À conversa com as empresas: Fátima Cardoso, da Vodafone
Submetido por U.Porto Inovação em 18/06/20
Nesta edição da rubrica "À conversa com as empresas" fomos conversar com Fátima Cardoso, responsável pelo programa de inovação da Vodafone Portugal, o Vodafone Power Lab. O programa, que já apoiou mais de 150 startups, "tem como principal objetivo seguir a inovação e estabelecer a ponte entre o meio científico e tecnológico e a Vodafone", refere
P: Qual a importância da relação da Vodafone Portugal com o meio cientifico e tecnológico?
R: O setor das telecomunicações é altamente dinâmico, o mercado é exigente e a evolução tecnológica está sempre bastante presente. Sendo uma das principais empresas tecnológicas a atuar neste setor, a Vodafone representa um veículo para o lançamento de novas soluções e tecnologias (como por exemplo o 5G) e por isso torna-se muito importante acompanhar os desenvolvimentos da comunidade científica e tecnológica.
Neste sentido o Vodafone Power Lab tem como principal objetivo seguir a inovação e estabelecer a ponte entre este ecossistema e a Vodafone.
P: Como é que Vodafone Portugal tem vindo a interagir com a U.Porto?
R: A relação surgiu através do estabelecimento de uma parceria entre o Vodafone Power Lab e a UPTEC que sempre teve como principal objetivo manter o contacto próximo e contínuo entre o ecossistema empreendedor da Universidade do Porto e o programa de inovação da Vodafone Portugal.
Esta relação foi-se materializando ao longo do tempo no envolvimento do Vodafone Power Lab em algumas iniciativas da UPTEC, tais como a Escola de Startups, e permitiu que existisse um fluxo direto de apresentação de startups incubadas na UPTEC com capacidade de ser exploradas na Vodafone, como aconteceu por exemplo com a HypeLabs.
Por outro lado, esta relação facilitou o estabelecimento de um local físico de incubação do Vodafone Power Lab nas instalações da UPTEC e aí foram já promovidas algumas iniciativas tais como City Challenges da competição BIG Smart Cities, que durante várias edições permitiram conhecer diretamente potenciais finalistas para esta competição nacional.
P: Quais os principais desafios que os dois agentes têm pela frente?
R: Creio que muitos dos desafios que hoje se colocam se têm mantido ao longo do tempo. Isto é, a evolução tecnológica é algo que estará sempre presente e com ela vem a necessidade de mudança e adaptação… daí ser relevante existirem programas como o Vodafone Power Lab, que se dedicam a conhecer soluções inovadoras desenvolvidas em ecossistemas dedicados à inovação, tais como a UPTEC, para que esta adaptação seja o mais ágil possível e assim responder eficazmente às necessidades e exigências do mercado.
Se pensarmos em desafios mais específicos dentro da relação entre grandes empresas e startups, podemos muitas vezes encontrar dificuldades no estabelecimento de canais de comunicação e o Vodafone Power Lab facilita esta interação, apresentando as soluções dos empreendedores a decisores importantes dentro da organização e estabelecendo processos específicos para a criação de interações de longo prazo entre uma determinada startup e a Vodafone.
Inovações da U.Porto distinguidas pela EIT Health
Submetido por U.Porto Inovação em 11/06/20
A EIT Health, considerado o maior consórcio da área da saúde no Mundo, lançou recentemente uma Innovation Call com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do ecossistema inovador europeu. De entre as dezenas de candidaturas, foram selecionados apenas 15 projetos, dois dos quais com o selo da Universidade do Porto.
ADHERENCE e Libra são os nomes dos projetos distinguidos, cujas equipas incluem tanto investigadores como empreendedores da U.Porto. Com o financiamento angariado, que pode ascender a 75 mil euros, ambos ambicionam conseguir ajudar a dar resposta a dois dos maiores problemas de saúde mundiais: a hipertensão arterial e a obesidade.
O ADHERENCE está a ser desenvolvido pela MEDIDA (spin-off U.Porto) e pelo CINTESIS. Centrado na problemática da hipertensão arterial, o objetivo do projeto é criar uma app de apoio ao tratamento da hipertensão e que poderá ser instalada no smartphone do paciente.
Recorrendo à câmara fotográfica do smartphone, a aplicação será capaz de captar os valores de pressão arterial indicados no ecrã do aparelho. A partir desses dados, permite registar o esquema de tratamento e emitir alertas para que o utilizador tome a medicação e meça regularmente a pressão arterial de forma a controlar a sua condição. Ao mesmo tempo, a app também identifica a quantidade de comprimidos retirados de um blister.
