Salt Quanti ajuda a controlar o uso excessivo de sal
Submetido por U.Porto Inovação em 26/06/19
É um dispositivo inovador, pensado e desenvolvido na Universidade do Porto num grupo multidisciplinar de investigadores. O propósito? Medir, em qualquer lugar, a quantidade de sal presente em todos os tipos de alimentos e, assim, controlar a utilização desse condimento na alimentação e os problemas associados ao consumo em excesso do mesmo.
Carla Gonçalves, investigadora da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, é, também, nutricionista, e foi da sua prática profissional que surgiu a ideia de desenvolver o Salt Quanti. O consumo de sal em excesso é um problema mundial, ao qual Portugal não escapa, e é uma das principais causas do aumento da pressão arterial e das doenças cardiovasculares. À partida, e falando de confeção de alimentos, seria fácil resolver: cozinhar com menos sal, regulamentar as quantidades e controlar. Mas o excesso de sal está tão enraizado na nossa alimentação e costumes que o cenário se torna mais complexo, como explica Carla Gonçalves: “Tentar controlar o teor de sal nas refeições produzidas numa cozinha de restauração, por exemplo, é muito difícil de realizar. Isto porque, normalmente, a adição de sal acontece de acordo com o paladar do cozinheiro que pode gostar de um nível de sal superior ao que é recomendado, tal como a maioria dos consumidores”. Além disso, existe atualmente uma “afinidade cultural ao sal que impede que este seja visto como um risco para a saúde”, explica a investigadora. E foi face a essas dificuldades que Carla Gonçalves começou a pensar uma forma de controle mais fácil de utilizar em ambientes reais, sejam eles caseiros ou de restauração.
Com o Salt Quanti é possível, logo no momento da confeção da refeição, medir o teor de sal e, assim demonstrar a quem cozinha que está a utilizar uma quantidade não adequada. “Assim, é possível intervir atempadamente e, desta forma, promover a saúde pública. Deixa de ser uma recomendação baseada em algo subjetivo para ser baseada num valor objetivo, que as pessoas veem ali, à sua frente”, refere a investigadora. O equipamento é portátil e funciona através de um elétrodo de ião seletivo de sódio. Para medir a quantidade de sal é necessária apenas uma pequena porção do alimento (equivalente a uma colher de sopa), que o Salt Quanti tritura, pesa e, finalmente, mede no que diz respeito ao sal, sendo também capaz de distinguir o teor de sal em relação à categoria de alimento que está a ser medido (se é sopa, pão, ou uma refeição completa, por exemplo) e poder ser utilizado em alimentos líquidos ou sólidos. Os resultados são mostrados num ecrã recorrendo a uma simbologia como os semáforos, isto é: fica verde quando o teor de sal é adequado, amarelo quando é moderado e vermelho quando é elevado. Carla Gonçalves considera esta simbologia muito importante para a perceção dos resultados por parte dos utilizadores do Salt Quanti, sendo algo que conseguem associar rapidamente a uma eventual situação de risco.
Economicamente falando, o dispositivo também apresenta vantagens: “Cada análise com o nosso equipamento fica consideravelmente mais barata do que fazer análises em laboratório”, explica Carla Gonçalves. Além disso, o Salt Quanti tem um sistema de memorização de resultados e faz com que um restaurante, por exemplo, consiga fazer uma monotorização de resultados ao longo do tempo, controlando de forma mais acessível (quando comparada com laboratórios) e rápida a evolução do uso de sal nas refeições produzidas nos seus estabelecimentos. Em suma, podemos dizer que as vantagens do Salt Quanti tornam o dispositivo adequado para ser utilizado por cozinheiros, responsáveis por unidades de restauração, nutricionistas, entidades fiscalizadoras, hospitais, entre outros, ajudando a promover hábitos de alimentação saudável em vários ambientes.
