A U. Porto no ecossistema empreendedor de Berlim

Foi já o frio outonal a acolher a missão do projeto UI-CAN a Berlim na passada semana de outubro. Contudo, isso não foi impedimento para uma jornada recheada de visitas inovadoras ao ecossistema empreendedor da cidade alemã, trocas de ideias entre os participantes e, claro, muito convívio e networking  A visita a Berlim foi impulsionada pela participação do projeto E-RecyGold (vencedor da última edição do concurso de ideias iUP25k) no evento Stage Two. Aproveitando a ocasião, a U. Porto Inovação endereçou o convite a cinco empreendedores da U.Porto para que se juntassem à comitiva e, assim, pudessem conhecer o que de melhor se faz na capital alemã no que à inovação e empreendedorismo diz respeito. Assim, além de Liliane Martelo, representante do projeto E-Recygold, participaram ainda na visita os docentes e investigadores Ana Colette Maurício (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) e Rolando Martins (Faculdade de Ciências da U.Porto), Diogo Silva (do projeto Genesis, que ficou em 2º lugar no BIP Acceleration) e Francisca Carvalhal (do projeto OceanCare, que ficou em 3º lugar também no BIP Acceleration). Além disso, puderam acompanhar o grupo Rafaela Moreira, da U.Porto Inovação, Marta Marques e Joana Xará da Universidade de Aveiro, Edgar Nave, da Universidade da Beira Interior,  Hernâni Oliveira, da Universidade de Évora, Miguel – Bacelar, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e também Helena Moura, da TecMinho. A comitiva refere-se a esta jornada como três dias “intensos de muita aprendizagem e trocas”. No primeiro dia tiveram a oportunidade de visitar o coworking da TU Berlin, e de assistir a uma apresentação da Partner Berlin. Nas palavras de Friedmann Lotz, dessa instituição, o objetivo foi dar apenas um pequeno “flavour” do ecossistema empreendedor nacional. No dia seguinte teve lugar uma visita guiada ao Euref Campus, um distrito com aproximadamente 5,5 hectares e mais de 150 empresas, diferentes instituições e startups das áreas da energia, mobilidade e sustentabilidade. Já perto do final da visita, no terceiro dia, o grupo visitou o Berlin Adlershof, que é o principal Parque Científico e Tecnológico da Alemanha.  Importa referir também que durante esta semana teve lugar o acima referido evento Stage Two, no qual a U.Porto foi representada pelo projeto E-RecyGold. Também o projeto Karion Therapeutics, da Universidade do Minho, e vencedor do 1º evento nacional do projeto UI-CAN, teve oportunidade de se apresentar perante o júri de investidores e CEOs europeus da competição Stage Two. A equipa, embora não tenha sido premiada, ficou entra as oito finalistas. Esta visita contou com o apoio do UI-CAN - Universidades como Interface para o Empreendedorismo, um projeto financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu, União Europeia.