A hipertensão arterial afeta cerca de dois em cada cinco adultos em Portugal, sendo que, destes doentes, apenas cerca de 40% estão controlados. Segundo os responsáveis do ADHERENCE, uma das principais razões para a falta de controlo da hipertensão é a baixa adesão à terapêutica, sendo necessário desenvolver novas ferramentas de apoio ao tratamento das doenças crónicas. "Este projeto integra-se na estratégia da MEDIDA e do grupo de investigação PaCeIT, do CINTESIS, de desenvolver e validar tecnologias para as pessoas com doenças crónicas, principalmente respiratórias e cardiovasculares, que apoiem a automonitorização e auto-gestão guiadas", refere João Fonseca, cofundador da MEDIDA. O empreendedor, docente e investigador da Faculdad de Medicina da U.Porto, acrescenta ainda que a pandemia COVID-19 veio reforçar a "necessidade de serviços de saúde digital que permitam um melhor acompanhamento à distância", sendo o ADHERENCE um contributo nesse sentido.
A app desenvolvida por esta equipa da MEDIDA e do CINTESIS permitirá, então, quantificar a adesão à terapêutica e gerar relatórios automáticos dos valores de pressão arterial, que o utilizador poderá partilhar de forma segura com a equipa de saúde. O destino do financiamento agora angariado é, a curto prazo, desenvolver o protótipo da aplicação, criando alguns elementos multmédia de apoio à auto-gestão da doença. Depois, na fase seguinte, a equipa pretende "testar a efetividade da app na melhoria da adesão à medicação antihipertensora e no controlo da tensão arterial em ambiente de "vida real" em doentes com tensão arterial de difícil controlo.
Inovar contra a obesidade
O projeto LIBRA, por sua vez, tem o foco num outro grande problema de saúde mundial: a obesidade. Segundo dados recentes, esta condição tem atingido proporções epidémicas, afetando mais de 650 milhões de pessoas em todo o mundo, ficando atrás apenas do tabagismo como a causa mais significativa de morte prematura.
Foi com estes dados em mente que a equipa composta por empreendedores da Promptly (spin-off da U.Porto e investida pela multinacional Proef), e investigadores da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), do CINTESIS e do Centro Hospitalar Universitário de São João, desenvolveu uma plataforma social digital para melhorar o acompanhamento dos resultados clínicos dos doentes com obesidade, usando estratégias sociais de engagement do doente, dados de dispositivos conectados e comunicação remota com profissionais de saúde.
“O objetivo é que o doente se sinta cada vez mais envolvido no seu processo de tratamento e recuperação e, como tal, contribua ativamente para a melhoria dos seus próprios resultados clínicos”, referem os promotores Pedro Ramos e John Preto, acrescentando que este financiamento do EIT Health virá amplificar o trabalho conjunto na área tecnológica.
Para isso, e aumentando o nível de envolvimento dos doentes, a plataforma irá oferecer acompanhamento profissional remoto e sem interrupções, juntamente com funcionalidades de ambiente social como chats, fóruns de discussão, sugestão de utilizadores com os mesmos interesses, ou partilha de metas e objetivos terapêuticos.
Os dados recolhidos sobre os resultados clínicos, nomeadamente sob a perspetiva do próprio doente (patient reported outcomes), serão depois utilizados para continuar a melhorar os cuidados prestados aos doentes e a “inovar no modelo de autonomia de gestão, do qual o CRIO CHUSJ é pioneiro em Portugal”, destacam os responsáveis pelo projeto.
O financiamento assegurado por esta Innovation Call servirá para validar o modelo em Portugal e, a partir de 2021, para o scale-up europeu, nomeadamente no seio da EIT Health, no qual a equipa pretende “envolver outros centros europeus de referência no tratamento em obesidade, sob a coordenação do CRIO CHUSJ”, concluem os promotores.
Para além dos dois projetos da U.Porto, a EIT Health distiguiu ainda um outro projeto da região do Porto. Desenvolvido por uma equipa da Fraunhofer Portugal e da Escola Superior de Enfermagem do Porto, o projeto FRADE visa desenvolver e testar uma plataforma tecnológica para deteção de quedas e prevenção dos riscos das mesmas, principalmente junto de idosos.
Além dos até 75 mil euros de financiamento para completar os seus planos de trabalho, os projetos vão receber apoio constante do EIT Health Hub Universidade do Porto durante a implementação dos projetos. Assim, poderão usufruir não só de mentoria mas também das ligações que o Hub tem com parceiros nacionais e internacionais.
ADSA na corrida dos melhores projetos Interreg dos últimos 30 anos
Submetido por U.Porto Inovação em 05/06/20
Dedicado a ajudar startups digitais a escalar os seus negócios para mercados fora dos seus países ou regiões de origem, o Atlantic Digital Startups Academy (ADSA) tem ido além dos habituais eventos, networking e oportunidades com vista à internacionalização. Com início em 2018, e gerido, dentro da Universidade do Porto, pela U.Porto Inovação, o projeto já promoveu momentos de formação quer dos empreendedores quer das organizações que dão suporte aos mesmos.