O desenvolvimento desta tecnologia envolveu (e ainda envolve) muitos investigadores, a maioria da Universidade do Porto das Faculdades de Ciências da Nutrição (FCNAUP) e Engenharia (FEUP). Carla Gonçalves (FCNAUP), Maria João Pena (investigadora independente), José Moreira (FEUP), Joaquim Gabriel Mendes (FEUP), Maria Arminda Alves (FEUP), Olívia Pinho (FCNAUP) e Rodolfo Martins (Evoleo Technologies) são os responsáveis pela concretização desta ideia, que tem contado com o apoio da empresa Evoleo Technologies. Neste momento, e em parceria, a equipa de investigação está à procura de um parceiro comercial que “permita a comprovação da tecnologia em ambiente operacional e a sua fabricação para, depois, o Salt Quanti poder ser comercializado”, refere Carla Gonçalves. No que diz respeito à propriedade intelectual, a U.Porto Inovação tem acompanhado o processo e existe já um pedido de patente nacional com boas perspetivas.
Todos os passos dados desde que o Salt Quanti era apenas uma ideia, têm deixado Carla Gonçalves orgulhosa e com vontade de continuar. A nutricionista ambiciona fazer chegar o dispositivo a todos os agentes de restauração, para que eles possam controlar, rapidamente e sem muitos custos, o teor de sal nas refeições que servem: “Acredito que todos os consumidores sairiam a ganhar com refeições mais saudáveis e saborosas, e utilizar menos sal não é impeditivo disso mesmo, uma vez que a redução gradual não é percebida pelo consumidor”, refere. A investigadora sonha em fazer de Portugal pioneiro na regulação feita ao teor de sal utilizado nas refeições servidas quer pela restauração coletiva quer pela pública, um problema que ainda nenhum país da Europa conseguiu resolver. “Que o Salt Quanti permita melhorar a saúde dos portugueses, através da alimentação”, conclui.
A chat with companies: Rute Sousa, from Sogrape
Submetido por U.Porto Inovação em 26/06/19
In this edition of “A chat with companies” we met with Rute Sousa, Innovation Manager at Sogrape. In her opinion we live in an age where it is fundamental to “prepare professionals adequately for challenges, providing them with essential skills in digital transformation and the ability to manage constant change”.
Q: What’s the importance of Sogrape’s relationship with the scientific and technologic community?
A: Innovation is a part of Sogrape’s character and it is one of its strategic leverages for value creation. We scout the tendencies that impact our sector which, even though being traditional, isn’t immune to the fast and uncertain transformation mostly driven by the evolution of scientific and technologic knowledge.
The scouting and connection to the science and technology ecosystem, both national and international, is a part of the research and innovation developed at Sogrape. This ecosystem is nowadays a fundamental tool of the Research, Development and Innovation at Sogrape. These partnerships in project development having been fruitful for both parties, as they complement each other not only in the research and experimentation, both also in the creation of value through the translation and application of new knowledge and technology.
Sogrape has several collaborations with Universities, institutes research centres and others, both for the implementation of projects and for the education of new professionals.
Q: How have Sogrape and the University of Porto been collaborating?
A: The interaction between Sogrape and the University of Porto has been based on cases of creation and application of knowledge, which synergistically combine the skills of the two entities in solving problems or developing opportunities relevant to Sogrape.
The IJUP Program has been the most continuous and structured collaboration mechanism, along with traineeship programs and talent recruitment. The interaction with the University of Porto also extends to joint participation in research, development and innovation projects. Based on an approach focused on value creation, this collaboration has addressed challenges identified along the value chain, but also in the analysis of consumer behaviour and preferences of products and services in the wine sector.
Q: What are the main challenges these two players face?
A: I would say there are two main challenges. On the one hand, the conciliation of research interests of the University of Porto with the priorities of R & D and Innovation of Sogrape. On the other hand, the alignment of expectations regarding the result of the collaboration, in order to ensure both rapid experimentation and the development of practical solutions for the company, and the rigor of scientific research for the University. Also worth mentioning the need to prepare professionals adequately for the challenges of our time and future, providing them with essential skills in digital transformation, the ability to manage constant change and adaptation to longer careers and lives.
À conversa com as empresas: Rute Sousa, da Sogrape
Submetido por U.Porto Inovação em 26/06/19
Nesta edição da rubrica "À conversa com as empresas" fomos conversar com Rute Sousa, Gestora de Inovação da Sogrape. Na sua opinião, vivemos numa era em que é fundamental "preparar profissionais de forma adequada para os desafios" mas também dotar "o mercado de trabalho com competências essenciais de transformação digital e capacidade de gerir a mudança permanente", refere.
