Na segunda edição da rubrica "À conversa com as empresas" fomos conversar com Cristina Correia, Diretora de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da PRIO Energy. "A inovação está no ADN da PRIO e a nossa visão é a de alimentar novos projetos, explorar novos horizontes e fazer inovação em conjunto com os nossos parceiros, nos quais temos o orgulho de incluir a Universidade do Porto", diz

P: Qual a importância da relação da PRIO com o meio científico e tecnológico?

R: Desde a sua fundação, em 2006, que a PRIO dá grande importância ao meio científico e tecnológico, tendo estabelecido ao longo dos anos várias parcerias com universidades, institutos e centros tecnológicos. Estas parcerias têm-se desenrolado quer ao nível de projetos de investigação, desenvolvimento e inovação, quer ao nível de iniciativas educacionais, com a orientação de estágios em várias áreas do conhecimento.

A inovação está no nosso ADN e é um valor fundamental no dia-a-dia da PRIO. Temos vindo a crescer numa área de negócio tradicional, os combustíveis, mantendo sempre uma atitude irreverente e a vontade de fazer acontecer de forma diferente. Uma relação estreita com o meio científico e tecnológico permite-nos estar próximos das mais recentes tendências nas nossas áreas de atuação, como por exemplo na área dos biocombustíveis e, em geral, de novas formas de energia para a mobilidade.

P: Como é que a PRIO tem vindo a interagir com a Universidade do Porto?

R: A PRIO tem tido vários focos de interação com a Universidade do Porto. Um primeiro, ativo desde 2007, ligado a projetos na área dos biocombustíveis, em que temos acompanhado vários projetos e estágios de mestrado e participado em eventos de diferentes naturezas. Mais recentemente, temos vindo a trabalhar um segundo foco, na área do empreendedorismo e apoio a startups, através da UPTEC. Já este ano, na segunda edição do nosso programa de aceleração, o Jump Start, a UPTEC foi um parceiro muito relevante na angariação de startups com elevado potencial de estabelecimento de parcerias com a PRIO. Três das dez finalistas do Jump Start são empresas incubadas na UPTEC, tendo mesmo uma delas saído vencedora do programa (a Pavnext). 

P: Quais os principais desafios que os dois agentes têm pela frente?

R: Creio que os principais desafios que a Universidade do Porto e a PRIO têm pela frente dizem sobretudo respeito à ligação entre o conhecimento gerado dentro das fronteiras da Universidade e as várias frentes de inovação da PRIO. Por outras palavras, é importante identificar que resultados da investigação e desenvolvimento levados a cabo pela U.Porto podem ter aplicabilidade prática nas áreas de atuação da PRIO, e que desafios enfrenta a PRIO no seu dia-a-dia que possam constituir temas de estudo interessantes e relevantes para alunos, professores e investigadores da Universidade do Porto. É, sem dúvida, uma via com dois sentidos.

A nossa visão para a inovação aberta é a de alimentar novos projetos, explorar novos horizontes e fazer inovação em conjunto com os nossos parceiros, nos quais temos o orgulho de incluir a Universidade do Porto.

Esta entrevista faz parte da Newsletter #19 enviada pela U.Porto Inovação, na nova rubrica "À conversa com as empresas"