Recentemente, e graças aos bons resultados, o ADSA foi pré-selecionado no âmbito do “Interreg Project Slam”, um concurso que pretende premiar os melhores projetos Interreg dos últimos 30 anos, no ano em que o programa Interreg faz 30 anos. A relevância do projeto, a sustentabilidade e o seu desempenho foram fatores tidos em conta. O projeto ADSA concorreu na categoria de coesão entre países (neighbour cohesion), dado o seu foco na internacionalização e, como tal, destacou-se pelo trabalho além-fronteiras com um propósito comum de desenvolvimento. Na corrida inicial estavam 150 projetos, dos quais foram selecionados 30. Esses vão agora submeter o pitch final, na esperança de fazerem parte dos seis finalistas em competição no evento final, que terá lugar em Bruxelas em outubro de 2020.
Também recentemente, e devido à pandemia da Covid-19 que acabou por “pausar” algumas atividades, o ADSA, à semelhança de outros projetos Interreg Espaço Atlântico, será prorrogado. Serão seis meses adicionais para consolidar e entregar um conjunto de atividades, desde as visitas de empresas a outras regiões – business immersion – a eventos, agora maioritariamente realizados online. Outros apoios ao nível do networking, mentoria virtual e ações de apoio aos empreendedores continuarão ativos e terão agora mais meio ano para trazer resultados. Desta forma, existirá um novo caminho para apoiar a internacionalização das empresas, mas o objetivo de as aproximar e ajudar continuará presente.
O ADSA é um projeto financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) do programa Interreg Espaço Atlântico e arrancou em 2018. Além de Portugal, são parceiras entidades de mais quatro regiões diferentes da Europa: Espanha, França, Irlanda e Reino Unido. A Universidade do Porto foi um dos parceiros do projeto, através da U.Porto Inovação.
Wegho vai contratar 120 colaboradores até ao final do ano
Submetido por U.Porto Inovação em 03/06/20
A Wegho, uma empresa spin-off da Universidade do Porto responsável pelo desenvolvimento de uma plataforma online que presta serviços de limpeza doméstica, prepara-se para mais do que duplicar a sua equipa. Apesar do contexto atual, no qual têm aumentado as notícias sobre desemprego, a empresa, atualmente incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, vai contratar 120 colaboradores até ao final do ano, sendo que a primeira fase de contratação já está em curso, para perfis essencialmente operacionais.
Ainda antes da pandemia da Covid-19, a Wegho tinha já delineado um projeto de crescimento ambicioso com uma expansão de perto de 70 colaboradores. No entanto, e devido à pandemia, a empresa registou, durante o mês de abril, um acréscimo no volume de trabalho com a higienização, limpeza e desinfeção não só de casas familiares, mas também de escritórios e armazéns.
Os serviços da startup incorporam uma forte componente de procedimentos de desinfeção de espaços de trabalho com elevados padrões de qualidade, procurada pelas empresas para cumprimento das recomendações da Direção Geral da Saúde devido à pandemia, mas também de limpeza doméstica.
Assim, e de forma a dar resposta à solicitação crescente, a Wegho “diversificou a sua operação com um investimento no serviço de desinfeção por nebulização para descontaminação de vírus, bactérias e germes”, tendo, ainda, criado a sua própria loja online de produtos profissionais de limpeza e de equipamentos de proteção individual. Atualmente com 111 colaboradores, a Wegho vai mais do que duplicar a sua equipa.
“A Wegho, assumindo a posição de pioneira digital no setor da limpeza, pretende continuar a investir no serviço de desinfeção e na sua digitalização, com a criação de software próprio e de um sistema de monitorização de espaços que permite que qualquer utilizador confirme quando foi efetuada a última desinfeção. Acreditamos que o nosso serviço, apoiado por este ADN digital e know how, tenderá a crescer, provavelmente em contraciclo económico.” explica Carlos Magalhães, CEO da Wegho.
Mais de 5000 utilizadores em três anos
A Wegho nasceu em 2017 pela mão de dois irmãos (Carlos Magalhães e João Magalhães) e um primo (Luís Machado). Atualmente já conta com mais de 5000 utilizadores registados e com mais de 20.000 agendamentos de serviços realizados. Atua essencialmente no grande Porto e na grande Lisboa, tendo já efetuado alguns serviços de desinfeção e facility services em Braga, Cascais, Estoril e Sintra.
Outras novidades incluem a recentemente criada loja online (onde se podem encontrar à venda Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e produtos de desinfeção) e o selo de confiança com QR Code para se poder ver o histórico de desinfeções que foram feitas num local específico, reforçando a transparência, mas também a seriedade do serviço prestado.
A primeira fase de contratação está em curso e a empresa pretende, já entre maio e junho, englobar 20 novos colaboradores, essencialmente em perfis operacionais. Os interessados podem concorrer aqui.