P: Qual a importância da relação da Sogrape com o meio cientifico e tecnológico?
R: A inovação faz parte do caráter da Sogrape e constitui uma das suas alavancas estratégicas para a geração de valor. Estamos atentos às tendências que impactam o nosso setor que, apesar de tradicional, não escapa à rápida e incerta transformação, em grande parte movida pela evolução do conhecimento científico e tecnológico.
A vigilância e ligação ao ecossistema científico e tecnológico, nacional e internacional, faz parte da investigação e inovação realizadas pela Sogrape. Esse ecossistema constitui hoje uma ferramenta fundamental do modelo de investigação, desenvolvimento e inovação da Sogrape. Estas parcerias no desenvolvimento de projetos têm sido proveitosas para ambas as partes, na medida em que se complementam não só na investigação e experimentação, mas também na criação de valor através da aplicação de novo conhecimento e tecnologia.
A Sogrape conta com diversas colaborações com universidades, institutos, centros tecnológicos e outros, quer para execução de projetos, quer na educação de novos profissionais.
P: Como é que a Sogrape tem vindo a interagir com a Universidade do Porto?
R: A interação entre a Sogrape e a Universidade do Porto tem assentado em casos de criação e aplicação de conhecimento, os quais juntam sinergicamente as valências das duas entidades na resolução de problemas ou desenvolvimento de oportunidades relevantes para a Sogrape.
O Programa IJUP tem sido o mecanismo de colaboração mais continuado e estruturado, a par da orientação de estágios e a captação de talento. A interação com a Universidade do Porto alarga-se ainda à participação conjunta em projetos de investigação, desenvolvimento e inovação. Assente numa abordagem focada na criação de valor, esta colaboração tem endereçado desafios identificados ao longo da cadeia de valor, mas também na análise do comportamento e preferências do consumidor de produtos e serviços do setor vitivinícola.
P: Quais os principais desafios que os dois agentes têm pela frente?
R: Diria que há dois grandes desafios. Por um lado, a conciliação de interesses de investigação da Universidade do Porto com as prioridades de I&D e Inovação da Sogrape. Por outro lado, o alinhamento de expectativas quanto ao resultado da colaboração, de forma a assegurar simultaneamente a experimentação rápida e o desenvolvimento de soluções práticas para a empresa, e o rigor da investigação científica para a Universidade. De mencionar ainda a necessidade de preparar profissionais de forma adequada para os desafios da nossa época e do futuro, adequando também o mercado de trabalho com competências essenciais de transformação digital, capacidade de gerir a mudança permanente e adaptação a carreiras e vidas cada vez mais longas.
Universidade do Porto já tem mais de 80 empresas spin-off
Submetido por U.Porto Inovação em 06/06/19
Já passaram quase dez anos desde que a Inovapotek recebeu o selo Spin-off U.Porto, sendo assim o primeiro membro de uma família da qual já fazem parte mais de 80 empresas.
Dados cumulativos revelam que as 81 empresas chanceladas já criaram, entre si, mais de 750 postos de trabalho, e têm presença internacional em todos os continentes
Além disso, as empresas spin-off da U.Porto gerem, em conjunto, mais de 200 patentes e angariaram 84 milhões de euros em financiamento.
Crescer em família
Com o objetivo de agilizar a troca de experiências e a melhoria de processos e de negócios, foi criado, em 2016, o The Circle, o clube exclusivo de empresas spin-off que emergiram no ecossistema de inovação da Universidade do Porto. Cumprindo a tradição de se juntarem pelo menos duas vezes por ano, o último encontro do grupo teve lugar no final do mês de maio.
Das 81 empresas nascidas no seio da Universidade do Porto, 30 participaram nesta reunião que teve lugar na Porto Business School, em paralelo com o Digital Health Venture Forum. O grande objetivo foi criar um verdadeiro espaço de networking entre os participantes, possibilitando que os fundadores e empreendedores pudessem conhecer-se melhor, dentro de uma rede em constante crescimento, para que daí possam surgir eventuais colaborações.
