Nos próximos seis meses, a BEAT Therapeutics, empresa spin-off da Universidade do Porto atualmente incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, vai embarcar numa jornada com mais nove startups de tecnologia digital no Ready2Scale Acceleration Program. Financiado pela União Europeia, este programa visa promover a colaboração entre ecossistemas de inovação, especialmente entre países com menor intensidade de inovação e os mais desenvolvidos.

O Ready2Scale Acceleration Program é uma iniciativa de seis meses, destinada a apoiar startups digitais e de deep tech na sua expansão internacional.  As empresas participantes terão acesso a 60 mil euros de financiamento, bem como a especialistas e mentores internacionais, missões externas para desbravar o mercado e muitas outras vantagens.

“Estávamos à procura de programas que pudessem contribuir para a nossa estratégia de crescimento e candidatámo-nos ao Ready2Scale porque tem um alinhamento claro com a nossa fase atual de desenvolvimento”, refere Ângela Carvalho, CEO da BEAT.

Para a empresa, este é um programa com várias vantagens, destacando-se três essenciais: “o financiamento, as parcerias para acelerar o desenvolvimento da tecnologia e o acesso a uma rede de mentores especializados e ações focadas em estratégias para captação de financiamento”, referem. O foco será, então, participar em missões de descoberta de novos mercados.

Sobre a BEAT Therapeutics

Fundada por investigadores de várias faculdades e centros de investigação do ecossistema da U.Porto, a BEAT Therapeutics é uma startup de biotecnologia dedicada ao desenvolvimento de terapias inovadoras para o tratamento de cancros agressivos. Focada em agentes anticancerígenos que atuam na reparação do ADN, a empresa procura impulsionar avanços na investigação em oncologia, e disponibilizar terapêuticas de elevada eficácia e segurança, com um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes.

Este trabalho tem valido à equipa por trás da BEAT Therapeutics várias distinções. Entre elas incluem-se, por exemplo, o primeiro lugar no iUP25k – concurso de ideias de negócio da Universidade do Porto e o segundo lugar no BIP Accelaration – ambas iniciativas organizadas pela U.Porto Inovação com o apoio do projeto UI-CAN. Foram também premiados pela EIT Health InnoStars 2023, tendo conquistado o segundo lugar na competição.

Estão, atualmente, em fase de validação pré-clínica e a implementar “novas tecnologias para garantir uma validação mais eficiente do candidato a fármaco, minimizando riscos e assegurando um desenvolvimento sólido para uma translação bem-sucedida para os ensaios clínicos”, explica Ângela Carvalho.

No próximo ano, a BEAT Therapeutics vai focar-se na captação de financiamento para realizar os ensaios regulamentares necessários, uma vez que o seu objetivo a longo prazo é dar início aos ensaios clínicos e “trabalhar para garantir a introdução de uma terapia personalizada e eficaz, capaz de atender às necessidades dos doentes oncológicos”, conclui a CEO.

Em 2024, Ângela Carvalho foi uma de duas portuguesas distinguidas no âmbito da primeira edição da iniciativa WomenTechEU, que valeu à BEAT Therapeutics um financiamento de 75 mil euros.