FMUP e FEUP criam escudo protetor "anti-Covid-19" para a Saúde Oral
Submetido por U.Porto Inovação em 02/06/20
Dois investigadores das faculdade de Medicina (FMUP) e de Engenharia (FEUP) da Universidade do Porto acabam de criar, em tempo recorde, um escudo protetor de aerossóis para uso na área da Saúde Oral, que promete resolver alguns dos desafios que a pandemia por COVID-19 colocou a essa área clínica. O pedido de patente, cujo processo de análise se iniciou a 2 de abril, já foi submetido às entidades competentes pela U.Porto Inovação.
Miguel Pais Clemente, da FMUP, e Joaquim Gabriel Mendes, da FEUP, juntaram competências para desenvolverem uma invenção que apelidaram de “escudo protetor de aerossóis em Medicina Dentária”.
Este instrumento inovador é composto por uma campânula de proteção em forma de ‘U’ invertido. Nas paredes laterais, oblíquas, existem dois orifícios que permitem a entrada das mãos do profissional de Saúde Oral e do seu colaborador. O dispositivo é feito em acrílico, permitindo uma visualização correta do campo operatório, para além de assegurar a extração dos aerossóis por um sistema de ventilação forçada, através de um filtro específico para retenção de bactérias e vírus.
Mais proteção para doentes e profissionais
Como se sabe, a realização de determinados procedimentos clínicos envolve a presença de aerossóis, o que pode originar um aumento da disseminação dessas gotículas respiratórias. “A proximidade com a cavidade oral, bem com a facilidade de transmissão do coronavírus SARS-CoV2 pelas gotículas que se propagam no ar faz com que haja a necessidade de conferir ao profissional de saúde oral um maior grau de proteção”, salienta Miguel Pais Clemente, investigador da FMUP na área da saúde oral.
Joaquim Gabriel Mendes, investigador da FEUP e do INEGI, explica que a solução criada dota a atividade clínica em Medicina Dentária e Estomatologia de “um meio de proteção adicional que funciona como um escudo protetor entre o doente e o clínico”, beneficiando ambos, e minorando os riscos associados aos aerossóis. Ou seja, o dispositivo pode ser visto como “um prolongamento dos equipamentos de proteção individual”, acrescenta.
Ajuda adicional
Note-se que a prática da atividade clínica de Medicina Dentária e Estomatologia encontra-se devidamente enquadrada e preparada para lidar com as questões relacionadas com as infeções cruzadas. “O profissional de saúde oral tem, ao longo da sua formação, um conhecimento profundo sobre as doenças infeciosas, e o controlo da infeção cruzada”, salienta Miguel Pais Clemente.
No entanto, face ao aparecimento da COVID-19, e perante as especificidades de alguns atos técnicos, médicos dentistas e estomatologistas viram a sua profissão suspensa por decreto ministerial durante o estado de emergência, exceto para a realização de situações comprovadamente de urgência ou inadiáveis.
Agora que a Direção-Geral da Saúde voltou a autorizar o exercício da atividade clínica nas áreas da Medicina Dentária e da Estomatologia, o “escudo protetor” desenvolvido na U.Porto poderá assim dotar os profissionais de ambos os setores de uma ferramenta adicional que possa complementar o equipamento de proteção individual que já estão habituados a utilizar.
(Notícia escrita por Olga Magalhães, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto)
U.Porto renova liderança no registo de patentes europeias
Submetido por U.Porto Inovação em 08/05/20
Em 2019, Portugal ultrapassou em mais de 50 os pedidos de patente europeia. De um total de 272 pedidos (em 2018 foram 220), pelo menos 17 têm o selo da Universidade do Porto. Os números, que constam do relatório anual do European Patent Office (EPO), reforçam o estatuto da U.Porto – incluindo faculdades e Institutos Associados – como um dos principais motores de inovação em Portugal, e a Universidade que submete mais patentes em território europeu.
Das 17 patentes submetidas, e cujo primeiro titular seja a Universidade do Porto ou um Instituto Associado, seis foram geridas pela U.Porto Inovação – o gabinete de transferência de conhecimento da Universidade do Porto – e são invenções desenvolvidas por investigadores das faculdades da U.Porto.
Repartidas pelas faculdades de Ciências (FCUP), Engenharia (FEUP), Farmácia (FFUP) e Medicina (FMUP), estas seis invenções incluem um inovador antioxidante capaz de chegar à mitocôndria das células da pele e, assim, manter as suas propriedades naturais e minimizar os efeitos da oxidação; um hidrogel que torna os eletroencefalogramas mais cómodos para os pacientes; formas de utilizar o bagaço de azeitona na indústria dos cosméticos naturais e suplementos alimentares; e um biomarcador para rastreio pré-natal do síndrome de transfusão feto-fetal, condição que pode surgir em gravidezes de gémeos.