Immunethep vai testar nova vacina multibacteriana em humanos

A Immunethep, uma empresa spin-off da Universidade do Porto responsável pela conceção da primeira vacina eficaz e totalmente voltada para a prevenção de infecções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, foi uma das 75 startups selecionadas pelo Conselho Europeu de Inovação (EIC) para receber financiamento ao abrigo do programa EIC Accelerator. A startup portuense receberá, inicialmente, 2,5 milhões de euros, ficando elegível para um investimento de capital adicional do EIC Fund que totaliza mais de 17 milhões de euros. A Immunethep destacou-se, assim, entre mais de 1000 candidaturas provenientes de toda a Europa. O EIC Accelerator é um programa que pretende investir e financiar, através do Fundo do EIC, startups ou pequenas empresas que se encontrem a desenvolver e acelerar inovações disruptivas. O valor do financiamento será aplicado nos primeiros ensaios clínicos em humanos da Paragon Novel Vaccine (PNV), sendo a primeira vez que uma vacina multibacteriana entra em ensaios clínicos. O processo de candidatura da Immunethep demorou cerca de 1,5 anos, com várias fases que culminaram numa entrevista frente ao júri do programa. Ao longo de todas essas fases os projetos foram avaliados segundo critérios como mérito científico, potencial disruptivo e capacidade de criação de valor, em cujos a spin-off U.Porto se destacou, sendo uma das escolhidas. Os dados clínicos observacionais obtidos no âmbito deste acordo foram também um fator relevante para o sucesso da candidatura ao EIC, contam os responsáveis da Immunethep. Além disso, referem, foi também muito importante a colaboração da SNAP! Partners e da Margrit Schwarz que atualmente incorpora o “Advisory Board” da spin-off U. Porto. A abordagem disruptiva da tecnologia da Immunethep também já captou o interesse de empresas farmacêuticas, como a Merck-Sharp-Dome (MSD), com quem já estabeleceram um acordo de colaboração. Investigação nascida na U.Porto A PNV é um produto que tem origem numa investigação que começou na Universidade do Porto, mais precisamente no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) num grupo liderado pela investigadora Paula Ferreira da Silva. A investigação deu, depois, origem à formação da empresa Immunethep (com o selo Spin-off U.Porto), a quem a invenção foi licenciada. A Immunethep foi fundada por Pedro Madureira, membro da equipa de investigação e atual Diretor Científico da Immunethep, e pela Venture Catalysts. Entretanto – e com o apoio da U.Porto Inovação, que continua a apoiar o processo, a tecnologia já foi patenteada em mais de 40 territórios, entre eles Portugal, Estados Unidos, Canadá, Japão, mais de 30 países europeus e também Índia e Hong Kong, sendo a única tecnologia “made in U.Porto” patenteada nestes dois últimos territórios. Pedro Madureira, realça a importância desta conquista: “A Índia é um dos países onde a incidência de infeções bacterianas é muito elevada e onde, anualmente, morrem cerca de 200.000 pessoas por doenças causadas por este tipo de infecções”.   Uma esperança contra as infeções bacterianas Explicando de forma relativamente simples, a PNV é a primeira vacina eficaz e totalmente voltada para a prevenção de infeções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, incluindo multirresistentes, com o objetivo de abranger toda a população desde recém-nascidos até idosos. Foi desenvolvida com base na descoberta de um novo mecanismo de imunossupressão partilhado por algumas das bactérias mais perigosas e mortais (Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Escherichia Coli e Streptococcus do grupo B). Baseada no conhecimento deste mesmo mecanismo bacteriano, a Immunethep está também a desenvolver o produto UNImAb – anticorpos monoclonais – que podem ser usados como tratamento em pessoas já infetadas. Como referido acima, os próximos passos incluem “finalizar o desenvolvimento do UNImAb (anticorpos) e entrar com a PNV (vacina) em ensaios clínicos”, refere Pedro Madureira. O investigador e empresário acrescenta que, uma vez que esta parte do processo implica um “investimento significativo”, o reconhecimento do EIC chega numa altura fundamental. Os ensaios clínicos que agora preparam vão permitir avaliar a segurança, imunogenicidade e eficácia da vacina, fazendo com que a Immunethep seja a primeira empresa no mundo a ter uma vacina multibacteriana nesta fase de desenvolvimento, de acordo com o relatório de vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2021. Segundo um estudo publicado pelo The Lancet, só em 2019, perto de 5 milhões de pessoas em todo o mundo morreram devido a doenças causadas por infecções bacterianas. Dessas, mais de 1,27 milhões de mortes foram resultado direto da resistência antimicrobiana, tornando fundamental mudar o panorama. Segundo o relatório da OMS sobre a resistência a antibióticos, prevê-se que, se não ocorreram mudanças significativas na forma como novos medicamentos são desenvolvidos para enfrentar o que chamam de “pandemia silenciosa”, em 2050 a resistência antimicrobiana será a maior causa de morte do mundo, superando o cancro.

