Escolhidos os vencedores do BIP PROOF 2022/2023!

Depois de uma criteriosa seleção das 30 candidaturas recebidas e elegíveis, estão finalmente escolhidas as equipas vencedoras do BIP PROOF, edição 2022/2023. A avaliação, coordenada pela U.Porto Inovação, foi levada a cabo pela J.Pereira da Cruz, membros da Portugal Ventures e por elementos de empresas Spin-off da U.Porto. As equipas dos projetos selecionados serão contactadas em breve para formalização dos apoios. Parabéns! A edição 2022/2023 tem o apoio do UI-Transfer, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020. Conta também com o apoio da Fundação Amadeu Dias, do Santander Universidades e da J.Pereira da Cruz.  

Investigador da U.Porto é o jovem empreendedor de 2022

BIP Acceleration (U.Porto Inovação), Born from Knowledge (BfK) Ideas (Agência Nacional de Inovação – ANI) e, agora, Jovem Empreendedor 2022 (ANJE). A lista de prémios aumenta, mas o destinatário mantém-se: Rodrigo Val d’Oleiros, investigador do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), que tem vindo a trabalhar, entre outras coisas, numa tecnologia pioneira que promete revolucionar o mundo dos transplantes de órgãos: a I-R3Therapies/OrgaValue. Trata-se de um projeto na área da bioengenharia que propõe uma tecnologia inovadora para criar novos órgãos humanos. A inovação tem potencial de aplicação tanto no tratamento como no diagnóstico de doenças. Criada no i3S pelos investigadores Cristina Ribeiro, Hugo Prazeres e Rodrigo Val d’Oleiros, o OrgaValue tem como objetivo melhorar a eficácia nos transplantes de fígado. As mortes de pacientes, enquanto esperam por um transplante, são frequentes, e “54% rejeitam o novo órgão, sendo que o problema não é a falta de órgãos, mas a qualidade dos mesmos”, explicam. Assim, para dar resposta a este problema, a equipa de Rodrigo Val d’Oleiros desenvolveu uma tecnologia que permite reabilitar órgãos humanos e torná-los totalmente transplantáveis. E como? “Através de uma solução líquida de limpeza que remove as células, deixando uma matriz não celular com a matriz orgânica apropriada. Então, novas células humanas saudáveis são introduzidas na matriz para bioengenharia de um novo órgão”, contam os cientistas. A equipa espera começar os primeiros ensaios clínicos do projeto em 2025. O mês de novembro foi um “all-in” para o investigador, que é também mestre em Medicina Dentária e atual estudante do Programa Doutoral Internacional em Biotecnologia Molecular e Celular aplicada às Ciências da Saúde (BiotechHealth) do Instituto de Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia da U.Porto (FFUP). Além de ter sido uma das quatro equipas universitárias premiadas no Born from Knowledge (BfK), da ANI (na foto, à direita, o investigador e a equipa da U.Porto Inovação, que tem acompanhado o seu caminho), o investigador recebeu o Prémio Jovem Empreendedor 2022 da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), uma das mais antigas competições de empreendedorismo a nível nacional. A sessão de entrega do galardão decorreu no passado dia 19 de novembro, no Museu Nacional dos Coches, em Lisboa. Um caminho feito de "esforço e tolerância" Para Rodrigo Val d’Oleiros este tipo de reconhecimento é importante principalmente para “dar a conhecer ao público o projeto”. Os planos para aplicação dos 5000 euros são, claro, dedicados ao OrgaValue, focando-se a equipa agora em iniciar os “ensaios pré-clínicos em órgãos humanos”, refere o Jovem Empreendedor 2022. “No empreendedorismo e na investigação o futuro é sempre algo bastante dinâmico. O caminho principal, agora, será valorizar o projeto e aumentar o TRL (Technology Readiness Level). Assim, será crucial encontrar novas colaborações industriais, médicas e institucionais (nacionais ou internacionais) para alargar esta iniciativa a outros que possam querer integrar a equipa e, em conjunto, aumentarmos não só a capacidade de trabalho como a perspetiva de sucesso”, acrescenta o vencedor do Prémio Cidadania Ativa 2021, na categoria de Empreendedorismo. O caminho já vem sendo longo para um jovem que se assume como “apenas um estudante de doutoramento, estudante de medicina e, até há quem diga, investigador”. Para Rodrigo Val d’Oleiros esta tem sido uma jornada de “esforço e tolerância, numa sociedade que exige constantemente o sucesso e onde é dito que não se pode errar”. Para o investigador, a passagem pelos programas organizados pela U.Porto Inovação e pela Universidade do Porto (BIP 2020, BIP Acceleration, European Innovation Academy 2019) foram uma importante alavanca para este reconhecimento que, agora, vai chegando: “permitiu-me conhecer novas pessoas, com espírito crítico e construtivo e, sobretudo, com a capacidade de errar para aprender mais. Sem essas dinâmicas seria mais difícil estar aqui”, conclui.  

