Qualquer estudante de Medicina já ouviu falar no exame “Harrison” e no período de estudo intensivo necessário. O exame, que na verdade se chama Prova Nacional de Seriação, ordena os médicos recém-licenciados na escolha da especialidade que gostariam de vir a exercer no futuro. Consoante a nota do exame, os jovens médicos recebem uma nota e é ela que determina a ordem pela qual cada estudante vai escolher a especialidade: isto é, quem tem melhor nota, escolhe primeiro.

Preocupada com as dificuldades que os estudantes de Medicina enfrentam durante este período, a Adhara (empresa spin-off da Universidade do Porto, e com afiliação ao CINTESIS) em conjunto com a Cosmicode, desenvolveu uma ferramenta para ajudá-los a estudar: o HarriFlash. Durante o mês de julho, e num período de 21 dias, a aplicação já esteve 20 vezes em primeiro lugar no top de vendas da Google Play Store, à frente das principais aplicações de educação como 'Duolingo' (> 100 milhões de downloads) e 'ABA – Aprende Línguas' (> 10 milhões de downloads).

A aplicação, que tem vindo a conquistar recém-licenciados em todo o país, foi idealizada por Bruno Guimarães e José Miguel Diniz, ambos membros do CINTESIS e da Faculdade de Medicina da U. Porto. Inclui mais de 12 mil perguntas de verdadeiro ou falso, acompanhadas pelas respetivas correções, sendo assim capaz de por à prova todos os conhecimentos dos alunos. Além do conteúdo selecionado, o algoritmo da app assegura um estudo mais eficiente e adaptado às dificuldades de cada utilizador e também é possível criar uma simulação do exame através de testes originais. Ou seja, acompanha a maratona de estudo desde o primeiro ao último momento.

A ideia de Bruno Guimarães e José Miguel Diniz passava por propor uma “solução de estudo que tornasse o processo de memorização mais rápido e eficaz, permitindo que os aspirantes a médicos se pudessem ir dedicando, em simultâneo, a outras valências da sua formação”, contam os empreendedores. No fundo, o HarriFlash surge para que os estudantes consigam manter o contacto com os doentes e também a investigação científica coisas que, como refere Bruno Guimarães, “por vezes são trocadas por mais umas horas de estudo”. Até à data, a app já foi descarregada cerca de 7000 vezes.

A Adhara é uma empresa spin-off U.Porto, apoiada pelo CINTESIS e pela Faculdade de Medicina da U.Porto. Dedica-se à comercialização de produtos no campo da educação médica, no auxílio à prática médica e na formação na área da saúde."