A DIDIMO, startup de base tecnológica nascida na Universidade do Porto e comandada pela investigadora Veronica Orvalho, docente da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP), conquistou o primeiro lugar na “Women Startup Challenge and AI”, uma competição internacional promovida pela organização norte-americana Women Who Tech e que tem como objetivo dar palco a projetos disruptivos, desenvolvidos por mulheres, nas áreas da realidade virtual e inteligência artificial.

A entrega de prémios teve lugar no  dia 15 de fevereiro, nas instalações da Google em Nova Iorque e a DIDIMO, que era a única finalista portuguesa na competição, volta para casa com um prémio no valor de 50 mil dólares mais 15 mil dólares para aconselhamento/mentoria. 

Para além do prémio monetário, Veronica Orvalho teve ainda a oportunidade de apresentar a empresa perante um painel internacional de investidores o que, para a investigadora, foi uma grande vantagem: "É simplesmente incrível. Mostra, mais uma vez, o quão distuptiva e inovadora é a nossa tecnologia mas, sobretudo, realça cada vez mais a visão e a missão da Didimo"

O prémio permitirá à empresa continuar a desenvolver uma tecnologia pioneira no mundo, criada na U.Porto, que permite criar personagens virtuais 3D (avatares) a partir de uma simples fotografia tirada com um telemóvel. Em 2015, este tecnologia já tinha sido distinguida com primeiro prémio do iUP25k, o Concurso de Ideias de Negócio da Universidade do Porto.Os próximos passos, segundo Verónica Orvalho, serão "continuar a desenvolver a estratégia para o mercado e a chamar a atenção para a Didimo como um player relevante na área", diz.

Nascida na Argentina e filha de pai português, Veronica Orvalho é licenciada em Engenharia de Software pela Universidade de Belgrano, em Buenos Aires. Fez o Mestrado em Desenvolvimento de Videojogos na Universitat Pompeu Fabra, em Barcelona, e é doutorada em Ciências da Computação pela Universidade da Catalunha. Professora do Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da U.Porto desde 2008, conta com uma alargada experiência na indústria da computação gráfica. Não é por isso de estranhar que tenha focado o seu trabalho de investigadora em “facial ridding”, um sistema que tem como objetivo tornar a expressão facial, no cinema de animação, mais realista.