U.Porto Inovação abre consultorias de empreendedorismo

São muitos os desafios encontrados, diariamente, por quem deseja levar uma ideia de negócio mais além. A pensar nisso, a U.Porto Inovação lança agora as suas consultorias de empreendedorismo, focadas em ajudar os empreendedores da Universidade do Porto a responder a desafios em diferentes áreas, de forma a que consigam alavancar os seus projetos com a perspetiva de garantir o seu sucesso. Esta iniciativa de apoio a projetos empreendedores acontece no âmbito do UI-CAN, um projeto financiado que tem como objetivo promover o espírito empreendedor nos estudantes das universidades parceiras. As consultorias estão abertas para estudantes de todos os ciclos de estudo da Universidade do Porto (licenciatura, mestrado e doutoramento), assim como para todos os investigadores da Universidade. Os requisitos para participar são a) afiliação à U.Porto; b)  Terem um projeto inovador de negócio, esteja ele em fase inicial ou mais madura. Não serão aceites projetos com empresas já constituídas. Os interessados em receber este tipo de apoio podem manifestar-se preenchendo um formulário online, onde poderão escolher não só o horário pretendido como a área, ou áreas, em que desejem receber apoio. As áreas disponíveis são Comunicação, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Plano de Negócio, Propriedade intelectual e Apoio jurídico – temas identificados pelo consórcio do UI-CAN como indispensáveis para a capacitação dos empreendedores e para o desenvolvimento dos seus projetos empresariais. Cada um dos temas será conduzido por uma empresa especialista no assunto, com experiência de mercado, que irá aconselhar os participantes sobre as melhores orientações estratégicas a adotar nos seus projetos ou negócios. Quando e como participar? Para este ano está previsto o início das consultorias em Comunicação (30 de novembro, 7 de dezembro e 14 de dezembro) e ODS (de 5 a 16 de dezembro). As restantes três terão início apenas em 2023, mas as inscrições também já estão abertas, podendo os interessados manifestar-se relativamente a todas as áreas. Cada consultoria oferecida pela U.Porto Inovação terá blocos de horas previamente definidos para cada uma das áreas acima descritas. Os empreendedores terão, obrigatoriamente, de se inscrever, identificando não só as suas necessidades como as áreas que consideram prioritárias para dar resposta a esses desafios. Os interessados poderão também contar com o acompanhamento técnico personalizado da U.Porto Inovação, responsável por agendar, posteriormente, as sessões com cada um dos projetos inscritos no formulário. As inscrições estão abertas até às 23h59 do dia 11 de dezembro. Quaisquer dúvidas relacionadas com as consultorias poderão ser enviadas para uican@reit.up.pt   Estas consultorias acontecem no âmbito do UI-CAN - Universidades como Interface para o Empreendedorismo, um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu, União Europeia.

