A Mercatura é uma software house que se especializou na informatização de processos empresariais e no desenvolvimento de sistema de informação para gestão de projetos financiados.

A startup recebeu a chancela spin-off U.Porto em 2017 e quer continuar a crescer, seja através da equipa ou da aquisição por parte de uma empresa maior. Fomos conversar com o Miguel Fernandes, de uma forma bastante descontraída. Vamos conhecê-los melhor?

1. Como é um típico dia de trabalho na Mercatura?

Penso que não deve ser muito diferente da maior parte das empresas semelhantes. De um modo geral, cada colaborador sabe quais as tarefas pendentes e executa-as de uma forma autónoma e de acordo com o plano previamente definido. Atualmente, com o regime de teletrabalho perdeu-se algum do contacto mais direto, mas as videochamadas vieram colmatar um pouco essa falha.

 

2. O que fazem, enquanto equipa, quando se sentem menos criativos ou animados?

A equipa é pequena e o ambiente descontraído. Nos dias em que não estamos em teletrabalho aproveitamos para ir almoçar juntos e desligar dos temas relacionados com o trabalho. A escolha entre os restaurantes da moda do Porto é sempre variada e assim a criatividade volta normalmente!

 

3. Porquê o nome Mercatura?

A empresa Mercatura nasceu em 1999, como resultado de um projeto de professores da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) para a criação de uma loja de vinhos online, pelo que o nome Mercatura está relacionado com “comércio”. Era um projeto inovador, mas demasiado avançado para a época em que as aplicações web based estavam a dar os primeiros passos, pelo que acabou por não ter o sucesso esperado. Uns anos mais tarde o grupo de trabalho de dois fundadores que estava no INEGI, resolveu criar a spin-off e reativar a empresa existente.

 

4. Quem é a pessoa mais divertida da empresa?

Claramente a Margarida! Quebra a monotonia típica dos informáticos (risos)

 

5. Se uma criança um dia vos disser "Quero ser empresário/a!", qual será o vosso primeiro conselho?

Em primeiro lugar, aviso que se ser empresário é complicado e que traz muitas preocupações e noites mal dormidas. Depois, tento que percebam qual o plano de negócios que pretendem implementar. A maior parte percebe que afinal não é assim tão fácil, mas outras têm perfil!

 

6. Se pudessem escolher um só sonho a alcançar com a Mercatura, qual seria?

Atualmente a empresa está consolidada, sem créditos bancários e com resultados positivos. No entanto, o desafio de crescer tanto a nível do tamanho da equipa como na angariação de novos projetos não tem sido fácil de alcançar. Assim, uma potencial boa solução para a empresa seria ser adquirida por uma empresa maior que permitisse uma maior valorização da atual equipa e o crescimento do volume de negócios.

 

7. Quais os planos da Mercatura para o futuro mais próximo?

Sendo já uma empresa madura e com uma equipa que se tem mantido há alguns anos, ou é mantida a atual dimensão da equipa ou avançamos com uma incorporação numa empresa maior que permita uma maior valorização da equipa.

 

8. O que aprenderam, até agora, com esta jornada empreendedora? E com as pessoas com quem trabalham?

O tipo de produtos que desenvolvemos obriga a fazer apresentações e negociações com os quadros de topo das instituições de grande exigência. No início era muito difícil estar à vontade nesses contactos, mas com a experiência percebemos que há um interesse mútuo nessa colaboração e que as nossas ideias têm sido tidas em consideração, com resultados finais muito positivos para os clientes.

É talvez o melhor reconhecimento do nosso trabalho perceber que centenas de pessoas trabalham de forma mais eficiente da forma que nós idealizámos e que conseguimos convencer os quadros de topo a adotar.

 

9. Quais os vossos sonhos pessoais?

Este é um tema que tem mudado bastante ao longo dos anos… Há 15 anos o objetivo era fazer crescer o negócio, trabalhando o que fosse necessário para conquistar novos clientes e projetos. Com o passar do tempo, passámos a dar mais valor à estabilidade. Neste momento, o nosso desejo é de fazer crescer o negócio, privilegiando os contratos de longo prazo que garantam estabilidade para toda a equipa e a satisfação dos nossos clientes.

 

10. Como é, para vocês, ser membro da família de spin-offs da U.Porto, o The Circle?

Quando nos juntámos ao The Circle o foco deste parecia ser em exclusivo as start-ups, pelo que não obtivemos retorno em termos de negócio. Nos últimos tempos começaram a identificar-se possíveis sinergias entre as empresas, pelo que poderemos tirar mais proveito desta família! Parece-me que para as empresas mais maduras esta vertente é mais interessante.

 

Para entrar em contacto com a Mercatura, basta enviar um email para geral@mercatura.pt