Subordinado ao tema “Super-Heroes”, este encontro desafiou as spin-offs a falarem sobre os seus superpoderes, traduzidos no que as torna únicas e importantes, mas também deu espaço para que os empreendedores expusessem os seus desafios e preocupações atuais. “Foi uma excelente oportunidade para partilhar desafios, contactos e conhecimentos, o que contribui para um maior envolvimento entre as spin-offs U.Porto”, referiu Bruno Azevedo, CEO e cofundador da Addvolt.
A par da atividade bilateral de networking, o encontro foi também uma oportunidade para que tanto a U.Porto Inovação – enquanto promotora da iniciativa – como o Santander Universidades e a Porto Business School – os dois parceiros estratégicos do The Circle – falassem um pouco do trabalho que desenvolvem diariamente dentro do ecossistema empreendedor.
Sara Mendes, da escola de negócios da U.Porto, referiu que foi “vital partilhar ideias e conversar com os fundadores”, bem como o palco dado para que os parceiros pudessem apresentar alguns recursos e ações para apoiar as empresas spin-off da Universidade no desenvolvimento e crescimento dos seus negócios. Como troca, os empreendedores também transmitiram o que os preocupa atualmente, e como a U.Porto e os parceiros poderão ajudar a suprir algumas necessidades, numa cooperação mútua.
O The Circle foi criado para isso mesmo: aproximar as empresas, não só entre si mas também das instituições que os podem auxiliar no caminho do sucesso. “Excelente encontro entre empresas inovadoras no qual se partilharam ideias e experiências”, referiu António Cunha Pereira, Diretor Geral da Ecoinside, acrescentando que a spin-off pretende estar presente em todas as futuras atividades.
A próxima terá lugar já em outubro deste ano, numa renovada aposta no Entreprenow. O evento, que reuniu mais de 100 pessoas na primeira edição no Hard Club, terá lugar em outubro deste ano e terá como foco a jornada do empreendedor, incluindo as dificuldades, sucessos e fatores chave para lá chegar.
Mais fotografias do encontro disponíveis aqui.
Spin-off da U.Porto recebe investimento de 1,5M€ da Maersk
Submetido por U.Porto Inovação em 30/05/19
É a maior empresa de transporte marítimo mundial e um dos maiores grupos globais na área da logística. Sediada na Dinamarca e com uma faturação a rondar os 40 biliões de dólares/ano, a Maersk decidiu que o primeiro investimento – no valor de 1,5 milhões de euros – numa startup seria na portuguesa HUUB, uma empresa spin-off da Universidade do Porto.
Este investimento da Maersk soma-se aos 2.5M€ levantados pela HUUB há precisamente um ano numa ronda liderada pela Pathena (sociedade portuguesa de capital de risco) e que foi ‘oversubscribed’, tendo despertado o interesse de vários investidores europeus. A opção em 2018 recaiu sobre a Pathena, sabendo a HUUB que iria capitalizar, num segundo momento, investimento internacional o que se torna agora oficial com a entrada do grupo dinamarquês no capital da startup.
Contas feitas, a HUUB terminou a sua fase “seed” com um total de 4,35 milhões de euros, que representa mais do dobro da “seed” média norte-americana e quatro vezes a média europeia, referem os representantes da HUUB: “Isso é um grande motivo de orgulho para nós. Esperamos que possa ser um impulso e um contributo relevante para os nossos parceiros e para o ecossistema de empreendedorismo em Portugal”, revela Luís Roque, CEO da spin-off U.Porto.
A entrada deste capital vai permitir que a HUUB cumpra o seu rigoroso plano estratégico, cheio de objetivos muito claros e ambiciosos, conta Luís Roque, que espera alcançar até à próxima ronda de investimento: “Triplicar o número de marcas atual, continuar a expandir as operações logísticas na Europa ou garantir o crescimento da equipa” são alguns exemplos referidos pelo CEO.