Smartex capta investimento de mais de 24 milhões de dólares

  A Smartex, spin-off da Universidade do Porto e startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, acaba de fechar uma ronda de investimento de mais de 24,7 milhões de dólares. Este capital vai permitir à empresa expandir para outros mercados – nomeadamente para a Ásia –, explorar novos produtos e fazer melhorias no hardware e infraestruturas nas fábricas. A startup da UPTEC criou uma tecnologia que deteta defeitos em têxteis em fase de produção, o que permite reduzir os defeitos de produção para perto de 0%, diminuir o desperdício e a produção têxtil defeituosa, assim como aumentar a competitividade e qualidade da indústria. Ao recorrer a algoritmos de inteligência artificial e machine learning, a tecnologia da Smartex realiza uma inspeção automatizada e em tempo real das máquinas de tricotar circulares, o que permite identificar os defeitos à medida que eles acontecem e, consequentemente, resolver o problema de forma rápida. “Esta indústria só mudará se a tecnologia for aplicada em escala – com eficiência de preço e excelência operacional –, só assim poderemos criar um impacto real no mundo. A nossa visão e objetivo de longo prazo é expandir para outras indústrias para permitir que fábricas em todo o mundo produzam com significativamente menos desperdício. Precisamos desenvolver produtos e processos escaláveis e ajudar as fábricas têxteis a fazer a coisa certa.”, garante António Rocha, CTO da Smartex. O impacto ambiental dos têxteis A indústria da moda é considerada a terceira mais poluente, responsável por 20% da poluição global e 10% das emissões de gases com efeitos de estufa. Além disso, estima-se que anualmente sejam produzidas 92 milhões de toneladas de desperdício têxtil. “Esta indústria é muito desafiante! Essa é uma das razões pelas quais poucas empresas de tecnologia operam aqui. A maioria das fábricas não tem a infraestrutura necessária para receber tecnologia de ponta. Estamos muito satisfeitos por já estar a criar um grande impacto tanto ambiental quanto financeiro para as nossas fábricas parceiras – mas quando comparado com o tamanho geral da indústria, não parece nada! E esse é um desafio fundamental de operar numa indústria tão grande, explica António Rocha. A solução da Smartex já assegurou a poupança de 300 mil kg de tecido, 33 milhões de litros de água e 2,7 milhões de kWh de energia, o que se traduz numa redução de 650 000 kg de emissões de CO2. “Não vamos parar até que tenhamos feito uma grande diferença, estamos apenas a começar! No futuro, todas as fábricas estarão totalmente conectadas, automatizadas e sustentáveis e queremos ser parte ativa e significante nesta revolução.”, admite o CTO da spin-off da U.Porto. Nascidos na U.Porto e à procura de talento Fundada por António Rocha, Gilberto Loureiro e Paulo Ribeiro, alumni da FCUP – Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, a startup deu os primeiros passos na Escola de Startup da UPTEC. Desde então, já conquistou clientes nos mercados da Europa, Ásia Central, América do Sul e África e angariou mais de 27 milhões de euros. Atualmente, a Smartex já conta com uma equipa de 91 colaboradores de 17 nacionalidades diferentes, e pretende chegar aos 100 colaboradores até ao final do ano. A empresa procura talento nas áreas de engenharia, software, produto e operações e tem, atualmente, 34 vagas em aberto. Esta série A de investimento foi liderada por capitais de risco internacionais: Lightspeed Venture Partners dos Estados Unidos, e pelo estúdio britânico Build Collective. Além disso, H&M e Kering – holding que detém a Gucci e Balenciaga – e a portuguesa Faber também participam na operação. O anúncio da angariação da ronda de investimento acontece um ano após a Smartex vencer o prémio Pitch, para melhor ideia, do Web Summit.  