No que toca aos pedidos de patente realizados pelos Institutos Associados da U.Porto, o destaque vai para o INESC TEC. De acordo com o EPO, foram sete as submissões de patente, em áreas como inteligência artificial, tecnologias digitais, tecnologia médica, telecomunicações e tecnologias de medição.
As outras cinco patentes com o selo da U.Porto foram submetidas pelo Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), com quatro pedidos, e pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR-UP), com um pedido.
Do i3S falamos, por exemplo, da tecnologia Cyanocare, um projeto baseado num polímero produzido naturalmente por uma cianobactéria marinha que, devido às suas propriedades naturais, pode ser utilizada em diferentes indústrias.
Por sua vez, o CIIMAR submeteu, junto do EPO, uma invenção destinada à aquacultura. Trata-se de um pacote tecnológico que, baseado num modelo preditivo, permite prever alterações que a temperatura e salinidade provocam no consumo alimentar do peixe de aquacultura. Assim, é possível regular dinamicamente a quantidade de ração disponibilizada de acordo com as necessidades reais dos peixes.
Portugal com novo recorde
Segundo os dados divulgados pelo EPO, em 2018 Portugal tinha submetido 220 pedidos de patente europeia, o que representava um crescimento de 46,7% face ao ano anterior. Em 2019 os números voltaram a subir, tendo sido submetidos 272 patentes europeias a partir de Portugal.
No “top 5” de instituições mais inovadoras destaca-se, pelo terceiro ano consecutivo, o INESC TEC. A liderança é assumida pela empresa Novadelta, com 16 pedidos de patente.
A lista do EPO, no que diz respeito aos países que mais pedidos apresentaram em 2019, é liderada pelos Estados Unidos com mais de 25% dos pedidos. Seguem-se a Alemanha, o Japão e a China. Já no que toca a empresas, a chinesa Huawei surge no topo da tabela com mais de 3500 pedidos de patente, seguida da Samsung e da LG com mais de 2800 pedidos cada.
Universidade do Porto continua a liderar na inovação
O Relatório Anual do Instituto Europeu de Patentes 2019 reflete, assim, o que foi mais um ano de expansão da propriedade intelectual da Universidade do Porto. No ano passado, chegaram à U.Porto Inovação 18 novas comunicações de invenção, provenientes das faculdades de Arquitetura, Ciências, Engenharia, Farmácia, Letras e ICBAS.
Foram ainda submetidos 67 pedidos internacionais em territórios como Europa, Estados Unidos, Canadá ou China. Graças a estes números a Universidade do Porto alcançou, em 2019, a marca das 700 patentes submetidas tanto a nível nacional como internacional.
De destacar também que, em 2019, foram cinco as patentes da U.Porto concedidas em Portugal e 49 internacionais em países como Europa, Estados Unidos, China ou Japão. Entre elas está a primeira concessão de patente da Universidade do Porto na Coreia do Sul.
Tendo em conta todas as novas patentes submetidas, mas também as que foram caindo ao longo do ano, a U.Porto terminou 2019 com 339 patentes e pedidos de patente ativos no seu portfolio.
Spin-off da U.Porto cria jogo para a Nintendo Switch
Submetido por U.Porto Inovação em 07/05/20
O jogo chama-se ZHED e é um clássico videojogo de puzzles “sem cronómetros, tempos limite ou truques, apenas puzzles para desfrutar”, refere a Ground Control Studios. Foi construído com base numa mecânica simples e serve para treinar a concentração, foco e memória. “É um jogo para quem gosta de puzzles e de ser desafiado”, refere Rui Guedes, um dos fundadores daquela spin-off da Universidade do Porto.
Desde o primeiro contacto até ao jogo chegar à Switch, no passado mês de abril, perto de um ano se passou. O desenho da parceria com a gigante dos videojogos envolveu muitas trocas de emails, apresentações e reuniões na Alemanha durante a GamesCom”.
Sendo a Nintendo um dos “três grandes da indústria” (a par da Sony e da Microsoft), quer pelo fabrico de consolas quer por todo o historial associado à marca, desenvolver um jogo para uma consola Nintendo é, como refere Rui Guedes, uma “decisão bastante óbvia para qualquer produtor de jogos”.
Este jogo em particular começou com um protótipo chamado “Purple”, que a Ground Control Studios decidiu transformar num jogo mobile. Essa decisão fez toda a diferença no que viria a seguir: “Atualizámos imenso o visual e a jogabilidade e lançámos o jogo sem um plano claro sobre o que poderia e devia ser”, refere Rui Guedes.
Foi quando os utilizadores começaram a jogar a versão mobile que a Ground Control Studios achou que valia a pena ir mais longe e que “havia um lugar para o ZHED noutras plataformas, onde o jogo poderia evoluir e atingir o seu verdadeiro potencial enquanto um jogo de puzzles puro”.