A HUUB é uma startup tecnológica, criada em 2015 por quatro antigos estudantes da Universidade do Porto (Luís Roque, Pedro Santos, Tiago Craveiro e Tiago Paiva), que se dedica a operações logísticas no mundo da moda, tendo como clientes marcas de renome internacionais. A carteira de clientes da conta com grandes marcas de moda a nível mundial, das quais assumem todas as tarefas logísticas e operacionais, gerindo as encomendas através de uma plataforma desenvolvida pela própria empresa: o Spoke. A HUUB oferece, assim, serviços de gestão integrada da cadeia de abastecimento de marcas de moda, permitindo que as mesmas consigam focar-se mais no trabalho de design de novas peças e na venda. Atualmente a HUUB opera em dois centros (um em Portugal e outro na Holanda).
Os empreendedores esperam fechar 2019 com um crescimento de 200% face ao ano anterior, concretizando essa subida através do aumento, em apenas meio ano, de mais de 60% do número de marcas angariadas em relação a todo o ano de 2018. Preveem também aumentar a equipa para 85 colaboradores até ao final do ano: “Somos um país com startups e um talento humano de grande qualidade”, refere Luís Roque.
Digital Health Venture Forum premeia spin-offs da U.Porto
Submetido por U.Porto Inovação em 27/05/19
Foram dois dias intensivos para as dezenas de startups – portuguesas e internacionais – selecionadas para participar no Digital Health Venture Forum, uma iniciativa organizada pela Tech Tour e pela Universidade do Porto, que aconteceu pela primeira vez em Portugal. No final da jornada foram distinguidas 10 empresas,duas delas spin-offs da U.Porto: a Shop AI e a Tonic App.
Criado com o objetivo de promover a inovação e o investimento nas melhores empresas tecnológicas da Europa, o DHVF reuniu mais de 150 pessoas na Porto Business School, entre elas empreendedores, oradores convidados, empresas e investidores. Durante dois dias, as empresas selecionadas apresentaram os seus projetos a painéis de renome, receberam feedback sobre os seus modelos de negócio e puderam ter reuniões bilaterais com potenciais investidores, que poderão dar origem a financiamento (uma das maiores dificuldades que as startups encontram nos dias que correm).
No final, e tendo em conta critérios como o modelo de negócio, a experiência da equipa, o mérito da tecnologia, entre outros, os painéis de júris selecionaram as 10 melhores, que terão agora oportunidade de apresentar o seu pitch no Venture Academy Contest Final, já em dezembro. Além da TonicApp e ShopAI, outra empresa portuguesa foi distinguida: a Nutrium.
“Vencer este prémio é importante para a Tonic App, porque traduz o reconhecimento específico de investidores europeus interessados em saúde digital, a área em que operamos”, referiu Daniela Seixas, CEO da Tonic App, satisfeita com o reconhecimento. Tendo sido já apelidada como um verdadeiro Google para médicos, a aplicação da spin-off junta, num único sítio, informações úteis para médicos que os auxiliem no diagnóstico e tratamento dos seus pacientes.
Já a tecnologia da ShopAI torna possível, através de uma simples fotografia, encontrar uma peça de roupa que queremos online. Pedro Esmeriz, CTO da empresa (na foto, à direita) realça a importância deste tipo de eventos para a spin-off: “Participar no DHVF permitiu desenvolver e promover a ShopAI em várias vertentes. A possibilidade de ter acesso a pessoas tão experientes foi uma mais valia, não só pela possibilidade de expandir a nossa rede de contactos mas também pelo feedback construtivo que recebemos”. Para a ShopAI foi também muito importante interagir com empresas de outros países, com as quais puderam “partilhar experiências e obstáculos”.
Dois dias de spotlight para startups tecnológicas
Dando continuidade à missão de apoio ao empreendedorismo, a U.Porto Inovação associou-se à Tech Tour para trazer o Digital Health Venture Forum para a Universidade. “É com muito orgulho que acolhemos um evento desta envergadura, numa altura em que a inovação desempenha um papel fundamental na nossa sociedade. Falando mais especificamente da inovação na saúde, o crescimento também tem sido notável. E é importante que sejamos capazes de olhar para as novas tecnologias e para o digital como parte integrante dos cuidados médicos dos dias que correm, pois eles providenciam-nos soluções capazes de melhorar cada vez mais a nossa qualidade de vida”, referiu Helder Vasconcelos, vice-reitor da U.Porto, no seu discurso inaugural.