Vencedores do BIP PROOF mostram resultados a público e parceiros

PROAQUA, PerovSIPort, MyRNA, PRO-FUSE e NeuROP. São estes os nomes dos projetos escolhidos para receber financiamento na última edição do BIP PROOF. São trabalhos de diferentes áreas de investigação, provenientes de diferentes entidades ligadas à Universidade do Porto, entre eles: probióticos de nova geração para peixes; um mecanismo inovador capaz de simplificar a montagem e aumentar a eficiência de conversão de energia; um teste complementar de diagnóstico para depressão; um fusível prostético para aplicações odontológicas e um projeto de neuromodulação para restaurar a propriocepção oral. Foram estes os escolhidos na edição 2021/2022 do programa BIP PROOF, tendo cada projeto recebido 10 mil euros para prosseguir e valorizar a investigação. Mais sobre cada um, aqui. Perto de seis meses passados desde a atribuição do financiamento, chegou a altura de os cientistas apresentarem os projetos a público, explicando o que foi feito até aqui em termos de investigação e valorização. A sessão ocorreu no passado dia 3 de novembro de 2022, na UPTEC, e contou com a presença de todas as equipas e também de todos os parceiros que tornaram esta edição da iniciativa possível. A abertura ficou a cargo de Pedro Rodrigues, Vice-Reitor da Universidade do Porto para a Investigação e Inovação, que congratulou esta iniciativa levada a cabo pela U.Porto Inovação como muito importante para levar o conhecimento produzido na Universidade mais longe: “O nosso ecossistema de inovação gera, naturalmente, muito conhecimento. Esse conhecimento pode ser valorizado e pode chegar às empresas e pode ser utilizado em atividades produtivas a vários níveis e em diferentes áreas. O que se pretende aqui, com o BIP PROOF, é que esse conhecimento tenha apoio para chegar a um nível de maturidade que o leve até ao mercado e até dar origem a novos produtos ou serviços”, referiu o Vice-Reitor. Pedro Rodrigues aproveitou também para agradecer o apoio de todos os parceiros. Esta edição do BIP PROOF só foi possível graças ao envolvimento da Fundação Amadeu Dias (FAD) - que acompanha a iniciativa desde a primeira edição, sendo que está já em curso a quinta- do Santander Universidades e também da J.Pereira da Cruz. João Marinho Gonçalves, da FAD reiterou a importância do envolvimento da Fundação nesta iniciativa que muito embora se dedique à solidariedade, também tem forte atuação na investigação: “A nossa área é, precisamente, a investigação e o apoio à investigação. Por isso, é para nós um gosto estar aqui e gostaria de dar os parabéns aos que verdadeiramente importam: os investigadores e o trabalho que desempenham”, referiu. Também Nuno Vieira, em representação do Santander Universidades, se referiu ao BIP PROOF como uma parceria de sucesso: “Tentamos sempre apoiar este tipo de projetos, cujo potencial pode mudar a nossa vida, a nossa economia, a nossa educação”, referiu. Na opinião de Nuno Vieira, o BIP PROOF tem uma característica muito própria e importante, que vai ao encontro dos três E’s do Sander Universidades – Educação, Empregabilidade, Empreendedorismo – que é “a aplicabilidade do dinheiro em aspetos concretos para que os projetos sejam bem sucedidos e possam, até, dar origem à criação de empresas spin-offs, contribuindo para a economia e geração de emprego”, concluiu. Por fim, mas não por último, João Pereira da Cruz, em representação da J.Pereira da Cruz, quis também dar os parabéns às equipas de investigação presentes e à organização do programa: “Continuem o bom trabalho, o mérito é vosso”, referiu o responsável pela empresa. A J.Pereira da Cruz atua na área da propriedade industrial e, por isso, na proteção do conhecimento gerado. Como referiu o seu representante: “A propriedade industrial é um dos grandes motores da economia. Por isso, tudo o que pudermos fazer nesta área é bom para o país”.   Esta sessão de apresentação de resultados do BIP PROOF contou com o apoio do UI-TRANSFER, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020. A edição 2021/2022 aconteceu no âmbito do projeto SPIN-UP , um projeto orientado para o aumento da transferência de tecnologia para o mercado no Norte de Portugal e Espanha, cofinanciado pelo FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG V A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP).       

A U. Porto no ecossistema empreendedor de Berlim

Foi já o frio outonal a acolher a missão do projeto UI-CAN a Berlim na passada semana de outubro. Contudo, isso não foi impedimento para uma jornada recheada de visitas inovadoras ao ecossistema empreendedor da cidade alemã, trocas de ideias entre os participantes e, claro, muito convívio e networking  A visita a Berlim foi impulsionada pela participação do projeto E-RecyGold (vencedor da última edição do concurso de ideias iUP25k) no evento Stage Two. Aproveitando a ocasião, a U. Porto Inovação endereçou o convite a cinco empreendedores da U.Porto para que se juntassem à comitiva e, assim, pudessem conhecer o que de melhor se faz na capital alemã no que à inovação e empreendedorismo diz respeito. Assim, além de Liliane Martelo, representante do projeto E-Recygold, participaram ainda na visita os docentes e investigadores Ana Colette Maurício (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) e Rolando Martins (Faculdade de Ciências da U.Porto), Diogo Silva (do projeto Genesis, que ficou em 2º lugar no BIP Acceleration) e Francisca Carvalhal (do projeto OceanCare, que ficou em 3º lugar também no BIP Acceleration). Além disso, puderam acompanhar o grupo Rafaela Moreira, da U.Porto Inovação, Marta Marques e Joana Xará da Universidade de Aveiro, Edgar Nave, da Universidade da Beira Interior,  Hernâni Oliveira, da Universidade de Évora, Miguel – Bacelar, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e também Helena Moura, da TecMinho. A comitiva refere-se a esta jornada como três dias “intensos de muita aprendizagem e trocas”. No primeiro dia tiveram a oportunidade de visitar o coworking da TU Berlin, e de assistir a uma apresentação da Partner Berlin. Nas palavras de Friedmann Lotz, dessa instituição, o objetivo foi dar apenas um pequeno “flavour” do ecossistema empreendedor nacional. No dia seguinte teve lugar uma visita guiada ao Euref Campus, um distrito com aproximadamente 5,5 hectares e mais de 150 empresas, diferentes instituições e startups das áreas da energia, mobilidade e sustentabilidade. Já perto do final da visita, no terceiro dia, o grupo visitou o Berlin Adlershof, que é o principal Parque Científico e Tecnológico da Alemanha.  Importa referir também que durante esta semana teve lugar o acima referido evento Stage Two, no qual a U.Porto foi representada pelo projeto E-RecyGold. Também o projeto Karion Therapeutics, da Universidade do Minho, e vencedor do 1º evento nacional do projeto UI-CAN, teve oportunidade de se apresentar perante o júri de investidores e CEOs europeus da competição Stage Two. A equipa, embora não tenha sido premiada, ficou entra as oito finalistas. Esta visita contou com o apoio do UI-CAN - Universidades como Interface para o Empreendedorismo, um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu, União Europeia.

