A Adyta é uma das 20 entidades que integram o consórcio do projeto SWAT-SHOAL, e estará envolvida no desenvolvimento de drones subaquáticos para a Defesa Europeia, ao abrigo do Fundo Europeu de Defesa (FED) 2022. A startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, faz parte da restrita lista de integrantes deste programa divulgado pela Comissão Europeia.

A spin-off da Universidade do Porto é a única empresa portuguesa que integra este consórcio e assumirá responsabilidades nas tarefas que dizem respeito às comunicações, desenvolvendo sistemas de comunicações seguras que permitam a operação, comando e controlo, dos veículos subaquáticos. Este projeto contará com um financiamento de 25 milhões de euros e vai ser desenvolvido ao longo de 36 meses, tendo sido selecionado na categoria Guerra Subaquática.

O objetivo do SWAT-SHOAL é desenvolver e implementar o conceito de um Sistema de Sistemas (SoS) que integra diferentes tipos de veículos tripulados e não tripulados em “enxame”, de modo a obter uma maior eficiência em missões subaquáticas, como vigilância, reconhecimento, guerra de minas, colaboração combates ou apoio a operações anfíbias.

Carlos Carvalho, CEO da Adyta, afirma que “a participação da Adyta neste projeto surgiu após contacto da coordenadora do projeto, a espanhola Navantia, empresa referência da construção naval, que viu em nós as competências para trabalhar os temas de cibersegurança e, especificamente, das comunicações entre os sistemas de comando e controlo dos veículos subaquáticos. O projeto motivou-nos de imediato, pois permite que possamos levar a tecnologia que desenvolvemos para uma nova área, a da construção naval, enquanto reforça a nossa presença junto de parceiros internacionais muito relevantes”.

Tecnologia ao serviço da defesa europeia

O consórcio SWAT-SHOAL é composto por 20 entidades, de 11 países, e terá a Navantia como principal coordenadora, a Sener como coordenadora técnica, e a Adyta, Akademia Marynarki Wojennej, ATLAS ELEKTRONIK GmbH, Cafa Tech Ou, Develogic GmbH, Fincantieri Nextech Spa, Fraunhofer, GMV Aerospace and Defense, Kongsberg Defense & Aerospace, Naval Group Belgium, Naval Group France, Prisma Electronics, Saab Kockums, Sea Europe, Lukasiewicz Instytut, Saes, Sotiria Tecnologia e WTD71 como integrantes.

O foco deste projeto é colocado em tecnologias inovadoras como “enxames”, comunicações subaquáticas e operação autónoma para aumentar a versatilidade e as capacidades das futuras forças navais no domínio subaquático.

Os resultados do SWAT-SHOAL irão gerar importantes vantagens competitivas ao definir novos produtos e mercados de defesa, muitos deles com potencial de dupla utilização, bem como posicionar os produtos europeus em mercados existentes onde atualmente não estão presentes.

Soluções de cibersegurança tamém para drones

A Adyta é uma spin-off da Universidade do Porto que visa promover soluções tecnológicas especializadas, adaptadas às necessidades de órgãos de soberania, grupos empresariais e outras organizações que, pela natureza da sua atividade, tratam informação sensível ou classificada.

A spin-off centra a sua atividade na área da segurança da informação, tendo desenvolvido a primeira e única solução de comunicações seguras de origem portuguesa com certificação ativa do GNS, e tem também desenvolvido trabalhos relevantes na área da avaliação criptográfica e funcional de sistemas e plataformas.

Disponibiliza ainda Serviços de Cibersegurança, colocando no mercado um conjunto alargado de soluções e serviços que vão desde a consultoria de segurança, avaliações de conformidade, auditorias e testes e formação em cibersegurança. Além disso, através do seu departamento de I&D participa em consórcios nacionais e internacionais em projetos que envolvem comunicações quânticas para a defesa europeia, como o DISCRETION ou o PTQCI.

 

Notícia escrita em parceria com o Serviço de Comunicação da UPTEC (Nuno Teixeira).