recetores periodontais. As pessoas que perdem os seus dentes também perdem a informação sensorial que seria enviada ao sistema nervoso central para que haja o feedback somatossensorial adequado. Ao faltar este feedback, várias patologias podem desenvolver-se, como a falta de controlo da função mastigatória, levando a danos e fraturas em implantes ou dores de cabeça, entre outros problemas. O projeto conta com membros da Faculdade de Engenharia (José Machado da Silva, Carlos Fonseca, Joaquim Gabriel Mendes e João Aguiar) e da Faculdade de Desporto (Pedro Santos) da Universidade do Porto, assim como do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (Jorge Marinho). O objetivo do consórcio é implementar a prótese inteligente e realizar testes com voluntários para avaliar as melhorias que podem ser alcançadas na postura e controlo da mastigação. O objetivo do consórcio é implementar a prótese inteligente e realizar testes com voluntários para avaliar as melhorias que podem ser alcançadas na postura e controlo da mastigação.   Sobre o BIP PROOF O BIP PROOF foi criado pela U. Porto Inovação para apoiar e dinamizar a investigação aplicada com potencial comercial que é realizada na Universidade do Porto. O objetivo é criar um fundo de apoio a provas de conceito, sejam protótipos de viabilidade técnica, estudos de mercado ou de viabilidade, ensaios in vitro/in vivo ou outras iniciativas que possam contribuir para a maturação da tecnologia e aproximação ao mercado, permitindo que sejam transferidos para empresas ou deem origem a empresas Spin-off da Universidade. Lançado em 2018, o BIP PROOF premiou nas edições anteriores um total de 20 ideias inovadoras com 260.000 euros. A primeira edição, em 2018, no âmbito do projeto U. Norte Inova, financiou seis projetos com 20.000 euros cada, tendo recebido depois um apoio da Fundação Amadeu Dias (FAD) que permitiu financiar mais quatro projetos com 10.000 euros para cada. Em 2019, mantendo o apoio da FAD, foi possível financiar quatro ideias inovadoras, com o total de 40.000 euros. Em 2020, o Santander Universidades juntou-se à FAD como patrocinador e foram eleitos seis vencedores, atribuindo 10.000 euros a cada um. Para além de manter os patrocinadores, a edição atual do BIP PROOF é também apoiada pela J. Pereira da Cruz, empresa especializada em Propriedade Intelectual, e pelo Spin UP, projeto orientado para o aumento da transferência de tecnologia para o mercado no Norte de Portugal e Espanha, cofinanciado pelo FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP).       

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