“Existem milhares e milhares de startups tecnológicas lideradas por mulheres com impacto em diversos setores como saúde, finanças, moda, inteligência artificial, energia, entre outros”. E, para Allyson Kapin, fundadora da Women Who Tech e especialista em empreendedorismo, a Tonic App é um desses projetos disruptores em que vale a pena investir. A empresa spin-off U.Porto, fundada em 2017, é liderada por Daniela Seixas (na foto, à esquerda, acompanhada dos outros três fundadores da TonicApp) .
Allyson Kapin, num artigo publicado na revista Forbes, refere que tem analisado milhares de lançamentos de startups em todo o mundo, tendo reparado que “muitos dos projetos atuais, que podem criar enorme impacto na inovação, são geridos por mulheres e pessoas de cor”. No entanto, refere a especialista, também é verdade que “apenas 10% do financiamento global vai para startups geridas por mulheres”.
Motivada para alterar essa realidade, Allyson reuniu uma lista de 60 startups em todo o mundo nas quais, segundo a sua opinião, vale a pena investir. Uma delas é a TonicApp, uma spin-off U.Porto que desenvolveu uma aplicação para médicos já apelidada de “Google para médicos”. A App junta, num único sítio, informações úteis para médicos que os auxiliem no diagnóstico e tratamento dos seus pacientes, possibilitando a partilha de informação entre colegas para que estes se possam ajudar, por exemplo, a estabelecer um diagnóstico. Atualmente já é utilizada por mais de 5000 médicos em Portugal.
Apesar de, nos últimos anos, muitos investidores mundiais se terem comprometido publicamente a investir mais em CEO femininas, “a percentagem [10%] não tem mudado e o montante direcionado para algumas startups é irrisório”, refere Allyson Kapin. Foi esse um dos motivos que a levou a fundar, em 2008, a Women Who Tech, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo juntar mulheres talentosas e de renome que estejam a inovar na área tecnológica e, com isso, a ambicionar mudar o mundo. A organização pretende mudar a realidade atual em que, referem, “90% do dinheiro investido em startups vai para empresas geridas por homens”. Para isso, a WWT criou o Women Startup Challenge, iniciativa que dá palco para que as empreendedoras possam mostrar os seus projetos e, assim, conseguir o apoio de que necessitam.