U.Porto Inovação e SIP organizam sessão de esclarecimento de PI

Teve lugar no passado dia 17 de outubro, no Auditório UPTEC Asprela I, a sessão de (in)formação “Como proteger via patente um resultado de investigação e como acomodar essa proteção no orçamento de proposta a financiamento”. O evento foi iniciativa do Serviço de Investigação e Projetos da Reitoria da Universidade do Porto (SIP) e contou com a participação, também enquanto coorganizadora, da U.Porto Inovação. Depois das boas-vindas, que ficaram a cargo do Vice-Reitor Pedro Rodrigues, Evelyn Soto e Mónica Rodrigues, da U.Porto Inovação, tomaram o leme desta sessão de esclarecimento dirigida, principalmente, a investigadores e estudantes. Foram abordados conteúdos como “quais as formas de proteger uma invenção”, “o que é uma patente e como a manter”, “como submeter um pedido de patente”, e também questões relacionadas com os custos associados a um processo do género. Aproximadamente 40 pessoas participaram na formação. Esta sessão aconteceu no âmbito do UI-TRANSFER, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020.  Para quem não teve a oportunidade de participar, a U.Porto Inovação está a programar mais ações de sensibilização e capacitação para a PI, ainda no âmbito deste projeto. Acompanhem os nossos meios!  

Didimo recebe financiamento de mais de 7 milhões de euros

  A Didimo, uma empresa spin-off da Universidade do Porto, incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, acaba de garantir um financiamento serie A de mais de 7 milhões de euros, numa ronda liderada pela Armilar Venture Partners. Este financiamento será aplicado em acelerar o crescimento comercial da Didimo e contratar, pelo menos, dez novos funcionários no próximo ano, aumentando a equipa para um total de 35 pessoas. Verónica Orvalho, fundadora e CEO da Didimo, refere que esta ronda, num momento de menor liquidez no mercado financeiro, é “um privilégio”. A empreendedora acrescenta ainda que aumentar a equipa será uma motivação extra para “ainda mais dedicação” à missão da empresa spin-off da Universidade do Porto. Criada em 2016, a Didimo é líder no desenvolvimento de modelos digitais interativos de alta fidelidade de cada pessoa (avatares). Através apenas do upload de uma fotografia, qualquer utilizador pode criar uma personagem 3D que vai interagir nos mais variados serviços online. Tudo isso graças à tecnologia desenvolvida pela Didimo, que tem uma infraestrutura cloud automatizada, permitindo a qualidade, velocidade e versatilidade necessárias para criar os “didimos”, ou avatares em… menos de um minuto. Basta utilizar a aplicação Didimo Xperience (disponível para Android ou iOS). A tecnologia pioneira já garantiu à Didimo projetos com a Amazon e a Sony. Com escritório-base no Porto, a Didimo está espalhada por todo o mundo, desde o Reino Unido à República Dominicana. Motivos não faltam para que capitais de risco e outras entidades estejam atentas ao trabalho da startup portuense, querendo investir. Esta não é, de resto, a primeira vez que a Didimo recebe avultados montantes: só em 2019 foram mais de 6 milhões de euros, em duas rondas. A primeira dessas rondas, no valor de 4,4 milhões de euros por um fundo português composto pela Portugal Ventures, Farfetch, Bynd Venture Capital, Beta-i e a LC Ventures. Nesse mesmo ano, já em dezembro, a Didimo recebeu mais de 1,8 milhões de euros da Comissão Europeia. Em 2020, e em plena pandemia da Covid-19, a startup fechou novo financiamento de 1 milhão de euros (numa ronda liderada, também, pela Armilar VP) que foi utilizado para aumentar a equipa e contratar novos talentos. Antes, em 2017, Verónica Orvalho, que é também docente na Faculdade de Ciências da U.Porto. Atualmente, recebeu também um prémio de 47 mil euros no concurso internacional Women Startup Challenge, que aconteceu na sede da Google, em Nova Iorque.