Passar para as consolas seria inevitavelmente o próximo passo: “Ao nível estratégico, as consolas sempre foram a plataforma de excelência para os videojogos, estamos a falar de 40 milhões de dispositivos, comprados especificamente para jogar jogos, por pessoas habituadas a pagar entre os 1 e os 70 euros (ou mais) por um jogo”, refere Rui Guedes. A Ground Control Studios considera “prova superada” o alcançar desse mercado claramente premium, num lançamento “sem qualquer tipo de incidente o que, neste meio, não é trivial”, refere o fundador.
Rui Guedes admite que chegar a uma consola Nintendo pode ser classificado como um item da bucket list da jovem empresa portuguesa, e um verdadeiro desafio num caminho nem sempre fácil: “Existirão desafios como o controlo de qualidade, que é muito rigoroso, e a simples escala da plataforma consola que inclui muitos milhões de dispositivos”, conta. No entanto, a empresa ficou com a “sensação agradável de desafio superado” e acredita ser muito importante o reconhecimento dentro do meio, inevitável quando se fala da marca Nintendo.
"Demasiados" projetos na manga
Questionado sobre outros projetos da Ground Control Studios neste momento, Rui Guedes responde com um orgulhoso “demasiados!”. A par do trabalho com a Nintendo (com a qual têm outro jogo em fase de testes), a Ground Control Studios está também a trabalhar em parceria com a Humble, outra empresa de renome no mundo dos videojogos.
Além disso, estão também a trabalhar noutro tipo de projetos utilizando a tecnologia de videojogo, mas aplicada a negócios, com clientes como a SONAE ou a SIC, e estão envolvidos também num projeto com a FEUP (LIAAC) que “envolve jogos sérios e simuladores de Realidade Virtual para cadeiras de rodas inteligentes” conclui Rui Guedes.
A Ground Control Studios é uma empresa especialista e pioneira na área das Realidades Virtuais, Aumentadas e Mistas e os seus clientes têm projetos em áreas tão diversas como turismo, retalho, imobiliário ou gestão. A empresa recebeu o selo spin-off U.Porto em 2018.
Nova liderança para consolidar um caminho firme
Submetido por U.Porto Inovação em 08/04/20
“Encaro esta nova missão com orgulho de liderar uma equipa altamente qualificada e diversa”. São as palavras de André Fernandes, colaborador da U.Porto Inovação há 13 anos e que agora assume funções de direção da Unidade. O gabinete de transferência de conhecimento da Universidade do Porto tem também um novo responsável dentro da equipa reitoral, sendo agora tutelado pela pró-reitora Joana Resende.
Procurando consolidar os objetivos alcançados e o caminho percorrido desde a criação da U.Porto Inovação em 2004, André Fernandes encara este novo passo com responsabilidade de levar a equipa a produzir resultados de excelência: “Em 2019 celebrámos 15 anos de uma existência em crescendo, não só em dimensão mas também em resultados. Percorremos várias fases: a da constituição, a da consolidação, a da profissionalização e a do crescimento. A ambição agora é passarmos à fase da empresarialização da gestão da nossa Unidade, para maximizarmos o valor que trazemos para a Universidade do Porto”, refere.
O trabalho da U.Porto Inovação será agora tutelado por Joana Resende, pró-reitora da U.Porto para o Planeamento, Empreendedorismo e Transferência de Conhecimento. Na sua opinião, as Universidades são atores muito importantes na promoção da inovação e do empreendedorismo, contribuindo quer para a dinamização e crescimento económico baseado em conhecimento, quer para a procura de respostas aos complexos desafios que se colocam às sociedades modernas. Estando a Universidade do Porto profundamente comprometida com este novo paradigma, Joana Resende vê a U.Porto Inovação como “um elemento-chave da estratégia”, pois promove um “amplo conjunto de atividades que apoiam a cadeia de valor de inovação dentro deste ecossistema”.
Mudança (também) de espaço
Ainda em 2019, no final do ano, a equipa da U.Porto Inovação instalou-se na UPTEC com o objetivo de aproximar as duas principais estruturas que apoiam a cadeia de valor da inovação da Universidade do Porto. Na opinião de Joana Resende, esta é uma excelente maneira de aumentar o impacto das atividades das duas equipas, procurando explorar sinergias que permitam a “transformação efetiva do conhecimento em produtos, serviços e modelos de negócio inovadores”, diz.
U.Porto mantém aposta na inovação e apoio ao empreendedorismo
Submetido por U.Porto Inovação em 08/04/20
“A U.Porto Inovação é um elemento-chave da estratégia de promoção da inovação e empreendedorismo na universidade, pois promove um amplo conjunto de atividades que apoiam a cadeia de valor dentro deste ecossistema”. São palavras de Joana Resende, pró-reitora da U.Porto para o Planeamento, Empreendedorismo e Transferência de Conhecimento. Desde final de 2019 que é a responsável pela U.Porto Inovação e, em jeito de balanço do que foi o último ano, a pró-reitora afirma que foram feitos “esforços notáveis para aproximar os principais atores do ecossistema empreendedor da universidade”.