Passaram pelo DHVF perto de 40 empresas tecnológicas europeias, cujo core business passa pela Saúde Digital ou pelas Novas Tecnologias. No primeiro dia, durante a Venture Academy, todos os representantes receberam feedback e formação de mentores especializados – entre membros da academia, indústria e outras entidades – uma ajuda preciosa para o pitch final do segundo dia. Aí, as empresas apresentaram-se às mais de duas dezenas de investidores presentes, vindos de entidades como as nacionais Pathena e Portugal Ventures, ou as internacionais Phillips Health Care e Boston Scientific.
Soluções para criar tutoriais interativos, novas ideias para tratar condições de pele, um verdadeiro Google para médicos, sistemas pensados para pessoas com diabetes, serviços digitais para procurar cuidados médicos. São apenas alguns exemplos das muitas ideias apresentadas durante o DHVF, acompanhadas durante os dois dias por painéis de especialistas nacionais e internacionais de variadas instituições de renome na área da Saúde Digital.
Além dos momentos de spotlight e reconhecimento para as startups, o Digital Health Venture Forum foi um verdadeiro palco do que de melhor se faz ao nível da Saúde Digital na Europa. Entre os oradores convidados estiveram, por exemplo, Jorge Santos da Silva e Tobias Silberzahn, da McKInsey & Company e Joan Cornet Prat, da European Connected Health Alliance, que brindou os participantes com uma intervenção sobre novas tendências e desafios na Saúde Digital atualmente.
Depois do sucesso da iniciativa, realçado por Teresa Cunha (TechTour) e Maria Oliveira (U.Porto Inovação) na sessão de encerramento e entrega de prémios, espera-se que o Digital Health Venture possa voltar a ter casa na U.Porto em 2020. “A iniciativa foi um verdadeiro sucesso e todas as startups estão de parabéns pelo trabalho que desenvolveram durante a jornada. Esperamos continuar a apoiar este tipo de iniciativas”, concluiu Maria Oliveira. As fotografias do evento podem ser encontradas aqui.
O Digital Health Venture Forum é co-organizado pela Tech Tour e pela Universidade do Porto, e conta com a parceria do Santander Universidades e da Out-Bound. Evento conta também com o apoio dos projetos Interreg Atlantic ADSA e EIT Health (dos quais a U.Porto é parceira, através da U.Porto Inovação) e da PATHENA.
Spin-off da U.Porto “cresce” na América Latina
Submetido por U.Porto Inovação em 24/05/19
De forma a reforçar a aposta que tem vindo a fazer no mercado da América Latina, a Jumpseller – empresa spin-off da Universidade do Porto – adquiriu recentemente a concorrente colombiana Handy Commerce. Apesar de tudo ter começado no Porto, cidade onde Tiago Matos e Filipe Gonçalves fundaram a empresa, desde há algum tempo para cá que o negócio se tem baseado no mercado latino-americano, mais especificamente no Chile. Agora, foi a vez de apostar na Colômbia.
“Com 30 milhões de utilizadores ativos de internet, a Colômbia é um mercado muito interessante. É, inclusivamente, muito maior do que o do Chile onde o Jumpseller é um dos líderes de mercado no segmento de software-como-serviço”, explicam os empreendedores. Assim, este passo é visto pela spin-off como uma verdadeira oportunidade de repetir o que já tinham feito no Chile, mas agora numa escala maior e num país onde “o comércio eletrónico continua a escalar”, referem.
O objetivo é apoiar os empreendedores e empresários colombianos a escalar dentro do seu mercado com soluções integradas. Depois desta fusão estratégica, o primeiro passo será migrar todos os clientes atuais da HandyCommerce para a plataforma Jumpseller e, posteriormente, expandir a oferta. A spin-off U.Porto passará agora a ter escritórios em Portugal, Chile e Colômbia, esperando ser uma plataforma de referência nos três países.
Fundada há quase 10 anos por dois antigos estudantes da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), a Jumpseller tem uma missão clara: ajudar empreendedores e pequenas empresas a criar a sua loja online, vender para qualquer parte do mundo e garantir visibilidade dos seus produtos através do posicionamento do negócio a uma escala global.