Immunethep vai testar nova vacina multibacteriana em humanos

A Immunethep, uma empresa spin-off da Universidade do Porto responsável pela conceção da primeira vacina eficaz e totalmente voltada para a prevenção de infecções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, foi uma das 75 startups selecionadas pelo Conselho Europeu de Inovação (EIC) para receber financiamento ao abrigo do programa EIC Accelerator. A startup portuense receberá, inicialmente, 2,5 milhões de euros, ficando elegível para um investimento de capital adicional do EIC Fund que totaliza mais de 17 milhões de euros. A Immunethep destacou-se, assim, entre mais de 1000 candidaturas provenientes de toda a Europa. O EIC Accelerator é um programa que pretende investir e financiar, através do Fundo do EIC, startups ou pequenas empresas que se encontrem a desenvolver e acelerar inovações disruptivas. O valor do financiamento será aplicado nos primeiros ensaios clínicos em humanos da Paragon Novel Vaccine (PNV), sendo a primeira vez que uma vacina multibacteriana entra em ensaios clínicos. O processo de candidatura da Immunethep demorou cerca de 1,5 anos, com várias fases que culminaram numa entrevista frente ao júri do programa. Ao longo de todas essas fases os projetos foram avaliados segundo critérios como mérito científico, potencial disruptivo e capacidade de criação de valor, em cujos a spin-off U.Porto se destacou, sendo uma das escolhidas. Os dados clínicos observacionais obtidos no âmbito deste acordo foram também um fator relevante para o sucesso da candidatura ao EIC, contam os responsáveis da Immunethep. Além disso, referem, foi também muito importante a colaboração da SNAP! Partners e da Margrit Schwarz que atualmente incorpora o “Advisory Board” da spin-off U. Porto. A abordagem disruptiva da tecnologia da Immunethep também já captou o interesse de empresas farmacêuticas, como a Merck-Sharp-Dome (MSD), com quem já estabeleceram um acordo de colaboração. Investigação nascida na U.Porto A PNV é um produto que tem origem numa investigação que começou na Universidade do Porto, mais precisamente no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) num grupo liderado pela investigadora Paula Ferreira da Silva. A investigação deu, depois, origem à formação da empresa Immunethep (com o selo Spin-off U.Porto), a quem a invenção foi licenciada. A Immunethep foi fundada por Pedro Madureira, membro da equipa de investigação e atual Diretor Científico da Immunethep, e pela Venture Catalysts. Entretanto – e com o apoio da U.Porto Inovação, que continua a apoiar o processo, a tecnologia já foi patenteada em mais de 40 territórios, entre eles Portugal, Estados Unidos, Canadá, Japão, mais de 30 países europeus e também Índia e Hong Kong, sendo a única tecnologia “made in U.Porto” patenteada nestes dois últimos territórios. Pedro Madureira, realça a importância desta conquista: “A Índia é um dos países onde a incidência de infeções bacterianas é muito elevada e onde, anualmente, morrem cerca de 200.000 pessoas por doenças causadas por este tipo de infecções”.   Uma esperança contra as infeções bacterianas Explicando de forma relativamente simples, a PNV é a primeira vacina eficaz e totalmente voltada para a prevenção de infeções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, incluindo multirresistentes, com o objetivo de abranger toda a população desde recém-nascidos até idosos. Foi desenvolvida com base na descoberta de um novo mecanismo de imunossupressão partilhado por algumas das bactérias mais perigosas e mortais (Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Escherichia Coli e Streptococcus do grupo B). Baseada no conhecimento deste mesmo mecanismo bacteriano, a Immunethep está também a desenvolver o produto UNImAb – anticorpos monoclonais – que podem ser usados como tratamento em pessoas já infetadas. Como referido acima, os próximos passos incluem “finalizar o desenvolvimento do UNImAb (anticorpos) e entrar com a PNV (vacina) em ensaios clínicos”, refere Pedro Madureira. O investigador e empresário acrescenta que, uma vez que esta parte do processo implica um “investimento significativo”, o reconhecimento do EIC chega numa altura fundamental. Os ensaios clínicos que agora preparam vão permitir avaliar a segurança, imunogenicidade e eficácia da vacina, fazendo com que a Immunethep seja a primeira empresa no mundo a ter uma vacina multibacteriana nesta fase de desenvolvimento, de acordo com o relatório de vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2021. Segundo um estudo publicado pelo The Lancet, só em 2019, perto de 5 milhões de pessoas em todo o mundo morreram devido a doenças causadas por infecções bacterianas. Dessas, mais de 1,27 milhões de mortes foram resultado direto da resistência antimicrobiana, tornando fundamental mudar o panorama. Segundo o relatório da OMS sobre a resistência a antibióticos, prevê-se que, se não ocorreram mudanças significativas na forma como novos medicamentos são desenvolvidos para enfrentar o que chamam de “pandemia silenciosa”, em 2050 a resistência antimicrobiana será a maior causa de morte do mundo, superando o cancro.

