Contando com o apoio da Fundação Amadeu Dias (FAD), a Universidade do Porto conseguiu atribuir financiamento a 5 tecnologias, tendo cada uma recebido 10.000€ para desenvolver provas de conceito. Alguns meses passados, os investigadores responsáveis vieram à Universidade apresentar os resultados ao público, consequentes do investimento recebido. O projeto BIP Proof tem como objetivo apoiar equipas de investigação no desenvolvimento de provas de conceito para as suas ideias. A ligação à Fundação Amadeu Dias aconteceu, por isso, de uma forma natural, pois como referiu João Gonçalves (na foto), nas boas-vindas da sessão, "apoiar pessoas ligadas à investigação no meio universitário é uma das maiores prioridades da instituição”.

Nilza Remião (INEGI) inaugurou o palco com a apresentação do projeto MechALife. Esta invenção, em desenvolvimento no INEGI e na Faculdade de Engenharia da U.Porto, pretende disponibilizar uma evolução tecnológica das muletas e andarilhos através de um exosqueleto assistido para os membros inferiores. A investigadora referiu que o financiamento foi muito importante para ajudar a passar do desenho para o projeto mecânico e que os próximos passos serão desenvolver roupas adaptadas à estrutura e inaugurar a componente elétrica.

Ainda nas engenharias, foram apresentados os projetos CROPEO e KET-CAT. O primeiro trata-se de um dispositivo simples que permite utilizar óleos essenciais, extraídos de plantas, para proteger cereais e leguminosas de fungos e insetos, assegurando assim o aumento da sua longevidade. A docente e investigadora da FEUP, Margarida Bastos, mostrou os resultados de um ensaio bem sucedido com a ajuda do BIP Proof e revelou que a equipa vai continuar a efetuar testes, desta vez mais longos. Já o KET-CAT, desenvolvido em conjunto pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e o Instituto Superior Técnico de Lisboa, tem como objetivo o aumento de escala de um processo patenteado de produção de cetonas a partir de álcoois. Esta é uma reação química de grande relevância na indústria química, uma vez que as cetonas estão presentes numa série de produtos nomeadamente solventes industriais, diluentes em tintas e plásticos, na indústria têxtil, cosmética, farmacêutica e até alimentar. O novo método de produção permite que esta reação ocorra de forma significativamente mais rápida, menos poluente - uma vez que o processo reduz a quantidade de reagentes químicos nocivos necessários - e mais sustentável, porque o catalisador empregue pode ser reutilizado várias vezes, sem perda de eficiência.

Por fim, mas não por último, foram apresentados resultados de duas tecnologias da área da saúde, ambas pensadas e desenvolvidas no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Miguel Ramos apresentou o OBOOM, um biomarcador urinário que permite diagnosticar a competência de um músculo da parede da bexiga – o detrusor – em pacientes do sexo masculino com sintomas no aparelho urinário inferior. Com a ajuda do financiamento da Fundação Amadeu Dias a equipa conseguiu o desenvolvimento de um protótipo do kit de diagnóstico. Já o projeto SpermBoost, apresentado pelo investigador Marco Alves, vem trazer uma nova esperança a quem enfrenta problemas de fertilidade. A invenção vai melhorar o modo de preservação de espermatozoides através de uma nova utilização de um composto, sem comprometer a sua qualidade e DNA.

O sucesso da primeira edição do BIP Proof fez com que surgisse uma nova parceria entre a Universidade do Porto e a Fundação Amadeu Dias. Neste momento já está aberta e mais quatro projetos vão receber até 10 mil euros. Para saber mais e concorrer,  aceder a este link. 

O BIP Proof tem o apoio da Fundação Amadeu Dias