Para isso, foi desenvolvida uma plataforma de comércio eletrónico na cloud para ajudar os empreendedores a criarem a sua loja online. O serviço garante ainda um conjunto exclusivo de funcionalidades que vão desde métodos de pagamento à integração com operadores de transporte e logística. Além disso, é feita também ponte com empresas com os canais de vendas mais importantes como Google, Facebook e Instagram.
Em 2017, a Jumpseller juntou-se à família Spin-off U.Porto. No ano seguinte estabeleceram uma parceria com os CTT que permite a todos os clientes com o serviço de e-commerce da Jumpseller beneficiar de uma integração automática com os sistemas dos CTT no que diz respeito à expedição dos seus objetos.
Neste momento estão focados em continuar o trabalho de promoção de produtos dos seus comerciantes não só nas lojas online mas também em canais externos como Google, redes sociais e Amazon.
U.Porto e Clube de Produtores Continente estudam possibilidades de colaboração
Submetido por U.Porto Inovação em 21/05/19
No início do mês de maio a U.Porto Inovação, fazendo-se acompanhar por investigadores da “casa” e também por colegas da Universidade do Minho, teve a oportunidade de participar no Encontro de Fruticultores do Clube de Produtores Continente. A iniciativa teve lugar nas instalações da Sonae MC e reuniu cerca de 20 Fruticultores Nacionais bem como quadros da SONAE MC.
No início da tarde a Unidade de Negócio das Frutas e Legumes do Continente partilhou com os seus membros dados de negócio, salientando a reconhecida qualidade das frutas nacionais. Foi também apresentado o resultado de um estudo de campo no que diz respeito à qualidade da Pera Rocha num dos produtores do Clube de Produtores Continente.
Após a pausa para café foi a vez das intervenções de Susana Carvalho (na fotografia, primeira a contar da esquerda) e Luís Miguel Cunha (na fotografia, segundo a contar da esquerda), ambos docentes e investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Luís Miguel Cunha abordou questões relacionadas com a avaliação e qualidade da fruta fresca por parte dos consumidores, mas também aquando do processamento por parte da indústria. Já Susana Carvalho, que tem vindo a desenvolver uma elaborada investigação na área das frutas, com especial destaque para o kiwi, mirtilo e morango, apresentou o projeto do GreenUPorto, uma nova unidade de investigação da Universidade que está prestes a receber a sua certificação formal. Este novo centro dedica-se à investigação da cadeia de valor da horticultura num sentido mais lato, isto é, incluindo também a fruticultura, floricultura e viticultura.
No final do encontro a presidente do Clube de Produtores, Ondina Afonso (na fotografia, ao meio), mostrou-se satisfeita e otimista com uma possível relação futura entre o Clube e a Universidade do Porto. Tendo sido as apresentações dos investigadores bem recebidas, Ondina Afonso deixou no ar o desafio a todos os presentes de refletirem sobre a Agricultura 4.0 e os impactos na sustentabilidade do setor agroalimentar. De olhos postos no futuro, as possibilidades de colaboração entre as duas entidades vão-se desenhando, e o GreenUPorto anunciou que está disponível para iniciar novos projetos colaborativos enquanto parceiro científico do Clube.
O contacto entre a U.Porto Inovação e o Clube de Produtores Continente aconteceu através do Balcão UNorte, uma plataforma desenvolvida no âmbito do consórcio UNorte.pt, composto pela Universidade do Porto, Universidade do Minho e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O objetivo da plataforma, pioneira em Portugal, é aproximar as empresas dos investigadores e das universidades para se conseguirem juntar as competências e os serviços dos centros de investigação das universidades aos desafios e necessidades de inovação das empresas. O Balcão está disponível aqui.
Esta sessão A2B teve o apoio da Fundação Amadeu Dias.
ADSA promove boas práticas europeias
Submetido por U.Porto Inovação em 20/05/19
Desde 2017 que a Universidade do Porto, através da U.Porto Inovação, é parceira do projeto Atlantic Digital Startup Academy (ADSA), juntamente com entidades de cinco regiões diferentes da Europa (França, Reino Unido, Irlanda e Espanha). Cofinanciado pelo FEDER através do programa INTERREG Atlântico, este projeto tem como objetivo apoiar a competitividade e internacionalização de startups digitais no espaço Atlântico.