U.Porto Inovação recebe 4 novos colaboradores UPinTech

  Carlos Brochado, Diana Guimarães, José Almeida e Maria Grácio são os novos colaboradores da U.Porto Inovação, colaboração essa que se desenvolverá em regime de part-time e ao abrigo do programa UPinTech. No passado dia 10 de outubro a equipa da Unidade reuniu-se para dar as boas-vindas aos quatro estudantes da U.Porto, e também para dar formação aos mesmos sobre os trabalhos a desempenhar a partir desse momento. Além disso, os novos colaboradores tiveram ainda oportunidade de conhecer melhor o trabalho da U.Porto Inovação, bem como a sua equipa. As áreas de formação e especialização dos candidatos escolhidos para esta edição do programa UPinTech - que acontece com o apoio do projeto europeu INVENTHEI - são diversas. Carlos é estudante do mestrado integrado de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), e  durante o seu percurso académico participou em diferentes competições de empreendedorismo. Também da área das ciências da vida é José, que se encontra neste momento a frequentar o doutoramento em Química Sustentável no LAQV-REQUIMTE, focado na síntese sustentável de novos fármacos para a terapia fotodinâmica do cancro.  Passando para as engenharias, Diana Guimarães é atualmente estudante de doutoramento na Universidade do Porto. A sua experiência profissional inclui trabalho como investigadora bem como Assistente Convidada na Universidade do Porto e o cargo de Engenheira de Sistemas Embebidos na indústria automóvel. Já Maria é estudante de mestrado em Engenharia Física, na Faculdade de Ciências e na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. É licenciada em Física Tecnológica, pela mesma instituição, e encontra-se a realizar a sua dissertação na área de junções magnéticas de túnel para recolha de energia. Teve oportunidade de estagiar no Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL). Está, assim, formada uma equipa multidisciplinar que irá apoiar a U.Porto Inovação principalmente nos processos relacionados com propriedade intelectual e transferência de conhecimento. Sobre o programa UPinTech Já lá vão mais de dez anos desde que a U.Porto Inovação lançou o programa UPinTech. Desde então, mais de 50 pessoas colaboraram e receberam hands on training na unidade de transferência de conhecimento e empreendedorismo da U.Porto. O principal objetivo do programa UPinTech é providenciar à comunidade estudantil e científica da U.Porto um contacto direto com as atividades de proteção e comercialização de tecnologias da U.Porto. A U.Porto Inovação beneficia do trabalho de uma equipa altamente qualificada em proteção, transferência de tecnologia e empreendedorismo. Para saber mais sobre a oportunidade e as competências necessárias clique aqui. Esta edição do programa UPinTech conta com o apoio do INVENTHEI, projeto europeu financiado pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia.