Foi o ano em que a U.Porto Inovação celebrou o seu 15º aniversário e, simultaneamente, um dos que trouxe mais novidades. Falamos da mudança de instalações da Reitoria da U.Porto para o edifício da UPTEC, mas também da saída de Maria Oliveira, coordenadora da U.Porto Inovação desde 2008. Já no início de 2020 essa posição foi assumida por André Fernandes – colaborador da Unidade há 13 anos – que encara a missão “com orgulho de liderar uma equipa altamente qualificada e diversa”.
Mudanças à parte, a missão da U.Porto manteve-se inalterada e o objetivo agora é continuar o caminho firme dos últimos anos. Para isso, deu-se seguimento às atividades de proteção de propriedade intelectual, apoio ao empreendedorismo e aproximação da U.Porto à indústria. Como em anos anteriores, os projetos financiados continuaram a ser um forte pilar para o desempenho das atividades da U.Porto Inovação. Foram 46 os projetos ativos em 2019, compreendendo um total de 2 milhões de euros para financiar parte do funcionamento da unidade.
Proteger o que de melhor se faz na Universidade do Porto
No que toca à propriedade intelectual, a Universidade do Porto registou, em 2019, 18 novas comunicações de invenção. Foram submetidos 22 pedidos de patente nacional junto do Instituto de Propriedade Industrial (INPI), sendo a Universidade do Porto primeiro ou segundo titular desses processos. Foram ainda submetidos 19 pedidos de extensão internacional (PCT) e 69 pedidos internacionais em territórios como Europa, Estados Unidos, Canadá ou China. Graças a estes números a Universidade do Porto alcançou, em 2019, a marca das 700 patentes submetidas tanto a nível nacional como internacional.
Já no que toca a concessões, foram cinco as patentes concedidas em Portugal e 49 internacionais em países como Europa, Estados Unidos, China ou Japão. Entre elas está a primeira concessão de patente da Universidade do Porto na Coreia do Sul. Tendo em conta todas as novas patentes submetidas, mas também as que foram caindo ao longo do ano, a U.Porto terminou 2019 com 349 patentes ativas no seu portfolio.
Além de proteger, importa valorizar a investigação. Por isso, a U.Porto Inovação deu seguimento à iniciativa BIP PROOF, com o apoio da Fundação Amadeu Dias, e financiou tecnologias da U.Porto com 10 mil euros por invenção.
De salientar também os dois novos acordos de licença às empresas OFRTECH e Visual Traffic Lights que envolvem tecnologias da Universidade. No final de 2019 a U.Porto contava 25 licenças ativas.
Incentivar o empreendedorismo e aproximar as empresas
Numa altura em que se respira o maior e melhor momento do ecossistema empreendedor, a U.Porto Inovação continuou a sua missão de apoiar quem quer voar mais alto. Em 2019 foram 17 as empresas a receber o selo spin-off U.Porto e o The Circle, apoiado pelo Santander Universidades e pela Porto Business School, chegou ao final do ano com 91 membros. Juntas, estas empresas gerem mais de 200 patentes, geram mais de 35 milhões de euros de lucro e já contribuíram para a criação de mais de 900 postos de trabalho.
No que diz respeito a eventos, Portugal recebeu pela primeira vez em seu solo o Digital Health Venture Forum e pela mão da Universidade do Porto. O evento foi co-organizado pela U.Porto Inovação e reuniu, na Porto Business School, investidores e startups. Depois, e já mais perto do final do ano, repetiu-se a já fórmula de sucesso que é o Entreprenow, desta vez focado na jornada do empreendedor. O fórum juntou mais de 150 pessoas na Casa da Música e contou com oradores e convidados de renome.
No que diz respeito à 3ª missão da Universidade, e já um habitué nas atividades da U.Porto Inovação, organizaram-se três sessões A2B (Academia to Business): uma com o Clube dos Produtores Continente (SONAE), uma em parceria com a EIT Digital e a Builging Global Innovators (que envolveu várias empresas) e outra, pelo segundo ano consecutivo, entre empresas e investigadores durante a FINDE-U, a feira de emprego da U.Porto. Estes encontros (num total de 45) já se realizam há oito anos. Ao todo, entre académicos e membros de empresas, perto de 1400 pessoas já puderam usufruir desta iniciativa que tem como objetivo uma mais eficaz valorização do conhecimento gerado na Universidade, aproximando os intervenientes deste meio com os da indústria.
Ficar mais perto e dar a conhecer o melhor da U.Porto
Por fim, mas não por último, este foi um ano rico para a U.Porto Inovação no que diz respeito à comunicação. Por altura do 15º aniversário foi lançado “Um Minuto de Inovação”, uma série de 32 vídeos sobre tecnologias “made in U.Porto” que pretende funcionar como uma espécie de montra do que de melhor se faz na universidade, apresentando as suas mentes brilhantes à sociedade.