U.Porto Inovação e SIP organizam sessão de esclarecimento de PI

Teve lugar no passado dia 17 de outubro, no Auditório UPTEC Asprela I, a sessão de (in)formação “Como proteger via patente um resultado de investigação e como acomodar essa proteção no orçamento de proposta a financiamento”. O evento foi iniciativa do Serviço de Investigação e Projetos da Reitoria da Universidade do Porto (SIP) e contou com a participação, também enquanto coorganizadora, da U.Porto Inovação. Depois das boas-vindas, que ficaram a cargo do Vice-Reitor Pedro Rodrigues, Evelyn Soto e Mónica Rodrigues, da U.Porto Inovação, tomaram o leme desta sessão de esclarecimento dirigida, principalmente, a investigadores e estudantes. Foram abordados conteúdos como “quais as formas de proteger uma invenção”, “o que é uma patente e como a manter”, “como submeter um pedido de patente”, e também questões relacionadas com os custos associados a um processo do género. Aproximadamente 40 pessoas participaram na formação. Esta sessão aconteceu no âmbito do UI-TRANSFER, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020.  Para quem não teve a oportunidade de participar, a U.Porto Inovação está a programar mais ações de sensibilização e capacitação para a PI, ainda no âmbito deste projeto. Acompanhem os nossos meios!  