As principais atividades do projeto, desenhadas para alcançar os objetivos a que os parceiros se propuseram, são o programa de aceleração e a formação de uma rede de mentores que facilitem o “scale-up” das empresas participantes. Um exemplo disso são os Bootcamp de Internacionalização que se realizaram durante o mês de fevereiro e março de 2019 no Porto, Brest, Sevilha, Cork e Derry.
Ajudar as startups no caminho da internacionalização – Case Studies
Um elemento central do projeto ADSA é desenvolver mecanismos a partir das boas práticas de projetos passados nos quais os parceiros estiveram envolvidos, bem como de iniciativas europeias que têm demonstrado apoio a startups neste mesmo objetivo. O objetivo final é criar um verdadeiro ecossistema onde os empreendedores tenham acesso a ferramentas, pessoas e outras skills necessárias para se tornarem globais.
Os parceiros do ADSA reuniram e analisaram informação de cinco boas práticas, que podem ser consultadas, em forma de case studies, nos links abaixo:
1. LA CANTINE
2. CESEAND STARTUP
3. RYME+
4. iFACTORY
5. RESTARTUP PROJECT
Até ao final do projeto, todos os parceiros procurarão envolver, nas suas atividades, as entidades mais relevantes do seu ecossistema de startups, de forma a gerar partilha de conhecimento e experiências, ao mesmo tempo que se desenvolvem maneiras mais eficazes de apoiar estas empresas.
O ADSA é um projeto cofinanciado pelo FEDER através do programa INTERREG Atlântico e União Europeia.
Spin-off da U.Porto vence Prémio Empreendedor XXI
Submetido por U.Porto Inovação em 20/05/19
A HUUB, empresa spin-off U.Porto desde 2017 e que criou uma plataforma logística integrada para o setor da moda, foi uma das duas startups portuguesas distinguidas na edição deste ano dos Prémios Empreendedor XXI, iniciativa do BPI e do CaixaBank. Além do prémio monetário, no valor de 25 mil euros, a empresa vai ter também acesso a programas de desenvolvimento internacional em Silicon Valley ou Cambridge.
Nesta edição do Prémio Empreendedor XXI foram definidos seis novos setores ligados às novas tendências em inovação e a algumas áreas de negócio das entidades organizadoras. A HUUB foi a grande vencedora de uma dessas categorias: Commerce Tech. Para Tiago Craveiro, co-fundador e CPO da HUUB, é gratificante “vencer um prémio sectorial como o Commerce Tech, que abarca todos os concorrentes de todas as regiões da Península Ibérica”, refere.
Já há algum tempo que a spin-off da Universidade do Porto tem vindo a apostar no mercado espanhol. Para o CPO, este prémio representa por isso um “reforço do posicionamento no país e credibilidade”, além de potenciar contacto com novas marcas do mundo da moda – mercado esse “particularmente agitado em Espanha”.
Além da HUUB, foi premiada a também portuguesa SEACLIQ. A iniciativa Prémio Empreendedor XXI, dinamizada pelo BPI e pelo CaixaBank, distinguiu ainda outras três finalistas portuguesas que terão acesso a programas internacionais de desenvolvimento. Os prémios foram entregues no âmbito do “Innovation Summit”, um programa criado pelo Grupo CaixaBank e que reuniu os principais players do ecossistema empreendedor, tecnológico e investidor em sessões em Portugal e Espanha, uma delas na Porto Business School.
A HUUB nasceu em 2015 e geriu desde sempre clientes com grandes marcas de moda a nível mundial, assumindo todas as suas tarefas logísticas e operacionais. O core businessda startup é a gestão integrada da cadeia de abastecimento de marcas de moda, permitindo que as mesmas consigam focar o seu trabalho no design de novas peças e na sua venda, deixando o trabalho operacional para a Huub.
Em junho do ano passado a HUUB fechou uma ronda de investimento no valor de 2,5 milhões de euros, liderada pela Pathena (uma das maiores sociedades de capital de risco em Portugal). Esta é mais uma conquista importante para a startup portuguesa, nascida no seio da Universidade do Porto pelas mãos de quatro antigos estudantes (Luís Roque, Pedro Santos, Tiago Craveiro e Tiago Paiva) e sediada na cidade.
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