BIP PROOF está de volta para financiar projetos inovadores

Esta é a quinta vez que o programa BIP PROOF, iniciativa da U.Porto Inovação, vai disponibilizar verba para financiar projetos inovadores na execução de provas de conceito. Serão, ao todo, seis os projetos financiados nesta edição de 2022/2023, e cada um vai receber até 10 mil euros. O principal objetivo do BIP PROOF é apoiar projetos de provas de conceito que visem estimular a concretização de etapas de valor conducentes à valorização de resultados de investigação promissores. Para tal, os projetos a apoiar procederão à realização de protótipos de viabilidade técnica, ensaios in-vitro/in-vivo, estudos de viabilidade e de mercado ou outras atividades que acrescentem valor a estes resultados e aumentem a sua atratividade, para serem depois transferidos para empresas ou para darem origem à criação de empresas spin-off.  Como já vem sendo habitual nas últimas edições, também esta conta com o apoio da Fundação Amadeu Dias, do Santander Universidades e da J.Pereira da Cruz. Adicionalmente, o BIP PROOF 2022/2023 é apoiado pelo UI-TRANSFER, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020.  As candidaturas para a edição 2022/2023 estão abertas na plataforma Santander X até ao dia 7 de novembro. Podem consultar aqui as linhas orientadoras desta edição. Para esclarecimento está disponível o email: bip@reit.up.pt Os projetos a concurso podem vir de todas as áreas de investigação da Universidade do Porto (incluindo entidades participadas), desde que cumpram alguns requisitos, como por exemplo, a garantia de que a propriedade intelectual anterior ou futura das invenções concorrentes pertença à Universidade do Porto ou entidades participadas. É necessário também que apresentem um objetivo claro com resultados bem definidos (prova de conceito experimental, protótipos a validar laboratorialmente ou em ambiente industrial) e que conduzam ao desenvolvimento ou clarifiquem a viabilidade de novos produtos, processos ou serviços, com aplicação bem definida. Por fim, mas não por último, os projetos candidatos devem evidenciar que o apoio obtido no âmbito da iniciativa BIP PROOF terá um impacto significativo na sua aproximação ao mercado, bem como devem garantir o compromisso da equipa envolvida em apoiar essa comercialização. Com base nas candidaturas apresentadas, a U.Porto Inovação irá proceder à análise das propostas e seriar os projetos mediante avaliação da documentação entregue. Os resultados serão anunciados neste website. Sobre o BIP PROOF O BIP PROOF arrancou em 2018 e, desde então, mais de 20 invenções receberam financiamento, partindo da avaliação de dezenas de candidaturas. Na primeira edição, que aconteceu no âmbito do projeto U.Norte Inova, seis projetos receberam, cada um, 20 mil euros para impulsionar provas de conceito. Ainda nesse ano, a Fundação Amadeu Dias (FAD) passou a ser o apoio principal da iniciativa, e outras quatro ideias inovadoras receberam 10 mil euros cada um. Já em 2019, e repetindo a fórmula de sucesso com a FAD, quatro projetos de investigação receberam financiamento. Já na edição de 2020, o programa passou a contar também com o apoio do Santander Universidades, financiando-se seis projetos, num investimento de 60 mil euros. A última edição recebeu perto de 40 candidaturas, e foram cinco os projetos financiados pelo programa. A J.Pereira da Cruz juntou-se aos parceiros do BIP PROOF, participando também da avaliação dos candidatos. Os vencedores desta edição 2021 serão apresentados numa sessão pública no próximo dia 3 de novembro, na UPTEC. Mais informações em breve. O BIP PROOF é, e tem sido, uma das maneiras de a U.Porto Inovação apoiar, e procurar valorizar, o que de melhor se faz na investigação da Universidade do Porto. A edição 2022/2023 tem o apoio do UI-Transfer, um projeto cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, enquadrado no Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) do Portugal 2020. Conta também com o apoio da Fundação Amadeu Dias, do Santander Universidades e da J.Pereira da Cruz.  

U.Porto representada em força no evento BIOMEET

Após dois anos de interrupção, o Biomeet, encontro anual do setor de Biotecnologia, regressou, enquadrado nas comemorações da Semana Europeia de Biotecnologia. Entre as tecnologias presentes e apresentadas, houve uma forte presença da Universidade do Porto, que se viu representada com sete projetos. Uma das atividades dos dois dias de evento foi o Biomeet Invest, que contou com a presença de investidores (nacionais e internacionais), interessados em conhecer o sistema biotecnológico português e, eventualmente, investir em startups promissórias nesta área. Assim, o projeto REGENERA, da investigadora Ana Colette Maurício (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) e a spin-off U.Porto FASTinov, fundada pela investigadora Cidália Pina Vaz (Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) subiram, neste contexto, ao palco da conferência. REGENERA é um projeto de investigação focado em células estaminais. Surgiu quando a equipa do ICBAS (Ana Colette Maurício na foto, à direita) foi confrontada com o dado de que perto de um terço dos cavalos de corrida termina a sua jornada com uma lesão grave que, na maior parte dos casos, nem a cirurgia consegue resolver. Partindo desse problema, o grupo de investigação começou a testar o uso de células estaminais e terapias celulares para promover a regeneração dos tecidos danificados, de modo a possibilitar uma cura mais rápida e eficiente, e permitindo que o cavalo volte a correr. Também na área da saúde, a FASTinov é uma empresa spin-off da Universidade do Porto que lançou no mercado um kit de diagnóstico clínico que promete revolucionar a forma como os médicos prescrevem antibióticos. Permite determinar, em apenas 60 minutos, a suscetibilidade das bactérias aos antibióticos, aumentando a rapidez e eficiência do tratamento prescrito aos doentes que sofrem graves infeções. O novo kit, desenvolvido por investigadores da FMUP, foi patenteado com o apoio da U.Porto Inovação e licenciado pela Universidade do Porto à FASTinov. Nuno Afonso, na foto, à esquerda, representou a spin-off no Biomeet.   Um catálogo recheado de ideias “made in U.Porto” Do catálogo de projetos presentes no evento constam também equipas da Universidade do Porto. São elas NextON (que participou no iUP25k, organizado pela U.Porto Inovação), Filter Cork e Vine2Fuel (ambos participantes da iniciativa BIP Acceleration) e BBIT20 e Skin Guard53, dois projetos de investigação liderados por Lucília Saraiva, da Faculdade de Farmácia da U.Porto, tendo sido o primeiro financiado numa edição anterior do programa BIP PROOF, também iniciativa da U.Porto Inovação. O composto BBIT20 é, como refere a investigadora da FFUP, “o primeiro supressor da recombinação homóloga capaz de inibir a interação BRCA1/BARD1”. Explicado de forma mais simples: a BR a BRCA1 é uma "proteína supressora tumoral com um papel chave na reparação de danos no DNA", explica Lucília Saraiva. Assim, a inibição da interação BRCA1/BARD1 conduz à perda de função da BRCA1 e à acumulação de erros nas vias de reparação do DNA. Em contexto clínico, a contínua reparação do DNA nos tumores está associada a quimioresistência e, portanto, ao insucesso das terapêuticas oncológicas. "Dados pré-clínicos em células tumorais de pacientes e em modelos animais comprovam o elevado potencial terapêutico desta molécula em cancros da mama e do ovário, principalmente quando comparado com o de outros agentes supressores da reparação de danos no DNA utilizados na clínica", refere a investigadora. Com base nos resultados obtidos, BBIT20 poderá representar um contributo muito valioso para a terapêutica personalizada destes cancros. FilterCork, das investigadoras Ariana Pintor e Mariko Carneiro é uma forma de ratamento eficiente e sustentável de águas contaminadas com arsénio, utilizando granulados de cortiça. Já Vine2Fuel consiste em tratar e olhar para extratos de resíduos da poda da vinha, ricos em antioxidantes naturais, como uma alternativa sustentável para o futuro dos biocombustíveis. O projeto é de Andreia Peixoto, Elena Surra, Manuela Moreira e Olena Dorosh. Por fim, mas não por último, também o projeto NextON Biosciences marcou presença na iniciativa Biomeet. Liderado por Ana Martins, Ana Pego, Ana Spencer, Pedro Moreno e Sofia Santos, todos eles investigadores do grupo «NanoBiomaterials for Targeted Therapies» do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da U.Porto (i3S), o NextON Biosciences visa o desenvolvimento de “uma ferramenta terapêutica inovadora baseada em RNA, com uma eficácia sem precedentes para o tratamento de cancros cerebrais agressivos”. O projeto ficou em segundo lugar no concurso iUP25k 2022. O Biomeet 2022 teve lugar em Oeiras nos dias 19 e 20 de setembro. É organizado pela P-BIO, a Associação Portuguesa de Bioindústria. Fotografias: Biomeet

