Foi mais uma sessão A2B (Academia to Business) realizada de forma totalmente virtual, dado o contexto pandémico que o mundo atravessa. Aconteceu na tarde de 26 de novembro e juntou mais de 30 pessoas, entre investigadores da Universidade do Porto, empresas spin-off da Universidade e representantes da Galp. Como referiu Joana Resende, pró-reitora da Universidade do Porto, esta foi “mais uma oportunidade para aprofundar o conhecimento mútuo entre investigadores e tecido empresarial”.

Esta é a segunda vez que a U.Porto Inovação conta com a Galp numa sessão Academia to Business. O encontro anterior aconteceu em 2011 e, desde então, vários projetos colaborativos foram realizados. Dez anos depois, a Galp apresentou os seus atuais interesses de inovação, em busca de sinergias para novos projetos. Em “resposta”, a comunidade académica apresentou trabalhos atuais de várias faculdades, laboratórios e empresas spin-off e startup, que vão ao encontro do que a Galp procura. “Esta é uma área em que a U.Porto tem desenvolvido um considerável número de projetos, com resultados muito promissores em vários domínios, como por exemplo a descarbonização, digitalização e inovação nos modelos de negócio na área da energia”, referiu Joana Resende.

Esta foi a segunda sessão A2B totalmente online organizada pela U.Porto Inovação e teve a duração de, aproximadamente, duas horas. Além dos habituais cumprimentos institucionais e das apresentações individuais dos cientistas, houve espaço também para a apresentação da iniciativa IJUP-Empresas, que deverá abrir novo concurso em breve.

Grupo multidisciplinar centrado na inovação e sustentabilidade

A Galp é uma empresa cujas fundações têm mais de 150 anos mas que nem por isso deixa de procurar constantemente formas de se reinventar: “A Galp assume-se cada vez mais não só como petrolífera, mas como um player de energia e sustentabilidade. Procuramos cada vez mais opções de transição energética com soluções tecnológicas inovadoras”, referiu Marco Ferraz em nome da empresa. Prova disso é o facto de a Galp já ser um dos “maiores players de energia solar na Europa”, acrescenta.

Tendo como pilares de compromisso a Confiança, Parceria, Agilidade, Inovação e Sustentabilidade, Marco Ferraz afirma que a Galp está muito comprometida com a procura de soluções mais amigas do ambiente: “Estamos sempre à procura de soluções sustentáveis e somos ativos nesta transição energética”, refere. Em 2019, a Galp foi de novo reconhecida em pelo Dow Jones Sustainability Index como a empresa europeia mais sustentável e a terceira melhor do mundo no sector Oil&Gas Upstream & Integrated. Assumiu o compromisso de, até 2023, dedicar 40% do investimento a projetos que contribuam para a redução global das emissões de CO2, incluindo a produção de energia renovável.

Com estas premissas em mente, inscreveram-se nesta sessão A2B investigadores das Faculdades de Ciências, Economia e Engenharia, bem como dos Institutos Associados INEGI e INESCTEC. No que diz respeito a spin-offs da Universidade, a presença foi assegurada pela Abyssal, Bandora, Innovcat, inanoE e Masdima.

Todos os participantes tiveram oportunidade de apresentar o seu trabalho, dizendo de que forma acreditam poder colaborar com a Galp no futuro. Foram apresentadas competências, por exemplo, nas áreas da bio refinaria, sistemas inteligentes, ciclo de vida de produtos e processos, utilização de carbono, biocombustíveis, utilização de microalgas, gestão sustentável de edifícios, dispositivos para geração de energia, tratamento de dados, entre muitos outros.

Debate voltado para colaborações futuras

A multidisciplinaridade do grupo presente motivou um animado debate, só interrompido pelo adiantar da hora da sessão. Apesar das algumas limitações que o formato online acarreta, isso não foi impedimento para que os participantes esclarecessem dúvidas, trocassem ideias e contactos e começassem a pensar em como agilizar colaborações futuras que possam trazer benefícios tanto para a Galp como para a Universidade do Porto.

Nos momentos de encerramento, Marco Ferraz agradeceu a presença de tantos investigadores interessados referindo que a Galp tem “cada vez mais o objetivo de criar pontes dentro do ecossistema de inovação”.

Assim, como resultado deste encontro, a organização espera incentivar a colaboração de docentes e investigadores/as da Universidade com uma empresa que, como referiu André Fernandes (diretor da U.Porto Inovação) “é uma parceira estratégica da Universidade do Porto”. Como também referiu Joana Resende, “a expectativa agora é que esta A2B possa contribuir para alavancar novas colaborações com elevado potencial de impacto societal”.