Além disso, e rendendo-se às tendências, a U.Porto Inovação passou a estar presente também no Instagram, e o perfil alcançou recentemente a marca dos 1000 seguidores.
Foi mais um ano em que a Universidade do Porto apostou na inovação e no empreendedorismo da sua comunidade e parceiros, contando com a U.Porto Inovação e uma equipa de “profissionais altamente qualificados”, refere a pró-reitora Joana Resende. Tendo esse compromisso como missão, a equipa entrou em 2020 empenhada em consolidar um caminho firme junto de todos os seus parceiros: “Estamos muito orgulhosos dos resultados de valorização que conseguimos alcançar. E também muito gratos a todos os que contribuíram para isso”, conclui André Fernandes.
A brochura da U.Porto Inovação em números, referente ao ano de 2019, está disponível para consulta aqui.
Universidade do Porto licencia tecnologias à OFRTECH
Submetido por U.Porto Inovação em 08/04/20
O acordo foi assinado em 2019 entre U.Porto, U.Minho e OFRTECH, e trata-se de uma licença de exploração exclusiva absoluta. A empresa spin-off foi criada o ano passado e tem como objetivo explorar comercialmente duas tecnologias baseadas em reatores de fluxo oscilatório (do inglês, oscillatory flow reactor (OFR)). A empresa tem direitos sobre fabrico, uso, fruição, venda e locação das duas invenções em questão. No processo de investigação estão envolvidos investigadores do Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UM).
“Foi o interesse demonstrado por vários centros de investigação, assim como pelo setor empresarial, nestas tecnologias que acabou por determinar a criação da OFRTECH”, refere António Ferreira (LEPABE/FEUP), um dos inventores envolvidos no processo e que teve a ideia de constituir a empresa. Tudo começou em maio de 2019 e logo depois da criação da spin-off deu-se início ao processo de licenciamento das patentes e do know-how associados às tecnologias junto das Universidades do Porto e Minho.
Falamos de dois reatores de fluxo oscilatório: o Oscillatory Flow Plate Reactor (OFPR) e o Oscillatory Flow Tube Reactor (OFTR). Um é baseado em canais e o outro em tubos, e, como explica António Ferreira, “ambos surgiram da necessidade de intensificar a mistura de diferentes fases – sólida, líquida e gasosa – em processos industriais contínuos”. A eficiência na mistura de soluções é um fator essencial para o sucesso de vários processos industriais. No entanto, as tecnologias usadas atualmente estão longe de serem perfeitas. Problemas como a fraca capacidade de mistura, qualidade do produto, a reprodutibilidade e o aumento de escala são comumente reportados. Os reatores de fluxo oscilatório, desenvolvidos por esta equipa de cientistas liderada por António Ferreira, visam colmatar estas lacunas e reduzir substancialmente os custos operacionais. Para além disso, estas tecnologias permitem operar em modo semicontínuo e contínuo, uma flexibilidade relevante para a sua adoção em diferentes processos industriais.
“É uma autêntica revolução no processo produtivo”, refere António Ferreira. A título de exemplo, consegue reduzir-se o tempo de produção de um princípio ativo (API), que ronda atualmente as 10 horas para apenas 7 minutos. Além disso, explica o investigador, “o footprint foi reduzido de 10-15 m2 para 1 m2 – o equivalente a reduzir um processo do tamanho de uma sala para uma simples secretária”, conclui.
Olhos postos no futuro
Marisa Miranda é diretora executiva da OFRTECh e acredita que o potencial dos reatores comercializados “é enorme, não só devido ao espetro de aplicabilidade a diferentes processos de produção, mas também pela sua eficácia que oscila entre 4 a 30 vezes mais do que as soluções atualmente disponíveis no mercado”. O core business da OFRTECH inclui também o desenvolvimento e investigação de novas unidades de mistura e respetiva venda, “assim como a manutenção dos equipamentos desenvolvidos”, explica a empreendedora.
“Começámos por nos centrar no design do produto transformando a tecnologia licenciada num produto ‘ready to start’, mas simultaneamente arrancámos com a nossa estratégia de vendas”, refere Marisa Miranda. Os mercados preferenciais são os das áreas farmacêutica, química e biológica e neste momento os reatores comercializados pela OFRTECH já estão a ser aplicados em diferentes unidades de investigação “em processos como a cristalização em contínuo de princípios ativos, purificação de proteínas, tratamento de águas residuais hospitalares, cultivo de microalgas, entre outros”, refere a diretora executiva.
Os planos futuros da jovem empresa passam por “estender a estratégia de vendas à indústria, o que, simultaneamente, implicará um aprofundamento da colaboração entre a empresa e os investigadores”, conclui.
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