U.Porto alcança as 75 patentes concedidas em Portugal

  É oficial. A Universidade do Porto está cada vez mais perto da centena de patentes concedidas em Portugal. Em 2021 foram nove as tecnologias que passaram a estar protegidas em território nacional, totalizando, agora, 75 patentes concedidas. As tecnologias são das mais diversificadas áreas de investigação e dividem-se entre quatro faculdades da U.Porto: Ciências (FCUP), Engenharia (FEUP), Farmácia (FFUP) e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Área da saúde domina patentes concedidas em 2021 Sem nenhuma hierarquia ou pódio, seguimos a ordem cronológica para conhecer melhor estas tecnologias, começando pelas relacionadas com a área da saúde. Logo a abrir o ano as tecnologia “D-scan”, desenvolvida na FCUP por uma equipa liderada por Helder Crespo e “Vaccine for immunocompromised hosts”, do ICBAS, alcançaram a conquista da proteção em território nacional. A primeira invenção consiste numa tecnologia de laser ultrarrápida que permite medir e controlar impulsos laser ultra-curtos com durações próximas dos 3 femtosegundos (1 femtosegundo = 0,000 000 000 000 001 segundos). As utilizações dos lasers ultra-curtos controlados vão desde a terapia e diagnóstico avançados em oftalmologia até ao processamento de materiais com alta precisão e este aparelho único permite também melhorar o modo como se constroem novos lasers. Esta tecnologia está também concedida nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia, Singapura e em cinco países europeus. Já a vacina – pensada e desenvolvida no ICBAS pela equipa de Paula Ferreira da Silva - é a primeira vacina eficaz na prevenção de infeções provocadas por todos os serotipos de um conjunto de bactérias, incluindo multirresistentes, com o objetivo de abranger toda a população desde recém-nascidos até idosos. Só no ano passado, além de Portugal, a invenção foi concedida em mais 39 países europeus, acrescentando às já alcançadas concessões no Japão, Índia, Hong Kong, China, Canadá e Estados Unidos em anos anteriores. Continuando na área da saúde, em fevereiro foi a vez de uma tecnologia também do ICBAS alcançar a concessão de patente nacional. Falamos da investigação liderada por Marco Alves, que promete trazer uma nova esperança a quem enfrenta problemas de fertilidade. A “mTOR Enhacers and uses thereof to improve sperm quality and function during storage” passa por melhorar o modo de preservação dos espermatozoides, através de uma nova utilização de um composto, descoberta no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) pela mente de cinco cientistas. E em abril foi a vez da “Bio-functionalized prosthetic structure with core-shell architecture for partial or total repair of human tendons or ligaments”, de uma equipa multidisciplinar liderada pela investigadora Maria Ascensão Lopes, da FEUP. Falamos de uma inovadora forma de tratar lesões em tendões e ligamentos, para a qual a equipa desenvolveu estruturas fibrosas biocompatíveis capazes de mimetizar o desempenho mecânico in vivo de alguns tendões/ligamentos. Essas estruturas podem ser usadas “como dispositivo prostético e substituir parcialmente a função do tendão ou ligamento”. “Process for production of 2-phenylethanol by a selected acinetobacter soli strain and uses thereof” é um dos resultados de duas décadas de trabalho da equipa liderada por Luísa Peixe, da Faculdade de Farmácia. As cientistas têm se dedicado ao estudo da resistência aos antimicrobianos em diversos nichos (clínico, ambiental, animal) e durante o desenvolvimento de alguns trabalhos com bactérias de origem ambiental, foram surpreendidas por uma cultura bacteriana com um “agradável cheiro a rosas”, descrevem. Com o apoio de investigadores de outras unidades, e com uma curiosidade bastante aguçada, puseram mãos à obra para deslindar o produto e a via de produção do aroma. “Verificou-se assim que o isolado, pertencente ao género Acinetobacter, apresentava uma via metabólica (existente em muito poucos microrganismos, na sua maioria fungos) que lhe permitia produzir o composto designado por 2-feniletanol (2-PE) e que é responsável pelo aroma a rosas”, contam as cientistas, acrescentando que várias “empresas de produção de aromas têm mostrado interesse”. Segundo Luísa Peixe, a concessão da patente portuguesa e a possibilidade do uso da tecnologia pela indústria fez a equipa “olhar para a coleção bacteriana e pensar que é possível aproveitá-la em benefício de todos”, diz. Fechando a área da saúde, a tecnologia Bodygrip, desenvolvida na Faculdade de Engenharia da U. Porto, foi concedida em Portugal já no final do ano, em dezembro. Saiu da mente de um grupo de investigadores da FEUP, atualmente liderado por Teresa Restivo e trata-se de um dispositivo capaz de medir forças de compressão e tração e sua energia gasta associada. Permite medir diretamente a força de preensão manual e, substituindo acessórios específicos, também permite medir forças de um ou vários grupos musculares individuais. Além de Portugal, esta invenção também está concedida nos Estados Unidos, Espanha e Itália.   Melhorar comunicações e investir na eficiência energética Saindo um pouco da área da saúde, falemos agora de três tecnologias inovadoras que, um pouco como todas as outras, têm como objetivo melhorar a nossa qualidade de vida seja em casa ou fora dela, em eventos e outros. A invenção “Method and device for live-streaming with opportunistic mobile edge cloud offloading” ou Iris, como lhe chamam os investigadores, foi concedida em julho de 2021. “Tem como objetivo melhorar as comunicações em ambientes com uma grande densidade de pessoas, como eventos desportivos ou concertos”, descreve o investigador Rolando Martins (FCUP). Para isso ser possível, a equipa de investigação criou um software capaz de gerir a carga entre servidores que, ao mesmo tempo, é capaz de identificar qual o meio mais apropriado para distribuir conteúdos para cada utilizador nestes cenários. A grande inovação desta tecnologia, refere Rolando Martins, é a “utilização de recursos que até agora não eram explorados, mais concretamente tirar partido dos recursos dos telemóveis dos utilizadores que estão a usar o sistema”, refere. Assim, ao contrário do que acontece habitualmente, onde todos os clientes são suportados exclusivamente por uma infraestrutura de comunicações, a equipa da FCUP tornou possível que os telemóveis comuniquem diretamente entre si e que partilhem informação. A Iris consegue reduzir a carga das infraestruturas de comunicação “até 12 vezes, mostrado em testes laboratoriais”, conclui. Manter uma temperatura agradável nas nossas casas é uma parte essencial do nosso conforto. Contudo, esta comodidade rapidamente se torna dispendiosa. Um grupo de investigadores da Universidade do Porto, liderado por Szabolcs Varga (FEUP e INEGI), desenvolveu uma nova forma de garantir o conforto nas nossas casas a um custo muito menor que as soluções atuais. A inovação desta equipa consiste, então, na invenção de um sistema de arrefecimento que inclui um ejetor com geometria variável (isto é, que se adapta ao ambiente frio ou quente), o que só por si já á “atraente pela simplicidade estrutural, baixo custo inicial, longa vida útil e relativa flexibilidade em termos de seleção de refrigerante”, explica o investigador. Por fim, mas não por último, e mantendo o foco na eficiência energética e térmica, a “Parede térmica, maciça e homogénea de blocos vazados solidarizados in situ”, também desenvolvida na Faculdade de Engenharia da U.Porto. O investigador Lino Maia descreve-a como “uma tecnologia híbrida para a execução de uma parede simples, maciça e homogénea, de fácil e rápida execução e de elevada eficiência térmica para edifícios”. A parede é composta por blocos leves pré-fabricados com betão ultra leve e não necessita de argamassa para ligar os blocos. Estes são encastelados e, de seguida, para solidarizar a parede, os vazios dos blocos são preenchidos com o mesmo material com que os mesmos são fabricados. Como refere Lino Maia, a partir de 20 cm de espessura o isolamento térmico pode ser dispensado: “As pontes térmicas são evitadas porque os conectores não estão nas extremidades dos blocos e como tal o enchimento do interior da parede faz a rotura térmica nas extremidades dos blocos”, conclui.   Mais de uma década a proteger o que de melhor se faz na U.Porto Desde a criação da U.Porto Inovação, unidade da U.Porto que se dedica à proteção e valorização do conhecimento produzido na Universidade, já foi alcançado um total de 75 patentes nacionais concedidas, ao qual se juntam mais de 250 patentes internacionais. A primeira patente portuguesa da U.Porto foi concedida em 2005.