Didimo recebe financiamento de mais de 7 milhões de euros

  A Didimo, uma empresa spin-off da Universidade do Porto, incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, acaba de garantir um financiamento serie A de mais de 7 milhões de euros, numa ronda liderada pela Armilar Venture Partners. Este financiamento será aplicado em acelerar o crescimento comercial da Didimo e contratar, pelo menos, dez novos funcionários no próximo ano, aumentando a equipa para um total de 35 pessoas. Verónica Orvalho, fundadora e CEO da Didimo, refere que esta ronda, num momento de menor liquidez no mercado financeiro, é “um privilégio”. A empreendedora acrescenta ainda que aumentar a equipa será uma motivação extra para “ainda mais dedicação” à missão da empresa spin-off da Universidade do Porto. Criada em 2016, a Didimo é líder no desenvolvimento de modelos digitais interativos de alta fidelidade de cada pessoa (avatares). Através apenas do upload de uma fotografia, qualquer utilizador pode criar uma personagem 3D que vai interagir nos mais variados serviços online. Tudo isso graças à tecnologia desenvolvida pela Didimo, que tem uma infraestrutura cloud automatizada, permitindo a qualidade, velocidade e versatilidade necessárias para criar os “didimos”, ou avatares em… menos de um minuto. Basta utilizar a aplicação Didimo Xperience (disponível para Android ou iOS). A tecnologia pioneira já garantiu à Didimo projetos com a Amazon e a Sony. Com escritório-base no Porto, a Didimo está espalhada por todo o mundo, desde o Reino Unido à República Dominicana. Motivos não faltam para que capitais de risco e outras entidades estejam atentas ao trabalho da startup portuense, querendo investir. Esta não é, de resto, a primeira vez que a Didimo recebe avultados montantes: só em 2019 foram mais de 6 milhões de euros, em duas rondas. A primeira dessas rondas, no valor de 4,4 milhões de euros por um fundo português composto pela Portugal Ventures, Farfetch, Bynd Venture Capital, Beta-i e a LC Ventures. Nesse mesmo ano, já em dezembro, a Didimo recebeu mais de 1,8 milhões de euros da Comissão Europeia. Em 2020, e em plena pandemia da Covid-19, a startup fechou novo financiamento de 1 milhão de euros (numa ronda liderada, também, pela Armilar VP) que foi utilizado para aumentar a equipa e contratar novos talentos. Antes, em 2017, Verónica Orvalho, que é também docente na Faculdade de Ciências da U.Porto. Atualmente, recebeu também um prémio de 47 mil euros no concurso internacional Women Startup Challenge, que aconteceu na sede da Google, em Nova Iorque.

U.Porto Inovação recebe 4 novos colaboradores UPinTech

  Carlos Brochado, Diana Guimarães, José Almeida e Maria Grácio são os novos colaboradores da U.Porto Inovação, colaboração essa que se desenvolverá em regime de part-time e ao abrigo do programa UPinTech. No passado dia 10 de outubro a equipa da Unidade reuniu-se para dar as boas-vindas aos quatro estudantes da U.Porto, e também para dar formação aos mesmos sobre os trabalhos a desempenhar a partir desse momento. Além disso, os novos colaboradores tiveram ainda oportunidade de conhecer melhor o trabalho da U.Porto Inovação, bem como a sua equipa. As áreas de formação e especialização dos candidatos escolhidos para esta edição do programa UPinTech - que acontece com o apoio do projeto europeu INVENTHEI - são diversas. Carlos é estudante do mestrado integrado de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), e  durante o seu percurso académico participou em diferentes competições de empreendedorismo. Também da área das ciências da vida é José, que se encontra neste momento a frequentar o doutoramento em Química Sustentável no LAQV-REQUIMTE, focado na síntese sustentável de novos fármacos para a terapia fotodinâmica do cancro.  Passando para as engenharias, Diana Guimarães é atualmente estudante de doutoramento na Universidade do Porto. A sua experiência profissional inclui trabalho como investigadora bem como Assistente Convidada na Universidade do Porto e o cargo de Engenheira de Sistemas Embebidos na indústria automóvel. Já Maria é estudante de mestrado em Engenharia Física, na Faculdade de Ciências e na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. É licenciada em Física Tecnológica, pela mesma instituição, e encontra-se a realizar a sua dissertação na área de junções magnéticas de túnel para recolha de energia. Teve oportunidade de estagiar no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL). Está, assim, formada uma equipa multidisciplinar que irá apoiar a U.Porto Inovação principalmente nos processos relacionados com propriedade intelectual e transferência de conhecimento. Sobre o programa UPinTech Já lá vão mais de dez anos desde que a U.Porto Inovação lançou o programa UPinTech. Desde então, mais de 50 pessoas colaboraram e receberam hands on training na unidade de transferência de conhecimento e empreendedorismo da U.Porto. O principal objetivo do programa UPinTech é providenciar à comunidade estudantil e científica da U.Porto um contacto direto com as atividades de proteção e comercialização de tecnologias da U.Porto. A U.Porto Inovação beneficia do trabalho de uma equipa altamente qualificada em proteção, transferência de tecnologia e empreendedorismo. Para saber mais sobre a oportunidade e as competências necessárias clique aqui. Esta edição do programa UPinTech conta com o apoio do INVENTHEI, projeto europeu financiado pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia.

Pages