Estudantes da U.Porto lideram equipas vencedoras da EIA 2022

Chama-se MetaFitGame e promete ser “a aplicação de fitness móvel mais divertida alguma vez vista”. A ideia nasceu da visão e inspiração de uma equipa liderada por Tiago Neves, estudante do Programa Doutoral em Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e está na base de um dos dez melhores projetos de startups criados durante a European Innovation Academy (EIA) 2022, a maior academia de empreendedorismo digital do mundo, que decorreu, entre 17 de julho e 5 de agosto, na FEUP e na Faculdade de Economia da U.Porto (FEP). Desenvolvida por Tiago (CPO Chief Product Officer) - na foto, à direita - e por mais quatro estudantes de várias nacionalidades, a “MetaFitGame” – que foi também um dos três ideias premiadas na categoria “500 Startups” – quer “colocar as pessoas a fazer desporto de forma divertida, transformando o exercício físico num jogo”. Para isso, a equipa pretende fazer lucros vendendo avatares personalizado por cerca de três dólares. “Foram três semanas foram muito cansativas mas, no fim, sentimo-nos muito gratos por ter ganho”, sintetiza o estudante da FEUP, sobre a experiência vivida durante a EIA 2022. A acompanhar Tiago Neves nesta “maratona” de empreendedorismo esteve Joanna Falisi, estudante da Iona College (EUA). Em jeito de balanço, a CEO da MetaFitGame classifica a sua primeira participação na EIA como “uma experiência fantástica, que nos levou a percorrer todos os passos necessários para a criação de um negócio”. Para além disso, “foi excelente conhecer novas pessoas e formar contactos com mentores e pessoas dos outros grupos”. “Tendo vindo de uma escola muito competitiva, não esperava ter sido tão bem recebida e ver as minhas ideias ouvidas e bem aceites”, realça por sua vez Maria Romano, estudante da UC Berkeley. Mais curto foi o caminho percorrido desde França até ao Porto por Baptiste Viera, estudante da Université de Technologie de Compiègne e da ÉTS – École de technologie supérieure (Canadá). “Foram três semanas fantásticas e nas quais aprendi muito. Foi espetacular!”, sentencia o CTO da startup que começou a dar os primeiros passos no Porto. Pensos cirúrgicos low cost Também o projeto Btreated (na foto, abaixo), que conta com o envolvimento de duas estudantes da Universidade do Porto, foi finalista desta edição da European Innovation Academy. A ideia partiu da visão de Ana Catarina Ribeiro, estudante de doutoramento na Faculdade de Ciências da U.POrto (FCUP), e consiste em pensos cirúrgicos que indicam quando uma ferida está infetada. “Quando existe probabilidade de infeção a cor do penso torna-se cor de rosa, alertando assim que é necessário desinfetar”, explica a jovem empreendedora. O sistema baseia-se em medição de pH e permite “poupar tempo, dinheiro e energia”, garante a também CTO da equipa. Além de Ana Catarina Ribeiro, também Joana Mariz, estudante de licenciatura na Faculdade de Economia da U.Porto (FEP), fez parte do projeto, enquanto CMO. Na equipa multidisciplinar estavam ainda presentes participantes do Reino Unido e da Finlândia. As estudantes da U.Porto descrevem a EIA como “três semanas extremamente intensas mas com muito trabalho e uma equipa incrível, onde o espírito de entreajuda e companheirismo é único”. Para além da presença entre as equipas finalistas, a Btreated foi ainda premiada com um workshop com a Milton New Nordics, que garante mentoria de uma especialista.   Kit para refeições "on the go" Ana Presa, estudante de licenciatura em gestão na FEP fez parte de outra das equipas premiadas na EIA 2022. O projeto chama-se Utensoul e consiste num kit compacto, leve e portável, que contém garfo, faca, colher e o seu próprio sistema de lavagem. “Com este produto conseguimos ter, sempre e em qualquer lugar, um conjunto de utensílios prontos a utilizar. Foi desenhado com a intenção de venda a qualquer pessoa “on the go”, especialmente estudantes, campistas e “hikers”, explica a estudante. Da equipa (na foto, à direita) faziam ainda parte dois empreendedores americanos, um francês e mais um português, do Instituto Superior de Engenharia (ISEP). Também o Utensol receberá mentoria da Milton New Nordics e os próximos passos serão desenvolver o protótipo do produto. Para Ana Presa, a European Innovation Academy foi uma experiência “inesperada”. “Não contava que fosse tão enriquecedor nem que me ensinasse tanto em tão pouco tempo. As lectures e os keynotes foram dos pontos altos, assim como a ligação que a equipa criou para resolver os problemas que foram surgindo”, diz, acrescentando que recomendaria a experiência a “qualquer pessoa proativa que se sinta pronta para três semanas desafiadoras”.   Três semanas de "pura excitação, trabalho árduo e desenvolvimento de grandes ideias" Para além da MetaFitGame, da Btreated e da Utensoul, a EIA 2022 premiou mais sete projetos desenvolvidos por alguns dos mais de 500 participantes daquela que foi a primeira de cinco edições do evento que vão decorrer na cidade do Porto, até 2026. “Agradeço à EIA Porto 2022 por aceitar o desafio de organizar a Academia aqui no Porto, um evento que nos dá a oportunidade de conhecer melhor o nosso ecossistema de inovação e empreendedorismo”, destacou Joana Resende, Vice-Reitora da Universidade do Porto, durante a cerimónia de encerramento do evento. Perante um auditório da FEUP que reuniu os futuros empreendedores e os diferentes parceiros da EIA Porto 2022, a responsável pelas áreas do Empreendedorismo, Valorização do Conhecimento e Planeamento Estratégico da U.Porto destacou o sucesso da iniciativa, traduzido em três semanas de “pura excitação, trabalho árduo e desenvolvimento de grandes ideias para desenvolver os grandes problemas que enfrentamos nos dias de hoje”. Já Inês Oom de Sousa, presidente da Fundação Santander, que há seis anos apoia a EIA, destacou o crescimento do número de alunos portugueses participantes do programa nos últimos anos. Ricardo Marvão, Co-fundador e Head of Growth da Beta-i, destacou por sua vez o desafio de criar uma startup em apenas três semanas. “Como vos disse no primeiro dia da EIA, foi difícil, mas não foi impossível.” “Espero que levem daqui grandes experiências para o vosso futuro como empreendedores”, declarou ainda Paulo Calçada, Administrador Executivo da Porto Digital. A EIA Porto 2022 decorreu entre os dias 17 de Julho e 5 de Agosto e contou com a Universidade do Porto, Fundação Santander, Beta-i e Câmara Municipal do Porto como principais parceiros numa organização que envolveu também a Google, a Universidade de Berkeley e a Galp como Energy Partner. O programa continuará a realizar-se na cidade invicta nos próximos quatro anos.   Sobre a European Innovation Academy Criada na Estónia, a European Innovation Academy nasceu em 2011 a partir de uma organização sem fins lucrativos presidida por Alar Kolk, cujo percurso académico e profissional o levou a Silicon Valley e à Universidade de Stanford, na Califórnia. Depois de ter passado por países e regiões como Hong Kong, Itália ou Qatar, a EIA está presente em Portugal há cinco anos, onde, na primeira edição, contou com um total de 400 participantes. Número que chegou aos 500 na terceira edição e que foi superado nesta primeira edição realizada no Porto. “A nossa expectativa é que venham os estudantes das melhores universidades do mundo na área económica e que os nossos estudantes tenham a oportunidade de conviver com eles e de interagir com alguns dos maiores e mais inovadores empresários do mundo. E que, deste, caldo possam nascer as condições para que haja mais empreendedores e mais inovação em Portugal”, destacou o Reitor da U.Porto, António de Sousa Pereira, durante a cerimónia de apresentação do evento, realizada em fevereiro passado. Na mesma ocasião, Alar Kork, fundador e presidente da EIA, não escondia o entusiasmo pela instalação do programa na Invicta. “O Porto é um marco para nós. O Porto vai ser ser a futura capital da inovação e é por isso que queremos cá estar”, destacou o responsável.   Notícia escrita em conjunto com o Gabinete de Comunicação e Imagem da Universidade do Porto (Tiago Reis).

ADYTA vai participar na criação de infraestrutura de comunicação quântica europeia

A Adyta, uma empresa spin-off da Universidade do Porto incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, está a desenvolver a primeira infraestrutura de comunicação quântica ultrassegura em Portugal (PTQCI), que será parte da Infraestrutura Europeia de Comunicação Quântica (EuroQCI). A PTQCI é o primeiro segmento da rede europeia de comunicações quânticas em Portugal e foi atribuído pela Comissão Europeia ao consórcio integrado pela Adyta. O projeto é a contribuição nacional para a Infraestrutura Europeia de Comunicação Quântica, a futura infraestrutura de comunicação quântica comum em toda a Europa. A PTQCI irá implementar a uma infraestrutura de comunicação quântica ultrassegura a nível nacional, através de ligações terrestres, ao mesmo tempo que pretende preparar a conexão espacial, usando tecnologias de criptografia quântica como a Quantum Key Distribution (QKD). “É com muita satisfação e honra que participamos em mais um projeto reconhecido a nível europeu que permitirá a construção de uma infraestrutura tão importante e inovadora. Estarmos, uma vez mais, como parte de um projeto desta natureza, é o resultado do fantástico trabalho da equipa da ADYTA e do grande foco que colocamos no desenvolvimento de soluções inovadoras. Estamos a participar na construção do futuro das telecomunicações e motiva-nos muito.”, afirma Carlos Carvalho, CEO da ADYTA. O desenvolvimento da infraestrutura, que começará em 2023, está sob a coordenação do Gabinete Nacional de Segurança, em sinergia com a Deimos Engenharia. O consórcio é composto pelas mais relevantes organizações públicas e privadas portuguesas nas tecnologias de Telecomunicações e Segurança: Gabinete Nacional de Segurança, Deimos Engenharia, IP TELECOM, AlticeLabs, Instituto de Telecomunicações, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores – Investigação e Desenvolvimento, ADYTA, Instituto Superior Técnico, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Warpcom, Omnidea, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Instituto Português da Qualidade e Instituto Português Quantum. A startup da UPTEC participa no consórcio que vai implementar uma infraestrutura de comunicação quântica ultrassegura a nível nacional e que, posteriormente, fará parte da Infraestrutura Europeia de Comunicação Quântica. Notícia escrita pelo serviço de comunicação e imagem da UPTEC.

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